sábado, 17 de março de 2012

sanecap

Após decisão do TRT e mais uma negociação, greve chega ao fim

Patrícia Sanches

17h55 - Após muita negociação, os servidores da Sanecap acabam de chegar a um entendimento com a Prefeitura de Cuiabá e decidiram encerrar a greve deflagrada na última segunda (16).
13h50- Tribunal Regional do Trabalho da 23ª região determinou nesta sexta (16) que 40% dos funcionários da Sanecap retornem imediatamento ao trabalho para que a distribuição de água na Capital seja restabelecida. A decisão é do desembargador Edson Bueno. Com a determinação judicial, os grevistas não podem impedir o acesso ao trabalho dos servidores que não são favoráveis à greve. “Sempre estivemos abertos ao diálogo, e continuamos favoráveis à negociação. A falta de água para a população não pode ser utilizada como instrumento de negociação da categoria”, pontua o prefeito Chico Galindo (PTB).
Na decisão, o desembargador pondera ainda que os grevistas estão impedidos de bloquear acesso às estações de tratamento e distribuição. Os servidores "cruzaram os braços" na última segunda (12). Desde então, o caos tomou conta da cidade e vários bairros estão sem água. A Justiça teve que agir porque a paralisação prejudicou ainda o funcionamento de creches, escolas e até de hospitais.
Para evitar que a população seja ainda mais penalizada e reverter a situação caótica, o TRT determinou que 40% dos servidores da área operacional e 30% dos da área administrativa volter a trabalhar imediatamente, enquanto continuam as negociações entre o sindicato da categoria e a prefeitura. O não cumprimento da decisão acarreta multa diária de R$ 20 mil. A expectativa é de que todo o abastecimento seja normalizado num prazo de três dias.
Reunião
Nesta sexta acontece nova rodada de negociação entre entre a gestão municipal e os trabalhadores na Procuradoria Regional do Trabalho, numa audiência de conciliação. O prefeito Chico Galindo estará presente.

TRE aprova conta de Silval, barra Wilson e deixa Mendes de molho

Gabriela Galvão

Silval Barbosa Os três principais candidatos ao Governo do Estado em 2010 começaram o ano em situações bem distintas na Justiça Eleitoral. Enquanto Silval Barbosa (PMDB), reeleito, já possui o certificado de quitação eleitoral, o terceiro colocado na disputa, Wilson Santos (PSDB), teve as contas reprovadas por R$ 550 e deve ter muita dor de cabeça até 2014. Já o empresário Mauro Mendes (PSB), que se articula para concorrer ao Palácio Alencastro, sequer teve os balancetes apreciados.
Segundo informações do TRE, Silval movimentou aproximadamente R$ 11 milhões em dinheiro na campanha à reeleição. O governador teve as contas aprovadas com ressalvas e, em seguida, enfrentou recurso do MP contra a decisão. A promotoria não concordou com o entendimento dos juízes eleitorais de que não houve prejuízos à fiscalização financeira da campanha em função do volume de dinheiro sacado na “boca do caixa”, sem transferências bancárias, com emissão de cheques diretamente aos credores. A Justiça Eleitoral, contudo, indeferiu o recurso da promotoria sob argumento de que a conduta foi devidamente justificada, com ausência de ilícito contábil ou má-fé.
Enquanto o peemedebista teve suas contas aprovadas, mesmo com questionamentos do MP, as do tucano foram rejeitadas. Wilson deixou de declarar em seu balancete R$ 550 referente à doação do PSDB. Com a nova resolução eleitoral, aprovada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) neste ano, contas reprovadas tornam o candidato inelegível. O tucano deve recorrer às instâncias superiores a fim de reverter a situação e estar apto a disputar, possivelmente, uma vaga na Câmara Federal em 2014. Wilson declarou R$ 43 mil em 2010, sendo R$ 25 mil em receitas e R$ 18 mil em despesas.
Mauro Mendes Já Mendes ainda aguarda a decisão da Justiça Eleitoral, mas deve estar apreensivo. O balancete de sua campanha em 2008, quando concorreu à Prefeitura de Cuiabá e acabou derrotado por Wilson, foi reprovado e o recurso ainda não foi apreciado pelo TSE. Ele prestou contas de R$ 6 milhões, mas houve falha em um recibo de R$ 3 mil. Segundo Mendes, trata-se de erro meramente formal. Em 2010, a campanha do empresário movimentou R$ 5,7 milhões, sendo R$ 3 milhões referente às receitas e R$ 2,6 de gastos. Também usou R$ 9,6 mil em bens.
No último pleito, Silval foi reeleito com 759.805 votos. Ele assumiu em abril de 2010 o governo em definitivo, assim que Blairo Maggi (PR) deixou o Governo para concorrer com sucesso ao Senado. Na corrida ao Paiaguás, Mendes sofreu a segunda derrota nas urnas, ao receber 472.475 votos, e Wilson teve a preferência de 245.527 eleitores, terminando em terceiro. Também concorreu Marcos Magno (Psol), que obteve 5.771 votos