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O quadro à sucessão em Cuiabá começa a se afunilar. A 3 meses das convenções e a 6 da votação nas urnas para escolha de prefeitos e vereadores, arrisco alguns palpites, considerando conjecturas e tendências. Tudo indica que teremos ao menos 3 candidaturas fortes, lideradas por Mauro Mendes (PSB), Dorileo Leal (PMDB) e Guilherme Maluf (PSDB) e com grandes possibilidades de haver segundo turno, a exemplo do que se registrou em 2008. O cenário do momento é de polarização entre os 2 empresários.
Dorileo será mesmo candidato pelo PMDB. Ele avançou nas "costuras" políticas e agora fica feio recuar. Torce pela melhoria da popularidade do governador Silval Barbosa na Capital no embalo das obras da Copa-2014. O empresário quer casar sua imagem com a de Silval, explorando a necessidade de Cuiabá ter um prefeito em sintonia com o Palácio Paiaguás para facilitar novos investimentos.
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E quais partidos vão estar no palanque peemedebista. Possivelmente o PR, o PC do B, o PSD e até o DEM e o PPS, embora todos conversem com todos nesta fase de muita articulação de bastidores. O PR tenta se firmar com o nome do vereador Francisco Vuolo, apostando em muitas candidaturas para dividir grupos e votos e provocar segundo turno. Mas, no fundo, o nome de Vuolo não passa de balão-de-ensaio. O PC do B, desesperado por cargos, deve seguir orientação do governador e apoiar Dorileo para continuar com espaço na máquina do Estado. O PSD, sob a batuta do deputado José Riva e do vice-governador Chico Daltro, está bem próximo do empresário do PMDB, assim como o DEM dos irmãos Jayme e Júlio Campos e o casal Roberto e Iraci França.
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Já o PT caiu fora da base de Dorileo. Está em outra. Vai de candidatura própria, seja com o vereador Lúdio Cabral, seja com a ex-senadora Serys Marly ou até com a ex-vereadora e sanfoneira Enelinda Scala. A decisão sai na prévia de 3 de junho. O nome de Lúdio e o projeto de candidatura própria no petismo foram estratégias dos governistas Ságuas Moraes, Alexandre Cesar e Carlos Abicalil para não caírem no colo de Dorileo.
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Esses petistas da corrente majoritária seguem na bronca com o empresário porque, na época da candidatura de Alexandre a prefeito, o Grupo Gazeta, de Dorileo, bateu duro por causa do esquema de caixa 2 e de dívidas milionárias feitas e não honradas pela campanha do petista. Para eles, Alexandre só não derrotou Wilson Santos por causa do estrago causado pelas matérias negativas dos veículos de Dorileo. O trunfo, então, foi instigar o PT a ter candidatura própria, mesmo com nome sem a simpatia do bloco majoritário, tudo para não ter o gosto de subir no palanque do pré-candidato peemedebista.
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Mauro Mendes caminha forte, embora em um partido pequeno e sem o poder da máquina. Lidera as pesquisas de intenção de voto. Ele conseguiu contornar crise interna no PSB com o deputado Valtenir Pereira e deve atrair o PDT do senador Pedro Taques e siglas que apoiaram-no para governador em 2010, como PV e PPS e até o DEM.
Com histórico de empresário bem sucedido, Mendes está mais habilidoso politicamente, experiente na militância e disposto a conversar com vários partidos e seus líderes, de modo a ampliar o arco de alianças. Ele vem de duas campanhas derrotadas, mas com boa votação, tanto para prefeito da Capital quanto para governador.
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Guilherme Maluf (PSDB) até parou de bater no prefeito Chico Galindo porque acredita que este deva apoiá-lo, inclusive com o peso da máquina municipal. Isso deve deixar a campanha mais barata, apesar dos porretes que tendem a levar no ombro por eventualmente se tornar candidato da situação. Ex-vereador, ex-secretário de Saúde e deputado estadual de segundo mandato, Maluf acredita na hipótese de ser espécie de fiel da balança numa campanha que tende a ficar polarizada entre Dorileo e Mendes. Outros possíveis candidatos vão entrar apenas para marcar posição, como Marcos Magno, do Psol. São conjecturas do momento, mas, como em política a coisa muda como nuvem, a definição de candidaturas e alianças só sairão mesmo nas convenções de junho.
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