segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Universitárias chinesas treinam pesado

publicado em 09/01/2012 às 12h35:

Universitárias chinesas treinam pesado
para trabalharem como salva-vidas

Moças vão enfrentar dez meses de curso para emprego em praias do país
Do R7

chinesasReuters
Estudantes deixam seus cursos para treinar na praia, sob frio intenso: o salário de salva-vidas não foi revelado, mas, pela disposição apresentada, a remuneração parece ser convidativa

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Usando biquínis e maiôs coloridos, um grupo de 20 chinesas enfrentou o frio do inverno chinês para iniciar um treinamento de salava-vidas na cidade litorânea de Sanya, na província de Hainan, no sudeste da China.

As estudantes querem entrar para a Tianjiao Special Guard Security Consultant, empresa de segurança no país. As melhores alunas poderão receber aperfeiçoamento na Academia de Segurança de Israel.

Como parte do treinamento, as chinesas correram, mergulharam, mostraram suas habilidades como boas nadadoras e tentaram mostrar capacidade de resistência, reflexo e fôlego com corrida e condicionamento físico.

chinesas
Antes de receber as ordens do monitor, as chinesas pareciam estar postadas para um concurso de beleza - mas elas
enfrentariam um treinamento pesado

Irã condena americano à morte por espionagem

publicado em 09/01/2012 às 07h21:

Irã condena americano à morte por espionagem

Amir Mirzai Hekmati foi condenado à morte por colaborar com país hostil e espionagem
AFP

Amir HekmatiIrib/18.dez.2011/Reuters
Amir Mirzai Hekmati foi considerado culpado de tentar implicar o Irã em atos de terrorismo

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Um americano de origem iraniana, Amir Mirzai Hekmati, foi condenado à morte pelo tribunal revolucionário de Teerã por "colaboração com um país hostil e espionagem", anunciou a agência iraniana Fars.
"Amir Mirzai Hekmati, que foi considerado culpado de colaboração com um país hostil e de espionagem para a CIA, foi condenado à morte pelo tribunal revolucionário de Teerã", afirma uma nota oficial da agência.
Amir Mirzai Hekmati, 28 anos, ex-marine, nasceu nos Estados Unidos em uma família iraniana.
Hekmati foi considerado culpado ainda de "tentativa de acusar o Irã de envolvimento com terrorismo", completa a Fars.
O juiz do tribunal revolucionário de Teerã, Abdolghassem Salavati, o declarou "moharab (em guerra contra Deus) e corrupto na Terra".
Hekmati ainda pode apelar da sentença.
O governo dos Estados Unidos pediu a libertação de Amir Mirzai Hekmati e informou que diplomatas suíços, que representam os interesses americanos em Teerã, pediram para ver Hekmati, mas a solicitação foi rejeitada pelas autoridades iranianas.
A promotoria pediu a pena de morte para Hekmati sob a alegação de que a confissão do réu mostrava que ele cooperou com a CIA e atuou contra a segurança nacional iraniana.

Mortos em deslizamento sobe para


Mortos em deslizamento sobe para
sete em Sapucaia; três são crianças

Bombeiros de três municípios ainda fazem buscas por mais 14 pessoas
Do R7 | 09/01/2012 às 17h18
Twitter Sérgio Côrtes
serra-sapucaia-450
O secretário de Estado da Saúde, Sérgio Côrtes, fez fotos da serra a caminho de Sapucaia; montanhas têm marcas de deslizamentos
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A Defesa Civil de Sapucaia confirmou nesta segunda-feira (9) a morte de sete pessoas no município, na região do médio Paraíba, em razão das chuvas. Seis corpos foram encontrados em deslizamento de terra no distrito de Jamapará, onde outras 14 pessoas ainda estariam soterradas. A outra vítima morreu no desabamento de uma casa, perto do local do deslizamento.
De acordo com o coordenador da Defesa Civil Municipal, Marco Antônio Texeira, dos corpos encontrados, três são de crianças e quatro são de adultos.
A equipe de busca e salvamento conta com uma equipe de cães farejadores. De acordo com o Twitter do governo do Estado, os corpos estavam sendo levados para o IML (Instituto Médico Legal) do município de Três Rios.
O desastre provocado pela chuva que atinge a região desde o fim do ano passado ocorreu na madrugada desta segunda. Segundo o Corpo de Bombeiros de Carmo, na área do deslizamento, foram encontrados os corpos de uma criança de sete anos e de dois idosos.

Veja imagens das regiões norte e noroeste do Estado, também afetadas pelas chuvas

Nove cidades em alerta máximo para enchentes

O deslizamento de terra que atingiu oito casas foi no km 108 da BR-393, que estava liberada às 13h30 apenas para carros autorizados e de socorro, de acordo com a prefeitura.
Cerca de 30 bombeiros dos destacamentos de Carmo, Teresópolis, Três Rios e Itaipava (distrito de Petrópolis) foram deslocados para a localidade de Jamapará, que é distrito de Sapucaia. No entanto, deslizamentos nas rodovias dificultam a chegada da ajuda. Segundo a prefeitura, apenas a BR-116, caminho por Teresópolis está completamente livre. Um helicóptero da Polícia Civil foi deslocado para levar equipes de busca e salvamento.
O Corpo de Bombeiros informou que uma pedra bateu na traseira de um ônibus e em uma carreta que passavam na rodovia. Os ocupantes dos veículos não ficaram feridos. Assista ao vídeo:
O secretário de Estado de Defesa Civil e comandante-geral do Corpo de Bombeiros, Sérgio Simões, segue para o local. De acordo com os bombeiros de Carmo, foram retiradas duas pessoas com vida.
Sapucaia é um município em uma região montanhosa de passagem da serra da Mantiqueira. Banhado pelo rio Paraíba do Sul e cortado pela estrada federal BR-393, integra hoje a região do médio Paraíba, limitando-se com o Estado de Minas Gerais ao norte, São José do Vale do Rio Preto ao Sul, Carmo e Sumidouro ao leste e Três Rios a oeste. É composto por cinco distritos: Sapucaia (sede), Anta (2º Distrito), Nossa Senhora Aparecida (3º Distrito), Jamapará (4º Distrito) e Pião (5º Distrito).
Chuva deixa nove cidades em alerta máximo
Nove cidades do norte e noroeste do Estado do Rio de Janeiro estavam em alerta máximo para enchentes no início da tarde desta segunda-feira, segundo o Inea (Instituto Estadual do Ambiente).
Os níveis dos rios Muriaé, Carangola, Pomba, Itabapoana e Paraíba do Sul estavam acima do normal e colocavam em risco as cidades de Laje do Muriaé, Itaperuna, Cardoso Moreira, Italva, Porciúncula, Natividade, Santo Antônio de Pádua, Bom Jesus do Itabapoana e Campos dos Goytacazes.
Apesar de não terem sido registrados grandes volumes de chuva nas últimas 24 horas nessas cidades, também há riscos de deslizamentos de terra. Na região, o dia amanheceu nublado e há previsão de chuva moderada. As temperaturas giram em torno dos 25ºC.
13 mil desalojados e desabrigados
Em todo o Estado do Rio, quase 13 mil pessoas tiveram de deixar suas casas por conta da chuva que castiga as cidades do norte e noroeste, segundo o último boletim divulgado pela Defesa Civil estadual no início da noite de domingo.
São, no total, 10.759 desalojados (pessoas que tiveram que sair de casa temporariamente) e 1.990 desabrigados (aqueles que perderam suas casas). Com o rompimento do dique em Cardoso Moreira na noite de domingo, esse número deve subir.
Até então, a situação era mais crítica em Itaperuna, no noroeste fluminense, onde 5.106 pessoas foram diretamente afetadas pela chuva. Além dos bairros que se recuperavam do primeiro temporal, localidades que não haviam sido atingidas sofreram com alagamentos e deslizamentos de terra.
Segundo a Defesa Civil do Estado, Itaperuna sofre com a cheia do rio Muriaé, a enxurrada dos córregos menores e cerca de 15 registros de deslizamentos de barreiras. Em Natividade, na zona rural, a localidade conhecida como Cruzeirinho, uma pessoa ficou ferida após o desabamento de uma casa. A vítima, que teve escoriações leves, foi atendida no pronto-socorro local e liberada em seguida.
Em Laje do Muriaé, houve escorregamento de barranco, durante a madrugada de sábado, em uma obra de contenção de talude localizada na entrada da cidade. Em Raposo, distrito de Itaperuna, uma pedra rolou de uma encosta. As informações são da Defesa Civil estadual.
Nessas cidades, as defesas civis municipais usam carros de som para alertar a população sobre os riscos de cheias dos rios ou deslizamentos de terra. Bombeiros foram deslocados para pontos estratégicos das cidades atingidas.
09/01/2012 - 06h06

Candidatos republicanos usam a família como arma na campanha eleitoral

Miriam Burgués
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As famílias se transformaram em uma arma política a mais na campanha pela candidatura presidencial republicana nos Estados Unidos e cada um dos aspirantes apresenta a sua como a melhor para defender os valores conservadores e desempenhar um bom papel na Casa Branca.

Primárias nos Estados Unidos

Foto 6 de 17 - 3.jan.2012 - Apoiadores do pré-candidato republicano Ron Paul posam para foto durante campanha em Cedar Falls, Iowa Mais Jim Young/Reuters
O ex-governador de Massachusetts Mitt Romney e o ex-senador pela Pensilvânia Rick Santorum, os dois ganhadores dos 'caucus' (assembleias populares) com os quais Iowa abriu o processo de primárias republicanas, se apresentam como maridos e pais de família exemplares.

Santorum, quem em Iowa surpreendeu ao ficar em segundo lugar, só com oito votos a menos que Romney, após ter figurado em último nas pesquisas por muito tempo, explorou a imagem da família perfeita desde o início da campanha. Casado há 21 anos com Karen Garver, o ex-senador tem sete filhos com idades entre três e 20 anos, aos quais educa em casa.

A caçula, Bela, tem uma rara doença genética conhecida como síndrome de Edwards. Metade das crianças que nasce com ela morre antes de uma semana de vida.

Enquanto Santorum menciona Bela em seus discursos e diz que o drama dá a ele força para continuar na disputa republicana, seus críticos questionam precisamente o fato de que siga em campanha apesar da doença da menina.

Entenda o processo eleitoral americano

Ao contrário dos cônjuges dos demais aspirantes, Karen não acompanha o marido. O papel de primeira-dama recai esporadicamente a Elizabeth, a primogênita dos Santorum.

Com 20 anos, Elizabeth interrompeu por algum tempo seus estudos universitários para ajudar o seu pai, quem a estimula a dormir bem e ter uma dieta saudável.

Frente ao clã Santorum estão os cinco filhos do ex-governador de Massachusetts, já conhecidos como "The Romney Brothers".

Com exceção de Ben, que é médico, os outros quatro receberam o pai em Iowa e apareceram ao seu lado no comparecimento na TV posterior a vitória nos 'caucus'.

O trabalho de Tagg, o mais velho dos Romney, é buscar doadores jovens, enquanto Josh manteve reuniões com eleitores em Iowa e tem uma conta no Twitter a partir da qual apoia a candidatura de seu pai.

A Anne, a mulher com a qual Romney está há 42 anos casado, cabe o papel de mostrar o lado mais humano do ex-governador.

Anne sofre de esclerose múltipla e ela fala de sua doença em diversos atos com eleitores e enfatiza o apoio de seu marido nos momentos mais difíceis.

Outro com casamento durável é o congressista libertário Ron Paul, que ficou em terceiro lugar nos 'caucus' de Iowa. Ele é casado desde 1957 com Carol Wells, com quem tem cinco filhos e 18 netos.

Rand, um dos filhos, pertence ao movimento direitista Tea Party, é senador por Kentucky desde 2010 e tem um papel fundamental no sucesso de seu pai entre os eleitores jovens.

A campanha do legislador texano lançou o livro "Ron Paul Family Cookbook", com receitas "para aquecer a cozinha e o coração", fotos da família completa e um texto de Carol sobre o sonho americano.

A importância que os conservadores concedem à família tradicional fez com que muitos eleitores não perdoassem Newt Gingrich, ex-presidente da Câmara de Representantes, pelas suas reconhecidas infidelidades matrimoniais. Ele está casado pela terceira e a atual esposa, Calista, foi sua amante no passado.

Calista está desempenhando muito bem na campanha o papel de esposa, fala inclusive com mais facilidade que seu marido com eleitores e jornalistas, e contribuiu para melhorar sua imagem, dizem os analistas.

Da mesma forma que Calista, Anita Perry também não deixou sozinho seu marido, Rick Perry, e enquanto o governador do Texas estava em Iowa ela fazia campanha em seu nome em New Hampshire, a próxima parada das primárias.

Anita Perry é a protagonista de um vídeo político no qual elogia as virtudes do governador, pai de dois filhos.

As que fizeram furor com seus vídeos e paródias no YouTube são Liddy, Abby e Marie Anne, as três filhas mais velhas do ex-governador de Utah Jon Huntsman, que tem outros quatro filhos, os dois menores adotados na China e na Índia.

As Jon2012Girls, loiras, altas e bonitas, têm ainda uma conta no Twitter com mais de 18 mil seguidores.

O envolvimento das famílias nas campanhas pode resultar fundamental. A congressista por Minnesota Michele Bachmann era favorita em agosto e nesse momento seu marido, Marcus, era uma figura muito visível e participativa na campanha.

Em dezembro, Marcus praticamente nem apareceu e em Iowa Bachmann foi a menos votada, o que a levou a retirar-se da disputa.

Conheça os pré-candidatos republicanos às eleições nos EUA

  • Matthew Cavanaugh/AFP
Newt Gingrich, 68 anos, é ex-presidente da Câmara dos Representantes e principal ideólogo da “Revolução Conservadora”, iniciada em 1994 com a vitória eleitoral dos republicanos no meio do primeiro mandato do presidente democrata Bill Clinton.
Político, escritor e historiador, Gingrich é autor de 23 livros e deu aulas de história por oito anos antes de ser eleito pela primeira vez, em 1978. Em 1995 foi eleito o homem do ano pela revista “Times” por ter liderado a vitória dos republicanos nas eleições parlamentarem de 1994, encerrando 40 anos de liderança do Partido Democrata. Gingrich foi representante da Geórgia no Congresso por 20 anos, quatro deles como presidente da Casa.
Em junho passado, seu comando de campanha renunciou em massa, o que para analistas políticos significava o fim da candidatura do republicano. Ele também foi alvo de críticas por causa de uma linha de crédito no valor de US$ 500 mil, sem juros, obtida na luxuosa joalheria Tiffany para a compra de adereços para a sua mulher, Callista, o que foi considerado uma afronta em tempos de austeridade econômica.
O início do relacionamento de 11 anos com Callista, sua terceira mulher, também pode atrapalhar as intenções do republicano. Quando comandava a Câmara, Gingrich confessou estar tendo um caso com a então assessora da Casa, no momento em que liderava as ações contra o presidente Bill Clinton relacionadas às transgressões sexuais deste.

Estados do Golfo preparados para uma indesejada guerra EUA-Irã

Estados do Golfo preparados para uma indesejada guerra EUA-Irã

DUBAI, 6 Jan 2012 (AFP) -Os Estados árabes que estão apenas a poucos quilômetros do Golfo do Irã estão observando, tensos, as perspectivas de uma guerra entre Teerã e o Ocidente, um conflito que nenhum deles deseja e que todos sabem que poderá arruinar suas economias.

Esse temor real está levando os Estados ricos em petróleo a aumentar suas defesas enquanto esperam que a diplomacia possa prevalecer nas ambições regionais de Teerã e colocar um fim a seu preocupante programa nuclear.

"Nenhum Estado do Golfo quer a guerra, mas todos estão se preparando para a possibilidade que isso possa acontecer", afirmou disse o analista militar Riad Kahwaji.

A tensão aumenta enquanto o Ocidente continua pressionando Teerã sobre seu programa nuclear e a União Europeia ameaça uma proibição total das importações de petróleo iraniano.

O Irã ameaçou fechar o estratégico Estreito do Ormuz - que liga o Golfo ao Mar Arábico e por onde passam 20% do petróleo mundial transportado pelo mar - se as vendas de petróleo forem bloqueadas.

Os Estados Unidos, cuja Quinta Frota da marinha está baseada no Estado do Golfo de Bahrein, que está presente militarmente em um certo número de outros países, o que levou Teerã a dizer que não vai tolerar qualquer movimento.

Esses leais aliados de Washington serão empurrados para uma guerra com o Irã se Teerã os atacar, explica Kahwaji, que dirige o Instituto para o Oriente Médio e Análise Militar do Golfo (Inegma) com sede em Dubai.

"O relógio está correndo e nós no Golfo não temos controle sobre isso", acrescentou o analista político kuwaitiano Sami al-Faraj em relação a um possível ataque israelense e americano contra o Irã.

Muitas vezes no passado, o Irã alertou que atacaria as instalações militares americanas nos Estados do Golfo Árabe no caso de guerra.

Além da Quinta Frota, Qatar hospeda o Comando Central dos EUA, há cerca de 23 mil tropas americanas no Kuwait e cerca de 2 mil tropas militares dos EUA nos Emirados Árabes Unidos.

O site "Mashreq", alinhado com as Guardas Revolucionárias do Irã, disse que os alvos no Golfo já foram escolhidos, de acordo com o jornal pan-árabe Al-Hayat.

O primeiro-ministro catariano, o xeque Hamad bin Jassem Al-Thani, cujo país tentou, no passado, reduzir as lacunas entre Teerã e as nações do Golfo, disse que estas devem contribuir para resolver a crise.

"Eu acredito que todos nós temos um interesse em que não haja conflitos no Golfo", disse ele recentemente, acrescentando que os Estados do Golfo estão "naturalmente preocupados" com o aumento da tensão EUA-Irã.

"Já vivemos conflitos militares e todos nós sabemos que não há vencedor nesses conflitos, especialmente para os países ao redor do Golfo", disse ele.

Além das ameaças externas, os Estados do Golfo têm que lidar com a ameaça das famosas células adormecidas que, suspeita-se, o Irã está espalhando pela região.

"Ouvimos falar em medidas preventivas em muitos países para lidar das células adormecidas do Irã", disse Kahwaji.

O desejo de evitar a guerra está acompanhado de outro, de conter a influência regional do Irã.

"Há agora duas posições no Golfo", disse Faraj. "Uma rejeita completamente recorrer à guerra a menos que seja imposta".

"A segunda vê a necessidade de conter a interferência iraniana na Síria, Iraque, Líbano, Iêmen e Sudão e está ventilando a tensão sectária (no Golfo), apesar de não necessariamente através dos conflitos armados".

A segunda corrente tem se "tornado mais forte" recentemente, acrescentou.

Faraj disse à AFP: "são os países do Golfo que sofrerão mais porque estamos ao alcance dos foguetes iranianos", observando, junto com Kahwaji que eles têm instalações de petróleo estratégicas e centros financeiros e de negócios em suas costas, próximas ao Irã.

O maior terminal petrolífero da Arábia Saudita de Ras Tanura, por exemplo, em apenas 180 quilômetros distantes da costa do Irã. Abu Dhabi, outro importante produtor de petróleo está longe apenas 220 quilômetros.

Enquanto esperam, os Estados do Golfo estão aumentando as compras de material de defesa.

No mês passado, a Arábia Saudita assinou um acordo avaliado em US$ 29,4 bilhões para comprar 84 caças americanos F-15 e aprimorar outros 70 caças.

Pouco depois, um acordo de armamento de US$ 3,48 bilhões dos Emirados Árabes veio à tona, incluindo o avançado antimíssil Terminal High Altitude Area Defense System (Thaad).

Em 2011, os Estados Unidos e a Arábia Saudita anunciaram um acordo de US$ 1,7 bilhão para reforçar as baterias de mísseis Patriot, enquanto o Kuwait comprou 209 mísseis por US$ 900 milhões.

FANTASTICO DA GLOBO DENUCIA

08/01/2012 22h49- Atualizado em 08/01/2012 23h31

Postos do país adulteram quantidade de combustível em abastecimento

Fraudes foram detectadas pelo Fantástico no Paraná, Rio de Janeiro e SP.
Estabelecimentos chegam a abastecer até 1,4 litro a menos a cada 20 litros.

Do G1, com informações do Fantástico
39 comentários

Os motoristas estão sendo roubados quando abastecem o carro em postos de combustível do país. E o pior: se desconfiar de alguma coisa, não adianta reclamar. A fraude não deixa pistas. Com um controle remoto, o golpista faz a bomba voltar ao normal. O Fantástico comprovou que a fraude existe. E encontrou um dos homens que vendem e instalam nos postos o novo golpe contra o consumidor em São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná.
Você compra a gasolina e não leva tudo o que paga. Ainda faz papel de bobo porque nem percebe que está sendo roubado. E não adianta conferir o marcador da bomba. Como isso acontece? O Fantástico preparou o teste com todo o rigor. Tivemos a auditoria permanente da Associação Brasileira de Combate à Fraude. E os exames foram feitos pela empresa Falcão-Bauer, a maior do Brasil no setor de controle de qualidade, e credenciada pelo Inmetro.
Os técnicos criaram um equipamento especial para o carro da reportagem. É um tanque de combustível de 20 litros, o volume padrão regulamentado para testes. Ele é todo transparente, para que você possa acompanhar em tempo real o roubo no posto de gasolina.
São Paulo
Começamos por São Paulo, que tem a maior frota de carros no país: mais de sete milhões de veículos. Postos denunciados por consumidores foram visitados pelas equipes do Fantástico. São de todas as marcas e de todas as regiões da cidade.
O carro da reportagem chega já abastecido. Na verdade, o combustível comprado cai diretamente no equipamento que está na mala do carro. Em todos os postos, pedimos 20 litros de gasolina, o volume padrão. Depois, levamos cada amostragem para o laboratório. A aferição é feita em um recipiente aprovado pelo Inmetro. Quando a quantidade está correta, o combustível completa o aferidor até a marca do zero.
A margem de erro é de 100 mililitros. A tolerância prevista na lei é de 100 mililitros abaixo ou acima dos 20 litros. Ou seja, 0,5% do total.
Um posto botou a menos 1.350 ml de gasolina. E encontramos resultados piores do que esse. A localização é boa, o preço atrai, o consumidor faz fila. Mas ele está sendo iludido. Este é o posto campeão do roubo de combustível na cidade de São Paulo. Na amostragem comprada, a bomba marcou 20 litros, mas foi roubado 1.400 ml.
O prejuízo na verdade é ainda maior, porque um teste de qualidade nesse combustível mostrou que o que foi comprado como gasolina era quase totalmente, álcool, etanol. “Foi constatado 64% de teor de etanol na gasolina. Isso é irregular. O máximo é 21%”, diz o coordenador técnico Evair Missiaggia.
O gerente não apareceu. Mas nós encontramos um motoboy que sempre abastece ali. Ele diz conhecer o golpe e como faz pra se defender.
Na mostra padrão oficial de 20 litros, 1,4 litros de diferença. Isso significa que em um carro popular, por exemplo, para abastecer um tanque de 50 litros, você é roubado em 3,5 litros.
Rio de Janeiro
Em um dos postos testados pelo Fantástico, no Rio de Janeiro, a situação é pior ainda. A fraude chegou a 12%. Significa que para encher um tanque de 50 litros, o consumidor é roubado em seis litros.
Os testes feitos no Rio foram idênticos aos de São Paulo. As amostras compradas em postos denunciados pelo consumidor seguiram para o laboratório. Em um posto, foram 2,41 litros a menos. Isso corresponde a 6 litros em um tanque de carro popular.
Paraná
Para investigar o submundo do mercado de combustíveis no Brasil, o Fantástico precisou fingir que entrava nesse ramo de negócios. Durante dois meses, o repórter Eduardo Faustini assumiu o comando de um posto que fica em uma das principais ruas de Curitiba, no Paraná. O posto ficou fechado nesse período, não recebeu nenhum consumidor. Portanto ninguém foi prejudicado. Mas foi aqui que nós ouvimos as propostas de golpes, fraudes, todo tipo de negócio sinistro, sempre para roubar, e muito, o bolso consumidor.
Primeira descoberta: é fácil comprar combustível clandestino. Sem nota, sem fiscalização. Nosso repórter liga para o fornecedor de etanol. R$ 1,67 é um preço muito abaixo do valor no atacado quando os impostos são pagos. Não é só o país que perde com a sonegação. Com essas remessas clandestinas donos de postos adulteram o combustível. O truque é simples: o álcool é despejado no tanque da gasolina. Todo o etanol comprado pelo Fantástico está agora sob a guarda da Associação Brasileira de Combate à Fraude para ser encaminhado às autoridades.
Em Curitiba, nós também testamos postos suspeitos de roubar na quantidade vendida ao consumidor. E voltamos aos dois onde a diferença foi maior. Os gerentes ficam nervosos, falam ao celular. Mas a situação mais comum é aquela mesma: na frente da câmera, tudo certo. As bombas que roubam o consumidor apresentam a medida correta: 20 litros.
No posto em que o teste demonstrou que é feito o maior roubo. Em uma avaliação de 20 litros, o roubo foi de 1,46 litros.
Controle na mão do frentista
Como uma bomba que roubava para de roubar de uma hora pra outra? É o que vamos revelar agora. Em vários postos flagrados roubando o motorista, ouvimos o mesmo nome de um técnico em manutenção. Ele é quem aparece mexendo na bomba de outro posto que visitamos em Curitiba.
Seguimos a pista. O repórter Eduardo Faustini, no papel de dono de uma rede de postos interessada na fraude, faz contato com Cléber. E, sem saber que estava sendo gravado, Cléber Salazar vai ao posto fechado.
Como funciona o golpe
Cléber entrega como o esquema funciona. A fraude eletrônica é instalada separadamente, em cada saída de combustível, que ele chama de bico.
Repórter: Gastaria quanto por todas?
Cléber: É por bico, que lá a gente pega por bico.
Repórter: Faz o cálculo aí mais ou menos.
Ele faz o cálculo. Cada bico fraudado custa R$ 5 mil.
Cléber: R$ 90 mil! R$ 90 mil para instalar uma fraude acionada por controle remoto. A placa é o circuito eletrônico que controla a bomba de combustível.
Repórter: Mas você está usando a minha placa ou a sua placa?
Cléber: Não, eu não uso a sua placa. A gente tira aquela placa e põe outra.
Daqui a pouco você vai ver como ela é adulterada.
Repórter: Você faz a manutenção disso?
Cléber: Isso. Aí nós vamos acertar um mínimo por mês. Um xis lá por mês. Para eu cuidar pra você, te avisar. Cuidado, vai lá, vem cá, entendeu?
Na despedida, Cléber já está à vontade.
Golpe de ‘alto escalão’
Cléber: Você está em Curitiba, no Centro de Curitiba, olha o tamanho do posto. Agora você coloca o "bororó" para rodar. Em três meses, está pago. O resto da sua vida, você vai ganhar dinheiro.
Repórter: Qual a chance de dar errado?
Cléber: Nenhuma. Nenhuma. Zero. Pode mandar matar eu!
Cléber afirma que tem acesso a informações sobre a fiscalização em Curitiba.
Repórter: A sua assessoria vai até aonde?
Cléber: Até no alto escalão. Que avisa a gente quando está passando, quando não tá passando. Entendeu?
Repórter: Não tem chance de dar errado. O cara tirar umas férias.
Cléber: Sempre tem de estar um com o "negócio".
O "negócio" a que ele se refere é o controle remoto, que pode ficar num bolso. Com um toque, o fraudador arma e desarma o esquema, na hora que quiser.
Cléber: O cara tem de estar plantado aqui. Se chega o "tiozinho" que fala "ah, não deu...", vamos lá aferir. Vai dar certo.
"Tiozinho" é como o consumidor, que fica de bobo na história, é tratado por Cléber Salazar.
Cléber: Negoção da China, parabéns.
Outro lado
Depois dessa gravação, procuramos Cléber para uma entrevista.
André Luiz Azevedo: O senhor desconhece que os postos que o senhor atende fornecem menos combustível do que o que marca na bomba?
Cléber: Com certeza. Absurdo. Nunca vi isso aí.
André Luiz Azevedo: É porque é uma denúncia e eu estou querendo conversar com o senhor. O senhor me retorna em quanto tempo?
Cléber: Daqui a uns dez minutos eu já falo contigo aí.
O prazo não foi cumprido. Até que Cléber finalmente marca o encontro. Ele não sabe que toda a oferta da placa fraudadora foi filmada, nem que comprovamos o golpe em postos onde ele trabalha.
André Luiz Azevedo: O senhor é credenciado no Inmetro, no Ipem? O senhor pode mexer nas bombas livremente?
Cléber: Eu tenho o certificado do Inmetro, que está aqui, válido até abril de 2012. Eu tenho autorização pra mexer nas bombas, qualquer tipo de bomba.
André Luiz Azevedo: Nós viemos a Curitiba, porque nós recebemos uma denúncia que o senhor vende uma placa que é colocada na bomba e, com essa placa, há uma fraude na hora de abastecer o carro do consumidor. O senhor não vende essa placa fraudadora?
Cléber: Absurdo isso aí, absurdo.
André Luiz Azevedo: Essa denúncia de que o senhor vende uma placa que frauda a bomba de combustível, o senhor nega isso?
Cléber: Eu nego, é um absurdo.
André Luiz Azevedo: o senhor fornece atendimento pra quantos postos aqui na região.
Cléber: São vários postos.
André Luiz Azevedo: Quantos?
Cléber: Em torno de uns 30, 40 postos aí.
A descoberta da fraude
"A fraude na bomba funciona normalmente até que o proprietário do posto, ou o gerente, aciona o controle remoto. Quando a fiscalização chega, ele ativa a fraude. Quando a fiscalização sai e o consumidor chega, o sistema fraudado volta ao normal. É um controle normal, como aqueles que se usa para abrir portão de casa ", disse José Tadeu Penteado, superintendente do Ipem/SP.
A primeira placa eletrônica da fraude foi descoberta há dois anos. Em São Paulo, que tem a maior rede do país, com 8, 5 mil postos, poucas foram apreendidas até agora.
Um fiscal, que prefere não ser identificado, diz que falta tecnologia à fiscalização para acompanhar a evolução dos golpes. "Em vários estados que nós temos conversado, os fiscais estão totalmente despreparados. Eles não têm conhecimento suficiente pra afirmar se aquela placa está fraudada ou não.
O sindicato dos postos de combustíveis de São Paulo pede providências.
O Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis também defende uma fiscalização mais enérgica: “Eu tenho certeza que situações como as que foram detectadas nessas cidades estão acontecendo e estão sendo ofertadas para o mercado em diversas outras cidades. É um alerta pras autoridades da necessidade de ter uma atuação permanente, no dia a dia, inteligente e com penalidade rigorosa”, disse Alizio Vaz, presidente do sindicato.
A Agência Nacional de Petróleo propõe uma ação conjunta: “Nós vamos ter que aprimorar nosso sistema de fiscalização, logicamente buscando parceria com órgãos de inteligência, não só nossos, como também da polícia, do Inmetro, porque é uma fraude nova no mercado e é difícil de ser detectada”, diz Paulo Iunes, fiscal da ANP.
O Inmetro disse que contratou especialistas em informática para achar a forma de combater a fraude. "O Inmetro já tomou conhecimento desse assunto, há algum tempo, e vem desenvolvendo tecnologia nova com nossos pesquisadores pra desenvolver uma espécie de lacre eletrônico. Um mecanismo tal que quando a bomba for mexida, for alterada, for fraudada, por um mecanismo de software, um controle remoto, algo desse tipo, fique um rastro. Não adianta que o fraudador coloque a fraude e retire a fraude, o rastro vai ficar lá registrado", diz Luiz carlos dos Santos, diretor do instituto

Mulher dá à luz filha de trabalhador que morreu após elevador cair em MT

Mulher dá à luz filha de trabalhador que morreu após elevador cair em MT

Três trabalhadores morreram no acidente e outros três ficaram feridos.
Canteiro de obra já foi interditado por fiscais do Ministério do Trabalho.

Ericksen VitalDo G1 MT
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mãe grávida dá à luz a filha de trabalhador morto em obra (Foto: Ericksen Vital/G1)Mulher disse que o marido ia ser bom pai
(Foto: Ericksen Vital/G1)
A auxiliar de serviços gerais Sandra Costa Gomes, de 29 anos, deu à luz filha do operador de elevador Eurico de Jesus Ferreira, 38 anos, um dos três trabalhadores que morreram, na última quinta-feira (5), durante a queda de um elevador de um prédio em obras, em Cuiabá. A cesariana foi realizada na noite desta sexta-feira (6) no hospital Júlio Muller.

Os médicos diagnosticaram que o feto possui problemas no rim esquerdo e deve passar por cirurgia nos próximos dias. A viúva participou do enterro do marido e, logo depois, foi levada para um hospital particular da cidade.
Ao G1, pouco antes de seguir para o hospital onde deu à luz, Sandra contou emocionada que a filha vai se chamar Ana Júlia Costa Gomes Ferreira. O nome foi escolhido pelo pai. Ela também disse que ele ia ser um "bom pai". Os dois viviam juntos há três anos. Eurico era o mais novo de sete irmãos e deixou mulher e dois filhos.
O músico Grinaldo de Jesus Ferreira, de 41 anos, irmão do falecido operador de elevador, também afirmou ao G1 que a sobrinha vai suprir em parte a perda do familiar. "Com o nascimento dela, a gente supera um pouco a perda", disse.
O acidente
Seis pessoas estavam no elevador no momento em que o equipamento despencou de uma altura de aproximadamente 18 metros. Dois trabalhadores morreram na hora e outros quatro foram socorridos e encaminhados para o Pronto Socorro de Cuiabá em estado grave. Um dos funcionários da obra que estava no hospital não resistiu e morreu ainda na tarde de quinta-feira (5), totalizando três vítimas fatais. Os trabalhadores mortos já foram enterrados.
Entre os três sobreviventes, segundo o médico Marcelo Sandrim, dois permanecem internados na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) de um hospital particular da capital. Já o terceiro, que está em melhores condições médicas, passou por uma cirurgia em um dos pés. Os três ainda inspiram cuidados médicos.
Obra interditadaO canteiro de obras do prédio que foi cenário das mortes de três trabalhadores foi interditado na sexta-feira por fiscais do Ministério do Trabalho. A chefe do Núcleo de Segurança da Superintendência Regional do Trabalho em Mato Grosso, Aline Amoras, disse que foram encontradas uma série de irregularidades em relação à segurança dos operários.

Ela afirmou ainda que os responsáveis pela obra deverão substituir o elevador que despencou de uma altura de 18 metros e causou a morte dos três operários, na manhã de quinta-feira (5), na capital. O equipamento, segundo a Superintendência do Trabalho, já havia sido interditado em outubro do ano passado após uma vistoria constatar 11 irregularidades, mas voltou a funcionar normalmente depois que a empresa resolveu os problemas apontados. O elevador tinha seis meses de uso.