terça-feira, 10 de janeiro de 2012

PAPA SE PREOCUPA COM MOVIMENTO GAY

Papa diz que movimento gay “ameaça o futuro e a dignidade da humanidade”
Bento XVI fala sobre o valor da família e sobre os cristãos perseguidos

Papa diz que movimento gay “ameaça o futuro e a dignidade da humanidade”
O Papa Bento XVI condenou hoje (9/1) as políticas dos países que, ao questionar a família como a união entre um homem e uma mulher. “As políticas que atentam contra a família ameaçam a dignidade humana e o próprio futuro da humanidade”, declarou ele diante de 160 diplomatas, incluindo 115 embaixadores credenciados na Santa Sé.
Na Sala Régia do Vaticano, Bento XVI reiterou o pedido pelo “fim do derramamento de sangue” no conflito civil na Síria e pediu a abertura de um “diálogo frutífero entre os políticos” daquele país, com a presença de “observadores independentes”.
“Convido a comunidade internacional a dialogar com os atores do processo em curso, no respeito pelos povos e conscientes que a construção de sociedades estáveis e reconciliadas, que se opõem a qualquer discriminação injusta, em particular de ordem religiosa, constitui um horizonte mais vasto e mais longínquo que o das eleições”, afirmou o papa, referindo-se aos acontecimentos na Síria.
“Tenho uma grande preocupação pelas populações dos países nos quais continuam a existir tensões e violência. O respeito pelas pessoas deve estar no centro das instituições e das leis, deve conduzir ao fim de qualquer violência e prevenir o risco que a atenção devida aos pedidos dos cidadãos e a necessária solidariedade social se transformem em simples instrumentos para manter ou conquistar o poder”, acrescentou.
O Vaticano diz estar preocupado com a situação das minorias cristãs do Oriente Médio e África, que precisam muitas vezes fugir dos países que moravam por causa das ameaças de grupos muçulmanos radicais.
Em muitos países os cristãos são privados dos direitos fundamentais e postos à margem da vida pública”, afirmou o papa, lembrando do antigo ministro das minorias paquistanês, o católico Shahbaz Bhatti, assassinado em março do ano passado durante um atentado.
Falando sobre a África, lamentou que o objetivo da reconciliação e do respeito de “todas as etnias e religiões” ainda esteja longínquo, especialmente na Nigéria, na Costa do Marfim, na região dos Grandes Lagos e no Cifre da África.
“É essencial que a colaboração entre as comunidades cristãs e os governos ajude a percorrer o caminho da justiça, da paz e da reconciliação, onde os membros de todas as etnias e de todas as religiões sejam respeitados”, disse ainda sobre o continente africano.
Em relação à Terra Santa, o papa apelou que os responsáveis palestinos e israelenses “tomem decisões corajosas e claras em favor da paz”.

Irã e Venezuela juram amizade eterna e desafiam imperialismo

Irã e Venezuela juram amizade eterna e desafiam imperialismo
09 de janeiro de 2012 19h55 atualizado às 22h48   Notícia
Chávez e Ahmadinejad mostraram bom humor e entrosamento no encontro em Caracas. Foto: APChávez e Ahmadinejad mostraram bom humor e entrosamento no encontro em Caracas
Foto: AP

Os presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, e do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, juraram nesta segunda-feira amizade eterna, e reafirmaram sua aliança para "frear a loucura imperialista", durante a viagem do líder do país asiático pela América Latina, que também incluirá Nicarágua, Cuba e Equador. Recebido com honras militares, Ahmadinejad foi efusivamente abraçado por Chávez, que o chamou de "verdadeiro irmão". O líder iraniano afirmou que apesar dos "arrogantes", seguirá ao lado de seu colega venezuelano "para sempre". Chávez, por sua vez, exaltou o papel que os dois países têm na luta contra o imperialismo.
A proximidade de Caracas com Teerã irrita os Estados Unidos e seus aliados, que buscam isolar a República Islâmica por causa da sua recusa em abrir mão de atividades nucleares estratégicas. O Irã anunciou nesta segunda-feira que começou a enriquecer urânio num espaço subterrâneo, contrariando a pressão internacional, e no mesmo dia o governo local anunciou a condenação à morte de um americano-iraniano acusado de espionar para a Agência Central de Inteligência (CIA), numa notícia que deve causar ainda mais tensões entre Washington e Teerã.
"Essa é uma de nossas tarefas. Não queríamos que fosse assim, mas precisamos frear, frear, frear a loucura imperialista, que está maior do que nunca", afirmou o presidente da Venezuela em sua mensagem de boas vindas. A quinta visita de Ahmadinejad ao país sul-americano desde que Chávez assumiu o poder, em 2005, começou num momento em que a comunidade internacional pressiona o Irã em função de seu programa nuclear.
Os EUA pediram há alguns dias que os países que irão receber o presidente iraniano não aprofundem seus laços com o país. "Este não é o momento de aumentar os laços, tanto de segurança como econômicos, com o Irã", advertiu na sexta-feira passada a porta-voz do Departamento de Estado de EUA, Victoria Nalud.
Irônico, Hugo Chávez disse que "segundo os lacaios do imperialismo", Ahmadinejad está na Venezuela para lançar mísseis em Washington. "Nos acusam de belicistas. Mas não somos. O Irã não invadiu ninguém, a revolução islâmica não invadiu ninguém, e nem a revolução bolivariana invadiu ninguém", afirmou. "Seguiremos trabalhando juntos com a ajuda de Deus e o apoio de nossos povos e da maior parte dos povos do mundo, porque o mundo não quer mais guerra, não quer mais invasões e nem imperialismo", acrescentou Chávez.
O governante iraniano, por sua vez, chamou o presidente da Venezuela de "irmão" e de "símbolo da revolução da América Latina". "Hoje, o povo venezuelano e o povo iraniano, juntos, estão num caminho de luta contra toda a avareza dos arrogantes do imperialismo. O sistema hegemônico e dominante está em sua decadência. Eles estão muito mais agressivos e pisotearam todos os valores humanos", disse Ahmadinejad.
O líder afirmou ainda que a América Latina está desperta para lutar por seus direitos, e que a região "carrega a ferida e a cicatriz de tudo o que sofreu ao longo da história e dos séculos". Segundo o presidente do Irã, graças às relações entre os dois países, foram construídas cerca de 14 mil casas na Venezuela, e mais sete mil serão erguidas. Além disso, destacou a instalação de 26 fábricas no setor agrário.
Enquanto isso, a comunidade internacional segue preocupada com o anúncio de que as instalações nucleares subterrâneas de Fordo, no Irã, iniciaram a fabricação de urânio enriquecido a 20%. O Irã afirma que necessita do elemento a esse nível de pureza para fabricar combustível para um reator científico que produz isótopos usados no combate ao câncer. A Comissão Europeia anunciou nesta segunda-feira que está estudando fontes alternativas de abastecimento de petróleo caso o embargo às importações iranianas for confirmado.
Conhecido por suas declarações irônicas, o anfitrião disse que tem razão quem o acusa de ter bombas e canhões apontados para os EUA. "É para rirmos, mas para estarmos alertas também, nós certamente vamos trabalhar muito para umas bombas, para uns mísseis, para continuar fazendo uma guerra. A nossa guerra é contra a miséria, a pobreza ... essa é a nossa guerra", disse Chávez, dirigindo um olhar de camaradagem ao colega iraniano.
O presidente iraniano continuou a piada, afirmando que suas bombas estão cheias de amor pelos povos e pela liberdade. "Nós amamos todos os povos, inclusive o povo norte-americano, que sofre sob o domínio dos arrogantes", disse.

EUA pedem fim das provocações entre Coreia do Norte e Coreia do Sul

EUA pedem fim das provocações entre Coreia do Norte e Coreia do Sul

Pedido ocorre durante transição que se seguiu à morte de Kim Jong-il.
Americanos prometeram acompanhar de perto o que ocorre na península.

Da AFP
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O diplomata norte-americano Kurt Campbell pediu nesta quarta-feira (4) em Pequim a todas as partes que evitem qualquer tipo de provocação após a morte do líder norte-coreano Kim Jong-il.
Campbell, subsecretário de Estado para o Leste da Ásia e Pacífico, fez a declaração após uma visita a China, a primeira de um alto diplomata americano ao país - o principal aliado da Coreia do Norte - após a morte de Kim Jong-il em 17 de dezembro.
"Acredito que ambos (países) destacamos que o importante ao longo dos próximos meses será manter um contato muito estreito entre Washington e Pequim", afirmou Campbell, que se reuniu com os vice-ministros chineses das Relações Exteriores, Zhang Zhijun e Cui Tiankai.
"E apontamos que vamos acompanhar de perto a situação aqui e que pedimos a todas as partes que administrem com cautela a situação, para evitar qualquer tipo de provocação", completou o diplomata, segundo um comunicado da embaixada americana.
A morte de Kim Jong-il e a designação de seu filho mais novo, o inexperiente Kim Jong-un, como sucessor provocaram temores sobre a estabilidade da Coreia do Norte, um país pobre mas que possui armamento nuclear.

Coreia do Norte anuncia anistia para presos

10/01/2012 06h12- Atualizado em 10/01/2012 07h12

Coreia do Norte anuncia anistia para presos

Número de beneficiados não foi divulgado.
Entidades calculam que país tenha cerca de 200 mil presos políticos.

Da AFP
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A Coreia do Norte anunciou nesta terça-feira (10) uma anistia para um número não divulgado de presos, por ocasião dos iminentes aniversários de seus líderes falecidos, segundo a agência oficial de notícias do regime comunista.
Um decreto fixa a data de 1º de fevereiro para a anistia, de acordo com as "políticas nobres e condescendentes" de Kim Il-sung (1912-1994) e de seu filho Kim Jong-il (1942-2011), afirma a agência KCNA.
Kim Jong-il morreu em dezembro e foi sucedido por seu filho Kim Jong-un, o que gerou incerteza no Ocidente em relação aos rumos do fechado regime norte-coreano.
A anistia beneficiará "condenados", afirma o decreto, sem informar o número nem os delitos das pessoas envolvidas.
"As autoridades farão com que os presos liberados tenham condições de trabalho e existência estáveis", afirma uma nota da KCNA.
Militares juram lealdade ao novo líder Kim Jong-un em parada nesta terça-feira (10) em Pyongyang, capital da Coreia do Norte (Foto: Reuters)Militares juram lealdade ao novo líder Kim Jong-un em parada nesta terça-feira (10) em Pyongyang, capital da Coreia do Norte (Foto: Reuters)

As organizações de defesa dos direitos humanos calculam que 200 mil pessoas - homens, mulheres e crianças - estão detidos em prisões e campos de trabalho norte-coreanos, essencialmente por motivos políticos e não de direito comum.