segunda-feira, 2 de abril de 2012

Bope de Mato Grosso está entre os melhores do Brasil

01.04.2012 | 13h43 - Atualizado em 02.04.2012 | 12h48
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Batalhão foi criado para garantir que o Estado se faça presente onde e quando for necessário

Katiana Pereira/MidiaNews
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A Tropa de Elite de Mato Grosso é uma das referências em matéria de operações especiais no Brasil
KATIANA PEREIRA
DA REDAÇÃO
A Tropa de Elite de Mato Grosso abriu os portões do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e mostrou ao MidiaNews por que está entre as melhores tropas policiais especializadas em combates urbanos e rurais do Brasil. O batalhão é, hoje, uma referência no Brasil.

O Bope atua em Mato Grosso desde 1988, com a criação da Companhia de Operações Especiais (COE), constituída com a finalidade de preencher a lacuna no combate ao crime organizado.

Com o desmembramento do batalhão da 2ª Companhia (Rotam), em 2009, o Bope passou a ser constituído somente pelo efetivo remanescente da Companhia de Operações Especiais e, hoje, é formado por aproximadamente cem policiais militares, que atuam nas mais diversas funções.

O Bope não foi criado para ser a solução para os problema da Segurança Pública. Mas, sim, para garantir que o Estado se faça presente onde, e quando, for necessário.

O batalhão atua no combate ao crime organizado, na captura ou neutralização de seus agentes; captura de bandidos, fortemente armados e entrincheirados; resgate de pessoas mantidas reféns; controle em rebeliões de presos.

O Bope também presta apoio ao Departamento do Sistema Penitenciário (Desipe), nas escoltas de presos de alta periculosidade. A Tropa de Elite de Mato Grosso é especializada em operações especiais de longo período, em áreas rurais e terrenos pantanosos.

Missão cumprida

Em situações extrema de insegurança, o batalhão deve prover o negociador e planejar a melhor forma de devolver a segurança ao cidadão. Em alguns casos, quando não há mais como negociar, o militar do Bope terá que usar o tiro de comprometimento. Isso ocorre quando uma pessoa é tomada como refém e já se esgotaram todas as possibilidades de negociação. Nesse caso, é matar o bandido e impedir que o refém morra.

Em situações como essa, entra em ação o "sniper", o atirador de precisão. Cabe a esse policial a missão de abater o bandido, com um único tiro e salvar o refém. Não há possibilidade de haver o mínimo erro, por isso os militares do Bope usam o lema: “Missão dada é missão cumprida”.

Caveiras

Os militares do Bope usam a caveira como símbolo e assim são conhecidos. A caveira simboliza o raciocínio, inteligência e a missão para as "Operações Especiais". A faca na caveira simboliza a vitória da vida sobre a morte.

Esses policiais estão prontos para o enfrentamento 24 horas por dia. Eles são colocados em ação nos momentos mais críticos de insegurança pública. Os Caveiras são os policiais mais bem treinados e preparados de todo o Estado. Um seleto grupo de militares que fizeram do Bope a sua filosofia de vida.

Um Caveira tem que seguir onze mandamentos essenciais ao desempenho de sua função: agressividade controlada, controle emocional, disciplina consciente, espírito de corpo, honestidade, iniciativa, lealdade, liderança, perseverança e versatilidade.

Ingresso no Bope
Para ingressar no Bope, o policial militar deve se inscrever no Curso de Operações Especiais (Coesp) ou no Curso de Ações Táticas (CAT). Os dois cursos são oferecido pelo Estado para soldados, cabos e sargentos. Os que não conseguem concluir todas as etapas de cada curso são desligados.

O CAT tem duração de aproximadamente 50 dias e um custo estimado em R$ 400 mil cada turma. Os operadores são preparados com técnicas de tiro especial, negociações, operações em selva e patrulha.

Já no Coesp, que tem custo médio de R$ 900 mil, os militares ficam até cinco meses estudando e treinando táticas de enfrentamento. O curso prepara os militares para operar, planejar e treinar outros policiais. Eles fazem curso de mergulho em queda livre, salto de paraquedas e trabalho em montanha.

Os aprovados no curso do Coesp também passam por aprendizagem de artes marciais, como jiu jitsu, muay thai e kombate. Além do treino específico para a atividade policial.

O comandante do Bope, major Jonildo José de Assis, disse ao MidiaNews que não é fácil e nem barato treinar um profissional para ingressar na Tropa de Elite.

“Não é fácil formar um policial para o Bope, e também não é toda pessoa que pode se candidatar. O militar que quer ser um caveira tem que ter uma carreira com postura irrefutável, não admitimos nenhum tipo de desvio de conduta. Esse policial vai passar por exames de saúde, psicológico, testes físicos. Somente depois que passar nesses filtros, ele será chamado para fazer o curso. Se passar, ele tem o compromisso de ficar pelo menos dois anos na tropa. É um curso de alto valor, é muito caro formar um policial do Bope”, explicou o major.

Cursos de especialização
O Bope de Mato Grosso é a única Polícia que forma atiradores de precisão. O capitão Marcos Eduardo Paccola é considerado um dos melhores snipers do Brasil, e é instrutor no curso de atirador policial de precisão.

Paccola já capacitou policiais que atuam em Unidades de Operações Especiais de Mato Grosso, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pará, Ceará, Pernambuco, Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal, Alagoas e Maranhão.

Atualmente, o Bope está capacitando policiais para atuarem como explosivista. O capitão Fabiano Pessoa recebeu esse mesmo treinamento na Colômbia. Agora, ele é o responsável por disseminar o conhecimento para outros policiais.

"Novo Cangaço"

O Bope é essencial nos casos de envolvem assaltos com reféns. Em 2011, a Tropa de Elite saiu à caça de quadrilhas que atuam na modalidade Novo Cangaço.

Os Caveiras usam táticas de buscas na selva, uma especialidade o Bope de Mato Grosso. O capitão Fernando Santiago revelou que é preciso muito preparo para enfrentar situações desse tipo.

“Em 2011, passei praticamente cinco meses fora de casa, somente resolvendo situações desse tipo. Somos chamados para caçar os bandidos, já chegamos com mais de seis horas de diferença, no local do assalto e conseguimos rastrear. As constantes ações do Bope diminuíram o poderio de quadrilhas Novo Cangaço. A missão nunca é fácil, mas somos preparados para suprir as dificuldades. Não sabemos o que vamos encontrar, mas estamos preparados para o que vier”, disse Santiago.

Estrutura
Atualmente, o Bope possui uma Companhia de Intervenção Tática, constituída pelos Caveiras. Eles são responsáveis por realizar as operações policiais de alta complexidade.

O Batalhão possui ainda uma Companhia de Gerenciamento de Crises e Contra Terror, constituída de policiais militares especialista da área de negociação, explosivos, e tiro policial de precisão. Os Caveiras também são responsáveis pela Companhia de Intervenção Tática, que é usada para resolução de situações consideradas de altíssima complexidade.

O Bope possui também a companhia de comando e serviço, que é constituída de policiais militares responsáveis por atuar na segurança das instalações, controle e manutenção dos armamentos e equipamentos.

Existe também um Núcleo de Inteligência formado por policiais militares que fazem o levantamento de informações para planejar as operações. A seção administrativa é constituída de policiais militares responsáveis pelas atividades de controle dos recursos humanos, planejamento e estatística.
Judô Bope

O batalhão mantém o projeto Judô Bope, que atende 300 crianças de quatro a 16 anos. Não há custo nenhum para os aprendizes, que ganham até o quimono.
Para participar, os menores devem estar estudando, precisam de uma autorização dos pais. Quem faltar três aulas é desligado do programa. Também não é permitido que alunos usem o que aprenderam em brigas de rua ou competições.

O sargento Adalberto Correa Júnior é o idealizador e explicou que a finalidade não é apenas dar aulas de artes marciais, mas sim formar cidadãos.

“Damos o curso de judô, mas o foco principal é a disciplina. Temos esse diferencial das outras academias. Queremos que nossos discípulos aprendam a ter disciplina e a ser cidadãos de bem. Nossas regras são rígidas e levamos todas a sério. Os alunos tem que saber que fazem parte do Bope e isso é uma grande responsabilidade”, disse.

O projeto foi executado com doações de médicos, empresários, e voluntários que reformaram o tatame e adquiriram os quimonos.

Trinta anos após guerra, argentinos e britânicos ainda disputam Malvinas

02/04/2012 08h46- Atualizado em 02/04/2012 12h59

 

Manifestações devem ocorrer em Buenos Aires nesta segunda.
Discursos contra o domínio britânico ficaram mais duros nos últimos anos.

Da Associated Press




A campanha da presidente argentina, Cristina Kirchner, para obrigar a Grã-Bretanha a entregar as Malvinas talvez alcance nesta segunda-feira (2) seu ponto máximo durante os 30 anos de aniversário da falida ocupação argentina ao arquipélago do Atlântico Sul. Cristina estava disposta a encabeçar manifestações patrióticas que ocorrerão nesta segunda e a discursar novamente exigindo que os britânicos reconheçam a soberania argentina das Ilhas Malvinas, que eles chamam de Ilhas Falkland.
Os esquerdistas convocaram uma marcha até a embaixada britânica em Buenos Aires. Ganhadores do Prêmio Nobel da Paz acusaram a Grã-Bretanha de militarizar as ilhas, e dirigentes sindicais celebraram seu boicote a barcos de carga e cruzeiros britânicos.
Nas últimas semanas, ministros do gabinete argentino pediram a empresas que encontrem alternativas à importação britânica e ameaçaram levar a juízo os intervencionistas britânicos que canalizarem capital para as ilhas. Outros países latinos também expressaram solidariedade à Argentina.
No entanto, nenhuma dessas ações parecem aproximar o país latino-americano da recuperação do local onde, afirmam, foram expulsos em 1833 por forças britânicas - que o administra há 150 anos como sua colônia e assegura que não há nada para negociar, já que as ilhas são um território autônomo britânico ultramar e determinam seu próprio destino. Grande parte dos moradores da ilha desejam continuar sob comando britânico.
Menina lê os nomes dos soldados arentinos mortos na guerra de 1982, em monumento de Ushuaia (Foto: Natacha Pisarenko/AP)Menina lê os nomes dos soldados arentinos mortos na guerra de 1982, em monumento de Ushuaia (Foto: Natacha Pisarenko/AP)
Sem um avanço verdadeiro, as partes têm intensificado seu discurso e endurecido suas posturas. Em emails e redes sociais, os argentinos chamam os moradores locais de "piratas" e se referem aos habitantes com o termo "kelpers".
A Argentina tenta diversas formas de cortejar, ocupar, negociar, ameaçar com seu regresso às ilhas nas últimas quatro décadas. Em 1930, o país estabeleceu um elo direto com Bueno Aires: os abasteciam de gasolina, pagavam a educação das crianças e tentava construir vínculos.
A Grã Bretanha negociava com os moradores para que aceitassem uma entrega das ilhas ao estilo de Hong Kong antes que a junta militar argentina decidisse lançar a invasão em 2 de abril de 1982. Acreditava-se que os soldados argentinos seriam recebidos como libertadores, mas em pouco tempo advertiram que os locais queriam continuar sendo britânicos e que uma frota naval havia zarpado da Inglaterra para recuperar as ilhas.
A junta enviou milhares de novos recrutas sem apoio logístico nem sequer com roupa suficiente para se proteger do frio. Os soldados argentinos combateram com força, mas não tiveram oportunidade de vencer.
mapa das ilhas malvinas (Foto: Editoria de Arte / G1)
As forças argentinas se renderam em 14 de junho, ao fim de uma luta em que morreram 649 argentinos e 255 britânicos. Três habitantes locais perderam a vida devido ao fogo cruzado.
Na década de 1990 houve outras tentativas de construir vínculos: vários acordos para dividir os direitos de pesca e exploração petrolífera, vínculos marítimos e aéreos, entre outros. mas quase todos os acordos foram abandonados em 2003, depois que o marido falecido de Cristina, Néstor Kirchner, foi presidente e empreendera o isolamento das ilhas. Ações deste tipo se intensificaram desde então.
"Trinta anos e estamos igual, nos preocupa voltar a viver o mesmo, outra invasão. Não queremos que se repita.", disse a moradora Mary Lou Agman à agência de notícias Associated Press.
Centenas entre os 3 mil residentes das ilhas participaram de manifestações neste domingo com bandeiras britânicas e das Malvinas, enquanto observavam um desfile da Força de Defesa local que marchou na rua principal

Crianças encontram cadáver dentro de valeta d’água enquanto brincavam

02/04/2012 - 12:25

 

De Sinop - Alexandre Alves
O corpo de um andarilho conhecido como “Tiozinho” foi encontrado por crianças ontem (1º) à tarde dentro de uma manilha d’água, no valetão da avenida Perimetral Norte, em Sinop. Um menino avistou o cadáver quando foi pegar seu chinelo que caiu naquele buraco.

As crianças chamaram alguns adultos, que consequentemente acionaram a Polícia Militar. Os policiais chamaram o rabecão do Instituto Médico Legal e, com auxílio dos bombeiros, o cadáver foi retirado da manilha.

Em análise preliminar, os peritos da Polícia Técnica não constataram nenhuma lesão externa no corpo que pudesse apontar as causas da morte. Porém, os exames feitos pelos médicos legistas poderão elucidar o óbito.

Populares informaram à PM que “Tiozinho” tinha o nome de Donizete. Segundo os moradores, ele era andarilho e sempre estava embriagado nas ruas do bairro. Uma das suspeitas é que o homem tenha caído na valeta, embriagado, e morrido afogado pela enxurrada.

Cuiabá e Sorriso vencem; Mixto apenas empata no Estadual

02/04/2012 - 11:35

 

De Barra do Garças - Ronaldo Couto
Foto: Gilmar da Silva RamosCuiabá disparado o melhor time. Barra a caminho da 2ª divisão Cuiabá disparado o melhor time. Barra a caminho da 2ª divisão
O Cuiabá continua sendo disparadamente o melhor time do Campeonato Mato-grossense. Nesse sábado (31), o Dourado derrotou por 3 a 1 ao Barra do Garças Futebol Clube.

Com a vitória, o Cuiabá amplia para mais de 10 pontos a diferença dele para o segundo colocado, o Mixto que empatou em Campo Verde.

Quem se deu bem nessa rodada foi o Sorriso que venceu o Vila Aurora em Rondonópolis e saiu da incomoda da zona de rebaixamento.

No Dutrinha, Cuiabá com dois gols do habilidoso Fernando derrotou o Barra por 3 a 1. Marcelo marcou o terceiro do Dourado e Paulo Henrique Carioca diminuiu para o Galo. Com a vitória, o Cuiabá chega a 38 pontos ganhos e garante antecipadamente o 1º lugar.

Nas semifinais, o Cuiabá enfrentará o 4º colocado que hoje está sendo ocupado pelo Luverdense. A derrota agrava mais ainda a crise do Barra que corre sério risco de ser rebaixado pela primeira vez para segunda divisão.

O time fundado em 1978 sempre disputou a 1ª divisão e ficou ausente somente em 2000 quando pegou uma licença. O Galo da Serra para escapar do rebaixamento vai ter que vencer os dois jogos que lhe restam em casa contra Mixto e REC e torcer por tropeços do Palmeiras, Sorriso e o próprio REC.

Em Campo Verde, o Atlético empatou de 1 a 1 com Mixto. Gols Julian aos 5 minutos para alvinegro e Alê aos 8 minutos para o Atlético do segundo tempo. O Mixto permanece em 2º lugar com 27 pontos. O Atlético em 6º lugar com 17 pontos. Em Rondonópolis, a surpresa da rodada até aqui.

O Sorriso venceu por 1 a 0 ao Vila Aurora gol assinalado por Danilo aos 16 minutos do 2º tempo. Com a vitória, o time do nortão chega a 16 pontos em 8º lugar. Vila que tinha a chance de chegar à vice-liderança permanece em 3º lugar com 26 pontos.

A rodada foi aberta na sexta-feira (30) com o União goleando o Palmeirinhas por 4 a 1. Gols de Rafael, Daniel, Buiu e Lucas Costa para o Colorado: e Rochinha descontou para o Periquito do Porto que está na penúltima colocação com 14 pontos.

A 16ª rodada será encerrada neste domingo (1) com REC enfrentando o Luverdense, às 19 horas, no Luthero Lopes em Rondonópolis.

Classificação


1º) Cuiabá 38 pontos
2º) Mixto 27 pontos
3º) Vila Aurora 26 pontos
4º) Luverdense 24 pontos
5º) União 22 pontos
6º) Atlético 17 pontos
7º) REC 16 pontos
8º) Sorriso 16 pontos
9º) Palmeiras 14 pontos
10º) Barra 13 pontos

Estou sendo crucificado por combater a corrupção, diz Deucimar

02/04/2012 - 11:27

 

Da Redação - Lucas Bólico
O vereador Deucimar Silva (PP) diz que combateu como poucos a corrupção na Câmara Municipal de Cuiabá e afirma ser esse o motivo de estar sob investigação na CPI do superfaturamento de mais de R$ 1 milhão na reforma do prédio realizada em 2009, durante sua gestão.

“Estou sendo crucificado por combater a corrupção nesta Casa. Estou pagando muito caro por isso”, defende-se.

“Prefiro a morte a dilapidar o patrimônio público”, completa. De acordo com o vereador, sua casa foi invadida e até a sua filha foi espancada por conta de sua luta contra a corrupção na Câmara.

“Cuidei mais dos recursos da Câmara do que da minha própria empresa”, protege-se Deucimar.

A gestão do vereador pepista ficou marcada pela reforma da sede do Legislativo em 2009. De acordo com o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e a inspeção realizada pelo Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA), mais de um R$ 1 milhão foram superfaturados na obra.

Deucimar culpa a Secretaria de Habitação e o engenheiro cedido pela pasta, Carlos Anselmo, pelo rombo. Anselmo, que foi o responsável por assinar as planilhas de preço, diz que o fez sem ler. Todas as oitivas realizadas pela CPI também não foram elucidativas.

Sem verba federal para VLT, Silval anuncia licitação para final do mês

02/04/2012 - 11:13

 

Da Redação - Renê Díóz
Apesar da dificuldade do Estado em contrair empréstimos federais, o governador Silval Barbosa (PMDB) estipulou para o próximo dia 23 a abertura do processo licitatório para as obras em Cuiabá e Várzea Grande do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), modal de transporte que depende fundamentalmente de recursos da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) para ser empreendido.

“Espero que entre final de abril e início de maio nós possamos dar a ordem de serviço e iniciar a obra”, anunciou Silval nesta segunda-feira (02) após entrega ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) do relatório de execução orçamentária do exercício de 2011.

O governador lançou o prazo do VLT em meio a um cenário de incerteza para o Estado no âmbito financeiro.

O custo de implantação do VLT é estimado em mais de R$ 1 bilhão e o Estado atualmente ainda tenta desamarrar um último nó para viabilizar financiamento da maior parte desta verba calculada: adequar-se às regras da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) para que a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) passe a considerar Mato Grosso apto a contrair dívidas com a União.

Por enquanto, a dívida está inviabilizada devido à constatação de uma dívida que o Estado assumiu quando da extinção da antiga Companhia de Saneamento de Mato Grosso (Sanemat).

Ao repassar a responsabilidade sobre o saneamento à alçada de cada município, o então governador Dante de Oliveira cedeu a estrutura da Sanemat a cada administração municipal.

A transação gerou dívidas que o próprio governo assumiu desde então. Agora, a STN está considerando o ato uma operação de crédito pendente – o que retira as condições de endividamento do Estado, segundo a LRF.

STF
O governo não esperava que uma transação tão antiga se tornasse empecilho para contrair a dívida do VLT, empreendimento incluído no conjunto de financiamentos para obras da Copa.

Por isso, Silval agora espera uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre um mandado de segurança com pedido de liminar impetrado pela Procuradoria-Geral do Estado (PGE) na intenção de liberar a operação entre Estado e União.

O ministro Carlos Ayres Brito havia decidido postergar para esta semana o julgamento sobre a liminar devido à necessidade de se ouvir a Advocacia-Geral da União (AGU) e colher mais informações a respeito.

Paralelamente, entretanto, o governador já articula e até divulga um “plano B”: enviar à Assembléia Legislativa (AL) projeto de lei extinguindo as dívidas assumidas com o processo de extinção da Sanemat, repassando em definitivo aos municípios a estrutura de saneamento (pela qual eles vinham pagando com fornecimento de água às instituições do Estado).

A manobra acabaria com as dívidas e deixaria o Estado finalmente apto a receber verbas federais para o VLT e foi anunciada na semana passada pelo governador, que cogitou executá-la já nesta terça-feira (03) caso o STF não conceda, até lá, uma decisão em caráter liminar favorável a Mato Grosso.