sexta-feira, 20 de abril de 2012

Governo terá 'posição de respeito' sobre CPI do Cachoeira, diz Dilma

20/04/2012 13h37- Atualizado em 20/04/2012 13h55

 

Presidente afirmou que 'todas as coisas têm que ser apuradas'.
CPI mista vai apurar elo entre bicheiro e agentes públicos e privados.

Priscilla MendesDo G1, em Brasília
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Dilma durante cerimônia de formatura de turma de diplomatas do Instituto Rio Branco (Foto: Roberto Stuckert Filho / Presidência)Dilma durante cerimônia de formatura de turma de
diplomatas do Instituto Rio Branco (Foto: Roberto
Stuckert Filho / Presidência)
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira (20) que o governo terá "uma posição absolutamente de respeito ao Congresso" em relação à Comissão Parlamentar de Inquérito Mista (CPMI) para investigar as relações entre o bicheiro Carlinhos Cachoeira e agentes públicos e privados. Na primeira vez em que a presidente falou publicamente sobre o tema, ela disse que "todas as coisas têm que ser apuradas", mas disse que não se manifesta "sobre outro poder".
"Vou insistir nesse aspecto. Não me manifesto sobre esse assunto. A CPI é algo afeto ao Congresso. O governo federal terá uma posição absolutamente de respeito ao Congresso. [...] Vocês acreditam mesmo que eu irei me manifestar, além das minhas múltiplas atividades que eu tenho que lidar todo dia, eu vou me manifestar na questão de outro poder? Acho que todas as coisas têm que ser apuradas, mas não me manifesto sobre a CPI", disse a presidente.
Ela falou sobre o assunto após cerimônia de formatura da turma de diplomatas de 2010-2012 do Instituto Rio Branco e da cerimônia de Condecoração da Ordem de Rio Branco, em Brasília. Em discurso no evento, ela afirmou que não deixará a indústria brasileira ser "sucateada" pela guerra cambial.
CPI comandada pelo PMDB
O requerimento que cria a CPI foi lido na sessão do Congresso Nacional desta quinta-feira (19). A comissão deve ser presida pelo senador Vital do Rêgo (PMDB-PB).
Nesta sexta, o presidente nacional do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), disse que não há como controlar o andamento das investigações, mesmo com o partido presidindo a comissão. "Não tem como controlar uma CPI depois que ela começa. A gente teve exemplo com a CPI do mensalão, com a CPI dos bingos. Não tem como controlar. Depois que ela começa é difícil controlar", disse o senador.
Raupp afirmou que, embora o comando da CPI esteja nas mãos de partidos de apoio ao governo, não será "chapa branca". "Fatos novos vão surgindo. Dificilmente será CPI chapa branca. Os próprios fatos vão acabar puxando as questões e não tem como segurar, como controlar uma CPI", completou.
Valdir Raupp também negou que o partido usará o comando da comissão para fazer cobranças ao governo. "Este negócio de cobrar fatura, de cobrar compromissos por meio de uma CPI, não existe. Os compromissos foram feitos na campanha. O PMDB é aliado de primeira hora da presidente Dilma, tem o vice-presidente. Um partido do tamanho do PMDB não precisa usar uma CPI ou qualquer outro instrumento para cobrar fatura alguma", afirmou.
Trâmites
A previsão é de que a comissão seja instalada na próxima quarta (25), com a escolha definitiva dos membros e elaboração de um plano de trabalho.
A CPI terá seis meses para investigar os fatos, mas o período pode ser prorrogado. Uma comissão de inquérito tem poderes para pedir quebra de sigilo fiscal e telefônico. Ao final, um relatório sobre a investigação será encaminhado para o Ministério Público Federal, que poderá tomar medidas judiciais cabíveis nas áreas cível ou criminal.

Filho de Leonardo é operado e deixa centro cirúrgico de Itumbiara, GO

20/04/2012 13h20- Atualizado em 20/04/2012 13h35

Segundo diretor de hospital, baço do cantor foi reconstituído com sucesso.
Pedro sofreu um acidente de carro na manhã desta sexta-feira, na BR-452.

Do G1 GO

Pedro, filho do cantor sertanejo Leonardo, da dupla Pedro e Thiago (Foto: Zuhair Mohamad/O Popular)Pedro sofreu acidente na manhã desta sexta-feira
(Foto: Zuhair Mohamad/O Popular)
O filho do cantor sertanejo Leonardo, Pedro, de 24 anos, que faz dupla com o primo Thiago, deixou o centro cirúrgico do Hospital Municipal Itumbiara (GO), onde foi operado na manhã desta sexta-feira (20). O diretor do hospital, Ernande Oliveira Rodrigues, informou ao G1 que a cirurgia foi realizada com sucesso. Pedro sofreu um acidente de carro na BR-452, na divisa entre Goiás e Minas Gerais, por volta das 7 horas.
Segundo o diretor do hospital, o cantor teve politraumatismo na cabeça, que resultou em um pequeno edema cerebral. "Além disso, ele teve uma lesão no abdômen. Por isso, precisamos fazer uma cirurgia para reconstituir o órgão. Evitamos assim a necessidade de retirá-lo", afirmou. Por volta das 13h15, Pedro continuava em coma induzido na UTI do hospital, onde aguarda a chegada da UTI aérea, que deve transferí-lo para um hospital de Goiânia.
O acidenteSegundo informações do Samu da cidade de Itumbiara (GO), que atendeu a ocorrência, o cantor dirigia sozinho o veículo, quando capotou próximo à cidade de Tupaciguara (MG). Ele retornava de um show que havia feito, na noite de quinta-feira (19), em Uberlândia, no Triângulo Mineiro.
Leonardo está em Goiânia e, por volta das 12h50, familiares conversavam com ele sobre o estado de saúde do filho, segundo informações da assessoria de imprensa do cantor.
Carlos Costa, secretário do Leonardo, disse ao G1 que a irmã de Leonardo, Mariana Belém, está em Itumbiara juntamente com um amigo da família para providenciar a transferência de Pedro para Goiânia.
Pedro tem uma filha, Maria Shopia, que completa 1 ano no dia 7 de maio, com a arquiteta Thaís Gebelin. Eles moram juntos desde o nascimento da menina, que é a primeira neta do cantor Leonardo.

Professor Néviton defende Silvio Fidélis de ataques da base aliada na Câmara de Cuiabá



A interlocução da Prefeitura de Cuiabá com o Poder Executivo melhorou substancialmente, nos últimos dois anos, desde que o professor Sílvio Fidélis assumiu a Secretaria de Governo da administração Francisco Galindo. A avaliação partiu do vereador Professor Néviton Moraes (PTB), segundo secretário da Câmara de Cuiabá, durante sessão ordinária, na manhã desta terça-feira (03/04), ao defender Fidélis de críticas dos vereadores Antônio Fernandes (PSDB) e Domingos Sávio (PMDB), ambos da base aliada.

Professor Néviton Moraes entende que o principal mérito de Silvio Fidélis é receber os pleitos e, também, dar retorno às reivindicações. “O compromisso que ele firme, na condição de secretário com o vereador, em geral, ele honra”, afirma Néviton.

Antônio Fernandes acusou Silvio Fidélis de imaginar-se acima do bem e do mal e, ainda, de não obedecer o prefeito Francisco Galindo (PTB).
Em resposta, Néviton cobrou coerência de Fernandes e lembrou que, em diversas oportunidades, seus pleitos foram atendidos pelo Palácio Alencastro. “Temos, na figura do secretário Silvio Fidélis, um referencial de diálogo com o Poder Executivo”, resume Néviton.


Ronaldo Pacheco – 9901-0647 ou 9201-8546

Relatório não foi protocolado e falta de consenso provoca nova reunião

 

Gabriela Galvão e Patrícia Sanches

O relatório da CPI que investiga o superfaturamento da obra de reforma da Câmara de Cuiabá, realizada em 2009, ainda não foi protocolado no Legislativo. O prazo termina nesta sexta (20). O motivo, contudo, não é o fato do documento não ter sido finalizado, mas por atrito entre os vereadores. Nos bastidores, a informação é de que ninguém está se entendendo.
Nesta manhã os membros da comissão estão reunidos na sala da presidência, desde as 10h, onde aos gritos tentam chegar a um consenso. Parece, contudo, que nem mesmo o presidente Júlio Pinheiro (PTB) tem um entendimento e seu maior problema seria com o vereador Misael Galvão (PR), que supostamente não aceitaria ser questionado e cobrado.
Frente a crise entre os parlamentares, foi convocada uma reunião de emergência com todos os vereadores, para as 14h30 desta sexta, na sala da presidência. Enquanto isso, os membros da comissão não atendem ao telefone e o vereador Deucimar Silva (PP), maior interessado no resultado do relatório já que a reforma foi realizada em sua gestão, aguarda o desfecho da “celeuma”.

Sucuri de dois metros é encontrada dentro de banheiro de restaurante

20/04/2012 - 13:33

 

Da Redação - LB
Foto: Otmar de Oliveira
Sucuri de dois metros é encontrada dentro de banheiro de restaurante
Uma cobra sucuri de mais de 2 metros de comprimento foi encontrada na tarde desta quinta-feira (19) em um restaurante dentro de um condomínio no bairro Porto, em Cuiabá.

De acordo a Gazeta Digital, a cobra foi encontrada pela agente de trânsito Ernestina Belo Moraes, que transitava pelo local quando viu o animal entrando no banheiro do restaurante.

O restaurante em que a cobra foi encontrada fica no condomínio Minas do Cuiabá. Os bombeiros foram chamados para retirar o réptil do local.
20/04/2012 - 12:40

Luiz Antônio Pagot acusa Wellington Fagundes e diz que saiu do Dnit por plantação de Carlinhos Cachoeira


Da Redação - Lucas Bólico
Foto: Igo Estrela/ÉPOCA
Luiz Antonio Pagot. Ele diz ter sido pressionado por parlamentares a favorecer a empreiteira Delta em obras do Dnit
Luiz Antonio Pagot. Ele diz ter sido pressionado por parlamentares a favorecer a empreiteira Delta em obras do Dnit
















































O ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot (PR), deu uma entrevista polêmica à revista Época desta semana na qual afirma que caiu do Dnit devido a negociatas do bicheiro Carlinhos Cachoeira e do diretor da Delta para o Centro-Oeste, Cláudio Abreu. A revelação havia sido antecipada em matéria do Olhar Direto

Segundo Pagot, o deputado Wellington Fagundes (PR-MT) também pressionou o Dnit em favor da Delta. O parlamentar queria que o departamento fosse menos exigente com a empresa no episódio do asfalto da BR-163. À Época, Fagundes disse não ter feito lobby pela Delta.

"Fiz pressão pela celeridade da obra. Fiz pressão pela população de Mato Grosso".


Veja a reportagem da revista.

“Fui afastado pela negociata de uma empreiteira e um contraventor ”


Principal braço do Ministério dos Transportes, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) conta com um orçamento anual de cerca de R$ 10 bilhões para construir e reformar as deficientes estradas e ferrovias brasileiras. Historicamente, esse dinheiro é disputado por grandes empreiteiras, num jogo que envolve empresários, técnicos, advogados, lobistas e políticos.

Nesse campo são corriqueiras as brigas judiciais, golpes baixos e acusações de favorecimento. As investigações da Polícia Federal (PF) sobre a organização do bicheiro Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, já revelaram a proximidade da turma com a empreiteira Delta Construções.

Associado ao diretor da Delta para o Centro-Oeste, Cláudio Abreu, Cachoeira colocava seus companheiros para trabalhar pela empresa em busca de contratos em vários Estados. Diálogos captados pela polícia, com autorização judicial, mostram que o grupo de Cachoeira atuou no jogo bruto dos negócios dentro do Dnit.

Eles arquitetaram uma maneira de afastar Luiz Antonio Pagot do cargo de diretor-geral do Departamento. No dia 10 de maio de 2011, segundo gravações da PF, Cachoeira disse a Abreu que “plantou” as informações contra Pagot na imprensa. “Enfiei tudo no r... do Pagot”, diz Cachoeira. Nesta semana, quase um ano depois do episódio, Pagot deu entrevista exclusiva a ÉPOCA sobre as circunstâncias de sua queda.

O afastamento de Pagot, bombardeado por acusações de cobrar propinas, foi comemorado pela turma de Cachoeira. Quase dois meses depois de ter ouvido de Cachoeira que a imprensa recebera material contra a diretoria do Dnit, Abreu telefonou para o bicheiro.

Em tom de galhofa, diz durante a conversa que a presidente Dilma Rousseff ordenara ao então ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, a afastar todos os citados em reportagem publicada pela revista Veja. Naquele momento, Abreu e Cachoeira dividiram elogios entre eles e enalteceram a força de sua associação.

Consultor de empresas privadas na área de transportes, Luiz Antonio Pagot diz que não sabia da manobra de Cachoeira e Abreu. “Fui surpreendido por ter sido afastado através de uma negociata de uma empreiteira com um contraventor”, diz Pagot.

“Isso serviu para que fosse ditado meu afastamento. É um verdadeiro descalabro”. Mas qual seria o interesse da empresa e de Cachoeira em prejudicar Pagot, se em sua gestão a Delta apresentara crescimento espetacular nos negócios com o Dnit? Ele afirma ter criado problemas para a Delta. Segundo Pagot, quatro episódios criaram animosidade entre ele e a empreiteira:

• A Delta subcontratou uma empresa para obras de recuperação de um trecho de 18 quilômetros da BR-116, em Fortaleza, Ceará, sem consentimento do Dnit. O Departamento abriu processo administrativo contra a Delta.

• Pagot diz que, em uma obra na BR-163, em Serra de São Vicente, em Mato Grosso, a espessura do concreto da rodovia, feita pela Delta, era menor que a prevista no contrato, fato que poderia provocar um desgaste precoce. A Delta teve de repavimentar a estrada.

• Segundo Pagot, a Delta não justificou os atrasos no início das obras do Trecho Manilha-Santa Guilhermina da BR-101, no Rio de Janeiro. “A Delta estava esperando terminar uma obra em outro lugar para iniciar esse trecho”, diz Pagot. “Mas essa história não é bem assim. A Delta conhecia as exigências do edital. Tinha de estar preparada para começar as obras. Não admiti tantas postergações.” Segundo o Dnit, a Delta espera liberações do Ministério de Minas e Energia e do Ministério do Meio Ambiente para iniciar as obras.

• A Delta estava entre as insatisfeitas com o resultado da licitação de obras de duplicação da BR-060, em Goiás. Segundo Pagot, as empreiteiras esperavam que os contratos fossem de R$ 1,6 bilhão, mas saíram por R$ 1,2 bilhão. Isso frustrou as expectativas de faturamento, inclusive da Delta. A Delta lidera um consórcio que venceu um dos lotes da licitação.

De acordo com Pagot, diretores da empresa ficaram contrariados com a postura do Dnit e fizeram pressão contra a diretoria do órgão. “Recebi visitas do presidente do Conselho de Administração, Fernando Cavendish, do diretor da empresa para a Região Centro-Oeste, Cláudio Abreu, e do diretor da empresa para a Região Norte, Aluízio de Souza”, diz Pagot. “Escutei todas as reivindicações e agi como sempre fiz: pedi que formalizassem essas reivindicações. Fazia isso com todo mundo que ia lá.”

Além das reclamações públicas e do jogo de bastidores da turma de Cachoeira, revelado pela investigação da Polícia Federal, Pagot afirma que a Delta contava com o empenho de um grupo de parlamentares aliados. Réu no escândalo do mensalão, o deputado federal Valdemar Costa Neto (SP) é o presidente de honra do Partido da República (PR). Apesar do cargo apenas honorífico, Valdemar é quem manda no PR.

Do mesmo modo, apesar de o ministro dos Transportes ser na ocasião o senador Alfredo Nascimento (PR-AM), Valdemar tinha grande poder nas decisões do ministério. Costa Neto procurou Pagot para falar sobre a licitação da Travessia Urbana de Ubatuba, São Paulo.

“Valdemar disse para mim que quem tinha de vencer era a Delta”, afirma Pagot. O custo das obras era de R$ 150 milhões. Poderoso no ministério, Costa Neto contava também com o fato de Pagot ter chegado ao cargo graças ao senador Blairo Maggi (PR-MT). O lobby de Valdemar não vingou. O projeto foi alterado pelo Dnit e não saiu conforme suas pretensões. Valdemar contesta a versão de Pagot.

“Não fiz pressão junto a diretores do Dnit para que a obra fosse vencida pela Delta”, afirmou Valdemar por intermédio de sua assessoria. Segundo Pagot, o deputado Wellington Fagundes (PR-MT) também pressionou o Departamento em favor da Delta.

Ele queria que o Dnit fosse menos exigente com a Delta no episódio do asfalto da BR-163. Após o fechamento da edição desta semana de ÉPOCA, Fagundes procurou a reportagem e disse não ter feito lobby pela Delta. "Fiz pressão pela celeridade da obra. Fiz pressão pela população de Mato Grosso."

A Delta foi procurada por ÉPOCA para responder aos questionamentos sobre a atuação da organização de Cachoeira e Abreu no Dnit e a atuação de parlamentares em prol da empresa, como afirma Pagot. A resposta veio em forma de nota da assessoria de imprensa da empreiteira.

“Um inquérito do Ministério Público Federal averiguará todas essas questões derivadas da chamada Operação Monte Carlo. O Congresso Nacional deliberou nessa última semana pela instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito para também investigar temas correlatos a essas perguntas de ÉPOCA”, afirma a empresa.

“A Delta Construções falará sobre todos os assuntos nos foros judicial e parlamentar. A empresa repudia, desde já, conclusões parciais e precipitadas oriundas de análises superficiais de informações coletadas.”

De acordo com a Delta, “jamais o ex-diretor da Delta Construções Cláudio Abreu falava ou agia em nome da empresa, quando, supostamente, teria dado curso a fofocas que se levantavam em relação ao Dnit ou a qualquer de seus diretores. Caso se revelem verdadeiras as suspeitas em relação à ação de Cláudio Abreu nesse sentido, ele agiu por motivação própria e desconhecida pela empresa à qual devia lealdade”.

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Congresso Nacional foi instalada na semana passada. PT e PMDB terão o controle da Comissão. Os governistas querem evitar que a CPMI investigue a Delta, devido a seus contratos com o governo federal e com o governo de Sérgio Cabral (PMDB) no Rio de Janeiro.

Também trabalharão para que não surja nada do baú de Cachoeira relativo às acusações de contribuições para o caixa dois de campanhas petistas. As duas missões são difíceis.

Há material abundante sobre o caso. Conversas captadas pela polícia mostram Cachoeira entusiasmado com a oportunidade de negócios no ramo da Delta. Ele chega a sondar tipos de material de construção que deveriam ser usados em obras públicas.

Cachoeira diz: “Eu sou a Delta”, ao tratar do patrocínio a um time de futebol em Goiás. Ainda é cedo para apostar no resultado final da partida.

POLITICA

20/04/2012 - 12:00

CPMI no Congresso vai investigar ligações da Delta com Silval BarbosaCPMI no Congresso vai investigar ligações da Delta com Silval Barbosa (Lucas Bólico - OD)

De Brasília - Vinícius Tavares
Não bastasse o maremoto seguido de tsunami pelo qual o Palácio Paiaguás está enfrentando nos últimos dias – com a demissão de Éder Moraes em razão do escândalo da compra da vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado –, a equipe de governo terá que enfrentar transtornos ainda maiores porque o governador Silval Barbosa (PMDB) pode ser um dos alvos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) instaurada para apurar o bicheiro Carlos Cachoeira.

Ou seja: as ligações perigosas de Carlos Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com agentes públicos e privados, vai sim respingar em Mato Grosso. E o governador Silval Barbosa (PMDB) será um dos investigados pelos deputados e senadores da Comissão.

A informação é de um senador integrante da alta cúpula do PMDB, homem público com bastante influência na base governista, e foi passada a fontes do Olhar Direto durante um jantar na residência oficial deste parlamentar realizada na noite de quarta-feira (18), em Brasília. Dois deputados federais – sendo um do PMDB e outro do PT – também confirmam a informação.

Em uma conversa informal, mas em tom de alerta, o senador confidenciou que três governadores do Centro-Oeste, do Distrito Federal e um do Norte também serão investigados por conta de contratos firmados com a empresa Delta, considerada uma das maiores empreiteiras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e mantém contratos também em serviços de coleta de lixo urbano em diversas capitais.

Na outra ponta estão contatos recentes entre Cachoeira e membros do staff de Silval Barbosa, conforme divulgou o Olhar Direto. O principal interesse de Carlinhos Cachoeira era a Loteria Estadual de Mato Grosso (Lemat). O bicheiro já havia manifestado interesse em ganhar licitação para contratação da agência de publicidade da Secopa, que acabou sendo anaulada, como já foi antecipado pelo Olhar Direto.

Além de Silval, os governadores de Goiás, Marconi Perilo (PSDB); do Distrito Federal, Agnelo Queiróz (PT); e de Tocantins, Siqueira Campos (PSDB), também terão o desgaste e o desconforto de se explicar em uma Comissão Parlamentar de Inquérito no Congresso Nacional e, certamente, serão alvo de holofotes.

"O trem vai respingar por aí. Estes quatro governadores serão investigados pela CPMI do Carlinhos Cachoeira", disse o senador.

"A situação também é grave porque teve lobby recente junto ao governador (Silval) que mostra o poder do Cachoeira", revelou o deputado peemedebista, que não escondeu sua preocupação com os rumos da CPMI.

Cachoeira chegou na manhã desta quarta-feira (18.4) ao presídio da Papuda, em Brasília, vindo do Presídio de Segurança Máxima de Mossoró (RN), onde estava preso desde que foi deflagrada a Operação Monte Carlo, pela Polícia Federal, em fevereiro.

Secopa adia abertura de licitação e VLT vai demorar mais tempo para ficar pronto

20/04/2012 - 11:00

 

Da Redação - LB
A Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa) adiou a data para sessão de abertura das propostas da licitação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) para o dia 15 de maio. Conforme o governador Silval Barbosa (PMDB) havia prometido, a abertura deveria acontecer no dia 23 de abril, na próxima segunda-feira.

A Secopa argumenta que a sessão foi remarcada porque diversas empresas interessadas em participar da licitação solicitaram um prazo maior para montar as propostas, uma vez que a obra envolve áreas complexas nos ramos da engenharia e tecnologia.

“A complexidade das propostas da maior licitação já realizada em Mato Grosso e a necessidade de atender a todas as exigências técnicas e da legislação justificam o pedido das empresas participantes”, disse o secretário Maurício Guimarães.

O processo licitatório está em curso nos moldes do Regime Diferenciado de Contratação (RDC), que permite a contratação integrada dos projetos básicos, executivos, execução das obras, fornecimento e montagem de sistemas e material rodante.

O VLT será implantado no canteiro central nos itinerários CPA - Aeroporto e Coxipó - Centro, percorrendo 22,2 quilômetro. O volume de ônibus e veículos de passeio que circulam pelas avenidas será reduzido quando o novo modal entrar em operação.

Os ônibus convencionais alimentarão o sistema de VLT, trazendo os passageiros dos bairros até uma das estações do metrô de superfície, que ficarão ao lado dos trilhos no canteiro central das avenidas Rubens de Mendonça, Prainha, FEB e Fernando Correa da Costa.

Com 15 quilômetros de extensão, o trajeto CPA-Aeroporto contará com dois terminais de integração (CPA 1 e André Maggi, que terá um elevado ferroviário no aeroporto Marechal Rondon), 22 estações de transbordo, dois viadutos, três trincheiras e uma ponte. Nesse trecho será feita também a reestruturação do canal da Prainha, região central de Cuiabá.

O eixo Coxipó-Centro terá 7,2 quilômetros de extensão, um terminal de integração (Coxipó), 11 estações de transbordo, três viadutos e duas pontes.

Os terminais terão estacionamento para veículos e bicicletário, ampliando o potencial de mobilidade urbana na Capital e em Várzea Grande. O anteprojeto do VLT prevê que todos os critérios de acessibilidade serão contemplados na elaboração dos projetos básico, executivo e, consequentemente, na execução das obras. As informações são da assessoria de imprensa