quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

vandalismo na Bahia

09/02/2012 13h16- Atualizado em 09/02/2012 14h15

Dilma se diz 'estarrecida' com acerto para atos de vandalismo na Bahia

Gravação mostra líderes negociando queimar carretas e bloquear estrada.
'Há outros interesses envolvendo a paralisação. Isso não é correto', afirmou.

Do G1, em Brasília
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A presidente Dilma em visita a obras da rodovia Transnordestina, em Parnamirim (PE) (Foto: Roberto Stuckert / Presidência)A presidente Dilma em visita a obras da rodovia
Transnordestina, em Parnamirim (PE) (Foto:
Roberto Stuckert / Presidência)
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira (9) em Parnamirim, no interior de Pernambuco, que ficou "estarrecida" com as negociações para ações de vandalismo por parte de policiais militares em greve desde 31 de janeiro na Bahia.
"Fiquei estarrecida ontem [quarta] quando vi gravações em uma televisão, a TV Globo, sobre o fato de que há outros interesses envolvendo a paralisação. Isso não é correto", afirmou a presidente durante visita às obras da rodovia Transnordestina.
O Jornal Nacional exibiu na noite de quarta (9) conversas gravadas com autorização judicial nas quais grevistas falam em queimar carretas e bloquear uma rodovia. As gravações mostram também articulações para que a paralisação se estenda ao Rio de Janeiro, a São Paulo e outros estados. Os PMs envolvidos negam participação em ações violentas.
Nesta manhã, no dia seguinte à divulgação dos áudios, o prédio da Assembleia Legislativa da Bahia, em Salvador, foi desocupado por manifestantes que estavam no local desde 31 de janeiro. O ex-policial militar Marco Prisco, considerado líder do movimento, e o policial Antônio Angelim deixaram a Assembleia presos.

Prisco foi flagrado nas escutas realizadas pela Polícia Federal. Tanto ele quanto Angelim estavam na lista dos 12 integrantes do movimento grevista na Bahia que eram alvo de mandados de prisão. Até esta manhã, cinco foram presos.

Críticas da presidente
Durante a visita ao interior de Pernambuco, Dilma condenou a forma como os líderes da greve conduziram a paralisação na Bahia. "Hoje, o Brasil tem uma visão de garantia da lei e da ordem moderna. Nós não consideramos que seja correto instaurar o pânico, o medo, criar situações que não são aquelas compatíveis numa democracia. Você sempre tem que considerar legítimas as reinvidicações. Há formas de reivindicar. Eu não considero que o aumento de homicídio na rua, queima de ônibus, seja uma forma correta de conduzir o movimento", declarou.
A presidente também afirmou ser contra conceder anistia para grevistas que cometeram atos ilícitos. Perguntada sobre se seria favorável à anistia, ela afirmou:

"Eu considero que não é possível esse tipo de prática. Vai chegar um momento que vão anistiar antes mesmo de o processo grevista começar. Se houver manifestação, não deve ser condenada. Mas atos ilícitos não podem ser anistiados. Se anistiar, vira um país sem regra. (...) Acho que você tem que respeitar democraticamente. Não concordo com processos de anistia que parecem sancionar o ferimento da legalidade."
Suporte federal
De acordo com a presidente, o governo federal participou "ativamente" de todas as operações nas quais o Exército atuou com a Força Nacional de Segurança, como acontece na Bahia. Segundo ela, o governo continuará a dar suporte aos governadores quando eles solicitarem.
"O governo federal prontamente vai agir em apoio aos governadores sempre quando eles peçam. Não podemos entrar sem a solicitação do governo. Em os governos solicitando, como ocorreu no Maranhão, no Ceará, nós teremos a presença garantida do governo federal", afirmou.
A presidente afirmou ainda aguardar com "expectativa" o fim da greve dos policiais militares na Bahia. Nesta quinta (9), os grevistas que ocupavam a Assembleia Legislativa da Bahia deixaram o prédio e passaram a discutir o fim do movimento.
"Estamos num momento especial do Brasil. É importante que, mais uma vez, formas democráticas de solução desse tipo de conflito sejam aquelas que de fato vão ser implementadas", disse.
Histórico da greve na Bahia (Foto: Arte/G1)
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FUTEBOL

União e Sorriso empatam com
jogador desmaiado e outro expulso

Teve de tudo na partida entre os dois times, no Luthero Lopes, mas faltou o gol. Placar igual não é bom resultado para nenhuma das duas equipes

Por GLOBOESPORTE.COMCuiabá

Desmaio, expulsão de jogador e muitas faltas. Teve de tudo no confronto entre União e Sorriso, válido pela 5ª rodada do Mato-grossense de futebol neste domingo, menos gol. O placar terminou igual para as duas equipes.
Em casa, no Luthero Lopes, o União aproveitou o apoio da torcida e começou atacando. O primeiro ataque saiu de uma jogada combinada entre Rivaldo e Dudu, que chutou com confiança, mas o goleiro do Sorriso defendeu. Em outro lance, que por pouco não se transformou em gol, foi marcado por Rivaldo, mas a bola preferiu a trave. O primeiro tempo terminou com o União pressionando e com mais posse de bola, porém, sem reflexos no placar.
No segundo tempo, foi o Sorriso que começou pressionando. Naldinho tentou de longe, mas não conseguiu balançar a rede do colorado. Acirrada, a partida foi marcada por várias faltas. Em uma delas, o zagueiro Júnior, do Sorriso, acabou expulso. Nem com a vantagem de um jogador a menos, o União não conseguiu abrir o placar.
E no final da partida o jogador Celso deu um susto. Depois de bater a cabeça em outro jogador do Sorriso, ele desmaiou. O zagueiro foi atendido pelos médicos, mas logo recuperou os sentidos e ainda quis voltar para o campo pra defender o União.
O empate não foi um bom resultado para as duas equipes. O Sorriso está à frente do União, na sexta posição da tabela de classificação, pelo critério de saldo de gols. O problema é que as duas equipes só venceram uma vez no Mato-grossense.
Os treinadores dos dois times têm explicações distintas para o resultado. Segundo Birigui, sua equipe ainda não encontrou o caminho dos gols por erro nos passes. Já Alcapone ressaltou que o time está desfalcado por conta de alguns jogadores que estão contundidos. Os dois times voltam a disputar o estadual nesta semana a partir desta quarta-feira, início da 6ª rodada do Mato-grossense

FUTEBOL

União e Sorriso empatam com
jogador desmaiado e outro expulso

Teve de tudo na partida entre os dois times, no Luthero Lopes, mas faltou o gol. Placar igual não é bom resultado para nenhuma das duas equipes

Por GLOBOESPORTE.COMCuiabá
Desmaio, expulsão de jogador e muitas faltas. Teve de tudo no confronto entre União e Sorriso, válido pela 5ª rodada do Mato-grossense de futebol neste domingo, menos gol. O placar terminou igual para as duas equipes.
Em casa, no Luthero Lopes, o União aproveitou o apoio da torcida e começou atacando. O primeiro ataque saiu de uma jogada combinada entre Rivaldo e Dudu, que chutou com confiança, mas o goleiro do Sorriso defendeu. Em outro lance, que por pouco não se transformou em gol, foi marcado por Rivaldo, mas a bola preferiu a trave. O primeiro tempo terminou com o União pressionando e com mais posse de bola, porém, sem reflexos no placar.
No segundo tempo, foi o Sorriso que começou pressionando. Naldinho tentou de longe, mas não conseguiu balançar a rede do colorado. Acirrada, a partida foi marcada por várias faltas. Em uma delas, o zagueiro Júnior, do Sorriso, acabou expulso. Nem com a vantagem de um jogador a menos, o União não conseguiu abrir o placar.
E no final da partida o jogador Celso deu um susto. Depois de bater a cabeça em outro jogador do Sorriso, ele desmaiou. O zagueiro foi atendido pelos médicos, mas logo recuperou os sentidos e ainda quis voltar para o campo pra defender o União.
O empate não foi um bom resultado para as duas equipes. O Sorriso está à frente do União, na sexta posição da tabela de classificação, pelo critério de saldo de gols. O problema é que as duas equipes só venceram uma vez no Mato-grossense.
Os treinadores dos dois times têm explicações distintas para o resultado. Segundo Birigui, sua equipe ainda não encontrou o caminho dos gols por erro nos passes. Já Alcapone ressaltou que o time está desfalcado por conta de alguns jogadores que estão contundidos. Os dois times voltam a disputar o estadual nesta semana a partir desta quarta-feira, início da 6ª rodada do Mato-grossense

EMPREGO ESCRAVO.

Haitianos reclamam de redução de salário e abandonam emprego em MT

Grupo veio para Mato Grosso trabalhar em uma fábrica de cerâmica.
Haitianos estão no estado desde o dia 18 de janeiro.

Do G1 MT
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Haitianos em MT (Foto: Deivison Almeida/G1)Grupo foi encaminhado para a Casa do Migrante
(Foto: Deivison Almeida/G1)
Seis haitianos que estavam morando em Nossa Senhora do Livramento, a 42 km de Cuiabá, deixaram a cidade a pé, nesta quarta-feira (08), em direção à capital. Os haitianos contaram aos policiais da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que deixaram o local onde estavam morando após o patrão deles ter supostamente descumprido o acordo que havia feito com eles antes de trazê-los do estado do Acre, onde moravam anteriormente. O dono da fábrica de cerâmica em que os haitianos trabalhavam, Otto Frank, negou as acusações.
Os haitianos estão em Mato Grosso desde o dia 18 de janeiro. Um dos integrantes do grupo, Wasnaldo Colon, de 24 anos, informou ao G1 que o patrão havia combinado um valor de salário, mas quando o grupo chegou ao local, os haitianos foram informados de que o pagamento ocorreria de outra forma. “Quando nós fomos contratados, eles informaram que iriam nos pagar R$ 900. Mas quando chegamos aqui [em Mato Grosso], nos falaram que iriam ser descontadas as despesas de alimentação e moradia e que nosso salário iria cair para R$ 742”, contou.
Otto Frank informou que o grupo fugiu do local. Ele disse ainda que os haitianos não haviam batido o ponto antes de deixar a fábrica e que R$ 742 seria o salário inicial. Otto negou que estava cobrando as despesas de moradia e alimentação dos haitianos.
Wasnaldo Colon disse ainda que quando procurou Otto, ele não quis pagar os 15 dias trabalhados quando ele e seus conterrâneos informaram que iriam deixar o local. “Quando falamos que iríamos deixar o local, o patrão disse que só iria pagar a nossa passagem e mais R$ 100 para cada um”, contou. O grupo informou que quatro haitianos ainda permaneceram na empresa e um já havia deixado o local.
O policial rodoviário Vinicius Figueredo, em entrevista ao G1, contou que o grupo procurou o posto da PRF após terem abandonado a fábrica. O grupo foi encaminhado por dois policiais da PRF para a Casa do Migrante, em Cuiabá, que é uma instituição ligada à Igreja Católica. “Eles chegaram caminhando até a nossa unidade dizendo que queriam ir até a Polícia Federal. Eles nos relataram que haviam deixado a empresa onde estavam por causa de mudanças no pagamento deles”, informou.
A representante da Casa do Migrante, Eliana Vitaliano, disse que a instituição dará todo o auxílio necessário. “Pra gente esta é uma situação nova, mas iremos ajudá-los até que seja resolvida a situação deles”, pontuou.
A Superintendência do Trabalho informou que antes de tomar qualquer medida deverá ouvir os haitianos para tomar conhecimentos das causas do abandono do emprego. Segundo o chefe de Fiscalização do Trabalho, Amarildo Borges Oliveira, eles devem ser ouvidos na manhã desta quinta-feira (09). O órgão ainda não decidiu qual será o destino do grupo.

DENTRAN

  • COTIDIANO / SEM LICITAÇÃO

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    09.02.12 | 07h37 - Atualizado em 09.02.12 | 07h39






  • Detran faz contrato milionário para segurança em prédio




  • Brink's Segurança vai receber R$ 1,4 milhão por seis meses de contrato; órgão culpa a Administração





  • MidiaNews

    Com autorização do presidente Dóia, o Detran gasta R$ 1,4 milhão sem fazer licitação

    KATIANA PEREIRA
    DA REDAÇÃO
    O Departamento Estadual de Trânsito (Detran/MT) contratou, com dispensa de licitação, a empresa Segurança e Transporte de Valores Brink's, pelo valor de R$ 1.433.834,82. A homologação do acordo comercial foi publicada no Diário Oficial que circulou na terça-feira (7).

    O serviço foi contratado por um período de seis meses, a contar de sua assinatura, para prestação de serviço emergencial de vigilância armada para segurança patrimonial do Detran/MT, localizado na região do Centro Político e Administrativo (CPA).

    Por meio da assessoria de imprensa, o departamento informou que o "pacote de serviço" prevê 90 seguranças, que devem prestar serviços diários, nas agências Detran e das Ciretrans, em todo o Estado de Mato Grosso.

    Segundo a assessoria, os profissionais devem prestar serviços em turnos de 6, 12 e 24 horas, de acordo com a necessidade de cada agência.

    O departamento informou, ainda, que o serviço foi contratado sem licitação "por falta de tempo hábil" para elaboração do certame. E justificou que, por receber valores, taxas, recebimentos de multas e outros encargos, o serviço de segurança é considerado indispensável.

    A assessoria alegou que a contratação da empresa foi feita sem licitação por falha da Secretaria de Administração (SAD), que não elaborou o documento em tempo hábil para publicação; dessa forma, impediu a concorrência por parte de outras empresas de segurança.

    O MidiaNews procurou a SAD para obter uma oposição sobre a falta de licitação na contratação da Brink's pelo Detran e a declaração da assessoria do órgão de que a culpa é da pasta.

    Até a edição desta matéria, a secretaria não havia se posicionado
  • ELEIÇÃO RONDONOPOLIS

    Pátio e Percival se preparam para duelo; sem apoio, Salles deve recuar

    Romilson Dourado


    Rogério Salles (PSDB) assiste a polarização sobre possível duelo nas urnas entre Zé do Pátio (PMDB) e Percival Muniz (PPS)
    Rondonópolis caminha para uma eleição polarizada entre o prefeito Zé do Pátio (PMDB) e o ex-prefeito e deputado estadual Percival Muniz (PPS), principalmente depois da pesquisa Mark, divulgada aqui no blog na semana passada, mostrando o socialista empatado tecnicamente com Adilton Sachetti (PDT), que não será candidato, e o prefeito peemedebista em segundo lugar - confira aqui. O tucano Rogério Salles mantém o nome no páreo, mas trata-se apenas de uma estratégia de valorização do "passe", ainda mais por ter a esposa Marília Salles no cargo de vice-prefeita.
    De um lado, Pátio conta com o poder da máquina, mas, por causa de tropeços administrativos e de brigas internas, não conseguiu motivar a militância, com a retomada da autoestima, e também luta para ter respaldo integral da cúpula regional, especialmente do deputado federal Carlos Bezerra, dirigente da legenda, e do governador Silval Barbosa, com quem Pátio vinha tendo divergências nas duas últimas eleições, tanto que ambos, embora do mesmo PMDB, estiveram em palanques separados. O maior desafio do prefeito, que tem perfil mais político do que técnico e faz tanto alarde que sufoca as ações concretas, é de convencer o eleitor rondonopolitano de que cumpriu as promessas de campanha, com foco no social. De todo modo, o peemedebista reúne condições de ter apoio de grandes partidos, como do PR do deputado Wellington Fagundes, que já declarou simpatia pelo nome de Bezerra para prefeito, e até do tucanato e do PSD.
    Já Percival, prefeito por duas vezes, prepara munição para contrapor a atual gestão. A tendência é de construir também um amplo arco de alianças, com aval especialmente do PDT de Sachetti e Pedro Taques, e do PSB de Mauro Mendes e Valtenir Pereira. As negociações de bastidores podem resultar na indicação do apresentador de TV Carlos Vanzelli, do PDT, para vice de Percival. O curioso é que Pátio e Percival são figuras populistas. Além de prefeito e hoje no posto de deputado, Percival foi vereador e deputado federal constituinte e ocupou a cadeira de vice-prefeito. Pátio também exerceu mandatos de vereador e de deputado estadual

    GREVE NA BAHIA

    09/02/2012 07h32- Atualizado em 09/02/2012 08h52

    Coronel diz que Assembleia foi esvaziada e manifestantes detidos

    Saída dos PMs grevistas começou na manhã desta quinta-feira (9).
    Apontado como líder, Marco Prisco saiu pelos fundos, diz Exército.

    Do G1 BA
    32 comentários

    O prédio da Assembleia Legislativa da Bahia, em Salvador, foi desocupado na manhã desta quinta-feira (9) pelos policiais militares grevistas que ocupavam o local desde 31 de janeiro. O ex-policial militar Marco Prisco, considerado líder do movimento, e o policial Antônio Angelim deixaram o local presos. Até por volta das 8h30, não havia confirmação do fim da greve.
    A saída dos manifestantes e a prisão ocorreu após o Jornal Nacional divulgar, na quarta-feira (8), conversas gravadas entre os chefes dos PMs grevistas na Bahia que mostram acertos para realização de ações de vandalismo em Salvador. O líder da Aspra, Marco Prisco, foi flagrado em ao menos um dos telefonemas.
    O tenente-coronel do Exército Márcio Cunha disse que os dois presos foram encaminhados para a Polícia do Exército, na capital baiana. Ambos saíram pelos fundos da Assembleia, evitando o contato com a imprensa. A estratégia foi uma exigência de Prisco, que liderava a ocupação.
    Segundo Cunha, cerca de 240 pessoas foram retiradas do prédio. A imprensa não foi autorizada a ter acesso à Assembleia, mas ainda de acordo com informações do Exército, as instalações estão intactas, mas muito sujas. Soldados do Exército iniciaram uma revista no prédio.

    Depois da liberação do espaço, o acesso ao Centro Administrativo da Bahia, onde funciona a Assembleia e outros órgãos públicos, foi totalmente liberado.

    Através da assessoria de imprensa, o governo da Bahia disse que está avaliando a situação para posteriormente divulgar um comunicado oficial. A Secretaria de Segurança Pública também não tem informações até o momento, mas alega que deve haver uma entrevista coletiva ainda nesta quinta-feira para tratar do assunto.
    Denúncia e desocupaçãoPoliciais militares grevistas começaram a deixar o prédio da Assembleia pouco depois das 6h desta quinta-feira (9), quando a ocupação do local completava dez dias. A saída foi anunciada ainda na madrugada pelo advogado Rogério Andrade, que representa a Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares (Aspra).

    Na noite de quarta-feira (8), o Jornal Nacional divulgou conversas gravadas entre os chefes dos PMs grevistas na Bahia que mostram acertos para realização de ações de vandalismo em Salvador. O líder da Aspra, Marco Prisco, foi flagrado nas conversas e tinha mandado de prisão expedido. Além dele, a Justiça havia pedido a prisão de mais 11 manifestantes, e no total 5 foram presos.
    A saída dos manifestantes ocorreu de forma organizada no começo da manhã. Primeiro, um grupo de mulheres deixou o prédio. As forças de segurança colocaram ônibus à disposição do grupo. A maioria deixou a região usando os próprios carros e motos. Os veículos foram revistados pela Polícia Federal.
    A greve dos PMs na Bahia começou em 31 de janeiro e o governo do estado solicitou auxílio da Força Nacional de Segurança e do Exército para fazer o patrulhamento nas ruas e cercar o prédio da Assembleia, que havia sido tomado pelos grevistas.
    Ainda antes do amanhecer, cinco homens deixaram a sede do órgão estadual e foram liberados porque não havia mandados de prisão contra eles. Eles passam por uma revista e tiveram a saída permitida. A liberação deles foi mais um indício de que a entrega total dos grevistas estava próxima. Os soldados do Exército se mantiveram estrategicamente posicionados para atuar em caso de necessidade.
    Tropa do Exército
    As tropas foram reforçadas no Centro Administrativo da Bahia (CAB) nesta quarta-feira (8), de acordo com informações do Exército. O número de homens no local passou de 1.038 para 1.400 no período da tarde, sendo 1.200 membros do Exército, 50 da Força Nacional e 150 PMs.
    arte greve bahia vertical (Foto: Editoria de arte/G1)
    Segundo o tenente-coronel Cunha, responsável pela comunicação do Exército, a ampliação da segurança no local visa manter a tranquilidade no CAB. "Nós fizemos uma análise no final do dia de ontem e decidimos fazer o reforço para aumentar a segurança. Não consideramos as manifestações tumulto", destacou Cunha.

    Os acessos ao CAB foram fechados no início da tarde desta quarta-feira pelas tropas das Forças Armadas que fazem o policiamento na região. De acordo com o tenente-coronel, o bloqueio foi uma decisão do comando da operação e a justificativa da ação não será informada por enquanto. Os manifestantes avaliam que a medida é para enfraquecer o movimento.

    Greve ilegal
    O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello afirmou na quarta-feira que é ilegal a greve de policiais militares, como os da Bahia, que fazem paralisação desde o dia 31 de janeiro.
    "A greve é um tema social. Mas, neste caso, ela é inconstitucional, é ilegal. Se viesse uma lei legitimando o direito de greve de militares, ela fatalmente cairia no STF, seria julgada inconstitucional", disse Mello. O artigo 142 da Constituição estabelece que ao militar são proibidas a sindicalização e a greve.
    Habeas Corpus
    O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou pedido de habeas corpus para dois líderes do movimento grevista. O pedido feito na quarta-feira (8) pelos advogados dos policiais foi analisado e negado pelo ministro Og Fernandes. O Tribunal de Justiça da Bahia já tinha indeferido um pedido de habeas corpus no dia 6 de fevereiro. Os advogados Leandro Gesteira e Ivan Jezler deram entrada em novos pedidos no fim da tarde de quarta.
    Os advogados de defesa do líder dos PMs grevistas da Bahia, Marco Prisco, e dos outros 11 policiais com mandados de prisão preventiva decretados entraram com pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) no fim da tarde de quarta.
    De acordo com um dos advogados, Ivan Jezler, o pedido foi protocolado no plantão TJ e deve ser recebido pelo desembargador José Alfredo. Segundo ele, existe a expectativa de que a liminar seja avaliada ainda na quinta-feira (9).
    “O objetivo é revogar as prisões preventivas decretadas. Greve, por si só, não se fundamenta em fato criminoso. Se o TJ negar vamos recorrer no STJ", diz o advogado. “Os juízes alegaram tão somente a questão do movimento grevista. Eles acusaram os roubos que ocorreram na cidade, mas isso é responsabilidade objetiva e a fundamentação é genérica. Não pode decretar prisão por conta disso”, argumentou