Denúncia de assessor a UOL sobre o VLT azeda clima entre Silval e Daltro
Andréa Haddad
A repercussão negativa expõe, no mínimo, indício de interesses frustrados de Daltro nas obras do VLT. Sabe-se lá o porquê, o vice deixou Silval numa verdadeira saia-justa ao nomear de assessor o conhecido lobista Rowles, ligado a Ricardo Novis Neves, e que representava o fundo de investimentos Infinity, responsável pela doação do estudo de viabilidade do modal, utilizado no edital de licitação da obra. Silval garante que vai apurar com rigor as responsabilidades por eventuais fraudes. Porém, o desgaste político com o vice é algo consumado. Meses antes, em que pese Daltro estar no Governo, o PSD deixou os cargos que ocupava para supostamente cobrar reforma adminisrativa com redução de cargos. A medida até hoje não foi tomada, mas o partido continua na base de sustentação, embora se declare independente, e tem o vice na luta por poder político-econômico.
Em julho do ano passado, Daltro foi o protagonista do desgaste entre Governo e Assembleia. Mediante decretro assinado enquanto Silval viajava, o social-democrata passou a ter autonomia para discutir e interferir no MT Fomento, Ager, Defesa Civil, Metamat e Cepromat. A tiracolo, o vice tem um importante aliado na empreitada, o presidente da Assembleia, José Riva, principal articulador do PSD em Mato Grosso. Daltro preside a executiva estadual da sigla. Junto com o deputado, planeja sair das urnas no pleito deste ano com o PDT na condição de maior legenda do Estado em número de cargos eletivos. O partido já conta com 46 prefeitos, mais de 300 vereadores, 5 deputados estaduais e 3 federais.
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