PT vai ter de escolher entre apoiar Mendes ou seguir no governo Silval
Romilson Dourado
O secretário de Educação Ságuas Moraes pode cair se PT, sob William Sampaio, fechar aliança com Mauro Mendes para prefeito
Emissários do governador disseram que não vão tolerar o petismo com o discurso evasivo de que o PSB faz parte do arco de aliança nacional e que, partindo desse pressuposto, é possível fechar aliança com Mendes em Cuiabá. O Paiaguás propõe que o PT siga o caminho natural, que é apoiar a pré-candidatura a prefeito de Dorileo Leal, embora alguns militantes petistas resistam ao nome do empresário do ramo de comunicação por causa de brigas do passado.
Até 2007, o PT fazia oposição ao governo estadual, na época sob Blairo Maggi (ex-PPS e hoje PR). Aceitaram, porém, se aliar ao Paiaguás em troca de cargos. A partir daí, tomou gosto pelo poder. Em 2010, o partido apoiou o projeto de reeleição de Silval, dentro de uma composição nacional, que tem Dilma na Presidência e o peemedebista Michel Temer de vice. Agora, o PMDB não aceita o PT ficar no muro ou permanecer na administração estadual e apoiar nomes para prefeitos considerados opositores, como é o caso de Mendes, derrotado nas urnas de 2010 por Silval, reeleito no primeiro turno.
Ságuas comandou a Educação, a maior pasta da estrutura do Estado e com mais de R$ 1 bilhão de orçamento, por quase 3 anos. Saiu do primeiro escalão para ser deputado e, assim que perdeu a cadeira, conseguiu, sob muita articulação junto a Silval, reassumir o posto. Agora, será enquadrado, assim como Abicalil, que perdeu o cargo que ocupava em Brasília no Ministério da Educação. Ademais, o petismo representa mais parceria estratégica para o governo Silval em âmbito nacional porque, no Estado, está sem força política. Saiu minguado das eleições. Só tem um deputado estadual. Dos 11 parlamentares da bancada federal mato-grossense, nenhum é do PT.
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