De Brasília - Marcos Coutinho
Foto: Reprodução
"Vamos pro Plenário, disputar no voto. Se há alguma incoerência da nossa parte (da bancada ruralista), com certeza há muito mais incoerências e absurdos da parte deles (dos líderes conservacionistas)", declarou Campos, em entrevista exclusiva ao Olhar Direto.
Na avaliação do parlamentar democrata, será "um deboche muito grande" se a MP 571/2012 “caducar”, ou seja, sem ser votada no Congresso Nacional. "E a sociedade não pode ser debochada dessa forma. A matéria (o Código) está sendo discutido à exaustão há mais de dois anos e meio e isso é inaceitável. Vamos pro voto a voto", exortou.
Mais enfático ainda, o senador ressaltou que o campo vive uma insegurança jurídica que é altamente prejudicial. "E todos, inclusive o governo, poderão pagar um preço muito caro pela intransigência atual. Temos que votar, sem ou com acordo", acresenta.
Código Florestal pode "caducar" se não houver acordo sobre APP em rios
A insegurança jurídica decorre do fato de que a MP foi editada para cobrir os vazios no Código deixados pelos vetos de Dilma Rousseff ao projeto de lei aprovado no ano passado, em forma definitiva, pela Câmara dos Deputados. Se a MP ‘caducar’, o novo Código não contará com normas relativas, por exemplo, à recuperação de Áreas de Preservação Permanente.
A comissão mista que examina a MP não conseguiu concluir a votação de emendas nesta terça-feira (28). Nova reunião foi marcada para as 8h desta quarta-feira (29). De acordo com o presidente da comissão, deputado Bohn Gass (PT-RS), caso não seja aprovada no colegiado nesta quarta, a MP deverá perder a eficácia, pois não haverá mais prazo para sua apreciação nas duas Casas do Congresso.
Em entrevista coletiva, o líder do governo, senador Eduardo Braga (PMDB-AM), considerou difícil a comissão conseguir fechar acordo para aprovar a MP nesta quarta. Segundo ele, o governo já admite a hipótese de a MP não ser votada dentro do prazo.
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