48 milhões de eleitores vão às urnas para eleger 290 novos parlamentares.
Eleições são as primeiras desde a polêmica reeleição de Ahmadinejad.
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As eleições devem reforçar o poder dos clérigos encabeçados pelo líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei, frente a seus rivais políticos ultraconservadores liderados pelo presidente do país, Mahmoud Ahmadinejad.
Iranianos fazem fila para votar em mesquita transformada em sessão de votação em Teerã, nesta sexta (2) (Foto: Atta Kenare / AFP)
Num momento em que o Irã enfrenta um crescente isolamento internacional, sanções ocidentais por seu programa nuclear e a ameaça de ataque por parte de Israel, os líderes iranianos têm pedido uma alta participação dos eleitores para aumentar a sua legitimidade.É pouco provável que o pleito tenha muito impacto na política exterior do Irã, já que seu controverso programa nuclear e as relações internacionais já são estritamente controlados por Khamenei. Mas poderia permitir aos clérigos reforçar seu poder na hora de definir o cenário político antes das eleições presidenciais previstas para 2013.
Cerca de 3.400 candidatos competem nestas eleições, boicotadas pelos principais movimentos da oposição reformista em protesto pela repressão sofrida desde a polêmica reeleição do presidente Mahmud Ahamdinejad, em 2009.
Estas também são as primeiras eleições em nível nacional desde a reeleição de Ahmadinejad, que foi seguida pelos protestos da oposição, que garantia que houve fraude, e de uma sangrenta repressão por parte do regime.
Pressão internacionalO aspecto mais importante da eleição será a participação, que o regime espera que seja elevada em um contexto de pressão internacional crescente sobre o país por seu programa nuclear.
Os principais dirigentes e a imprensa oficial convocaram uma participação em massa, apresentada como uma resposta às ameaças militares israelenses e aos esforços dos ocidentais para estrangular o Irã através de sanções econômicas e financeiras.
Indo votar, a população "dará uma bofetada nas potências hegemônicas" e "mostrará sua determinação de resistir ao inimigo", afirmou o Guia Supremo, o aiatolá Ali Khamenei.
A participação nas legislativas oscila tradicionalmente entre 50% e 70%, e foi de 55,4% nas últimas eleições em 2008, segundo os números oficiais.
Diante da falta de pesquisas confiáveis, várias autoridades previram uma participação superior a 60% nesta sexta-feira.
A campanha oficial ignorou em geral as questões econômicas e sociais, apesar de uma inflação superior a 20% e de um desemprego estimado oficialmente em 12%.
A votação será realizada durante todo o dia nas cerca de 47 mil urnas instaladas no país.
Os resultados serão divulgados em dois ou três dias, segundo o ministério do Interior
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