quarta-feira, 28 de março de 2012

Néviton e Totó vão à audiência no TRE; suplente de 153 votos quer vaga

INFIDELIDADE | 28/03/2012 - 16:35

 

Glaucia Colognesi


Os vereadores cuiabanos de 1º mandato Néviton Fagundes e Totó Cesar trocam PRTB pelo PTB e correm risco de cassação
A sete meses do fim do mandato, os vereadores Néviton Fagundes e Totó César ainda correm o risco de perder a cadeira na Câmara Municipal de Cuiabá. Com base na Lei de Fidelidade partidária, o 17° na lista de suplência do PRTB, Anderson Tochio Matsubara, que teve somente 153 votos, recorreu à Justiça em defesa da cassação do mandato dos dois e vive expectativa de estreia no legislativo. Néviton e Totó deixaram o PRTB e se filiaram ao PTB do prefeito Chico Galindo.
Nesta quarta (28), os dois parlamentares vão participar de uma audiência no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que pode resultar na cassação do mandato. O relator do processo, juiz Sebastião de Arruda, pode optar até por julgamento monocrático. Se houver cassação, um dos contemplados será Matsubara. Quanto a outra cadeira há uma incógnita porque são vários suplentes e muitas dúvidas sobre quais mudaram de legenda.
As cadeiras ocupadas por Totó e Néviton são disputadíssimas. No ano passado elas também foram requeridas pelos suplentes Edemir Cláudio Xavier e Marcrean dos Santos. Xavier é o primeiro-suplente do partido mas, ao se filiar no PT do B, perdeu a chance de assumir a vaga com o pedido de licença de Néviton em 2011 e o segundo-suplente Marcrean acabou contemplado. Inconformado, Xavier foi à Justiça e conseguiu comprovar que só mudou de agremiação porque havia sido expulso do PTB e tirou Marcrean do esquema de rodízio. A briga forçou o titular Néviton a antecipar retorno à Câmara, o que resultou em um novo escândalo diante da proibição imposta pela Lei Orgânica do Município de não possibilitar a revogação de um afastamento por motivos pessoais.

Gol e TAM tiveram perdas de mais de R$ 1 bilhão no ano passado

SÃO PAULO e BRASÍLIA - Após três adiamentos, a Gol divulgou nesta terça-feira seu balanço de 2011, que trouxe um dos piores resultados de sua história — prejuízo de R$ 710,4 milhões, invertendo lucro líquido do R$ 214 milhões no ano anterior. Os números da Gol são uma versão amplificada do desempenho de sua maior rival, a TAM, que fechou o ano passado com perda líquida de R$ 335,1 milhões, depois de lucrar R$ 637 milhões em 2010. Juntas, as perdas das duas maiores companhias aéreas nacionais somou R$ 1,045 bilhão. O valor de mercado também despencou — uma redução conjunta de mais de R$ 11 bilhões desde 2007. Por trás desses péssimos desempenhos estão fatores que vão da guerra tarifária no mercado doméstico no primeiro semestre à disparada dos preços do querosene de aviação, que subiu 23,7%, passando pelo dólar, cuja cotação média variou 12,6% ao longo de 2011.
Em teleconferência com analistas de mercado, ontem, o presidente da Gol, Constantino de Oliveira Jr, afirmou que a meta para este ano é de crescimento zero na oferta de assentos, e enfatizou que a “racionalização” das operações a “uma mudança no cenário macroeconômico” será o foco estratégico da empresa. Isso significa cortes de pessoal e do número de voos da empresa. Para Oliveira Jr, não é possível afirmar que a Gol errou no seu planejamento de voos e na contratação de funcionários:
— É uma mudança de visão e não dá para atribuir essa mudança de visão a um erro. O erro seria a gente permanecer com problemas, permanecer com voos dando prejuízo para a companhia e talvez comprometendo a sobrevivência da empresa. Eu diria que houve uma mudança no cenário macroeconômico, de patamares, e nós estamos nos ajustando a essa mudança.
A Gol anunciou que está eliminando de sua malha de 80 a 100 voos diários entre este e o próximo mês. Operando entre 1.100 e 1.150 voos diários, isso significará um corte de 8% na malha operacional. Entre os dias 6 e 16 deste mês, a companhia lançou um plano de licenças não remuneradas para pessoal de bordo, cujo objetivo, segundo o Sindicato Nacional dos Aeronautas, era conseguir a adesão de 220 profissionais (120 pilotos e 100 comissários). Como menos de 20 funcionários aderiram ao programa, na sexta-feira passada a empresa anunciou um plano de demissões voluntárias, que vai até amanhã, dia 29.
Sem revelar números exatos, a Gol também está reduzindo a frota de 120 aeronaves. Além da devolução de cinco Boeing 767, a empresa está repassando aeronaves para a Webjet, acelerando o plano de renovação de frota da companhia, com a troca de seus 737-300 por modelos 737-700, mais modernos. A empresa também está fechando suas salas VIP nos aeroportos de Curitiba e Porto Alegre.
— O foco continua sendo retomar a rentabilidade da empresa, ajustando a malha, elevando as receitas auxiliares e renegociando a devolução de aeronaves da WebJet. E também, adequando a força de trabalho ao tamanho dos negócios que podemos ter — disse o diretor financeiro da Gol, Leonardo Pereira, lembrando que desde o ano passado a companhia tem um plano para reduzir em mais de R$ 600 milhões sua base de custos.
Anac autoriza corte de comissários
O mal resultado da Gol já era esperado, e de certa forma as cotações das ações da companhia já haviam sofrido por isso. Na segunda-feira, véspera do anúncio do balanço, os papeis tiveram a maior queda do pregão, de 3,68%. Ontem, com os resultados já conhecidos, os papéis recuperaram parcialmente as perdas, subindo 2,58%.
Embora tenha rivalizado de igual para igual com a TAM na disputa pelo mercado doméstico nos últimos anos, a Gol vem perdendo progressivamente valor de mercado e hoje enfrenta forte concorrência de empresas menores. Mesmo com as aquisições da Varig e da Webjet, a companhia dirigida pela família Constantino valia ontem R$ 3,68 bilhões pelas cotações de suas ações, enquanto a TAM valia o dobro, R$ 7,09 bilhões. Há cinco anos, em janeiro de 2007, o valor de mercado da Gol era de R$ 12,4 bilhões, contra R$ 9,74 bilhões da TAM.
— Gol e TAM partiram para uma briga de tarifas que foi um tiro no pé. Paralelamente, teve o aumento de câmbio e petróleo — disse Pedro Galdi, analista-chefe da SLW Corretora.
Apesar disso, observou ele, o resultado da Gol foi mais afetado porque a companhia tem quase toda a receita oriunda do mercado doméstico e, portanto, é mais vulnerável às variações cambiais.
— Na Gol, os voos locais representam 90% do faturamento enquanto na TAM significam 70% — disse.
Para os analistas da XP Investimentos, mesmo implementando os cortes anunciados a Gol terá dificuldade em alcançar as metas de rentabilidade fixadas para este ano (entre 4% e 7% de margem operacional). Eles entendem ser complicado a empresa buscar rentabilidade em detrimento de crescimento, uma vez que isso implica em aumento das tarifas, sempre acompanhado de queda da ocupação dos voos. Enquanto isso, a TAM avança no processo de fusão com a LAN, o que deve lhe trazer ganhos de sinergia e maior musculutura financeira.
Além de lhes roubar rentabilidade, a guerra de tarifas do ano passado resultou em perda de participação para Gol e TAM — que recuaram de 38,15% e 41,9%, respectivamente, em 2010, para 34,1% e 40,7% em janeiro deste ano. Com a meta de não aumentar a oferta de assentos, a Gol corre o risco de perder ainda mais mercado.
— A demanda no mercado de aviação civil deve dobrar nos próximos anos. Se a Gol não souber manter os clientes vai perder mercado para outras companhias — disse Galdi.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) confirmou ontem que a Gol está autorizada a reduzir o número de comissários por voo para três. Hoje, a empresa opera com quatro funcionários por avião. A medida, que valerá para as 42 aeronaves 737-700, com capacidade para 144 passageiros, abre espaço para que a companhia reduza o quadro de funcionários. Segundo executivos ligados à empresa, isso deverá ocorrer a partir de maio. Pelos cálculos de especialistas, os cortes deverão atingir cerca de 250 comissários.
A legislação em vigor prevê um comissário por cada grupo de 50 passageiros, mas para reduzir esse número as empresas precisam da autorização do órgão regulador. As companhias devem entrar com processo na Anac, comprovando que a equipe é suficiente para atender as normas de segurança e prestar o serviço de bordo


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Eder afirma que ameaça de apelo à Justiça de Taques não faz sentido

 

Da Redação - Laura Petraglia
Foto: Reprodução/IlustraçãoEder afirma que ameaça de apelo à Justiça de Taques não faz sentido
O secretário extraordinário da Copa de 2014, Eder Moraes (PR), afirmou que as cobranças e a ameaça por parte do senador Pedro Taques (PDT) de – junto com diversas entidades ligadas à construção civil e à engenharia – apelar para Justiça para obter informações sobre o andamento das obras da Copa não faz sentido, já que as informações estão disponíveis na internet.

“Não tem o menor sentido isso. Na verdade todos os questionamentos feitos pelo senador Pedro Taques (PDT) foram respondidos e estão à disposição da sociedade na internet para mostrar a clareza e a transparência do que estamos fazendo. No site da Secopa estão as respostas de todos os questionamentos feitos pelo senador e demais parlamentares, todos respondidos naquilo que compete à Secretaria responder”, declarou Eder em contraponto às afirmações de Taques.

Há três semanas o senador e inúmeras entidades de classe estiveram reunidos com o governador, que se comprometeu a passar informações e marcar uma reunião técnica dentro de três dias, algo não feito até o momento.

Conforme ata elaborada por essas entidades e entregue ao governador, as informações fornecidas até o momento pela Secopa são insuficientes para uma análise técnica dos órgãos competentes.

Além da omissão das informações, o senador e o presidente do Crea, Juares Samaniego, destacam ainda a “ausência de transparência por parte da Secopa com relação às obras de infraestrutura da Copa, que tem deliberado pela omissão de informações”.

Ambos destacam ainda que quando há o fornecimento de informações essas são feitas de forma superficial, como ocorreu com a apresentação dos cronogramas de obras já licitadas.

Governo e deputados fracassam em busca de acordo sobre edital da Ager

28/03/2012 -

 

Da Redação - Renê Dióz
Após mais de três anos de estudos e uma discussão de no mínimo cinco horas na tarde desta terça-feira (27), governo do Estado e deputados da Assembléia Legislativa (AL) ainda não conseguiram chegar a uma solução para o imbróglio que se tornou o lançamento de edital para a concessão do sistema de transporte intermunicipal de passageiros em Mato Grosso.

A expectativa era de que Executivo e Legislativo chegassem a um denominador comum após a longa reunião no Palácio Paiaguás, mas o impasse continua e o assunto ainda será debatido na próxima semana, com mais análises técnicas, mais debates de valores e estudos – porém sem perspectiva sobre manutenção ou cancelamento do controverso edital lançado pelo Estado.

Ainda por cima, uma segunda liminar judicial suspendendo o processo chegou ao conhecimento do governo no meio da reunião, segundo informou o deputado José Riva (PSD), embora o teor da decisão ainda não tenha sido divulgado. O governo recorrerá, assegurou o vice-governador Chico Daltro (PSD).

Os poucos pontos concretizados pela reunião desta terça-feira são justamente datas para mais debates e esclarecimentos. Amanhã, um corpo técnico da AL será constituído para dialogar com a Agência Reguladora dos Serviços Delegados (Ager), para apreciar o estudo de viabilidade econômica do sistema a ser licitado, o qual também deverá ser disponibilizado à imprensa pela Ager, como anunciou a presidente da autarquia, Márcia Vandoni.

Na próxima segunda-feira (2) deputados e governo apresentarão, cada um, seus respectivos estudos feitos por assessoria técnica para debater, numa mesa-redonda, o valor de outorga dos serviços para o período de 20 anos, informou o vice-governador Chico Daltro (PSD).

O governo julgou sacramentado o que diz respeito ao estabelecimento de duas empresas para operar nos mercados do território mato-grossense, para a linha básica e para a diferenciada (ônibus leito).

“É o único formato que pode a redução do preço da passagem para o usuário, melhoria da qualidade do transporte e garantir retorno econômico para as empresas vencedoras da licitação”, resumiu o vice-governador.

Principal crítico da AL ao edital lançado pelo governo, o deputado Emanuel Pinheiro (PR) ainda se disse inseguro quanto ao projeto, mas disse ter visto um governo mais democrático e aberto às ponderações nesta terça-feira.

Porém afirmou que o formato do edital como foi lançado ainda não atende à lei, objetivo que será buscado nas próximas reuniões de debate sobre o projeto de concessão