quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Chefe de gabinete do Ministério das Cidades é exonerado

25/01/2012 11h54- Atualizado em 25/01/2012 12h50

Chefe de gabinete do Ministério das Cidades é exonerado

Em novembro, ele foi apontado como suspeito de atuar em troca de parecer.
Jornal disse que ministério forjou parecer de obra da Copa em MT.

Do G1, em Brasília
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O chefe de gabinete do Ministério das Cidades, Cássio Peixoto, foi exonerado de seu cargo. A saída foi publicada nesta quarta-feira (25) no "Diário Oficial da União" e assinada pela ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.
Cássio Peixoto, que assessorava o ministro Mário Negromonte, foi apontado em novembro do ano passado como suspeito de envolvimento em suposta fraude em um parecer de obra da Copa do Mundo de 2014.
Reportagem publicada pelo jornal "O Estado de S. Paulo" em 24 de novembro afirmou que o Ministério das Cidades forjou documento que autorizou mudanças em projeto de mobilidade urbana em Cuiabá (MT), ampliando o custo da obra para R$ 1,2 bilhão - R$ 700 milhões a mais do que o previsto na proposta original.
Conforme a reportagem do jornal, gravações indicam que a diretora de Mobilidade Urbana do ministério, Luiza Gomide Vianna, admite a existência de dois pareceres sobre projeto no transporte público, que previa a troca do BRT pelo VLT. O primeiro parecer indicava inviabilidade do projeto e o segundo autorizava a obra.
Em um dos áudios, Luiza Gomide declara que a determinação para a mudança no parecer partiu de Cássio Peixoto e de Guilherme Ramalho, coordenador-geral de Infraestrutura da Copa de 2014.
Após a denúncia, o ministro Negromonte chegou a ir ao Congresso explicar as denúncias e negou irregularidades na troca de parecer.
Outras mudanças no segundo escalão
A Casa Civil publicou no "Diário Oficial da União" desta quarta uma série de mudanças no segundo escalão do governo Dilma Rousseff. As nomeações e exonerações em diversos ministérios foram assinadas pela ministra Gleisi Hoffmann.
Uma das medidas é a oficialização da mudança de porta-voz da Presidência. O jornalista Thomas Traumann, que comandou a área de comunicação da Casa Civil durante a gestão do ex-ministro Antonio Palocci, passa oficialmente a exercer o cargo no lugar do diplomata Rodrigo Baena, que foi nomeado assessor especial da Secretaria de Comunicação Social.
Outra mudança foi oficializada na cúpula da Polícia Federal, subordinada ao Ministério da Justiça. O atual diretor de Inteligência da PF, Marcos David Salém, sairá para a entrada de Maurício Valeixo, que era diretor de Gestão de Pessoal.

Kassab classifica como violência tumulto na Sé

25/01/2012 14h12- Atualizado em 25/01/2012 17h43

Kassab classifica como violência tumulto na Sé

Prefeito de SP lamentou o episódio e disse que “diálogo é o caminho.
Manifestantes atiraram ovos em carro oficial durante protesto.

Renato JakitasDo G1 SP
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Carro oficial atingido por ovos no Centro de SP (Foto: Vanessa Carvalho/News Free/Folhapress)Carro oficial atingido por ovos no Centro de SP (Foto: Vanessa Carvalho/News Free/Folhapress)
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, lamentou e classificou como “violência” o tumulto ocorrido na manhã desta quarta-feira (25) no Centro. Manifestantes que realizavam um protesto em frente à Catedral da Sé atiraram ovos em um carro oficial da Prefeitura usado pelo prefeito. Os ovos acertaram seguranças de Kassab. Na igreja era celebrada uma missa em comemoração aos 458 anos de São Paulo. Com o tumulto na saída do prefeito, a PM usou spray de gás de pimenta para conter os manifestantes.
"“Lamentamos aqueles que usam de violência. A violência não é o caminho para construir um país mais justo, um país mais igual, uma democracia mais fortalecida”", disse Kassab após a cerimônia de entrega da Medalha 25 de Janeiro à presidente Dilma Rousseff e ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.
"“Foram manifestações dirigidas ao governo do estado por meio da ação em São José dos Campos, dirigidas ao poder público por meio da ação na Nova Luz. Essas ações, se têm aqueles que não compreendem como correta, o diálogo é o caminho. Que procurem o governador de São Paulo, procurem o prefeito de São Paulo, procurem os ministros porque, com diálogo, nós vamos construir um pais melhor"”, afirmou.
Às 11h40, a PM informou que o protesto era realizado por 500 pessoas. Mais cedo, às 10h50, a PM havia informado ao G1 que eram 200 os manifestantes. Eles protestavam contra a operação integrada na Cracolândia e contra a reintegração de posse realizada numa área invadida conhecida como Pinheirinho, em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, no interior paulista. Desde domingo (22), a PM cumpre a ordem de reintegração. No local, ocupado desde 2004, viviam 1.500 famílias - cerca de 6 mil pessoas.
Kassab deixa Catedral da Sé em meio ao tumulto (Foto: Vanessa Carvalho/News Free/Folhapress)Kassab deixa Catedral da Sé em meio ao tumulto
(Foto: Vanessa Carvalho/News Free/Folhapress)
Segundo a rádio CBN, o carro do prefeito foi cercado e Kassab precisou sair pelos fundos da catedral. A PM lançou bombas de gás para dispersar os manifestantes. A PM informou apenas que a comitiva do prefeito foi cercada, havendo “um princípio de tumulto” e foi preciso usar "técnicas de dispersão".
Os manifestantes também cercaram os jornalistas que acompanhavam o protesto e tentaram impedir o trabalho da imprensa.
Segundo informações da assessoria da PM, ninguém foi preso.
Eleições
Já em tom de despedida, Gilberto Kassab aproveitou a oportunidade com os jornalistas para fazer uma balanço de sua gestão e voltar a afirmar que vai apoiar um candidato a prefeito.
"Esse é o ano de eleições. Portanto, é correto que os partidos trabalhem o futuro. A nossa administração vai apoiar um candidato. Até porque a nossa administração atravessa um bom momento”, disse.
Tumulto na Praça da Sé durante a saída do prefeito (Foto: Marcio Fernandes/Agência Estado)Tumulto na Praça da Sé durante a saída do prefeito (Foto: Marcio Fernandes/Agência Estado)

Seguranças tentam conter manifestantes na manhã desta quarta (Foto: Vanessa Carvalho/News Free/AE)Seguranças tentam conter manifestantes na manhã desta quarta (Foto: Vanessa Carvalho/News Free/AE)

Manifestantes chutam carro durante protesto nesta quarta-feira (Foto: Marcio Fernandes/Agência Estado)Manifestantes chutam carro durante protesto nesta quarta-feira (Foto: Marcio Fernandes/Agência Estado)
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Governo federal autoriza Foxconn a ter benefício fiscal para fabricar iPad

25/01/2012 11h50- Atualizado em 25/01/2012 17h41

Governo federal autoriza Foxconn a ter benefício fiscal para fabricar iPad

Habilitação foi publicada nesta quarta, no Diário Oficial.
Ainda não há data para a empresa de Taiwan começar a produzir no Brasil.

Do G1, em São Paulo
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O governo federal publicou nesta quarta-feira (25), no Diário Oficial da União, a portaria em que habilita a empresa taiuanesa Foxconn a receber incentivos fiscais para a produção de tablets no Brasil. A companhia, que fabrica produtos da Apple, pretende investir US$ 12 bilhões no país nos próximos anos, para a produção local de equipamentos. A portaria entra em vigor a partir desta quarta, mas ainda não há data para o início da operação com iPads.
O documento é assinado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, e pelo ex-ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, que, na última terça (24), passou o cargo para Marco Antonio Raupp e assumiu o ministério da Educação.
“Além de gerar empregos e investimento, a fabricação dos tablets no Brasil vai baratear o preço do produto”, afirma Pimentel. A Foxconn condicionava o início da produção no país à concessão de incentivos fiscais que já eram oferecidos para outros produtos de informática. Em outubro passado, tablets produzidos no Brasil passaram a ser incluídos na chamada "Lei do Bem".
O Pis/Cofins para essas empresas cai de 9,25% para zero e o IPI passa de 15% para 3%. Na época, o Ministério das Comunicações previa que os preços dos tablets deveriam cair mais de 30% com a produção local. Em contrapartida, a Foxconn terá de investir 4% do faturamento líquido (faturamento bruto menos os impostos) em pesquisa e desenvolvimento.
Segundo a portaria, os benefícios fiscais valerão para "os acessórios, os sobressalentes, as ferramentas, os manuais de operação, os cabos para interconexão e de alimentação que, em quantidade normal, acompanhem o bem mencionado neste artigo".
O documento diz que "esta habilitação poderá ser suspensa ou cancelada, a qualquer tempo", caso a Foxconn deixe de atender ou de cumprir qualquer das condições estabelecidas.

Grupo de 29 haitianos chega a MT para trabalhar na construção civil

24/01/2012 19h23- Atualizado em 24/01/2012 19h28

Grupo de 29 haitianos chega a MT para trabalhar na construção civil

Haitianos estão morando no distrito de Nossa Senhora da Guia, em Cuiabá.
A maioria quer estudar e pensa em trazer suas famílias para o país.

Iara VilelaDo G1 MT
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Haitianos em MT (Foto: Iara Vilela/G1)Haitianos estão há oito dias em MT e aguardam para
trabalhar (Foto: Iara Vilela/G1)
“Quero trabalhar em qualquer lugar desde que eu possa estudar”. Essas foram as palavras de Ronald Alexi, um jovem haitiano de 25 anos, que trocou o país onde nasceu para trabalhar na construção civil em Mato Grosso. Ele e mais 28 homens fizeram uma longa viagem desde o Haiti para tentar uma vida melhor no Brasil. “Aqui tenho muito mais chances de ser alguém na vida”, disse o rapaz, ainda com dificuldades em falar português.
Vários estados brasileiros já receberam grupos de haitianos que tentam cada vez mais entrar no Brasil em busca de emprego. A viagem pode durar até três meses e a maioria entra no país pelas cidades de Brasileia e Assis Brasil, que ficam no estado do Acre. Aos poucos, os estrangeiros vão driblando a dificuldade na comunicação e já começam a se arriscar a falar português.
Os 29 haitianos que estão no estado já vieram todos empregados. Eles vão trabalhar na construção civil e estão alojados em Nossa Senhora da Guia, distrito a apenas 30 quilômetros de Cuiabá. Há oito dias em Mato Grosso e prestes a iniciar os trabalhos, a expectativa de todos eles é conseguir guardar dinheiro suficiente para ajudar as famílias que ficaram no Haiti.
“Eu vou trabalhar e me esforçar para conseguir juntar dinheiro suficiente para trazer minha família”, afirmou Isaac Rely, que deixou a esposa e dois filhos no país. Ele contou ainda que há dois meses não fala com a família. “A comunicação é muito difícil e muito cara no Haiti. Não é fácil encontrar um telefone como aqui”, descreveu.
A entrada deles no país passou a ser monitorada desde o último dia 13 de janeiro, quando entrou em vigor a resolução que legaliza a situação dos haitianos que já estão no Brasil em busca de trabalho e prevê a liberação de 100 novos vistos por mês, em Porto Príncipe.
Além do trabalho, o estudo é visto como uma grande oportunidade pelos imigrantes mais jovens. Ronald Alexi vai ocupar a função de mestre de obras, mas já se formou em gastronomia na época em que viveu na República Dominicana. Agora, ele pretende seguir uma nova carreira. “Eu quero ser engenheiro civil ou técnico em informática. Tenho o ideal de estudar, me formar e continuar aqui no Brasil porque o país me recebeu e me deu oportunidade que talvez eu não tivesse em outro lugar”, declarou.
De acordo com a Superintendência Regional do Trabalho em Mato Grosso, em caso de contratação de estrangeiros no país, a empresa deve observar se há visto de trabalho. Ainda conforme a Superintendência, por regra, alguns cargos como piloto de avião e químico não podem ser ocupados por estrangeiros. Já em outras profissões, como médico e professor, é necessário que uma comprovação da diplomação seja apresentada.

Política

Tit_ico Política
Terça, 25 de janeiro de 2012, 8h00
CONCESSÃO SANECAP

Prefeitura e CAB divergem sobre valor de investimento

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Sissy Cambuim, Repórter do GD
Apesar da prefeitura de Cuiabá ter divulgado, um dia após a conclusão do processo licitatório, que a o valor da proposta da Companhia de Águas do Brasil (CAB Ambiental), vencedora da disputa, é da ordem de R$ 6,5 bilhões, o que não ficou claro à população é que o montante se refere ao contrato, ou seja, inclui os valores de investimento e outorga, mas também dos lucros que serão obtidos pela companhia ao longo dos 30 anos.
Em nota, a CAB informou que o valor a ser investido em Cuiabá é de aproximadamente R$ 900 milhões, sendo que deste total, cerca de R$ 315 milhões deverão ser aplicados nos primeiros 5 anos de contrato. No entanto, a Prefeitura divulgou que o montante da proposta seria aplicado pela companhia ao longo dos 30 anos.
“A proposta da CAB Ambiental para a concessão dos serviços de água e esgoto de Cuiabá, a qual saiu vencedora do certame, foi na ordem de R$ 6,5 bilhões. O investimento será utilizado ao longo dos 30 anos, prazo que a empresa concessionária irá gerir o serviço de água e saneamento da Capital.
Vale lembrar que o recurso atenderá todo o cronograma, que será elaborado, para atender o Plano Municipal de Saneamento de Cuiabá, neste período. Dentre os serviços contemplados para a melhoria de todo o serviço, será a troca do sistema de encanamento e tubulação da Capital, que datam de mais de 50 anos”, anunciou o Município em nota publicada em 13 de janeiro.
De acordo com o procurador-geral do Município, Fernando Biral, o valor anunciado pela prefeitura se refere ao contrato a ser assinado com a empresa. “Por exemplo, a prefeitura está contratando a Delta por R$ 52 milhões para fazer a pavimentação asfáltica de 24 bairros, esse valor representa os lucros da empresa e também os investimentos que serão feitos por ela”, explicou, dizendo que o mesmo acontece com os R$ 6,5 bilhões destinados à CAB.
A CAB Ambiental foi criada pelo grupo Galvão em 2006 e é sócia da Sabesp em 2 municípios, além de manter contrato de Parceria Público Privada (PPP) com a mesma para atender à região metropolitana de São Paulo. Desde o início do processo licitatório, foi apontada como favorita na disputa com a Foz do Brasil, já que em julho deste ano, antes mesmo da concessão do saneamento ser aprovada pelo legislativo municipal, recebeu autorização para ter acesso a funcionários e documentos da Sanecap.
Com os R$ 900 milhões que pretende investir, o equivalente a 13,84% do contrato, a empresa se compromete a incluir Cuiabá no ranking das cidades com 100% de esgoto tratado dentro de 10 anos e, até 2014, resolver o problema de falta de água nas residências do município.

Notícias MT

Notícias

Governo do Estado assume obras do rodoanel de Cuiabá

Data: 23/01/2012

assessoria

O governo do Estado assumiu oficialmente as obras do Rodoanel de Cuiabá. O anúncio, feito pelo governador Silval Barbosa (PMDB), consolida o fim de um imbróglio que se arrasta desde a gestão do ex-prefeito Wilson Santos (PSDB), passando pela administração do prefeito Chico Galindo (PTB), em que a máquina pública municipal continua vetada pelo governo federal em razão de investigações sobre possíveis irregularidades que remontam desde 2006, sobre as obras. "O Estado vai construir o rodoanel. Demos o primeiro passo e agora vamos fazer o projeto executivo", disse Silval ao chamar a atenção para a fase de licitações.

O governador, acompanhado do coordenador da bancada federal, deputado Wellington Fagundes (PR), assinaram convênio com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), em Brasília, da ordem de R$ 30 milhões, em empenho relativo à peça orçamentária de 2011, que integra o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O governador destacou que os recursos servirão para subsidiar a fase inicial dos trabalhos, sendo que parte da verba será utilizada para contratação do projeto "executivo". "Temos trabalhado muito para conseguir dar sequência a uma obra tão importante para Cuiabá e que vai beneficiar diretamente a população de outras cidades. Agora, com esse convênio, fica assegurada importante via para concretizar o projeto", disse Silval.

Tem sido comum a gestão estadual assumir projetos de prefeituras, como a de Cuiabá, que esbarram em questões cruciais. No caso da gestão da capital, Galindo tentou dar sequência as ações, mas continua impedido de assumir os planos do Rodoanel porque a administração foi incluída no Cadastro Informativo de Créditos Não Quitados do Setor Público Federal (Cadin) e ainda no Cadastro Único de Convênios (CAUC). E a situação se agrava no Tribunal de Contas da União (TCU), que investiga o caso, alvo de irregularidades. 

O governador destacou ainda que o próximo passo se dá sobre a execução do projeto executivo, exigido sob a égide das regras da legislação, para colocar em prática as obras. Nesse caso, o desenho do projeto precisa estar fundamentado de detalhes, com estudo minucioso sobre os elementos que a compõem. Entendimento dos órgãos fiscalizadores, como o TCU, é de que nesse formato o projeto reduz a margem sobre possíveis falhas, além de dar maior suporte para a auditoria.

Silval Barbosa ressaltou que o projeto é de que definirá o exato valor das obras. "O projeto é que vai definir quanto irá ficar", disse o governador, demonstrando otimismo com a chance de assegurar finalmente a realização do Rodoanel de Cuiabá. As obras deverão ganhar reforço através de emendas parlamentares, delineadas junto ao Orçamento Geral da União (OGU) para 2012. Deputado federal Wellington Fagundes fará gestão acentuada para fazer valer as emendas, ou seja, para liberação dos recursos.Notícias

Governo do Estado assume obras do rodoanel de Cuiabá

Data: 23/01/2012

assessoria

O governo do Estado assumiu oficialmente as obras do Rodoanel de Cuiabá. O anúncio, feito pelo governador Silval Barbosa (PMDB), consolida o fim de um imbróglio que se arrasta desde a gestão do ex-prefeito Wilson Santos (PSDB), passando pela administração do prefeito Chico Galindo (PTB), em que a máquina pública municipal continua vetada pelo governo federal em razão de investigações sobre possíveis irregularidades que remontam desde 2006, sobre as obras. "O Estado vai construir o rodoanel. Demos o primeiro passo e agora vamos fazer o projeto executivo", disse Silval ao chamar a atenção para a fase de licitações.

O governador, acompanhado do coordenador da bancada federal, deputado Wellington Fagundes (PR), assinaram convênio com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), em Brasília, da ordem de R$ 30 milhões, em empenho relativo à peça orçamentária de 2011, que integra o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O governador destacou que os recursos servirão para subsidiar a fase inicial dos trabalhos, sendo que parte da verba será utilizada para contratação do projeto "executivo". "Temos trabalhado muito para conseguir dar sequência a uma obra tão importante para Cuiabá e que vai beneficiar diretamente a população de outras cidades. Agora, com esse convênio, fica assegurada importante via para concretizar o projeto", disse Silval.

Tem sido comum a gestão estadual assumir projetos de prefeituras, como a de Cuiabá, que esbarram em questões cruciais. No caso da gestão da capital, Galindo tentou dar sequência as ações, mas continua impedido de assumir os planos do Rodoanel porque a administração foi incluída no Cadastro Informativo de Créditos Não Quitados do Setor Público Federal (Cadin) e ainda no Cadastro Único de Convênios (CAUC). E a situação se agrava no Tribunal de Contas da União (TCU), que investiga o caso, alvo de irregularidades. 

O governador destacou ainda que o próximo passo se dá sobre a execução do projeto executivo, exigido sob a égide das regras da legislação, para colocar em prática as obras. Nesse caso, o desenho do projeto precisa estar fundamentado de detalhes, com estudo minucioso sobre os elementos que a compõem. Entendimento dos órgãos fiscalizadores, como o TCU, é de que nesse formato o projeto reduz a margem sobre possíveis falhas, além de dar maior suporte para a auditoria.

Silval Barbosa ressaltou que o projeto é de que definirá o exato valor das obras. "O projeto é que vai definir quanto irá ficar", disse o governador, demonstrando otimismo com a chance de assegurar finalmente a realização do Rodoanel de Cuiabá. As obras deverão ganhar reforço através de emendas parlamentares, delineadas junto ao Orçamento Geral da União (OGU) para 2012. Deputado federal Wellington Fagundes fará gestão acentuada para fazer valer as emendas, ou seja, para liberação dos recursos.

Em tom de campanha, Obama critica desigualdade tributária nos EUA

25/01/2012 01h16- Atualizado em 25/01/2012 08h50

Em tom de campanha, Obama critica desigualdade tributária nos EUA

Em fala ao Congresso, ele disse que vai tentar reforma que taxe mais ricos.
Democrata prometeu combater políticas que levaram à crise econômica.

Do G1, com agências internacionais
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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, destacou na madrugada desta quarta-feira (25), no tradicional discurso do Estado da União, uma reforma tributária que taxe os mais ricos e promova a criação de empregos, os investimentos em energia limpa como elementos fundamentais para recuperar a economia do país e reconquistar os "valores americanos".
Candidato já escolhido pelo Partido Democrata para tentar a reeleição, Obama abriu seu discurso perante as duas Casas do Congresso falando da saída das tropas militares norte-americanas do Iraque, uma das suas promessas de campanha em 2008 que conseguiu cumprir, e exaltou o sucesso da operação que resultou na morte do terrorista Osama bin Laden, líder da rede terrorista da al-Qaeda, em uma operação militar no Paquistão.
Presidente Barack Obama em discurso do Estado da União (Foto: Saul Loeb/Pool/Reuters)Presidente Barack Obama em discurso do Estado da União (Foto: Saul Loeb/Pool/Reuters)
Em seguida, focou suas palavras na desigualdade tributária do país, que, segundo ele, permite que ricos paguem menos impostos que a classe média norte-americana.
"Um bilionário precisa pagar pelo menos o mesmo que a sua secretária em impostos. É hora de aplicar as mesmas regras aos de cima e aos de baixo: sem planos de resgate, dádivas ou escapatórias. Os Estados Unidos que vão durar precisam que cada um assuma suas responsabilidades", disse o presidente na fala transmitida ao vivo nos EUA a partir das 21h locais (0h de quarta-feira no horário de Brasília).
Obama afirmou que busca uma reforma tributária que taxe em pelo menos 30% a renda dos milionários.
"Temos que mudar nosso código tributário para que as pessoas como eu, e uma grande quantidade dos membros do Congresso, pague sua parte justa de impostos", disse Obama.
"A reforma fiscal deve seguir a regra (proposta pelo multimilionário) Buffett: se você ganha mais de 1 milhão de dólares ao ano, você não deve pagar menos de 30% em impostos", destacou o presidente.
"Washington deve deixar de subsidiar os milionários", afirmou.
Empregos
A mudança nas alíquotas de impostos também beneficiaria a criação de empregos em território norte-americano. "Se você tem uma empresa que deseja mandar empregos para fora do país, você não deveria conseguir descontos nos impostos", disse Obama.
"Por isso, temos uma grande oportunidade de trazer as indústrias de volta. Façam o que puderem para trazer empregos de volta para o seu país, e o seu país fará tudo o que é possível para que você tenha sucesso", completou o presidente dos EUA.
Sistema financeiro
Obama foi enfático no combate às políticas que mergulharam o país na crise econômica de 2008, e em meio à qual ele assumiu a presidência, em 2009.
"Se você é uma grande instituição financeira, não pode fazer apostas arriscadas com o dinheiro dos seus clientes. Você precisa detalhar os seus planos de pagamento caso essas contas deem errado. Não vou voltar aos dias nos quais Wall Street fazia o que queria", disse.
Obama cumprimenta pessoas após discursar na noite desta terça-feira (24) no Capitólio (Foto: AP)Obama cumprimenta pessoas após discursar
na noite desta terça-feira (24) no
Capitólio (Foto: AP)
Obama também afirmou que manter a promessa de oportunidades econômicas para todos é “a questão chave de nossa época”, e que oferecer estas oportunidades “não são valores democratas ou republicanos, mas sim norte-americanos”.
“Não podemos esquecer: milhões de norte-americanos que trabalham duro e respeitam as regras merecem um governo e um sistema financeiro que faça o mesmo”, disse o presidente.
A menção aos valores "americanos" ocorre em meio à acirrada disputa entre pré-candidatos republicanos para decidir quem vai enfrentar Obama nas eleições de novembro.
Pressão sobre a China
Obama, anunciou também a criação de uma unidade para investigar práticas comerciais injustas, e assim exercer mais pressão sobre a China, e outra para fiscalizar os empréstimos hipotecários concedidos pelos grandes bancos americanos.
"Estou divulgando a criação de uma Unidade de Cumprimento das Regras Comerciais que será responsável pela investigação de práticas comerciais injustas em países tais como a China", disse.
Ele prometeu estar vigilante diante da entrada de produtos falsificados nos Estados Unidos.
"Haverá mais inspeções para impedir a entrada de produtos falsos ou daninhos a nosso país. E este Congresso deve garantir que nenhuma companhia estrangeira tenha vantagem sobre a manufatura americana no que diz respeito a obter financiamento", afirmou.
"Não está certo que país permita a pirataria de nossos filmes, música e software. Não é justo que as empresas manufatureiras estrangeiras tenham vantagem somente porque têm muitos subsídios", disse.
"Irei a qualquer lugar do mundo para abrir novos mercados para os produtos dos Estados Unidos. E não me manterei à margem quando nossa competição não for regida pelas regras", prometeu o presidente.
Obama anunciou também a criação de uma unidade especial para investigar os empréstimos hipotecários de risco, aumentando a pressão contra os grandes bancos do país.
"Esta noite, pedirei ao procurador-geral a criação de uma unidade especial de procuradores federais e os principais procuradores-gerais dos estados para expandir nossas investigações sobre os empréstimos abusivos e as hipotecas de alto risco que levaram à crise imobiliária", disse.
"Esta nova unidade responsabilizará aqueles que romperem a lei, acelerarão a assistência aos proprietários de moradias, e ajudará a virar a página de uma era de imprudência que prejudicou tantos americanos", disse.
Os comentários de Obama ocorrem em meio a uma série de ações legais contra os grandes bancos por execuções e práticas de crédito injustas.
Energia limpaObama também insistiu na necessidade do desenvolvimento de formas limpas e renováveis de energia para eliminar a dependência do petróleo e seguir com o desenvolvimento do país.
"A melhor maneira de economizar dinheiro é gastando menos energia. O desenvolvimento do gás natural irá criar empregos em fábricas mais limpas e baratas, para que não precisemos escolher entre meio ambiente e desenvolvimento".
"Eu não vou entregar a energia eólica, o gás, para a Alemanha ou para a China por não termos responsabilidade. Dependemos do petróleo por anos. Agora é hora de mudar", disse.
Irã
Obama também encontrou tempo para comentar a relação dos EUA com o Irã, e afirmou que não desistirá do combate ao desenvolvimento de armamentos nucleares pelo país do Oriente Médio.
O democrata afirmou que uma resolução pacífica "ainda é possível" sobre o controverso programa nuclear iraniano.
"Que não fique dúvida alguma de que os Estados Unidos estão decididos a impedir que o Irã desenvolva armas nucleares. Não descartaremos nenhuma opção disponível para conseguir esse objetivo. Mas ainda é possível chegar a uma resolução pacífica sobre esse problema", disse.
As potências ocidentais, com os EUA à frente, temem que o Irã use seu programa nuclear para fins militares e estão aumentando a pressão diplomática, com sanções econômicas, para obrigar Teerã a interromper as atividades. O governo iraniano nega as acusações e eleva a retória, ameaçando fechar o estreito de Ormuz, vital para a circulação de petróleo.
Revolta Árabe
O democrata também citou a queda do ditador Muammar Kadhafi na Líbia e advertiu que os dias do regime de Bashar al Assad na Síria estão contados.

"Em um momento em que a maré da guerra retrocede, uma onda de mudanças percorre o Oriente Médio e o Norte da África, de Túnis ao Cairo, de Sanaa a Trípoli", disse.

"Um ano atrás, Kadhafi era um dos ditadores mais longevos do mundo, um criminoso com sangue americano em suas mãos. Hoje já não está", disse.
"E na Síria, não tenho dúvidas de que o regime de Assad descobrirá em pouco tempo que as forças de mudança não podem ser revertidas, e que a dignidade humana não pode ser esmagada", completou.
"Ainda não sabemos como terminará essa incrível transformação", disse. "Vamos impulsionar políticas que conduzam a democracias fortes e estáveis e a mercados abertos, porque a tirania não é páreo para a liberdade", afirmou.
Republicanos
Analistas afirmam que será difícil para Obama conseguir aprovar, na reta final de seu mandato, as propostas apresentadas neste discurso, por conta da oposição republicana no Congresso.
arte calendário eleições eua 24/01 (Foto: Arte/G1)



ELEIÇÕES 2012 | 25/01/2012 - 07:10

Diferença entre gestão Wilson e a atual é cor do meio fio, diz Suelme

Glaucia Colognesi

O secretário-geral do PSB em Cuiabá, Suelme Evangelista Fernandes, descartou veementemente a possibilidade de aliança da sigla com o prefeito Chico Galindo (PTB) nas eleições de outubro. A aproximação do gestor municipal foi rejeitada na noite desta terça (24), durante reunião do partido com populares na Associação de Mulheres do bairro Jardim Vitória, em Cuiabá. "A gestão de Galindo é a continuidade piorada da administração de Wilson Santos, a única diferença é a cor do meio fio, que era verde-cana e agora é azul e branco", criticou Suelme.
O curioso é que na semana passada um dos principais apoiadores da candidatura do empresário Mauro Mendes (PSB) à Prefeitura de Cuiabá, o senador Pedro Taques, almoçou no restaurante Getúlio Grill junto com Galindo e com outro pré-candidato ao Alencastro, o deputado Guilherme Maluf (PSDB). Suelme preferiu não criticar o companheiro do Movimento Mato Grosso Muito Mais. "O Taques tem o direito de fazer a articulação que achar pertinente, mas nós do PSB não temos intenção de compor com Galindo", garantiu.
Diferentemente de Suelme, o pré-candidato ao Alencastro pelo PSB, Mauro Mendes, que nunca poupou críticas ao ex-prefeito Wilson Santos e seu vice Chico Galindo, agora evitou polemizar e não recusou nenhuma aliança inclusive com o PSD do deputado José Riva, que é inimigo de Pedro Taques. "O Riva tem grande expressão política no Estado e o partido dele, a nível nacional, tem proximidade com o PSB", pontuou Mendes.
Apesar dos elogios ao social-democrata, Mendes desconversou quando questionado se uma possível aproximação com Riva não prejudicaria seu relacionamento com Taques. "Ainda não fiz essa avaliação", disse.
Mendes também desconversou sobre as alianças que seu grupo tem buscado com o PT. Taques também esteve almoçando com a ex-senadora Serys Marly. "Também tivemos conversas com a Serys no ano passado, mas ainda são muito superficiais. O nosso foco é na organização da chapa de vereadores', afirmou.