terça-feira, 14 de agosto de 2012

por apenas 9 horasMilitar na fronteira vive com comida racionada e luz

 

Pelotões criam porcos para comer caso mantimentos demorem a chegar.
'Se alguém tentar invadir o Brasil, eu atiro', diz soldado recruta de 18 anos.

Tahiane StocheroDo G1, em São Paulo
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exercito_infografico_versao13agosto_300 (Foto: Editoria de Arte/G1)
A vida em um destacamento militar nas fronteiras do país não é fácil: horas de luz são cronometradas, e a comida é racionada quando o avião que leva mantimentos uma vez por mês não pousa no dia marcado. Apesar do adicional de 20% sobre o soldo base, quem aceita trabalhar nessas regiões enfrenta dificuldades de transporte e de comunicação, tendo que suportar a incômoda distância da “civilização” e dos familiares.
O G1 publica, ao longo da semana, uma série de reportagens sobre a situação do Exército brasileiro quatro anos após o lançamento da Estratégia Nacional de Defesa (END), decreto assinado pelo ex-presidente Lula que prevê o reequipamento das Forças Armadas. Foram ouvidos oficiais e praças das mais diversas patentes - da ativa e da reserva -, além de historiadores, professores e especialistas em segurança e defesa. O balanço mostra o que está previsto e o que já foi feito em relação a fronteiras, defesa cibernética, artilharia antiaérea, proteção da Amazônia, defesa de estruturas estratégicas, ações de segurança pública, desenvolvimento de mísseis, atuação em missões de paz, ações antiterrorismo, entre outros pontos considerados fundamentais pelos militares.

Ao contrário dos soldados que se alistam para uma missão de paz, como no caso do Haiti, onde o Brasil construiu uma base com academia, ar-condicionado e rede de internet sem fio, os pelotões de fronteira são carentes de infraestrutura básica, como redes de esgoto, água e energia. Carros e barcos usados no dia a dia estão defasados. Os militares criam porcos para comer em caso de necessidade.

“A maior dificuldade aqui é termos apenas nove horas de energia. O material que precisamos é trazido uma vez por mês, em avião da FAB. Sabemos quando deve vir porque nos perguntam, uma semana antes, o que precisamos. Daí ficamos esperando. Não tem data prevista. Um vez o avião atrasou dois meses e tivemos que fazer racionamento”, conta o tenente Renzo Silva, de 23 anos, subcomandante do Pelotão Especial de Fronteira (PEF) de Bomfim - na fronteira de Roraima com a Guiana -, que comandou, por um ano, o PEF na unidade indígena de Auaris - na divisa de Roraima com a Venezuela.
A oferta de luz depende da quantidade de combustível disponível para o gerador. Normalmente, são duas horas pela manhã (das 9h30 às 11h30), duas horas e meia à tarde (das 13h30 às 16h) e mais quatro horas e meia à noite (18h30 às 23h).
”Quem tem insônia tem que ficar deitado na cama, esperando o tempo passar”, diz Renzo Silva.

Quando o G1 visitou o PEF de Bomfim, em maio, a mulher do comandante da unidade havia sido picada na noite anterior por um escorpião e teve de ser levada para a capital Boa Vista. O militar teve de deixar o posto para acompanhá-la.
“Aqui tem animal peçonhento, cobra, escorpião. Meu maior medo é que minha filha de 10 meses coloque algo na boca. Não há acesso fácil a uma unidade de emergência”, diz a sargento Aline Marriette, de 29 anos.

Ela e o marido, o sargento paraquedista Pedro Rogério Martins Rosa, viviam em Nova Iguaçu (RJ) e trabalhavam em quarteis da capital fluminense até que decidiram, em janeiro de 2012, pedir transferência para a fronteira.

“Viemos para conhecer uma outra realidade do nosso Brasil. O Exército nos dá a oportunidade de conhecer cada pedacinho do país. A família sente saudades, mas aqui, pelo menos, não tem a violência que tínhamos no Rio. É uma vida mais sossegada”, diz Aline. “A babá que veio comigo do Rio enlouqueceu em um mês. Não quis ficar mais aqui e voltou”, relembra.
A babá que veio comigo do Rio enlouqueceu em um mês. Não quis ficar mais aqui e voltou”
Aline Marriette, sargento
exercito_especial_cronograma_dia2 (Foto: Editoria de Arte/G1)
O maior problema para a atuação nas fronteiras é a ausência do Estado. São mais de 17 mil quilômetros de divisas, com 10 países, que são fluxo de criminalidade, com tráfico de drogas, armas, contrabando. Para vigiar as fronteiras, o Exército pretende implantar, até 2024, o Sistema Nacional de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), que promete ver tudo o que ocorre nessas regiões e que começará a ser implantado ainda em 2012, em Mato Grosso do Sul.
Na fronteira da Amazônia, o Exército conta, atualmente, com 21 pelotões - bases avançadas para a vigilância das divisas do país. Segundo o general Eduardo Villas-Boas, comandante militar na região, a construção de cada unidade custa mais de R$ 20 milhões. Há um projeto para inaugurar outras 28 até 2030.
Cada unidade abriga entre 20 e 60 soldados, que seguem uma rotina baseada no triângulo “vida, trabalho e combate” - uma espécie de mantra para o militar não “enlouquecer” na selva.

“O Exército tem poder de polícia numa faixa de 150 quilômetros da fronteira para dentro do país. Se não é a gente aqui, passa contrabando, drogas, armas. Destroem nossas matas, nossa floresta. Nós vivemos e morremos por essa mata”, diz o cabo Samuel Nogueira.
Em Cleverlândia do Norte, em um destacamento militar no Oiapoque, fronteira do Amapá com a Guiana Francesa, o soldado Fernando Ferreira, de 18 anos, recruta e com apenas 3 meses de treinamento, é o sentinela. “Tem alguém tentando invadir o Brasil?”, pergunta um oficial. “Não senhor!”, responde ele.
“Se alguma embarcação ou aeronave entrar no nosso território, eu tento o contato para mandar parar. Se não responder, eu posso atirar. Estou defendendo meu país”, afirma Fernando Ferreira. O trânsito no Oipoque é intenso por causa de garimpos no Rio Sequri, em território francês, que atraíram mais de 20 mil brasileiros. Também há relatos de tráfico de mulheres e crianças entre os dois países.

Na região, as operações para reprimir garimpos e desmatamento são intensas. Para levar comida, remédios e utensílios às tropas que passam dias em mata fechada, o soldado Edvin Benaiu, de 22 anos, foi treinado para pilotar as lanchas e barcos diante das piores adversidades. “Para chegar nos postos de Grand Rochele e Salto do Caxiri, onde alguns dos nossos militares ficam, tem que enfrentar o rio Oiapoque com correnteza e encachoeirado. Para não encalhar, tem que tirar tudo do barco, colocar nas costas, transpor as pedras, e seguir rio acima. É uma aventura”, conta.
O barco a motor leva quatro mil quilos de mantimento e demora até seis dias para chegar nas unidades. Por causa das corredeiras ou quando o rio está cheio, em alguns pontos só é possível navegar com "ubás", barcos indígenas que usam um tronco de madeira único. Embarcações de alumínio não resistem ao choque com as pedras e acabam danificadas.
exercito_personagens_fronteiras_300 (Foto: Tahiane Stochero/G1)Sargento Aline Mariette deixou o Rio com o marido
para trabalhar na divisa da Amazônia; soldado atua
como sentinela em posto da fronteira do Amapá
com Guiana Francesa (Foto: Tahiane Stochero/G1)
“Na Amazônia, a logística é feita de barco para os pelotões de fronteira ou, em grandes quantidades, de avião, onde não tem como chegar via fluvial”, diz o general Villas-Boas.

O Batalhão de Aviação do Exército, sediado em Manaus, conta com apenas 12 helicópteros para atender as tropas de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá. Os veículos são usados apenas para operações. “Não podemos fazer logística com helicóptero, levar mantimentos. O custo é muito caro. Para isso, usamos embarcações”, afirma o general Villas-Boas.
A Estratégia Nacional de Defesa pauta-se por dissuadir a concentração de forças hostis nas fronteiras terrestres e desenvolver as capacidades de monitorar e controlar o território"
Trecho da Estratégia Nacional de Defesa
A previsão é de que oito novos helicópteros estejam disponíveis até o fim de 2012. Na Amazônia, a hora de voo de um helicóptero varia entre R$ 11.588,70 (Cougar) e R$ 14.183,65 (Black Hawk). Já a hora de voo de um avião cargueiro como o Hércules, capaz de levar até 18 toneladas de mantimentos para os pelotões de fronteira, custa US$ 7.800 (cerca de R$ 15.800), incluindo manutenção, gasolina e pagamento de pessoal.
Região de disputas
Na fronteira do Pará com a Guiana Francesa e o Suriname, em área de difícil acesso disputada por garimpeiros, o PEF de Tiriós é a única base em mais de 1.300 quilômetros.
A região, vista como um ponto cego pelos militares, preocupa o comando da Amazônia que, em maio, mandou que homens especializados desbravassem a região. Foi a primeira vez que o Exército pisou na tríplice fronteira, inexplorada até então pelos órgãos públicos, segundo o general Villas-Boas.
No PEF do Brasil, a 12 km do Suriname, não há como chegar por estradas nem por rio. A base começou a ser usada pelos militares em 2003, mas a pista de pouso, que permite que os militares recebam mantimentos, só foi construída em 2010.

Ao contrário dos outros PEF, onde os militares passam um ano e moram com as famílias, a falta de infraestrutura faz com que o remanejamento dos soldados seja feito a cada 60 dias. “Uma vez tentamos vir pelo rio Paradoeste, a partir de Belém. Levou 42 dias e perdemos várias embarcações. As hélices das voadeiras batem nas pedras e acabam danificadas”, relembra o tenente Helder Reinaldo, de 23 anos, comandante do pelotão.
exercito_barcos_especial_300p (Foto: Tahiane Stochero/G1)Rios amazônicos são perigosos para navegar, com
cachoeiras e pedras (Foto: Tahiane Stochero/G1)
O efetivo ideal da unidade seria de 40 homens, mas sempre está defasado (chegou a ter apenas 17). A extensão da área significa que, se fossem espalhados, cada um dos 35 militares seria responsável pela cobertura de 39,5 quilômetros quadrados de fronteira.
Aqui, o papai do céu ajuda muito. Sempre dá um jeito”
Iara Simão, tenente médica
Em maio, quando o vice-presidente, Michel Temer, visitou a unidade, o general Carlos Roberto de Sousa Peixoto aproveitou para pedir socorro. “Chega a ter quatro horas de luz por dia aqui e eu não consigo mandar um gerador mais potente, porque não vem avião com peso sobrando”, desabafou.
Já a tenente médica Iara Simão teve de aprender a atirar e anda sempre acompanhada de seguranças quando atende militares e indígenas na mata. A jovem de 29 anos morava com o marido, agente da Polícia Federal, no Rio de Janeiro. Eles foram transferidos para o Oiapoque no início de 2012.

“Às vezes os militares tem de ser retirados da selva para a base com doenças graves, como leishmaniose, malária, picadas de animais ou outras complicações. O trajeto de barco até nossa base pode demorar até seis horas. A gente faz de tudo para salvá-los. Aqui, o papai do céu ajuda muito. Sempre dá um jeito”, diz Iara.

“Eu e meu marido decidimos vir para cá buscando uma experiência nova, mas não é fácil abrir mão da família, da nossa casa, de restaurantes bons. Aqui, a gente precisa do básico para sobrevier”, acrescenta a oficial.
barcos_sede_fronteiras_620 (Foto: Tahiane Stochero/G1)Setor fluvial no Oiapoque tem barcos de madeira para patrulhar área amazônica (Foto: Tahiane Stochero/G1)

Educação

Enquanto média nacional era de R$ 167, Cuiabá arrecadava só R$ 38

Gabriela Galvão

Foto: RDNews
Foto: RDNews -- Guilherme Muller
Guilherme Muller
Com uma arrecadação per capita de R$ 302 em 2009, a Prefeitura de Cuiabá ficava mais de R$ 200 abaixo da média das Capitais do país, quando levada em conta a receita com tributos próprios, sendo IPTU, ISSQN, ITBI e taxas. Além disso, enquanto a média nacional de arrecadação com IPTU era de R$ 167, na Capital cada pessoa contribuía com apenas R$ 38. Com a correção da planta genérica do município, no entanto, em 2010 já foi arrecadado R$ 80 por pessoa com o imposto e, neste ano, o mínimo será R$ 112. Os dados são do secretário municipal de Fazenda Guilherme Muller, com base no planejamento estratégico da prefeitura. Mesmo com o aumento de 195%, contudo, ele ressalta que Cuiabá ainda esta significativamente abaixo da média nacional.
A arrecadação pífia do Palácio Alencastro desde 2000, quando entrou em vigor a Lei de Responsabilidade Fiscal, também ficou caracterizada quando comparada a outras duas Capitais do Centro Oeste: Goiânia e Campo Grande. “Cuiabá estava muito abaixo da média. Só arrecadávamos 60% da média das capitais”, reforçou o secretário em entrevista exclusiva ao RDNews.
Há 3 anos, quando a receita média das Capitais com os tributos próprios era de R$ 506 e de Cuiabá de R$ 302, Campo Grande (MS) arrecadava R$ 479 por pessoa e Goiânia (GO) R$ 506. No IPTU, a realidade não era diferente. A Capital do Mato Grosso do Sul tinha uma receita de R$ 185 e de Goiás de R$ 180, contra os R$ 38 de Cuiabá.
Quando a referência era o ISSQN, a média nacional era de R$ 337 e Cuiabá arrecadava apenas R$ 178. Já em relação ao ITBI, no país a média era de R$ 51 e na Capital de R$ 16. “Então, vimos que tinha problema e quando assumi a secretaria, em 2009, passamos a trabalhar uma forma de solucioná-lo”, conta Muller.
No IPTU, um dos principais condicionantes da arrecadação, o secretário explica que um dos problemas é o fato de Cuiabá ter a menor alíquota de todas as Capitais do país, sendo 0,4%, ao passo que em Campo Grande e Goiânia é de 1%. “O proprietário paga R$ 400 de imposto num imóvel avaliado em R$ 100 mil. Se a alíquota fosse de 1%, pagaria R$ 1000. Além disso, esse mesmo imóvel era avaliado em R$ 50 mil, pois a planta genérica estava defasada, então o proprietário pagava apenas R$ 200 de IPTU”, exemplifica.
Ao ser analisada uma forma de aumentar a arrecadação, no entanto, Muller afirma que se descartou a possibilidade de majorar o custo da alíquota, pois é politicamente difícil “encarecer o imposto”. Por isso, foram corrigidos os valores dos imóveis. O secretário lembra que a alíquota da Capital chegou a ser de 0,6%, mas quando Roberto França (DEM) assumiu a prefeitura, em 1996, baixou para 0,4%.
Assim, conforme Muller, com o baixo valor da alíquota, aliado ao elevado índice de inadimplência, que entre os donos de terreno chega a 80% e de prédio a 20%, num índice médio de 40%, chegava-se aos R$ 38 por pessoa em 2009. A inadimplência, por sua vez, caiu apenas 5%. “Quando se aumenta o valor, as pessoas pagam, pois a dívida fica muito alta. Em Campo Grande, onde o imposto é muito mais caro, o débito é de apenas 8%. Nossa meta é chegar a média dessas Capitais até 2019, quando Cuiabá completa 300 anos”.

Caso Mensalão

Lula ordenou mensalão, diz advogado de Jefferson

De Brasília - Catarine Piccioni
Lula ordenou mensalão, diz advogado de Jefferson
O advogado Luiz Francisco Corrêa Barbosa, que defende Roberto Jefferson (PTB), reafirmou nesta segunda-feira (13) – em sustentação oral no Supremo Tribunal Federal – que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, deveria oferecer denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que, segundo ele, foi o “mandante” do esquema do mensalão. Barbosa sustentou que Jefferson avisou Lula no início de 2003, mas que nada foi feito.

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O advogado afirmou que, quando vieram a público os vídeos com denúncias de corrupção nos Correios, “aí ele (Jefferson) percebeu a manobra que vinha dos intestinos de quem estava envolvido no governo e ele denunciou o esquema em entrevista”. “Só se sabe disso pela palavra dele", argumentou Barbosa, acusando Gurgel de ser negligente quanto às denúncias contra Lula. Chamou a procuradoria de "caixa-preta"

Barbosa confirmou o recebimento de R$ 4 milhões por Jefferson, mas disse que o dinheiro era para pagar dívidas de campanha. Jefferson é acusado de receber R$ 500 mil para pagar dívidas de campanha e R$ 4 milhões numa negociação em que vendeu o apoio do PTB para o PT. O acordo previa o recebimento de R$ 20 milhões, mas o valor total nunca teria sido pago.

"Ele (procurador) deixou de fazer o seu trabalho. Se a origem desses recursos ainda não foi identificada, então denúncia pra quê?”, criticou Barbosa. E, sobre o ex-presidente, finalizou: "Lula traiu a confiança do povo". Barbosa repetiu que Lula não tomou providências para investigar a primeira denúncia de Jefferson sobre o mensalão, em janeiro de 2003. "Acho até que é crime de responsabilidade isso".

No entendimento de Barbosa, Lula seria o verdadeiro chefe do esquema. "Não só sabia como ordenou tudo o que essa ação penal escrutina. Aqueles ministros eram executivos dele. O presidente não é só safo, ele é doutor honoris causa em universidades internacionais. Mas é um pateta? Tudo isso aconteceu sobre suas barbas e nada. Não só sabia como ordenou tudo isso”. Citou ainda que empréstimos do BMG e do Banco Rural ao PT, que teriam irrigado o mensalão, estão ligados a um decreto de Lula que permitiu os bancos privados a concederem crédito consignado.

Sobre a viabilidade jurídica de Lula passar a responder pelo caso, o advogado disse ter indicado os seguintes "dispositivos legais" ao tribunal: diligências ou desmembramento.

Roberto Jefferson é o delator do mensalão. Em entrevista à Folha de S. Paulo em 2005, o então deputado federal revelou um esquema de pagamento mensal a deputados para que eles votassem a favor do governo no Congresso. O petebista foi cassado pela Câmara em 2005. Atualmente, ele é presidente do PTB, partido que apoia o governo Dilma Rousseff no Congresso.

Acidente Fatal em MT

Fazendeiro morre após batida frontal de F-250 com bitrem em estrada de chão em MT

De Sinop - Alexandre Alves
Foto: MT Notícias
Fazendeiro morre após batida frontal de F-250 com bitrem em estrada de chão em MT
O produtor rural Adolfo Henrique Ferronato, de 80 anos, morreu nesta segunda-feira, no começo da tarde, depois que a caminhonete F-250 em que ele estava bater frontalmente com um caminhão Volvo carregado com algodão, na MT-204 (que ainda não é pavimentada).

O acidente foi a cerca de 20 quilômetros de Sorriso (412 km ao Norte de Cuiabá). A caminhonete era dirigida pelo filho de Adolfo, Josemar Ferronato, que sofreu fraturas nas pernas e foi levado pelos bombeiros para um hospital.

Os dois haviam acabado de deixar a fazenda rumo à cidade e, a cerca de um quilômetro da fazenda, A caminhonete foi ultrapassar uma carreta bitrem. Como havia muita poeira, Josemar não teria visto o caminhão Volvo no sentido contrário.

A batida foi muito violenta e a cabine do Volvo ficou praticamente em cima do capô da caminhonete. Os bombeiros precisaram usar o desencarcerador para retirar pai e filho das ferragens.

Politica

Maluf faz pedido para AGU interceder pelo VLT

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Redação do GD
O candidato a prefeito de Cuiabá o deputado Guilherme Maluf (PSDB) protocola nesta segunda-feira (13) na Advogacia Geral da União em Mato Grosso pedido para o procurador Alexandre Vitor Murata Costa interceder junto ao Governo Federal pela continuidade das obras do VLT em Cuiabá. A decisão do candidato veio após a liminar do juiz federal substituto Marllon Sousa que determinou a suspensão do contrato firmado para a construção do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) ) em Cuiabá.
O magistrado acatou ação civil pública proposta pelos Ministérios Público Federal (MPF) e Estadual (MPE) no dia 03 de agosto e proibiu a continuidade de todos os projetos ou obras em andamento destinados a implantação do modal de transporte para a Copa do Mundo de 2014. Na decisão proferida na terça-feira (07) o magistrado determina multa diária de R$ 30 mil em caso de descumprimento.
O magistrado determinou ainda que a União suspenda qualquer repasse relativo ao empréstimo concedido com recursos do FGTS e Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), bem como o bloqueio de quaisquer valores repassados ao estado de Mato Grosso ou ao Consórcio VLT Cuiabá, que tenham relação com o contrato suspenso.
No despacho, o juiz federal determina que os presidentes do BNDES e da Caixa Econômica Federal (CEF), este como órgão operador do FGTS, informem em 72 horas se houve algum repasse de verbas públicas para custeio das obras do VLT em Cuiabá, relacionada com o contrato agora suspenso. O juiz esclarece que qualquer inércia por parte dos responsáveis pelas 2 instituições bancárias acarretará comunicação ao Ministério Público Federal para instauração de procedimento criminal, para verificação da ocorrência do crime de desobediência, além de procedimento para averiguação da prática de ato de improbidade.
De acordo com a ação, a investigação conjunta dos Ministérios Públicos identificou uma série de irregularidades que vão desde a escolha do modal de transporte público até o estudo de viabilidade adequado. Para os procuradores da República, Rodrigo Golívio e Ana Carolina Tannús Diniz e o promotor de Justiça Alexandre Guedes, que integram o Grupo Especial de Fiscalização do Planejamento e Execução da Copa do Mundo de Futebol 2014 (Geacopa 2014), “a falta de planejamento na operação do modal, a inexistência de política metropolitana de trasporte coletivo e o fato de não haver possibilidade da obra ficar pronta dentro do prazo e nem de cumprir os custos estabelecidos tornam o projeto inviável”.
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