Comunidades de Nova Brasília e Fazendinha ganharão UPP em breve.
Exército será substituído pela Polícia Militar de forma gradativa.
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Nesta manhã, moradores e motociclistas são revistados num dos principais acessos ao Alemão, a Estrada do Itararé.
Segundo o coronel Francisco Caldas, porta-voz da PM, o grande desafio da polícia é conquistar a confiança dos moradores.
“Temos o desafio de ganhar a confiança da população. A relação de confiança que foi construída foi com os homens do Exército, que fizeram um ótimo trabalho”, afirmou Caldas, ressaltando que a polícia depende muito das informações passadas pela população para ajudar no trabalho de inteligência da PM.
Nova Brasília e Fazendinha
Segundo Caldas, os homens foram divididos por áreas. A equipe do Bope ocupa a Nova Brasília e o BChoque está na Fazendinha. Ainda de acordo com ele, essa fase é de vasculhamento e revista, como nas outras ocupações feitas pela Polícia Militar. Ele acredita ainda que o trabalho realizado pelo Exército vai facilitar e tornar o processo mais tranquilo.
(Foto: Janaína Carvalho/G1)
“Estamos diante de uma situação nova, pois desde novembro de 2010 essas áreas já estavam ocupadas pela Força de Pacificação. Mas isso, com certeza, vai tornar o nosso caminho muito mais tranquilo. Além disso, o Bope e o Choque já trazem uma metodologia, então sabemos os caminhos e os atalhos da integração”, afirmou Caldas.
Ainda de acordo com ele, essa pacificação é fundamental, inclusive, para garantir a melhoria da qualidade de vida dos moradores. “Desde que o Exército entrou, as pessoas ganharam muito em qualidade de vida”, afirmou o coronel.
Para o coronel Fernando Fantazzini, relações públicas da Força de Pacificação, a expectativa é que a transição também ocorra de uma forma tranquila. “Conforme a PM vai chegando, o Exército vai cedendo espaço para a substituição. Mas ficamos no patrulhamento até o último minuto. Estamos numa área que já está acostumada com o nosso patrulhamento, então não acredito que tenhamos problema nesse processo”, explicou Fantazzini.
Segundo dados do Censo 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 69.143 mil pessoas moram no Conjunto de Favela do Alemão, sendo 16.185 só na Nova Brasília.
Saída do Exército será gradativa
Pelo acordo inicial, as tropas do Exército ficariam nas comunidades até outubro de 2011, mas o governo do estado conseguiu a prorrogação até junho deste ano. A saída dos soldados será gradativamente. Eles serão substituídos por 2,2 mil PMs, que devem ser distribuídos num total de oito unidades, segundo informações publicadas na página do Ministério da Defesa na internet.
Desde fevereiro, as tropas do Exército têm reforçado o patrulhamento nos acessos à comunidades. De acordo com a Força de Pacificação, a intensificação já havia sido planejada e não tem ligação com a instalação das UPPs. A Força de Pacificação informou, ainda, que fará uma varredura na comunidade antes da chegada do Bope.
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O Morro do Adeus - que hoje não está na região pacificada - passará a fazer parte da área de cobertura das UPPs. Em setembro do ano passado, a comunidade chegou ter o policiamento reforçado após a invasão de traficantes, que trocaram tiros com militares do Exército.
Na mesma semana, o comando da Força de Pacificação divulgou um vídeo que, segundo militares, comprovava a presença do tráfico, mesmo na área ocupada. As imagens mostravam o funcionamento de um suposto ponto de vendas de drogas na Vila Cruzeiro.
Escolha levou em conta disponibilidade de terrenosSegundo o Exército, a escolha das comunidades Nova Brasília e Fazendinha para a instalação das primeiras UPPs levou em conta principalmente a disponibilidade de terrenos para a construção das unidades.
“Até 31 de março, final deste mês, serão ocupadas algumas comunidades do Complexo do Alemão. Até o final de abril, outras comunidades do Complexo do Alemão, completando todo complexo, incluindo aí Adeus e Baiana”, disse o general Adriano Pedeira Júnior, do Comando Militar do Leste, ao RJTV no início do mês.
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