SAÚDE | 22/03/2012 - 18:24
Toninho diz que Galindo terceirizou hospital sem licitação e quer dados
Patrícia Sanches
As críticas dele foram endossadas por Lúdio Cabral (PT), pré-candidato a prefeito de Cuiabá. Os dois usaram a tribuna para exigir esclarecimentos. "É inconstitucional, estão desrespeitando a legislação", reclama Lúdio. Em dezembro do ano passado, os vereadores aprovaram um projeto de lei por meio do qual deram “aval” para que o prefeito Chico Galindo (PTB) entregue a gestão de unidades de saúde a Organizações Sociais de Saúde (OSS). "Votei contra, mas abriram brecha para esse tipo de atitute", pondera Toninho. Já Lúdio reforça que, como a empresa vencedora tem fins lucrativos, o contrato é ilegal.
Conforme informações preliminares, segundo Toninho, a administração da unidade de saúde passa a ficar sob a responsabilidade da IGSR João Laércio Moreira, a mesma que é responsável pela gestão dos hospitais São Mateus e Santa Rosa. O valor do contrado é de R$ 190 mil mensais. “Trata-se de um atestado de incapacidade”, dispara Toninho. Logo em seguida, ele reforça que a prefeitura devia continuar gerindo a unidade.
Lúdio, por sua vez, questiona o fato da empresa ser ligada ao hospital Santa Rosa, que tem o deputado Guilherme Maluf (PSDB) como um de seus proprietários. “Não podemos esquecer que ele é pré-candidato a prefeito”, alfineta. Toninho prefere não polemizar a questão e alega não ser possível saber se Maluf teve algum envolvimento na assinatura do contrato. Procurado pela equipe do RDNews, Maluf não atendeu ou retornou as ligações.
14h26 - Maluf nega ligação com terceirização de PS
O deputado Guilherme Maluf confirmou que a empresa IGSR João Laércio Moreira presta serviços para o hospital Santa Rosa, do qual é proprietário, mas garantiu não ter nada a ver com a negociação entre Galindo e a empresa. "Ela presta serviços para a minha e outras dezenas. Ele (Lúdio) tem que provar o que está dizendo", reagiu Maluf.
Logo em seguida, o parlamentar pondera que sequer estava sabendo da tercerização de parte dos serviços do pronto-socorro. Justamente, por isso, prefere não emitir opinião sobre a decisão do prefeito Chico Galindo. "Eu desconheço. Quando defendi a estadualização da unidade era porque o Estado poderia investir mais recursos, já dessa outra forma eu não sei", frisa.
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