sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Crime altera rotina dos moradores da zona Sul de Joinville

Casal de idosos foi morto a facadas em casa no bairro Paranaguamirim

Caroline Stinghen e Marcus Carvalheiro
O cheiro de comida caseira, comum todos os dias na casa de dona Maria José, conhecida como Zeza, não ultrapassou as janelas da casa da família Oliveira na manhã de quinta-feira.

O dia, que já iniciara cinzento e chuvoso, marcará de forma triste e violenta a vida dos parentes e amigos de Maria José Vieira de Oliveira, de 69 anos, e de Miguel de Sousa Oliveira, de 67, encontrados mortos em uma cena de horror.

Uma das filhas do casal, Rosilei Vieira Oliveira, de 34 anos, também foi agredida, mas sobreviveu e foi internada no Hospital São José. Até quinta à noite, seu estado era grave. Maria José foi encontrada sem vida no quarto, junto da filha que estava consciente. Miguel estava no corredor, quase nas escadas da casa, que fica no segundo andar.

Jonathan Rosa, de 22 anos, e Jackson Lopes, de 25, netos do casal, foram os primeiros a entrarem no local do crime, que parou o bairro Paranaguamirim na tarde de quinta.

Desconsolados, os netos acompanharam todos os procedimentos da polícias Militar e Civil e dos peritos, que ainda não identificaram o autor, ou autores, do crime, que segue sob investigações. A primeira hipótese é de latrocínio (matar para roubar).

Queridos pelos vizinhos, os idosos possuíam o hábito de acordar cedo, cumprimentar os amigos e almoçar em casa. Mabel Balmant do Espírito Santo, 50 anos, vizinha do casal, conta que achou estranho os amigos não abrirem a casa, como de costume.

— Era exatamente 3 horas da manhã, quando ouvi uma briga na casa, que durou cerca de 20 minutos. Eu estranhei, mas era comum a família brigar —, relata a vizinha.

As suspeitas da polícia é que o duplo homicídio tenha ocorrido durante a madrugada, no momento em que a vizinha ouviu a briga. Os netos do casal só encontraram as vítimas por volta das 15 horas, depois de tentarem ligar várias vezes para os avós, sem sucesso nos contatos.

Maria José e Miguel de Sousa eram casados há mais de 40 anos e deixam três filhas, Rosilei, Rosilene e Rosilda. Jonathan é filho de Rosilene. Jackson, de Rosilda. Durante a perícia, os netos assumiram o compromisso de falar com a imprensa.

As lágrimas se transformaram em uma marca presente no rosto de cada parente ou amigo que se aproximava da casa. Enquanto conversava com as pessoas que chegavam, Jonathan se demonstrava indignado com o ocorrido. “Horrível” era uma das palavras mais repetidas por ele e o primo. Os dois eram frequentemente amparados pelos companheiros.

— Por quê? Não entendo. Todo mundo aqui gostava deles —, disse Jonathan, antes de sentar novamente no chão, para tentar conter o choro. No lado de fora, vizinhos, curiosos, e oficiais cercavam a casa.

Supergrávida presta depoimento e diz que

 

Segundo advogado, ela teve de ir escondida à delegacia com medo de sofrer ataques
Mariana Poli, do R7

falsa gravidaReprodução/Rede Record
Mulher fingiu estar grávida de quadrigêmeos e chegou a receber doações de várias pessoas
Publicidade
RADIO CANÇÃO NOVA 630 KHZ CUIABA MT

Maria Verônica Aparecida Santos, a falsa grávida de Taubaté, prestou depoimento na manhã desta sexta-feira (27) à polícia. De acordo com seu advogado, Enilson de Castro, ela conseguiu "explicar bem" tudo o que aconteceu, fazendo um "bom resumo" dos acontecimentos ao delegado.

Ao R7, Castro disse que Maria Verônica foi medicada por um psiquiatra e está mais segura e equilibrada. De acordo com ele, a explicação oficial é de que ela estava mentalmente confusa, como se houvesse vivido um "transe", que a tirou da realidade.
Leia mais notícias do R7

- Ela prestou depoimento hoje, foi lúcida ao se explicar, respondeu a todas as perguntas e conseguiu fazer um bom apanhado dos acontecimentos.

Maria Verônica teve de ir à delegacia escondida para prestar depoimento, já que teme ser agredida pela população, revoltada com a história da falsa gravidez.

- Eu a orientei a não sair na rua ainda. Tememos que seja atacada, não só com xingamentos, mas fisicamente.

O marido dela, Kléber Eduardo Melo Vieira, também deve prestar depoimento nesta sexta-feira. Na segunda-feira (23), o advogado Marcos Antonio Leite confirmou que só falaria à polícia depois de Maria Verônica.
Assista ao vídeo:



Diagnóstico
Segundo o advogado, ainda não há um diagnóstico médico sobre o que houve com Maria Verônica para que mentisse à imprensa, dizendo estar grávida de quadrigêmeos e forjar uma barriga gigante que impressionou o país. Como o inquérito está em fase inicial e não há acusação formal do Ministério Público, não foram feitos exames para provar suposta insanidade mental.

- Ela está muito arrependida de que tudo o que fez. Foi medicada, conversou com o psiquiatra e agora consegue entender que teve uma espécie de transe, que a tirou da realidade. Além dos remédios, ela está recebendo o apoio e o carinho da família.

A longo prazo, já que "várias coisas ainda precisam ser acertadas", ainda de acordo com Castro, ela deve iniciar tratamento com um psicólogo. As doações que recebeu também devem ser devolvidas ainda neste final de semana.

Farsa revelada
Castro confirmou que a "supergravidez" era falsa na tarde de sexta-feira passada. Segundo ele, sua cliente estava fortemente abalada. Em coletiva, contou que a barriga que Verônica exibia como sendo de quadrigêmeos era na verdade uma estrutura montada com borracha e pedaços de tecido. Especialistas já haviam confirmado ao R7 que características da barriga indicava farsa.

A desconfiança surgiu depois que Maria Verônica deixou de atender a imprensa. Paralelamente ao sumiço, o obstetra Wilson Vieira de Souza deu uma entrevista à Rede Record, exibida no dia 15, dizendo que sua paciente estava mentindo. De acordo com o médico, ele havia feito um ultrassom em 30 de agosto que não apontava gravidez.

Maria Verônica fez a última consulta em seu ambulatório em outubro. Segundo Souza, ela era sua paciente desde dezembro de 2010.

Depois disso, Verônica contratou Castro, que responde por ela desde então.
Relembre o caso:



Sob aplausos, vítima de desabamento é sepultada no RJ

27/01/2012 10h53- Atualizado em 27/01/2012 13h11

Sob aplausos, vítima de desabamento é sepultada no RJ

Presentes gritaram 'Viva Celsinho!', em homenagem à vítima.
Ele tinha 46 anos e trabalhava na empresa TO, que funcionava no prédio.

Bernardo TabakDo G1 RJ
10 comentários

O primeiro enterro de uma das vítimas do desabamento de prédios, ocorrido no Centro do Rio na quarta-feira (25), foi realizado na manhã desta sexta-feira (27). Sob aplausos, o corpo de Celso Renato Braga Cabral, de 46 anos, foi sepultado por volta das 10h30 no Cemitério de Maruí, em Niterói, na Região Metropolitana.
A vítima tinha 46 anos e trabalhava no departamento pessoal da empresa Tecnologia Organizacional (TO), que funcionava num dos prédios que desabou. A tragédia aconteceu na noite de quarta-feira (27). Um prédio de 20 andares, outro de 10 e um imóvel de cinco pavimentos ficaram em ruínas.

“Era um homem que prestava serviço a todos. Era um cara que dedicava realmente aos irmãos, à família, ao pai e ao pessoal todo que está aí. Você vê que o enterro dele tem bastante gente por ele ser um cara bom. Foi uma perda muito grande e ele vai fazer uma falta enorme perante a gente. Um camarada novo, que estava sempre junto com todos, um homem de igreja, um homem temente a Deus”, disse o eletricista de auto Roberto de Oliveira, amigo da vítima.

Cabral era casado e deixa um casal de filhos. Mais de 100 pessoas, entre familiares e amigos, acompanharam o cerimônia mesmo debaixo de chuva. Os presentes rezaram uma Ave Maria e gritaram por três vezes: "Viva Celsinho!, Viva Celsinho!, Viva Celsinho!."
Está previsto para esta sexta o sepultamento de outra vítima do desabamento. O corpo de Cornélio Ribeiro Lopes, de 73 anos, será enterrado no Cemitério de São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul da capital fluminense. Ele trabalhava havia 20 anos como porteiro de um dos prédios destruídos. O sepultamento estava marcado para o meio-dia, mas foi remarcado para as 15h, de acordo com o próprio cemitério.
Total de mortos
Até por volta das 11h desta sexta-feira, sete corpos tinham sido retirados dos escombros. Segundo a Polícia Civil, quatro vítimas haviam sido identificadas até por volta das 9h. Foram listados como mortos na tragédia Celso Renato Braga Cabral, Cornélio Ribeiro Lopes, Margarida Vieira de Carvalho e Nilson de Assunção Ferreira.
Além das vítimas relacionadas oficialmente pela Polícia Civil, parentes também dizem já ter identificado o corpo do catador de lixo Moiséis Moraes da Silva.
O acidente deixou seis feridos. De acordo com a Secretaria municipal de Saúde, três que ainda estavam internados no Hospital Souza Aguiar foram liberados na noite de quinta. O quadro mais grave é o de uma mulher que teve lesão no couro cabeludo, passou por cirurgia e foi transferida para um hospital particular.
Polícia abre inquérito
A Polícia Civil abriu inquérito para apurar as responsabilidades do desabamento. Na quinta-feira (26), o titular da 5ª DP (Mem de Sá), delegado Alcides Alves Pereira, ouviu sete testemunhas e dois policiais que prestaram socorro às vítimas logo após o colapso das estruturas.
Luto de três dias
O governador Sérgio Cabral decretou luto oficial de três dias no estado do Rio de Janeiro em memória dos mortos. De acordo com o governo do estado, o decreto será publicado no Diário Oficial do Estado desta sexta. A assessoria de imprensa da Prefeitura informou que o município fará o mesmo.
tópicos:

Tempo esquenta entre Romney e Gingrich em debate na Flórida

27/01/2012 08h48- Atualizado em 27/01/2012 09h03

Tempo esquenta entre Romney e Gingrich em debate na Flórida

Romney reagiu a Gingrich, que o havia chamado de 'anti-imigrantes'.
Republicanos disputam voto hispânico na importante prévia no estado.

Da AFP

O pré-candidato republicano à presidência dos Estados Unidos Mitt Romney repudiou os ataques pessoas dirigidos a ele por seu adversário Newt Gingrich, que o classificou de "anti-imigrantes" durante o último debate antes das importantes primárias da Flórida.
Os dois favoritos nas pesquisas e seus adversários, o ex-senador Rick Santorum e o representante do Texas, Ron Paul, debateram sobre política espacial, medidas fiscais, religião e, principalmente, sobre temas que interessam à população de origem latina, que é fundamental nas eleições deste estado.
Romney, até a semana passada considerado o adversário mais certeiro do presidente Barack Obama nas eleições presidenciais de 6 de novembro, se mostrou furioso ante as acusações de ser "anti-imigrante" e sonegador de impostos, feitas por Gingrich nas propagandas eleitorais televisivas.
"É simplesmente imperdoável", declarou o ex-governador de Massachussetts.
Os pré-candidatos News Gingrich (à esquerda) e Mitt Romney durante o debate desta quinta-feira (26) em Jacksonville, na Flórida (Foto: AP)Os pré-candidatos Newt Gingrich (à esquerda) e Mitt Romney durante o debate desta quinta-feira (26) em Jacksonville, na Flórida (Foto: AP)
"Não sou anti-imigrante, meu pai nasceu no México, o pai de minha esposa nasceu em Gales. A ideia de que sou anti-imigrante é repulsiva", afirmou Romney, arrancando aplausos do público na Universidade da Flórida, em Jacksonville.
"O senador Marco Rubio me defendeu e disse que essa propaganda é incendiária e inapropriada", enfatizou Romney demonstrando um aborrecimento e uma dureza há muito cobrada por seus correligionários.
A imigração, as propostas para solucionar o problema dos 11 milhões de imigrantes sem documentação, o inglês como idioma oficial ante o avanço do espanhol foram os tópicos iniciais deste debate promovido pela CNN, em um estado onde o eleitorado hispânico representa 13,1% dos eleitores registrados, de um total de 1,4 milhão registrados.
Desta cifra, 452.619 estão inscritos como republicanos e 564.513 como democratas, segundo o Departamento Eleitoral da Flórida. Mas 430.000 são de 'indecisos', que fazem deste estado uma peça-chave de uma política complexa.
É por isso que a diretora executiva da Hispanic Leadership Network perguntou que representante hispânico os pré-candidatos considerariam como parte de seu gabinete: o senador conservador pela Flórida, Marco Rubio, cubano-americano de 40 anos, foi mencionado e elogiado por Romney, Gingrich e o ex-senador Santorum.
Ron Paul, quarto lugar nas pesquisas, se absteve de dar nomes. Os demais aspirantes da Casa Branca também citaram a governadora do Novo México, Susana Martínez, assim como Brian Sandoval, governador de Nevada e a congressista cubano-americana Ileana Ros-Lehtinen.
A retórica anticastrista para Cuba foi retomada depois de uma pergunta de um participante da audiência, quando os candidatos aproveitaram para reiterar seu desacordo com as medidas de flexibilização do embargo tomadas por Obama no último ano.
Todos menos Ron Paul defenderam continuar com o embargo contra a ilha, e aplicar uma política de pulso firme contra o governo de Hugo Chávez na Venezuela.
No debate, os aspirantes republicanos também discutiram a questão espacial.
"Não quero ser de um país que conseguiu chegar à Lua primeiro, deu meia volta e disse: deixem que os chineses dominem o espaço", afirmou Gingrich.
Romney criticou a proposta da colonização lunar de Gingrich. "Isso é um gasto enorme, e agora quero gastar dinheiro aqui, na Terra", afirmou. "Prefiro construir casas aqui nos Estados Unidos".
Romney e Gingrich, assim como Rick Santorum e Ron Paul, já se enfrentaram num caucus e em primárias no Iowa, New Hampshire e Carolina do Sul, três estados menores que a Flórida.
Até o momento, Santorum venceu em Iowa, Romney, em New Hampshire, e Gingrich na Carolina do Sul.
Gingrich vence prévia na Carolina do Sul (Foto: Arte G1)


veja também

Irã nega que porta-voz de Ahmadinejad tenha criticado governo Dilma

GOLFO PÉRSICO
26/01/2012 - 16h24 | João Novaes | Redação

Irã nega que porta-voz de Ahmadinejad tenha criticado governo Dilma

Chancelaria iraniana afirma que não há mudanças nas relações bilaterais


O porta-voz da Presidência do Irã, Ali Akbar Javankefr, negou ter criticado a presidente brasileira Dilma Rousseff em entrevista publicada na edição de segunda-feira (23/1) do jornal Folha de S.Paulo. Segundo o assessor iraniano, suas declarações, transcritas pelo jornal brasileiro na reportagem intitulada Irã ataca diplomacia de Dilma e diz que Lula faz falta, foram “distorcidas”.

A secretaria de redação da Folha de S.Paulo, por sua vez, afirmou à reportagem do Opera Mundi que "mantém as informações publicadas".

A negativa de que Javankefr teria criticado o governo Dilma foi publicada por duas agências de notícias iranianas na quarta-feira (25/01) e está sendo divulgada no Brasil pelo diretor de Relações Públicas da Embaixada do Irã, Ali Mohaghegh.

Segundo a nota da agência Irna (Agência de Notícias da República Islâmica), Javankefr teria dito, na ocasião da entrevista ao repórter Sami Adghirni, que “a presidente Dilma precisava de tempo para consolidar as relações entre Teerã e Brasília”. Segundo a reportagem, Javanfekr disse na entrevista ao jornal que o ex-presidente "Lula está fazendo muita falta". "A presidente brasileira golpeou tudo o que Lula havia feito. Ela destruiu anos de bom relacionamento", teria afirmado o porta-voz.

Ainda segundo a Irna, “Javanfekr afirmou ainda que havia elogiado o governo do Brasil e o seu povo pelo seu apoio à República Islâmica do Irã”. “Brasília insistiu no passado em manter um diálogo diplomático com Teerã sobre o programa nuclear da República Islâmica, uma política que havia começado com o antigo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que rejeitava qualquer uso da força fora do âmbito das Nações Unidas”, completou a agência.

A irritação do governo, segundo o jornal, viria desde março do ano passado. Enquanto membro provisório do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), o país votou a favor de uma investigação sobre a violação dos direitos humanos no país. Os iranianos também teriam se ressentido, segundo o jornal, de um suposto desinteresse do Brasil em desenvolver relações bilaterais, já que a recente viagem de Mahmoud Ahmadinejad pela América Latina não incluiu Brasília no itinerário.

Relações bilaterais

A segunda notícia que nega a fala de Javanfekr foi dada pela Isna (Agência de Notícias dos Estudantes do Irã) e republicada pelo site da embaixada iraniana no Brasil.

Nela, o porta-voz da chancelaria iraniana, Ramin Mehmanparast, afirma que “o Irã dispensa uma importância específica para suas relações com o Brasil, como o maior país da América Latina e uma das potências emergentes do mundo. Nesse sentido, sempre existiu um diálogo fluente e normal e não tem havido nenhuma mudança na visão de Teerã relativa ao Brasil”.

Mehmanparast disse ainda à Isna que “as relações entre os dois paises são históricas e de mais de 110 anos e, durante o longo dos anos, têm mantido sempre uma característica positiva. Esta relação, nos últimos anos e, em seguida às visitas presidenciais, tem crescido consideravelmente em todas as dimensões”.

Em seguida, o diplomata afirma que, “aparentemente, alguns meios de comunicação e de países terceiros”, que estariam “insatisfeitos e infelizes” com a relação existente entre os dois países, “voltaram-se para uma campanha midiática com o objetivo de minar esta relação”.

Javankefr também negou na matéria da Irna a notícia de que o Irã esteja começando a impôr restrições a produtos brasileiros. “As exportações do Brasil para o Irã aumentaram durante os meses seguintes” (à posse de Dilma), afirmou. “E o Irã superou a Rússia em 2011 como o maior mercado de exportação de carne brasileira”.

Na segunda-feira, o Itamaraty afirmou ao Opera Mundi que não se manifestaria sobre as supostas críticas do Irã ao governo Dilma e que as relações entre os dois países continuavam “corretas”.


Russos apoiam as eleições diretas para governadores

Eleições

Russos apoiam as eleições diretas para governadores

Proposta do Presidente Dmitri Medvedev está no Parlamento


Uma pesquisa realizada pelo Instituto VTSIOM, o Centro Nacional de Opinião Pública, revelou que mais de 70% dos eleitores russos apoiam a volta das eleições diretas para governadores na Rússia. A notícia foi divulgada pelo vice-diretor do instituto Valeriy Fedotov.
Ele afirmou que a pesquisa mostra que, apesar da autoridade do autor da proposta, o presidente Dmitry Medvedev, ter grande influência sobre a opinião pública geral do país, o próprio povo acredita que a Rússia de hoje possui duas grandes instituições, a presidencial, e a governamental. No entanto, segundo Fedotov, as eleições diretas para governadores não podem funcionar de forma efetiva sem a realização conjunta de reformas em outros setores do sistema político do país. Vale lembrar que o projeto de lei que define as metas para o restabelecimento na Rússia das eleições diretas para governadores foi enviado ao Parlamento pelo Presidente Dmitri Medvedev, na segunda-feira, 16 de janeiro.

UE e FMI pressionam Grécia por reformas antes de resgate

UE e FMI pressionam Grécia por reformas antes de resgate
27 de janeiro de 201210h50




A União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) querem que a Grécia aprove cortes no orçamento e implemente uma série de reformas de austeridade a longo prazo antes de decidirem sobre o novo resgate que o país precisa para evitar sua quebra, mostra um documento obtido pela Reuters.


Todos os olhos têm se voltado para as tortuosas negociações de swap de dívida em Atenas com seus credores privados durante esta semana, mas a Grécia também precisa convencer seus parceiros da zona do euro e o FMI a liberar o pacote de 130 bilhões de euros para evitar um default caótico.


A UE, o FMI e o BCE - conhecidos como Troika - estão fazendo um documento nesta semana que inclui uma lista de medidas que eles querem ver estabelecidas por Atenas. No topo da lista está a aprovação de um orçamento suplementar com mais cortes para atingir a meta fiscal em 2012. A Troika sugere grandes cortes de gastos nos departamentos de Defesa e Saúde, assim como em redundantes entidades estatais. O documento não especifica a quantidade de cortes necessários.


A UE e o FMI também estão pressionando a Grécia a adotar uma reforma já atrasada de pensões suplementares, garantir um plano para repor apenas 1 de cada 5 funcionários públicos que deixarem a força de trabalho. Além disso, eles querem que a Grécia finalize a abertura de muitas profissões fechadas, como advogados e farmacêuticos, algo que eles vêm pedindo há anos, mostra o documento.


Eles pedem ainda que o Banco da Grécia (banco central) complete sua avaliação sobre o rombo de capital nos bancos do país e esperam que o governo implemente uma legislação para melhorar a flexibilidade salarial e liberar mais os mercados de produtos e serviços, diz o documento.


Ainda segundo o documento, a lista de medidas não é final e pode mudar após as discussões com as autoridades da Grécia. O porta-voz do governo Pantelis Kapsis disse que o governo tentará negociar alguns dos pontos citados na lista, mas repetiu que Atenas precisa do empréstimo do resgate para continuar solvente.


Questionado se a Grécia daria calote sem a ajuda, ele disse: "É óbvio, se nós não conseguirmos o empréstimo, como vamos encontrar dinheiro?" Mas acrescentou: "Isso não é o que aprovaremos definitivamente, precisamos manter isso em mente. Trata-se de uma lista da Troika que dá abertura para todas essas questões. Algumas delas são obrigações passadas, algumas estão de pé para negociações."


Entenda
A Grécia gastou bem mais do que podia na última década, pedindo empréstimos pesados e deixando sua economia refém da crescente dívida. Nesse período, os gastos públicos foram às alturas, e os salários do funcionalismo praticamente dobraram. Enquanto os cofres públicos eram esvaziados pelos gastos, a receita era afetada pela evasão de impostos - deixando o país totalmente vulnerável quando o mundo foi afetado pela crise de crédito de 2008. O montante da dívida deixou investidores relutantes em emprestar mais dinheiro ao país.



Se o país não fosse membro da zona do euro, talvez fosse tentador declarar a moratória, o que significaria deixar de pagar os juros das dívidas ou pressionar os credores a aceitar pagamentos menores e perdoar parte da dívida. Contudo, uma moratória grega, além de estimular países como Irlanda e Portugal a fazerem o mesmo, significaria um aumento de custos para empréstimos tomados pelos países menores da União Europeia, sendo que alguns deles já sofrem para manter seus pagamentos em dia. Se Irlanda e Portugal seguissem o caminho do calote, os bancos que lhes emprestaram dinheiro seriam afetados, o que elevaria a demanda por fundos do Banco Central Europeu. Por isso, enquanto a Europa conseguir bancar a ajuda aos países com problemas e evitar seu calote, é provável que continue fazendo isso.



Neste cenário, Alemanha e França lideram os esforços para evitar a quebra dos gregos e, além de arrecadar fundos junto a governos e ao Fundo Monetário Internacional (FMI), conseguiram inclusive que os bancos privados europeus também entrassem na ajuda.



Os sinais mais agudos dos problemas financeiros começaram no final de 2009, quando em 7 de dezembro a agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou a qualificação da dívida grega e a Fitch Ratings fez o mesmo um dia depois. A Comissão Europeia chamou a atenção da Grécia por sua possível repercussão na zona do euro e o Banco Central Europeu pediu que o país tomasse medidas.



Em janeiro de 2010, o governo grego apresenta um plano para reduzir o déficit público de 12,7% do PIB, em 2009, para 2%, em 2013. Em 3 de fevereiro, a Comissão Europeia aprova este plano de austeridade grego, mas anuncia que exercerá uma vigilância sem precedentes sobre seu cumprimento.



Em 23 de abril de 2010, o primeiro-ministro grego, George Papandreou, pede a ativação de um pacote de ajuda da União Europeia e do FMI, que visava retirar o país da crise de dívida. O plano de ajuda à época, da zona euro e do FMI, previa a concessão de empréstimos de 45 bilhões de euros (US$ 60 bilhões) com juros de cerca de 5%.



Em maio, os países do euro e o FMI aprovam um novo plano de ajuda, ainda maior, de 110 bilhões de euros (a zona do euro oferece 80 bilhões de euros, enquanto 30 bilhões de euros viriam do FMI). Os financiamentos a Atenas foram condicionados a progressos na reforma fiscal e a medidas de austeridade prometidas pelo governo grego, que seriam revisadas trimestralmente. A quantia, que foi acordada a ser paga em prestações, seria paga após cada revisão trimestral, até 2012.



Pressionado, o governo grego aprovou em 29 de junho um novo pacote de austeridade para poder receber uma nova parcela de ajuda - de 12 bilhões de euros. O pacote incluía corte de gastos, de empregos, de salários, aumentos de impostos e vendas de ativos estatais. As medidas de austeridade foram altamente impopulares entre os gregos. A polícia entrou em confronto com manifestantes em algumas ocasiões nas ruas próximas ao parlamento.



Apenas dois meses depois, em agosto de 2010, uma missão da União Europeia, do Banco Central Europeu e do FMI pedia que a Grécia acelerasse suas reformas e privatizasse parte de seu setor energético para poder continuar recebendo ajuda externa. Entre as 13 recomendações da missão internacional, destacava-se a exigência de que a Grécia acelerasse a liberalização dos setores monopolizados em sua economia - como o de transportadoras, por exemplo, - até o final do ano, com o objetivo de reduzir as pressões inflacionárias. Outra delas exigia a abertura do mercado energético, privatizando pelo menos 40% de suas unidades estatais de produção.



O país segue com dificuldades durante os meses seguintes e, em 15 de novembro de 2010, admite ter quebrado as condições do resgate econômico posto em prática para evitar a quebra. Um dos indicadores - o déficit público em 2010 foi previsto para 9,4% do Produto Interno Bruto (PIB), mais do que os 7,8% acordados com os credores.



Depois de seis meses de revoltas populares e desencontros o que foi acordado com credores, em 23 de junho de 2011 o primeiro-ministro grego, Giorgos Papandreou, solicita à Europa e ao FMI o segundo plano de ajuda financeira em um ano para tentar evitar a bancarrota de seu país.



A fim de desbloquear mais uma parcela do pacote de ajuda original (de 110 bilhões de euros), o Parlamento aprova em 29 de junho um novo pacote de austeridade que inclui 28,4 bilhões de euros em medidas de economia e altas de impostos, além da arrecadação de 50 bilhões mediante privatizações. Com a aprovação de plano de ajuste até 2015, o governo desbloqueia os 12 bilhões de euros do quinto aporte do empréstimo do FMI e da União Europeia. As principais medidas foram corte das despesas do Estado em 14,3 bilhões de euros e arrecadar outros 14,1 bilhões de euros até 2015, a fim de situar o déficit abaixo de 3% do PIB nesse ano; adotar o "imposto solidário" entre 1% e 4% às rendas mais altas. Para ministros, parlamentares e outros cargos públicos com rendimentos superiores o imposto é de 5%; subir para 300 euros anuais os impostos para profissionais que trabalham por conta própria, como advogados, encanadores e taxistas; reduzir o mínimo isento de taxação de 12 mil euros para 8 mil euros, embora fiquem de fora os trabalhadores menores de 30 anos e os aposentados, e criar o imposto imobiliário especial para os proprietários de bens de mais de 200 mil euros; aumentar impostos sobre bens de luxo como iates, piscinas e carros potentes; abre-se a possibilidade de legalizar imóveis construídos fora da lei após o pagamento de penalizações e eliminação do grande número de isenções fiscais; suprimir 150 mil empregos públicos, 25% do total, para o qual não serão prolongados os contratos temporários e só será substituído um de cada dez funcionários aposentados. Os salários, cortados em média de 12% no ano anterior, voltarão a ser reduzidos; suprimir as diversas prestações sociais para economizar 4 bilhões de euros até 2015. Cortar também de 500 milhões de euros em 2011 em conceito de subvenções e outros 855 milhões de euros até 2015, com a fusão de escolas, hospitais e quartéis da polícia; reduzir a despesa de saúde até 2015 em 2,1 bilhões de euros mediante a racionalização das prescrições e com remédios mais baratos; reduzir a despesa militar, o mais alto percentual dos países europeus da Otan com cerca de 4% do PIB, embora muitos analistas considerem que é maior pelo uso de verbas ocultas. No total, corte de 1,2 bilhão de euros até 2015 e cancelamento dos pedidos de armamento por 830 milhões de euros; arrecadar 5 bilhões de euros com a venda do monopólio de apostas e loterias OPAP, o Postbank, a empresa de gestão de águas de Salônica, a segunda cidade do país, e as empresas de gestão portuárias do Pireo e Salônica; entre 2012 e 2015, o Estado ingressar outros 45 bilhões de euros com a privatização da empresa de gestão de água de Atenas, refinarias, empresas elétricas, o ATEbank, especializado no setor agrícola, assim como a gestão de portos, aeroportos, estradas, direitos de exploração de minas e bens móveis e imóveis estatais.



Com a aprovação do plano, os ministros das Finanças da Eurozona autorizaram, em 2 de julho, a liberação de nova parcela do empréstimo para a Grécia e acertam que definirão um novo plano de resgate para o país.



Os problemas financeiros da Grécia não diminuem e, em 21 de julho de 2011, as principais autoridades da zona do euro decidem em uma reunião de emergência conceder amplos poderes ao fundo de resgate da região para ajudar a Grécia a superar a crise da dívida e evitar que aumente a instabilidade do mercado. O presidente da França, Nicolas Sarkozy, afirma que os líderes da região de 17 países concordaram em abrandar os termos dos empréstimos para Grécia, Irlanda e Portugal. Ao mesmo tempo, investidores privados trocariam voluntariamente bônus gregos por títulos de prazo mais longo com juros mais baixos para ajudar Atenas. O juro dos empréstimos seria reduzido para cerca de 3,5%, de 4,5% a 5,8% anteriormente, e os vencimentos dos empréstimos seriam ampliados de 7,5 anos para no mínimo 15 anos e no máximo 30 anos.



Em 11 de outubro, medidas econômico-financeiras são acertadas entre Atenas e o trio de organismos multilaterais (FMI, União Europeia e Banco Central Europeu) que têm em mãos a decisão de se o país está apto a receber novos empréstimos para pagar suas dívidas e evitar uma moratória iminente.
Em comunicado, o trio indica que a Grécia receberá mais 8 bilhões de euros - de um total de 110 bilhões de euros de seu pacote de resgate aprovado em maio de 2010 -, após o aval dos ministros das Finanças da zona do euro e da diretoria executiva do FMI.



Liderados pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy, e pela chefe de governo alemã, Angela Merkel, os países da zona do euro anunciam em 27 de outubro de 2011 ter conseguido com os bancos credores uma redução de 50% na dívida da Grécia. Em contrapartida, a Grécia deveria colocar em prática um novo pacote de cortes de gastos.



Em 1º de novembro, o mundo acorda com a notícia de que, ao contrário do que vinha ocorrendo com as medidas anteriores adotadas pelos gregos, o primeiro-ministro do país, George Papandreou, disse que desta vez as discussões deixariam a esfera do Parlamento e gabinetes de ministros e, por precisar de maior apoio político para adotar as medidas fiscais e as reformas estruturais exigidas pelos credores internacionais, iria convocar um referendo público para aprová-las. A decisão foi criticada pelos credores e até mesmo por parte dos políticos na Grécia, enquanto Papandreou mantinha a decisão de consultar a população. A ideia foi abandonada oficialmente pouco depois, no dia 4 de novembro.



Em dezembro, o FMI aprovou o sexto lote de ajuda financeira à Grécia, avaliado em 2,2 bilhões de euros, pertencente ao pacote de resgate estipulado em 2010 em conjunto com a União Europeia (UE).



Pressionada pelos demais países europeus e pelo FMI, a Grécia começou 2012 em negociações para acertar um novo acordo com credores - principalmente os bancos privados - para evitar a insolvência.



Com informações da Reuters

Ministério do Esporte desmente atraso nas obras da Arena da Amazônia

26/01/2012 20h58- Atualizado em 26/01/2012 21h12

Ministério do Esporte desmente atraso nas obras da Arena da Amazônia

Um erro no briefing prestado às vesperas da posse do secretário-executivo, Luís Fernandes, teria causado a veiculação de um suposto atraso nas obras

Por GLOBOESPORTE.COMManaus
Obras no Arena da Amazônia - Manaus (Foto: Cahê Mota / Globoesporte.com)Segundo o cronograma do Governo do Estado, as obras na Arena da Amazônia estão 33% concluídas, junto à Construtora Andrade Gutierrez (Foto: Cahê Mota/Globoesporte.com)
As obras da Arena da Amazônia, em Manaus, não estão atrasadas. Foi a síntese do comunicado pela Assessoria de Imprensa do Ministério do Esporte, nesta quinta-feira (26), sobre a declaração secretário-executivo, Luís Fernandes, em briefing, no dia anterior à sua posse relatando um suposto atraso nas obras do futuro local de jogos da Copa do Mundo de 2104, em sede Manaus.

O chefe da pasta do Ministério do Esporte, teria declarado a portal de notícias, em Brasília, nesta quarta-feira (25), que no relatório da FIFA a entidade teria citado a Arena da Amazônia com problemas no calendário de execução das obras.

A correção da informação foi feita somente hoje (26) pela Assessoria de Imprensa do ministério, explicando que “a menção a um suposto atraso em Manaus no relatório da FIFA decorreu de erro de informação em briefing prestado ao secretário às vésperas de sua posse. Em nenhum momento a FIFA considerou que o estádio está com obras atrasadas”.

Arena da Amazônia (Foto: Eric Gamboa)Arena da Amazônia (Foto: Eric Gamboa/Divulgação)
Para o coordenador da UGP Copa, Miguel Capobiango Neto, a retificação da informação por parte do Ministério do Esporte coloca um ponto final no boato de que o Estado está com as obras aquém dos prazos.
- As obras começaram há um ano e meio e a Arena será entregue pela construtora em junho de 2013, prazo previsto desde o início dos trabalhos - afirmou.
O coordenador da UGP Copa declarou que recebeu com estranheza as declarações do recém-empossado secretário-executivo, mas que logo imaginou que se tratava de um equívoco involuntário.
- Desejamos um bom trabalho ao secretário Luis Fernandes e nos colocamos à disposição para esclarecimentos sempre que formos demandados para isso.
A nota do Ministério do Esporte informa que o secretário-executivo Luis Fernandes estará na comitiva do ministro Aldo Rebelo, que visitará o Amazonas no próximo dia 3 de fevereiro.