Pousada clandestina em MT é desativada; filho de Datena é sócio
De Brasília - Vinícius Tavares
Foto: Nicélio SIlva/Ibama
Pousada localizada em terra indígena na divisa de MT com PA
O flagrante ocorreu na semana passada mas só foi divulgado ontem (24.9) pelo Ibama. O empreendimento, que tinha balsa clandestina e pista de pouso, cobrava até R$ 7 mil o pacote por pescador. Segundo o Ibama, os donos tinham um acordo com índios e pagavam R$ 4 mil mensais para exercer a atividade.
De acordo com o jornal paulista, o empresário Marcos Moser, um dos proprietários, negou irregularidades. "Tenho alvará de funcionamento e contrato com os índios." Sobre Joel Luiz Datena, Moser disse que se trata de um "parceiro de divulgação da pousada", não de um sócio. "Estão dizendo isso para envolver o pai dele."
A fiscalização apreendeu barcos, motores de popa, geradores, freezers, motosserras, trator, caminhão e uma pá carregadeira. Oito turistas de Minas foram multados em R$ 5 mil cada um e tiveram equipamentos apreendidos.
"Uma atividade desse tipo é potencialmente poluidora e deveria ter licenciamento ambiental, mas, estando em terra indígena, é ilegal", disse Renê Oliveira, chefe da fiscalização da Superintendência do Ibama em MT.
A Folha apurou ainda que a pousada apresentou uma autorização provisória para o uso da pista de pouso de 1.200 metros, mas o Ibama afirma que as coordenadas não correspondem ao local. Os bens apreendidos serão doados, e a balsa, edificações, estradas e campo de pouso, destruídos.
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