Gabriela Galvão
Patrícia Sanches/RDNews
Ex-aliados, Serys Marly e Lúdio Cabral racham PT em disputa na Capital
Ela destaca o fato dos petistas da tendência Articulação de Esquerda deixarem a sigla alegando não concordarem com a proposta de traição feita pela regional, que a queria fora do processo eleitoral e lembra que em 20 anos de mandato nunca recebeu nenhuma advertência. “Mas eles resolveram me discriminar. Tentaram me expulsar e não conseguiram e continuam fazendo de tudo. Então, fica a estranheza”.
Serys ressaltou que nos últimos três meses de mandato no Senado presidiu o Congresso e, em seguida, foi eleita relatora-geral do orçamento, sendo a primeira mulher do país a assumir o cargo. Segundo a senadora foi duro, mas ela não arredou o pé. “Daí eu volto para Mato Grosso e fazem tudo isso contra mim, acho que não gostam de mulher na política”, disparou, numa referência a tentativa de expulsão do PT que sofreu em 2010, sob acusação de infidelidade partidária.
Sem citar nomes, a ex-senadora dá a entender que está falando do principal desafeto político, o ex-deputado Carlos Abicalil, com quem disputou as prévias ao Senado na última eleição e acabou derrotada, assim como ele no pleito. Ela também disparou críticas contra o deputado Alexandre César. “Um dia o Alexandre falou da tribuna da Assembleia que eu deveria cuidar dos meus netos, mas que mulher não tem o desejo de cuidar dos seus descendentes? Me atacam e ainda de maneira pejorativa, com grosseria”.
Quanto à campanha de Lúdio Cabral à Prefeitura de Cuiabá, Serys alega que nunca foi chamada para reunião alguma, mas considera correto o discurso do candidato para tentar a união do partido, “mesmo com a exigência de que eu não estivesse no pacote”. A petista afirma que ainda não consegue fazer uma avaliação desse posicionamento, mas que teme as alianças que vem sendo feitas pelo PT e como elas serão sustentadas posteriormente, assim como a da “companheirada”.
Em relação ao desejo de disputar o Senado novamente, a ex-senadora pondera que nunca teve a oportunidade de ter seu trabalho avaliado pelos mato-grossenses. "Não deixaram que eu fosse avaliada em 2010, mas eu tenho essa vontade. Quero saber o que a população achou dos meus 8 anos no Senado".
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