quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Suspenso lote de obra da Copa em Cuiabá por suspeita de irregularidade

Suspenso lote de obra da Copa em Cuiabá por suspeita de irregularidade

Obra compreende trecho na Avenida Miguel Sutil, em Cuiabá.
Secopa informou que tem analisado a decisão e depois tomará medidas.

Ericksen VitalDo G1 MT
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O Tribunal de Contas do Estado (TCE) suspendeu um lote da concorrência pública das obras de mobilidade urbana na Avenida Miguel Sutil (perimetral), uma das principais de Cuiabá, cidade-sede da Copa do Mundo de 2014. O lote dois, segundo o TCE, compreende o subtrecho entre o viaduto da rodoviária e o contorno que dá acesso ao Centro de Eventos do Pantanal.
O TCE alegou que há suspeita de irregularidades no processo. A Secretaria Estadual da Copa (Secopa) tem 15 dias para contestar a decisão. De acordo com a assessoria de imprensa da Secopa, a decisão está em análise para saber quais medidas deverão ser tomadas.
Segundo informações do TCE, por decisão liminar, o conselheiro Antonio Joaquim, relator das contas anuais da Secopa, determinou a suspensão imediata do lote. A decisão foi motivada por alteração de regras contidas no edital relativas ao lote 2, sem que fosse aberto novo prazo para a concorrência.
As falhas no edital foram apontadas pela Secretaria de Controle Externos de Obras e Serviços de Engenharia do Tribunal de Contas de Mato Grosso (Secex-Obras). Antes de decidir, o conselheiro Antonio Joaquim oportunizou defesa para a Secopa, mas não acatou as justificativas apresentadas. A Secopa publicou um adendo ao edital relativo ao lote 2, em véspera da data do procedimento licitatório e não reabriu novo prazo. A falha, segundo o conselheiro, é considerada gravíssima e contraria a Lei de Licitações.

GARI EM CLIMA DE CARNAVAL

16/02/2012 13h02- Atualizado em 16/02/2012 16h35

Ladeiras de Olinda são lavadas ao som do frevo para o carnaval

Bloco Vassourão sai todos os anos para deixar tudo preparado.
Garis limparam ruas e ladeiras da Cidade Alta.

Do G1 PE
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Bloco O Vassourão (Foto: Hélia Scheppa / JC Imagem / AE)Bloco O Vassourão deixou Olinda 'nos trinques',
hoje (Foto: Hélia Scheppa / JC Imagem / AE)
Intensificando os preparativos para o carnaval, a prefeitura de Olinda promoveu, nesta quinta-feira (16), a limpeza das ruas e ladeiras da Cidade Alta.
Acompanhados de uma orquestra de frevo, os garis da cidade, munidos de suas vassouras, se divertiram no bloco Vassourão.
Eles lavaram os locais onde milhares de foliões irão brincar o carnaval a partir de sábado (18). A forma irreverente de fazer a limpeza urbana do Sítio Histórico de Olinda acontece todos os anos.
Os garis ganham as ruas novamente na Quarta-feira de Cinzas, quando o bloco desfila a partir do meio-dia, saindo do Mercado do Varadouro.

Caso Eloá

16/02/2012 15h56- Atualizado em 16/02/2012 16h12

Jurados se reúnem para decidir se Lindemberg é ou não culpado

Sentença deve ser lida nesta quinta (16) pela juíza Milena Dias.
Réu responde por vários crimes, entre eles a morte da ex Eloá, em 2008.

Rosanne D'Agostino e Kleber TomazDo G1 SP
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Os jurados entraram pouco antes das 16h desta quinta-feira (16) na sala secreta do Fórum de Santo André para decidir o futuro de Lindemberg Alves, acusado de matar Eloá Pimentel, na cidade do ABC, em 2008. Compõem o conselho de sentença seis homens e uma mulher.
O julgamento foi retomado pouco antes das 15h30. A promotora Daniela Hashimoto decidiu abrir mão da réplica na fase de debates. Com isso, foram apresentados aos jurados os quesitos para votação. Eles vão responder a 12 séries de perguntas, sobre cada crime e cada vítima.
Sobre Eloá, a juíza Milena Dias definiu que os jurados terão de responder se ela sofreu os disparos de arma de fogo e se esses disparos foram efetuados por Lindemberg, se ele agiu por imprudência ao atirar na vítima, se absolvem Lindemberg, se ele agiu por motivo torpe, por vingança e se houve recurso para impossibilitar a defesa da vítima, que estava deitada no momento dos tiros. As mesmas questões foram definidas para Nayara, com uma diferença com relação ao homicídio. A juíza questionou se os jurados acreditam que ele apenas não se consumou por uma vontade alheia ao réu.
A juíza também questionou os jurados sobre o cárcere privado de Eloá, Nayara por duas vezes (em razão de ela ter voltado ao local do cárcere), Victor e Iago. Os jurados terão que responder se os quatro foram privados de sua liberdade, se Lindemberg foi o autor ou se deve ser absolvido e se as vítimas eram menores de idade, o que pode atenuar ou agravar a pena final.
Em outro quesito, os jurados devem decidir se Atos Antonio Valeriano sofreu os disparos feitos por Lindemberg e se consideram que houve tentativa de homicídio, se absolvem Lindemberg pelo crime e se o réu efetuou os disparos para assegurar a execução de outros crimes. Por fim, a juíza questionou os jurados por quatro crimes de arma de fogo. Eles devem responder se houve disparos em local habitado, se Lindemberg foi o autor ou se deve ser absolvido.
O réu responde pela morte de Eloá, por duas tentativas de homicídio (contra Nayara Rodrigues da Silva, baleada no rosto, e o sargento da Polícia Militar Atos Antonio Valeriano, que escapou de um tiro); cárcere privado (de Eloá, Victor Lopes de Campos, Iago Vilera de Oliveira e duas vezes de Nayara) e disparo de arma de fogo (foram quatro) praticados entre os dias 13 e 17 de outubro de 2008 dentro do apartamento onde a ex morava, no segundo andar de um bloco da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) no Jardim Santo André.
A tese da defesa é que houve homicídio culposo (sem intenção) e cárcere privado confesso no caso de Eloá. Para Nayara, a advogada afirma que deve ser acatada lesão corporal culposa e negativa do cárcere privado, assim como para Victor e Iago. Para o sargento da PM, a defesa sustenta a negativa de autoria por "crime impossível". Para os disparos de arma de fogo, a defesa diz que o réu é confesso.
A juíza Milena Dias disse que a confissão será levada em conta para dosar a pena.
Debates
Antes do recesso para almoço, a advogada de Lindemberg, Ana Lúcia Assad, disse durante a fase de debates do julgamento, no Fórum de Santo André, que seu cliente ainda é apaixonado pela vítima. Segundo ela, Lindemberg não premeditou matar Eloá e pediu que ele seja condenado por homicídio culposo – quando não há intenção de matar. A defensora falou por cerca de uma hora e meia. A juíza determinou em seguida o intervalo.
“Ele não é marginal ou um criminoso. Os senhores [jurados] são pessoas de bem, assim como Lindemberg. Peço que o enxerguem como um irmão, pai dos senhores, um amigo. Ele não é bandido. Ele confessou que atirou em Eloá. Lindemberg é apaixonado por Eloá. Foi o grande e único amor da vida dele. Tanto é que ele não recebe visita íntima porque ele não quer ter outra mulher”, disse. “Lindemberg sofre pela morte de Eloá.”
"Não vou pedir a absolvição dele. Ele errou, tomou as decisões erradas e deve pagar por isso, mas na medida do que ele efetivamente fez", disse a advogada. "Peço que os senhores [jurados] condenem o Lindemberg pelo homicídio culposo, pois ele não desejou o resultado. Ele sofre pela morte dela."
Durante a fala de Ana Lúcia, os familiares de Eloá esboçaram reações de incredulidade. O público chegou a se manifestar em alguns momentos. A advogada disse que seu cliente era querido pela família da vítima e tentou responsabilizar a imprensa e a Polícia Militar pelo ocorrido.
“Lindemberg era muito querido pela família de Eloá. Esse caso só é esse caso por causa da cobertura da mídia, não devia estar acontecendo nada mais importante naquele dia.” Segundo ela, os PMs que invadiram o apartamento são os responsáveis morais pela morte de Eloá e a mídia, também responsável. "A imprensa fez do sequestro um 'reality show'." "Ele não pode pagar a conta sozinho. A própria família de Eloá está responsabilizando os policiais que erraram."
ana lúcia assad (Foto: Nelson Antoine/Foto Arena/AE)Para advogada, imprensa transformou réu em
monstro (Foto: Nelson Antoine/Foto Arena/AE)
Já a promotora Daniela Hashimoto disse que Lindemberg é “mentiroso, manipulador e dissimulado”. Daniela falou por uma hora e meia. A assistente da acusação dispensou os 30 minutos a que tinha direito.
“É esse rapazinho, bonzinho, coitadinho, arrependido, que veio aqui pedir perdão, ele fez um pedido sincero em frente à mídia, mas ele é uma pessoa que simula e é dissimuladora”, disse a promotora em relação ao pedido de perdão feito por Lindemberg nesta quarta-feira (15) durante seu depoimento. “Se fosse um pouco mais esperto ou orientado poderia ter dito que foi ao apartamento armado porque temia a reação dos pais de Eloá porque Eloá teria dito que apanhou dele [Lindemberg] dias antes”, completou.
Durante sua apresentação, Daniela manipulou o revólver calibre 32 usado pelo réu para manter Eloá refém. Foi dessa arma que partiu o tiro que matou a ex-namorada do motoboy. A promotora andou com o revólver pelo plenário e puxou o gatilho algumas vezes. “Lindemberg atirou para matar, sim.”
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Ficha Limpa

16/02/2012 15h57- Atualizado em 16/02/2012 17h16

Maioria dos ministros do STF vota pela aplicação da Lei da Ficha Limpa

Após Ayres Britto, 6 dos 11 ministros votaram pela aplicação da lei.
Mas, até o julgamento terminar, ministros podem mudar voto.

Débora SantosDo G1, em Brasília
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O ministro Ayres Britto no julgamento da Lei da Ficha Limpa; ele deu o sexto voto favorável à aplicação da lei (Foto: Felipe Sampaio / STF)O ministro Ayres Britto no julgamento da Lei da
Ficha Limpa; ele deu o sexto voto favorável à
aplicação da lei (Foto: Felipe Sampaio / STF)
Após o voto de Carlos Ayres Britto na tarde desta quinta (16), a maioria (seis) dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) já se manifestou favoravelmente à aplicação dos principais pontos da Lei da Ficha Limpa a partir das eleições municipais de 2012.
Depois de Ayres Britto, o ministro Gilmar Mendes votou contra a aplicação da lei. Com o dele, são dois os votos contrários (ou outro foi de Dias Toffoli). O julgamento só será encerrado após os votos do presidente do Supremo, Cezar Peluso, e dos ministros Marco Aurélio Mello e Celso de Mello. O resultado só será proclamado no final porque, até o julgamento terminar, os ministros podem modificar o voto.
A Lei da Ficha Limpa prevê a proibição da candidatura de políticos condenados pela Justiça em decisões colegiadas ou que renunciaram a cargo eletivo para evitar processo de cassação.
Quase dois anos depois de entrar em vigor, a lei gerou incertezas sobre o resultado da disputa de 2010 e chegou a ter sua validade derrubada para as eleições daquele ano.
O julgamento começou em novembro do ano passado e foi interrompido três vezes por pedidos de vista (quando ministros pedem a interrupção do julgamento para estudar melhor o processo).
Estão em julgamento três ações, que buscam definir os efeitos da ficha limpa para 2012. As ações foram apresentadas pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), pelo PPS e pela Confederação Nacional das Profissões Liberais (CNPL).
MaioriaA sessão desta quinta foi retomada com o voto do ministro do STF e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandowski, que defendeu a aplicação integral da ficha limpa.
O ministro lembrou que a lei foi proposta ao Congresso com o apoio de mais de 1,5 milhão de pessoas e afirmou que a ficha limpa privilegia um valor expresso na Constituição que é a moralidade das funções públicas.
Ministros do STF durante julgamento da Lei da Ficha Limpa (Foto: Dida Sampaio / Agência Estado)Ministros do STF durante julgamento da Lei da
Ficha Limpa (Foto: Dida Sampaio / Agência Estado)
“Nos defrontamos com dois valores constitucionais da mesma hierarquia. Ainda que se pudesse dar um valor maior ao princípio da não culpabilidade, este princípio deve ser interpretado a partir do princípio republicano que está plasmado logo no artigo primeiro da Constituição”, afirmou Lewandowski.
A maioria se formou com o voto do ministro Ayres Britto, que também defendeu a validade do texto integral da lei.
"O povo cansado, a população saturada, desalentada, se organizou sob a liderança de mais de 60 instituições da sociedade civil, entre elas CNBB e OAB. O povo tomou essa iniciativa. [...] Essa lei é fruto do cansaço, da saturação do povo com os maus tratos infligidos à coisa pública", disse o ministro ao proferir o voto.
Britto justificou a necessidade de uma lei para garantir a moralidade na política ao afimar que a política brasileira tem tradição de "namoro aberto" com a prática de crimes.
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"A probidade administrativa foi tratata com especial carinho, apreço, valoração pela nossa Carta Magna.[...] A nossa tradição é péssima em matéria de respeito ao erário. Então, a nossa Constituição só merece aplauso por essa norma em defesa da moralidade, que é a probidade administrativa", declarou.
Votos anterioresNa quarta (15), votaram os ministros Dias Toffoli, Rosa Weber e Cármen Lúcia, Antes deles, em sessões anteriores, tinham votado outros dois ministros (Joaquim Barbosa e Luiz Fux, ambos pela aplicação da lei).
Toffoli criticou a lei e afirmou que a ficha limpa fere o princípio da presunção de inocência, ao tornar inelegível uma pessoa condenada que ainda pode recorrer da decisão. “A lei complementar número 135 é reveladora de profunda ausência de compromisso com a boa técnica legislativa. É uma das leis recentemente editadas de pior redação legislativa dos últimos tempos. Leis mal redigidas às vezes corrompem o propósito dos legisladores e o próprio direito”, afirmou.
Mais nova integrante da Corte, Rosa Weber não havia participado das sessões anteriores do julgamento. Ela defendeu a constitucionalidade da Lei da Ficha Limpa e afirmou que os “homens públicos” devem ser mais cobrados que os cidadãos comuns.
“A Lei da Ficha Limpa foi gestada no ventre moralizante da sociedade brasileira, que está agora exigir dos poderes instituídos um basta. (...) Entendo que a democracia se concretiza num movimento ascendente, operando da base social para as colunas dos poderes instituídos que devem emprestar ressonância às legítimas expectativas da sociedade”, afirmou a ministra.
A ministra Cármen Lúcia foi a última a votar antes de ser interrompida a sessão de quarta e defendeu a constitucionalidade da ficha limpa. Em seu voto, ela falou sobre a importância do passado dos candidatos a cargos públicos.
“Se o ser humano se apresenta inteiro, quando ele se propõe a ser um representante dos cidadãos, a vida pregressa compõe a ‘persona’ que se oferece ao eleitor, e o seu conhecimento há de ser de interesse público. Não dá para apagar. A vida não se passa a limpo a cada dia”, afirmou a ministra.

Ginga vira desafio para estrangeiros que desfilam

16/02/2012 11h32- Atualizado em 16/02/2012 11h36

Ginga vira desafio para estrangeiros que desfilam em escolas de SP

Canadense vai ao Anhembi para realizar sonho de infância.
Alemã desfila há mais de 20 anos na Tom Maior.

Letícia Macedo e Renato Jakitas Do G1 SP
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Estrangeira vai ao Anhembi (Foto: Raul Zito/G1)Alemã vai desfilar mais uma vez no Anhembi (Foto: Raul Zito/G1)
Nem a dificuldade para aprender a sambar desanima estrangeiros que pretendem desfilar no Sambódromo do Anhembi, na Zona Norte de São Paulo, neste ano. Encantados pela magia do carnaval, eles prometem dar o máximo pelas escolas que irão representar. Um canadense entrará na avenida na Camisa Verde e Branco para realizar um sonho de infância. Já a referência à Hungria no enredo da Rosas de Ouro atraiu uma consulesa a debutar na passarela do samba. A ginga brasileira também conquistou uma alemã que desfila há mais de 20 anos na Tom Maior.
“É muito difícil sambar. Eu tento até alguns poucos passos, mas é difícil sair sambando por aí”, diz o canadense Dwight Mountney, que chegou de Toronto há uma semana. Ele vai debutar na avenida na Camisa Verde e Branco, escola que abre o desfile do Grupo Especial nesta sexta-feira (17). O convite foi feito pelo amigo brasileiro Luiz Freitas, que trabalha como publicitário em Toronto. Mountney, que está de férias, diz que não programou sua visita ao Brasil pensando no carnaval. Mas, já que aconteceu de chegar justamente nesse período, agora ele quer aproveitar. “Estou muito animado. O carnaval pode ser considerado, para mim, como um sonho de infância”, diz.
Consulesa da Hungria tem participado dos ensaios da Rosas de Ouro desde novembro  (Foto: Raul Zito / G1)Consulesa da Hungria tem participado dos
ensaios da Rosas de Ouro desde novembro
(Foto: Raul Zito / G1)
Já a consulesa da Hungria em São Paulo, Eszter Dobos, de 29 anos, tem participado dos ensaios da Rosas de Ouro desde novembro para se preparar para o seu primeiro desfile. “Eu estou muito ansiosa. Eu contei para família e para amigos que vou desfilar no carnaval. Mandei o link dos ensaios para eles verem. A animação de todo mundo é contagiante. É muito interessante ver como os brasileiros levam o desfile a sério”, conta. Ela usará uma fantasia de princesa e afirma que aprendeu uma coreografia. “Na ala em que eu vou desfilar tem uma coreografia, que eu aprendi. O samba eu ainda estou aprendendo. Preciso praticar”, afirma, rindo.
Há um ano no Brasil, a húngara teve motivação para desfilar quando soube que escola fará referência ao seu país no enredo “O Reino dos Justus”, que colocará na avenida uma história fictícia repleta de cavaleiros, reis, princesas e castelos, que evocam os símbolos do país.
“Até hoje, eu só vi [o carnaval] na TV. Para mim é uma honra desfilar com a comunidade húngara”, diz. Segundo Eszter, a escola fez “uma pesquisa grande e detalhada” sobre o país europeu. “Nunca esperava ver uma escola retratar a Hungria assim. Tem brasileiro que nem sabe onde fica a Hungria. É uma bela homenagem ao meu país.”
Para ter samba no pé, eu estou treinando para outra encarnação"
Irmtraud Helene Ott
Paixão antiga
Já a alemã Irmtraud Helene Ott, de 68 anos, 45 deles no Brasil, desfila há mais de 20 anos na Tom Maior, que neste ano tem como enredo “Paz na Terra e aos homens de Boa Vontade”. “Faz 23 ou 24 anos que eu desfilo. Eu nem sei mais.” Ela, que já foi chefe de ala duas vezes, hoje integra a velha guarda da agremiação e conta que o envolvimento com a escola vai muito além da avenida.
“Antigamente eu era mais ativa, mas há seis anos nasceram os meus netos trigêmeos e passei a fazer coisas menores. Já fiz chapéus para a escola. Minha casa ficou parecendo um galpão de escola de samba. Neste ano eu fiz o colar das baianas. Fiz enfeites para 250 chapéus de uma ala”, afirma.
A primeira vez que desfilou junto com o marido, que também é alemão, foi para acompanhar a filha adolescente, que na época tinha 16 anos. “Desde então não paramos mais. Eu e minha filha não faltamos nenhum ano.”
A alegria dos participantes contagiou a família alemã, que já convidou vários parentes e amigos para participar do carnaval. “Eu via durante os ensaios pessoas muito simples, mas no desfile só tinha alegria. E isso é muito bom. A escola é o ambiente mais democrático que existe. Tem o doutor e o faxineiro. Ali todo mundo é igual e todos se empenham para fazer o melhor para a escola”, diz.
Helene leva com bom humor uma certa dificuldade que ela tem para aprender a ginga brasileira. “Para ter samba no pé, eu estou treinando para outra encarnação. Eu estou sempre enganando um pouco”, conta, sem conter o riso.

Operação contra Trafico

16/02/2012 12h23- Atualizado em 16/02/2012 12h36

Ação contra o tráfico no Morro do São Carlos tem 11 presos, diz PF

Operação Boca Aberta foi deflagrada após denúncia de tráfico no local.
Foram apreendidos radiotransmissores, drogas, carregadores e munição.

Do G1 RJ
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Onze pessoas foram presas, nesta quinta-feira (16), numa operação da Polícia Federal contra a existência de pontos de vendas de drogas no Morro do São Carlos, no Estácio, na Zona Norte do Rio. As informações foram divulgadas pela própria Polícia Federal.
(Correção: ao ser publicada, esta reportagem informava que 19 pessoas haviam sido presas, com base na informação de nota divulgada pela Polícia Federal. Posteriormente, a PF esclareceu que apenas 11 mandados haviam sido cumpridos, dos 19 que foram expedidos.)
Na “Operação Boca Aberta”, realizada em conjunto com o Batalhão de Choque, o Batalhão de Operações Especiais, o GAM (Grupamento Aéreo e Marítimo) e com o SAER (Serviço Aeropolicial) e deflagrada na quarta-feira (15), foram apreendidos mais de 320 kg de maconha, 107 frascos de lança-perfume, além de material para a endolação de drogas, carregadores e munição de fuzil, radiotransmissores e uma balança de precisão.
Segundo a polícia, ao todo, foram expedidos 19 mandados de prisão, sendo 11 já cumpridos, e seis mandados de busca e apreensão no Morro do São Carlos.
A operação foi resultado de dez meses de investigação pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Polícia Federal e se iniciou após o recebimento de denúncias da existência de pontos de venda de drogas no morro.

Caso Eloá

16/02/2012 12h01- Atualizado em 16/02/2012 12h30

'Lindemberg é mentiroso e manipulador', diz promotora

Júri entrou em seu quarto dia nesta quinta-feira.
Promotora simulou disparos com arma usada por réu no crime.

Kleber TomazDo G1 SP
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A promotora Daniela Hashimoto disse durante o debate deste quarto dia de julgamento de Lindemberg Alves, acusado de matar Eloá Pimentel em outubro de 2008, que o réu é “mentiroso, manipulador e dissimulado”. Daniela falou por uma hora e meia na manhã desta quinta-feira (16) no Tribunal do Júri, no Fórum de Santo André, no ABC. A assistente da acusação dispensou os 30 minutos a que teria direito.
“É esse rapazinho, bonzinho, coitadinho, arrependido, que veio aqui pedir perdão, ele fez um pedido sincero em frente à mídia, mas ele é uma pessoa que simula e é dissimuladora”, disse a promotora em relação ao pedido de perdão feito por Lindemberg nesta quarta-feira (15) durante seu depoimento. “Se fosse um pouco mais esperto ou orientado poderia ter dito que foi ao apartamento armado porque temia a reação dos pais de Eloá porque Eloá teria dito que apanhou dele [Lindemberg] dias antes”, completou.
Durante sua apresentação, Daniela manipulou o revólver calibre 32 usado pelo réu para manter Eloá refém. Foi dessa arma que partiu o tiro que matou a ex-namorada do motoboy. A promotora andou com o revólver pelo plenário e puxou o gatilho algumas vezes. “Lindemberg atirou para matar, sim.”
Os trabalhos do Tribunal do Júri foram retomados por volta das 9h50. A defesa de Lindemberg começou a se pronunciar por volta das 12h. Há possibilidade de réplica e tréplica. Só depois, então, os jurados vão se reunir para decidir pela absolvição ou condenação. Passado esse ponto, a juíza vai ler a sentença e definir a pena dada ao réu.
Intenção de matarApós distribuir cópias dos autos aos jurados - seis homens e uma mulher -, a promotora Daniela Hashimoto disse que Lindemberg já sabia o que iria fazer no apartamento onde manteve Eloá refém por mais de cem horas. "Coloquem-se no papel das vítimas", disse.
mãe eloá (Foto: Cristiano Novais /CPN /AE)Mãe de Eloá, Ana Cristina Pimentel, acompanha o
quarto dia do júri de Lindemberg no Fórum de Santo
André (Foto: Cristiano Novais /CPN /AE)
Segundo a promotora, uma prova de que o motoboy estava disposto a matar a ex-namorada foi dada quando ele libertou Victor e disse: “Não olhe para trás porque essa porta não é de papel”, teria dito. Ele também teria dito às vítimas que manteve no cárcere, segundo ela, “A PM só vai botar fé em mim se eu matar alguém.”
Para Daniela, o réu manipulou as vítimas e citou a síndrome de Estocolmo, quando a vítima desenvolve confiança por seu agressor ou sequestrador. Ainda segundo a promotora, Lindemberg fez disparos durante o sequestro. “É só para vocês não acharem que eu sou bonzinho”.
Ela pediu a condenação de Lindemberg por todos os crimes que ele é acusado. Além do assassinato de Eloá, o motoboy responde por duas tentativas de homicídio contra Nayara Rodrigues da Silva, amiga de Eloá, e o sargento da Polícia Militar Atos Valeriano, assim como por cinco cárceres privados (dois com Nayara e o restante com relação à Eloá, Iago Vilera e Victor Campos) e quatro disparos de arma de fogo. Os crimes aconteceram há três anos, durante os dias 13 a 17 de outubro, em um apartamento em Santo André.
“Ele atirou na Nayara e manteve cárcere privado das vítimas. Prova disso é que chegou a colocar arma na cabeça dela”, afirmou a promotora. "Lindemberg finge ser um cidadãozinho, um coitadinho, um bobinho... Ele teve todas as garantias para se entregar e não o fez porque estava determinado a matar Eloá.”
Na quarta-feira, o terceiro dia de julgamento do caso Eloá terminou às 19h40. Lindemberg Alves, acusado de matar a garota, admitiu pela primeira vez durante o júri ter atirado nela dentro do apartamento em Santo André, no ABC, em 2008. Ele falou por mais de cinco horas, contando os intervalos determinados pela juíza Milena Dias. Foi a primeira vez que se pronunciou desde o crime.
Questionado se atirou em Nayara, Lindemberg disse não se lembrar do fato: "Não me recordo". "Quando fui ver, já estava sendo agredido pelos policiais. Foi tudo muito rápido. Não tinha intenção", disse nesta quarta. A promotora Daniela rebateu a afirmação nesta quinta. "A perícia comprovou que a Nayara foi atingida por um projétil de calibre 32. Só o Lindemberg tinha essa arma no dia dos fatos", disse.

edital do VLT sai sexta

Governo de MT confirma lançamento de edital do VTL para Copa na sexta

Caixa Econômica Federal deu aval para governo lançar licitação em MT.
Licitação será nos moldes do Regime Diferenciado de Contratações (RDC).

Ericksen VitalDo G1 MT
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Modelo de VLT que será implantado em Cuiabá para a Copa 2014 (Foto: Assessoria/Agecopa)Modelo de VLT que será implantado em Cuiabá
para a Copa 2014 (Foto: Assessoria/Agecopa)
O edital de licitação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), modelo de transporte público a ser construído para a Copa do Mundo de 2014, em Cuiabá (MT), será lançado oficialmente na próxima sexta-feira (17). O anúncio foi feito na tarde desta quarta-feira (15), em Brasília, pelo governador Silval Barbosa (PMDB), após reunião com o presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Jorge Hereda.
Após o aval da Caixa, será lançada a licitação nos moldes do Regime Diferenciado de Contratações (RDC), que consiste em uma licitação para mais simplificada. Feito isso, as empresas terão um prazo de 30 dias para apresentar as propostas. Em seguida, sai uma vencedora que já poderá começar a execução da obra em paralelo com a elaboração de projetos. O governo já começou a admitir que tem vai ter que “correr contra o tempo” para conseguir entregar a obra no prazo para o mundial.
O empréstimo que o estado contratará para implantação do VLT é da ordem de R$ 1,26 bilhão. O valor de R$ 423 milhões, que antes estava aprovado para o antigo Bus Rapid Transit (BRT), ônibus com linha exclusiva, já foi redirecionado para o metrô de superfície. Outros R$ 727 milhões serão viabilizados por meio de novo empréstimo com a Caixa Econômica Federal (com recursos do BNDES). A obra do trem de superfície deve começar no primeiro semestre de 2012 e o término deve ser em dezembro de 2013, conforme o governo.
O processo de mudança no modal de transporte público – de BRT para VLT - para o mundial gerou polêmica no ano passado. Uma reportagem publicada pelo jornal "O Estado de S. Paulo" denunciou que o Ministério das Cidades teria forjado um documento que autorizou mudanças no projeto de mobilidade urbana na capital, ampliando o custo da obra. O Ministério negou a fraude e classificou como disputa política.

Confira a rota do VLT
O VLT será implantado no canteiro central nos itinerários CPA - Aeroporto e Coxipó – Centro, percorrendo 22,2 km. O volume de ônibus que circula pelas avenidas será reduzido quando o novo modal entrar em operação. Os veículos alimentarão o sistema de VLT, trazendo os passageiros dos bairros até uma das estações do metrô de superfície, que ficarão ao lado dos trilhos no canteiro central.

Com 15 Km de extensão, o trajeto CPA-Aeroporto contará com dois terminais de integração (CPA1 e André Maggi, que terá um elevado ferroviário no aeroporto Marechal Rondon), 22 estações de transbordo, dois viadutos, três trincheiras e uma ponte. Nesse trecho será feito também a reestruturação do canal da prainha, na região central de Cuiabá. O eixo Coxipó-Centro terá 7,2 Km de extensão, um terminal de integração (Coxipó), 11 estações de transbordo, três viadutos e duas pontes.

Dia decesivo caso Eloá

16/02/2012 06h00- Atualizado em 16/02/2012 07h06

Júri deve decidir nesta quinta se condena ou inocenta Lindemberg

Quarto dia de julgamento começa com debates entre acusação e defesa.
Nesta quarta-feira (15), Lindemberg admitiu ter atirado em Eloá.

Do G1 SP

O quarto dia do julgamento de Lindemberg Alves começa nesta quinta-feira (16) no Fórum de Santo André, no ABC, com os debates entre acusação e defesa. Os jurados, então, se reunirão para decidir pela absolvição ou condenação. Passado esse ponto, a juíza vai ler a sentença e definir a pena dada ao réu.
Esse deve ser o último dia do julgamento iniciado na segunda-feira (13), pouco mais de três anos após o sequestro que culminou com a morte da adolescente Eloá Pimentel em Santo André.
Na quarta-feira (15), o terceiro dia de julgamento do caso Eloá terminou às 19h40. Lindemberg Alves, acusado de matar a garota, admitiu pela primeira vez durante o júri ter atirado nela dentro do apartamento em Santo André, no ABC, em 2008. Ele falou por mais de cinco horas, contando os intervalos determinados pela juíza Milena Dias. Foi a primeira vez que se pronunciou desde o crime.
Durante o interrogatório, o réu contou detalhes do momento da invasão da PM ao apartamento. "Estávamos conversando os três no sofá. Infelizmente aconteceram algumas reações. A polícia estourou a porta e eu tomei um susto. Ela ameaçou um movimento e eu infelizmente atirei", disse. "Pensei que ela pudesse vir para cima de mim. Eu vi o movimento e atirei. Foi tudo muito rápido."
Questionado se atirou em Nayara, ele disse não se lembrar do fato: "Não me recordo". "Quando fui ver, já estava sendo agredido pelos policiais. Foi tudo muito rápido. Não tinha intenção." Ele disse também que não teve tempo de pensar.
Lindemberg negou também ter atirado em um PM durante o sequestro. "É ficção." O acusado disse que se sentiu "traído" pela polícia. "Tiraram o contato com a minha irmã e começaram a tirar as pessoas do local. Foi uma quebra de confiança. Eu fiquei na dúvida com a polícia."
Logo no início do julgamento, ele pediu perdão à mãe da vítima, Ana Cristina Pimentel. Lindemberg começou a ser ouvido pouco depois das 14h, no Fórum de Santo André, no ABC. O depoimento foi encerrado pouco antes das 19h45.
"Quero pedir perdão para a mãe dela em público, pois eu entendo a sua dor", disse o réu. "Estou aqui para falar a verdade, afinal, tenho uma dívida muito grande com a família dela." "Pela perda da família, eles são as vítimas. Se estou encarcerado, estou pagando por algo que eu fiz", disse.
Quero pedir perdão para a mãe dela em público, pois eu entendo a sua dor"
Lindemberg Alves
"Quando a polícia chegou, fiquei apavorado. Não sabia o que fazer", relatou Lindemberg. Ele afirmou que as ameaças que fez nas ligações telefônicas antes para os policiais eram "um blefe" para afastá-los do local. Pelas transcrições, ele disse ao capitão Adriano Giovanini, do Gate, que ia "matar as duas e se matar".
Arma
Lindemberg afirmou que recebeu ameaças de morte de um número de telefone desconhecido e de outro que não atendia quando ele retornou a ligação. Por isso, segundo ele, comprou a arma de um "senhor" que precisava voltar para sua terra natal. O réu afirmou não recordar o nome dele. Disse apenas que o homem tinha oferecido uma bicicleta e uma arma. A compra ocorreu 20 dias antes do sequestro, quando, segundo ele, estava separado de Eloá. Ele disse ter dado R$ 700 por ela. Por conta das ameaças, Lindemberg disse ter ido ao apartamento armado. “Eu tinha mais medo de morrer do que andar com arma ou responder por porte (ilegal) de arma.”
O acusado também disse que fez algo "impensado". "Eu estava muito nervoso e tomei atitudes impensadas. Atirei para o chão para manter a polícia longe do apartamento."
"O ambiente no apartamento não era favorável para que nós descêssemos. Eu aguardava esse momento", afirmou. "Estou aqui para ser o mais transparente e autêntico possível", afirmou à promotora, que mostrou uma arma calibre 32 a ele perguntando se era igual à dele. "Se não for ela, é parecidíssima."
Questionado por que não se emociona ao lembrar de Eloá, ele respondeu: "Eu não vim aqui para dar show, para comover ninguém".