Redação 24 Horas News
O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) faz a entrega de uma
representação ao Ministério Público Estadual informando sobre o provável uso de
servidores públicos nas campanhas municipais. O MCCE pede a instauração de um
procedimento investigatório com vistas a checar informações de que funcionários
de gabinetes da Assembleia Legislativa estariam à disposição de comitês, em
diversos municípios do Estado.
“Todos os dias nós recebemos pelo site do MCCE as informações de que
servidores estariam à disposição de deputados, mas se empenham nas campanhas
municipais, o que não é permitido pela Lei Eleitoral”, revela Antonio Cavalcante
Filho, o Ceará, argumentando que as pessoas denunciam através do site
www.mcce-mt.org, inclusive enviando arquivos com áudio e fotografias.
Para evitar o que a lei chama de desequilíbrio entre os candidatos
concorrentes e evitar a ocorrência de condutas vedadas, o MCCE pediu para
investigar se os servidores dos gabinetes dos deputados afastados estão sendo
“aproveitados” como cabos eleitorais de luxo, a serviço das campanhas de
prefeito e vereador. Atualmente cinco deputados titulares cederam seus lugares a
suplentes.
De acordo com o MCCE, em cidades como Alta Floresta, Colíder, Tangará da
Serra, Sinop, Rondonópolis, Várzea Grande e Cuiabá, algumas candidaturas a
prefeito estariam sendo “tocadas” com o auxílio de funcionários de gabinetes
parlamentares.
No pedido feito à Procuradoria Geral de Justiça o MCCE entregou uma lista
de 40 páginas com nomes de servidores e a indicação a qual gabinete pertencem,
sugerindo que sejam requisitadas informações oficiais junto à Mesa Diretora da
AL/MT do local onde estão lotados tais servidores, e verificados nos municípios
se estes não “batem ponto” no comitê de algum candidato.
O MCCE também está denunciando a Secretária de Turismo Teté Bezerra, que
mesmo não estando no exercício do mandato parlamentar acabou nomeando diversos
assessores para um gabinete que não existe. Até colunista social é pago com
recursos públicos.
Segundo o advogado Vilson Nery, do MCCE, por situação idêntica o ex
deputado Natanael foi condenado por improbidade administrativa e está com os
direitos políticos suspensos. “Queremos que as pessoas continuem denunciando,
para que tenhamos elementos para combater o mau uso de servidores públicos a
favor de candidaturas municipais” disse o ativista.
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