terça-feira, 6 de março de 2012

PT incentiva a "velha guarda" para garantir vaga na Câmara de Cuiabá

RUMO A 2012 | 06/03/2012 - 17:52

 

 


As ex-vereadoras Enelinda Scala e Vera Araújo querem reconquistar cadeira na Câmara, assim como o procurador Luis Scaloppe
O PT aposta em militantes da velha guarda para reconquistar espaço na Câmara Municipal de Cuiabá, que ampliará o quadro de vereadores de 19 para 25 a partir das eleições deste ano. O quociente eleitoral deve chegar a 11 mil votos por vaga. Hoje, a legenda conta com uma cadeira, ocupada por Lúdio Cabral, que sonha com a candidatura a prefeito. O partido vive dilema entre lançar projeto próprio ou buscar composição.
Entre os pré-candidatos a vereador estão as ex-vereadoras Enelinda Scala, a sanfoneira, e a professora Vera Araújo, a Verinha, que exerceu depois um mandato de deputada estadual e hoje responde pelo posto de secretária-adjunto de Estado de Justiça e Direitos Humanos. Também estão se movimentando nos bastidores por vaga no legislativo cuiabano e com respaldo da corrente majoritária petista o professor Alan Kardec e, correndo por fora, o procurador de Justiça do Estado, Luis Alberto Esteves Scaloppe, que reativou sua ficha de filiação no PT no ano passado.
Scaloppe já disputou pelo PT a governador, em 1990. Teve votação pífia. Na época, Jayme Campos se elegeu ao governo. Scaloppe pertencia aos quadros da legenda petista, mas havia pedido desligamento para atuar em Brasília como membro do Conselho Administrativo de Direito Econômico (Cade), de setembro de 2003 a setembro de 2005. Cinco anos depois, ele decide voltar à militância.
Nos bastidores, vários petistas avaliam que, por causa do enfraquecimento da legenda, o máximo que pode conseguir seria duas cadeiras na Câmara da Capital, a exemplo do pleito de 2000, quando elegeu Enelinda e Verinha. O primeiro vereador pelo PT na Capital foi Vanderley Pignatti, em 1988. O segundo foi Ivan Evangelista, no pleito de 1996, quando teve 1.503 votos. A maior bancada petista veio em 2004, com a garantia de três cadeiras, ocupadas por Domingos Sávio, Valtenir Pereira e Lúdio. O primeiro foi para o PMDB, enquanto Valtenir se tornou deputado federal, inclusive já no segundo mandato, e milita no PSB. Restou Lúdio na agremiação petista.
Há outros nomes do petismo de "olho" na Câmara, mas considerados fracos do ponto de vista eleitoral, como Cido Mendonça, secretário estadual de Organização do partido; o professor Vander Fiel, Elisvaldo da Silva, o Bob, a funcionária pública Jucileide Rondon, a comerciante Conceição do Pedregal, o Ditão do Planalto e os sindicalistas Carlos Alberto de Almeida, presidente do Sindsep, que representa os servidores públicos federais em Mato Grosso, e Lauro Siqueira, dos funcionários da área de telefonia. O PT sofreu algumas baixas, entre elas da sindicalista Helena Bortolo, da subsede do Sintep na Capital. Ela agora pertence ao PSB.

Brasil condiciona ajuda à Europa a mais poder no FMI

atualização 17:35 hs 06/03/12

No México, ministro cobra que países da zona do euro se comprometam com mais recursos próprios.

Da BBC
15 comentários

O ministro da Fazenda do Brasil, Guido Mantega, afirmou que os países em desenvolvimento poderiam prover mais recursos para ajudar os países da zona do euro em dificuldades, mas desde que ganhem como contrapartida mais poder dentro do FMI (Fundo Monetário Internacional).
Os comentários de Mantega foram feitos durante um encontro de ministros das Finanças do G20 na Cidade do México.
O ministro brasileiro também pediu que os países da própria zona do euro contribuam mais com seus próprios fundos para a ajuda.
'Os países emergentes somente ajudarão sob duas condições: primeiro que eles (os países da zona do euro) reforcem sua rede de proteção (o fundo europeu de ajuda aos países em dificuldades) e segundo, que a reforma do FMI seja implementada', afirmou.
'Eu vejo a maioria dos países compartilhando opiniões semelhantes de que os europeus têm que fortalecer seu fundo de proteção', disse.
Outros ministros presentes no encontro no México também manifestaram o desejo de que as nações europeias destinem mais fundos para o Fundo Europeu de Estabilização Financeira, o fundo criado no ano passado para ajudar os países da região com dificuldades para pagar suas dívidas.
'Cor do dinheiro'
O ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schaeuble, afirmou que as nações da zona do euro avaliarão no mês que vem a possibilidade de aumentar o tamanho do fundo.
George Osbourne, ministro das Finanças da Grã-Bretanha, país que não faz parte da zona do euro, fez cobranças parecidas às de Mantega.
'Estamos preparados a considerar (aumentar) os recursos do FMI, mas apenas depois de vermos a cor do dinheiro da zona do euro, que ainda não vimos', afirmou.
'Apesar de haver muitas coisas a discutir nesta conferência do G20, não acho que veremos nenhum recurso a mais prometido aqui, porque os próprios países da zona do euro não se comprometeram com recursos adicionais. Esse problema vai ser claramente estabelecido aqui no México', afirmou.

'Por pouco', Brasil passa Grã-Bretanha e se torna 6ª economia global

06/03/2012 16h45- Atualizado em 06/03/2012 17h00

 

Apesar de pouco crescimento, institutos confirmam a ultrapassagem brasileira por margem menor do que a esperada.

Da BBC
1 comentário

O crescimento de 2,7% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro em 2011, anunciado nesta terça-feira (6) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), confirmou uma previsão feita por analistas recentemente: de que no ano passado a economia brasileira ultrapassaria a britânica e se tornaria a sexta maior do mundo. No entanto, a ultrapassagem ocorreu por margem menor que a esperada.
Segundo cálculo do Centro para a Pesquisa Econômica e de Negócios (CEBR), um instituto britânico, o PIB brasileiro alcançou US$ 2,469 trilhões (cerca de R$ 4 trilhões) em 2011, ante US$ 2,420 trilhões do britânico.
"A diferença foi menor do que havíamos previsto antes. A economia brasileira tropeçou, mas a economia da Grã-Bretanha foi ainda pior no ano passado, então não foi o suficiente para mudar o cenário", diz o analista Tim Ohlenberg, do CEBR.
O Produto Interno Bruto é a soma de todos os bens e serviços produzidos pelo país ao longo do ano. Agora, somente Estados Unidos, China, Japão, Alemanha e França estão à frente do Brasil no ranking, que leva em conta os PIBs nominais, medidos em preços correntes.
Outros dois institutos econômicos ouvidos pela BBC Brasil confirmam que a ultrapassagem ocorreu. Segundo cálculos da Consultoria Tendências, o PIB brasileiro alcançou US$ 2,477 trilhões em 2011. O britânico, por sua vez, chegou a US$ 2,421 trilhões.
Em 2010, de acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional), o PIB brasileiro valia US$2,09 trilhões, comparado a US$ 2,25 trilhões da Grã-Bretanha.
Para comparar os PIBs, deve-se converter suas quantias (medidas nas moedas locais) em dólares, usando como base a cotação média do real e da libra para a moeda americana em 2011. É a primeira vez que o PIB brasileiro aparece à frente do britânico.
A ultrapassagem se explica em grande parte pelos desempenhos das duas economias no ano passado: enquanto o Brasil cresceu 2,7%, a Grã-Bretanha teve expansão de 0,8%.
A economia britânica tem sofrido com os prolongados efeitos da crise econômica na Europa.
Segundo analistas, outro fator que teve peso no resultado foi a acentuada apreciação do real no período, superior à valorização da libra.
O Instituto Nacional de Pesquisa Econômica e Social (NIESR, na sigla em inglês) também confirmou que o PIB brasileiro ultrapassou o britânico. Nas contas do instituto, que faz a comparação com base em dados do FMI e em taxas de câmbio atuais, o PIB brasileiro hoje vale US$ 2,52 trilhões, enquanto o britânico vale US$ 2,48 trilhões.
Apesar do resultado, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que é mais importante ter uma economia dinâmica, com crescimento sustentável, do que ter o sexto maior PIB global.
Consumo das famílias
Segundo o IBGE, ao crescer 2,7% em 2011, o PIB brasileiro alcançou R$ 4,143 trilhões.
Ainda que bem inferior à projeção do governo no início do ano passado, de expansão de 5%, o resultado de 2011 evidencia o relativo bom momento da economia brasileira num momento em que a Europa e os Estados Unidos enfrentam graves dificuldades para voltar a crescer.
No entanto, apesar do resultado anual, os dados indicam que houve uma desaceleração da economia no fim do ano passado. De acordo com o IBGE, a economia cresceu 0,3% nos últimos três meses de 2011 em relação ao trimestre anterior.
Ainda segundo o Instituto, o desempenho da economia em 2011 foi puxado pelo consumo das famílias, que teve expansão de 4,1% em relação a 2010. Também tiveram bons resultados o setor agropecuário, com crescimento de 3,9%, e o de serviços, com 2,7%.

Veja a repercussão do resultado do PIB do Brasil de 2011

06/03/2012 10h23- Atualizado em 06/03/2012 17h08

 

Economia brasileira cresceu 2,7% no ano passado, mostra IBGE.
Resultado coloca Brasil na 6ª posição na economia mundial, diz Coutinho.

Do G1, em São Paulo
7 comentários

A economia brasileira registrou crescimento de 2,7% em 2011, segundo divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (6). Em 2010, o avanço do Produto Interno Bruto (PIB) fora de 7,5%.
Por setores, o crescimento em 2011 foi o seguinte: agropecuária (3,9%), serviços (2,7%) e indústria (1,6%).
Veja o que membros do governo, parlamentares, economistas e entidades civis comentaram sobre o resultado da economia em 2011 e sobre perspectivas para 2012:







Guido Mantega, ministro da Fazenda
"O que nos levou a este resultado em 2011 foi um ajuste que foi feito principalmente no primeiro semestre de redução do ritmo de crescimento, que vinha muito forte em 2010. Foi diminuindo o ritmo, principalmente porque havia uma inflação mundial que corria o risco de contaminar o Brasil. [...] Não contávamos com o agravamento da crise internacional. Se não tivesse havido agravamento da crise, crescimento seria mais perto de 4% do que de 3%. Tem um peso grande a deterioração da economia mundial no segundo semestre".
Alexandre Tombini, presidente do Banco Central (BC)"O crescimento do PIB... confirma que a atividade econômica ganhou impulso no final do ano passado. [...] Os sólidos fundamentos e um mercado interno robusto constituem um diferencial da economia brasileira, mesmo diante do complexo ambiente internacional. Dessa forma, as perspectivas apontam intensificação do ritmo de atividade ao longo deste ano, com a economia crescendo em ritmo maior do que o observado ano passado, compatível com o equilíbrio interno e externo e consistente com o cenário de convergência da inflação para a meta em 2012".
Luciano Coutinho, presidente do BNDES
"O crescimento de 2,7% do PIB em 2011 foi muito significativo para o país, considerando-se principalmente a conjuntura internacional adversa. O resultado colocou o Brasil na sexta posição na economia mundial e apesar da desaceleração em relação ao ritmo obtido em 2010, a criação líquida de empregos formais em 2011 foi firme, alcançando cerca de 2 milhões, assegurando mais avanços na inclusão e distribuição da renda. Importante também observar a expansão de 4,7% na Formação Bruta de Capital Fixo, no ano passado, desempenho que confirma o vigor do nível dos investimentos na economia brasileira e reflete expectativas positivas para 2012".
Adriano Pires, presidente do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (CBIE)
"O PIB cresceu dentro do que se esperava. No caso da indústria, o baixo desempenho (1,6%) foi foi em grande parte em função do câmbio e da concorrência dos importados, e a maior prejudicada foi a indústria da transformação. Mas, se olharmos o cenário internacional, estamos muito bem. A questão do câmbio será um grande dever de casa a ser tratado em 2012. Mas o interesse pelo Brasil é fantástico. O Brasil poderá surfar em meia a essa liquidez internacional se souber aproveitar essa 'tsunami financeira' em investimentos para modernizar a infraestrutura do país."
Luigi Nesse, presidente da Confederação Nacional de Serviços (CNS)
"O setor de serviços continua sustentando o crescimento da economia. Só na área de serviços privados (sem incluir comércio e intermediação financeira), o emprego subiu 6,1% e a massa salarial 13,3%. Em segmentos como telecomunicações, TI e comércio eletrônico, o crescimento é vegetativo em razão do aumento da necessidade de serviços internos e pela facilidade de novos negócios. O setor está focado no mercado interno e, como a massa salarial tem aumentado, acreditamos que vamos ter em 2012 um crescimento em torno de 5%".







Mônica Bolle, economista da PUC-Rio
"O resultado veio em linha, mas teve algumas revisões para trás que são relevantes e mostram que a economia brasileira deu uma fraquejada no segundo semestre. Os indicadores que temos para o primeiro trimestre até agora estão mostrando que a recuperação da economia está meio sem fôlego" (Veja vídeo da Globo News ao lado).


Cristina Helena Pinto de Mello, professora da ESPM

"Os números mostram que estamos desacelerando, perdendo o fôlego. O crescimento da economia continua sendo puxado por consumo e gastos do governo. E, apesar dos estímulos, aparentemente começa a se observar um freio no consumo das famílias (alta de 4,1% em 2011 ante a 6,9% em 2010). Percebe-se uma diminuição da confiança dos consumidores e uma preocupação em relação à situação atual. A diminuição da participação da indústria, ainda que por fatores relacionados ao câmbio, é preocupante. O país ainda não tem uma estratégia de inserção na economia global. Ao que parece, estamos nesse ano com um arsenal de medidas econômicas mais limitado. Não acho que vai haver uma contração do ritmo de crescimento em 2012, mas vamos crescer menos do que se esperava".

Rafael Bistafa, economista da Rosenberg & Associados

"O resultado veio um pouco abaixo do que o mercado estava esperando, mas não foi nenhuma surpresa. O bom desempenho da agripecuária já era esperado, pois a safra foi muito boa e combinou com preços elevados. O consumo das famílias deu uma recuperada em relação ao terceiro trimestre e essa tendência deve se manter nesse começo de ano. Nossa expectativa é de que o PIB feche o ano de 2012 em torno de 3,5%. Mas, se olharmos o lado da demanda, o PIB potencial do país é em torno de 4,3% e 4,5%, argumento que pode ser usado pelo Banco Central para continuar reduzindo os juros".
Juan Jensen, professor do Insper e sócio da Tendências Consultoria
"O Brasil tem conseguido sustentar o crescimento via consumo das famílias, que continua robusto e avançando em níveis superiores ao do PIB. Em 2012, a dinâmica tende a ser parecida, com a economia crescendo um pouquinho mais, com a indústria de transformação enfrentando problemas, e extrativa mineral, serviços e a agropecuária puxando novamente o crescimento".
José Francisco de Lima Gonçalves, economista-chefe do Banco Fator"Saímos de 7,5%, em 2010, para um crescimento de 2,7%. Essa desaceleração não é surpreendente, pois reflete a alta do risco lá fora como também as políticas econômicas do governo. Do lado da oferta, temos uma economia cada vez mais movida por agricultura e serviços, com o papel da indústria caindo, sobretudo a indústria de transformação - a mais maltratada pelo câmbio e pela alta das importações. Do lado da demanda, a massa salarial continua crescendo, o que aumenta o consumo de eletricidade, telefonia e serviços. Olhando o cenário para frente, não dá para ficar nem muito animado nem muito desanimado. A comparação do quarto trimestre com o terceiro trimestre, mostra que não há mais retração, mas deve-se relativizar a análise de que o pior da crise já passou. Tudo indica que o primeiro trimestre será fraco. É muito difícil imaginar um crescimento maior do que 3,5% no ano".
Marco Maia, preidente da Câmara dos Deputados
“Considero que termos crescimento do PIB no Brasil no ano passado, frente a uma crise internacional que atingiu a maioria dos países do mundo é uma vitória do Brasil. Apesar de tudo o que aconteceu no mundo, apesar de crise nos Estados Unidos, crise na Europa, o Brasil continuou num ritmo de crescimento e continuou num ritmo de distribuição de renda, o que é importante. Que bom que isso aconteceu também de forma sustentável. Não é aquilo que aconteceu em alguns países, uma bolha de crescimento, um crescimento insustentável. Mesmo que não tenha sido o PIB dos sonhos, é aquilo que foi possível o Brasil produzir diante de um cenário negativo.”

Bruno Araújo (CE), líder do PSDB na Câmara
"Acho que o governo deveria muito mais do que governar olhando as pesquisas de popularidade, observar os números da economia. O resultado do PIB é pífio, resultado de um governo que não vem internamente fazendo as reformas necessárias. É muito fácil colocar a culpa nos outros quando a economia interna não vai bem e dizer que o problema são das grandes economias, dos países ricos. No passado, quando a economia internacional estava bem, o governo do PT não fazia esse exercício, dizia que a economia interna ia bem por conta da sua competência de governar. Como o resultado de medidas internas não tomadas, o resultado do PIB foi pífio.
Jilmar Tatto (SP), líder do PT na Câmara
“Há um esforço muito grande da presidenta Dilma de potencializar o crescimento econômico. É um esforço tanto do ponto de vista de garantir o investimento no PAC já no primeiro semestre, continuar garantindo o investimento no Minha Casa, Minha Vida, diminuir a carga tributária de alguns setores da economia, potencializar as empresas públicas, principalmente o Banco do Brasil e a Caixa Econômica do ponto de vista do crédito, de facilitar o crédito, e também esperamos que o Banco Central abaixe bastante o juros para ajudar no crescimento. Vamos perseguir 4% de crescimento em 2012.”
Ronaldo Caiado (DEM-GO), deputado federal
“O único setor que é responsável por R$ 800 bilhões no PIB nacional é o setor agrícola. Se você congelar aquilo que o Ministério do Meio Ambiente e o Senado desejam, você vai congelar do PIB agrícola mais de 300 bilhões de reais. Então, imagine você o que será essa radiografia no final do ano. Vai ser um desastre completo. É a crise provocada por nós mesmos. Ou seja, o governo está fabricando a crise. Ele mesmo está dizendo: ‘Eu quero implantar a crise no Brasil. Eu vou destruir o único setor que é competitivo internacionalmente’. Existe um comportamento bipolar. A presidente cobra hoje que os ministros implantem uma política com maior desenvolvimento econômico e crescimento do PIB, e o governo propõe um Código Florestal que desativa o único setor competitivo do país.”
Paulo Skaf presidente da Fiesp
“O que explica o desempenho pífio da indústria brasileira são aqueles pontos que estamos falando faz tempo: câmbio e juros elevados, altíssima carga tributária, custo de energia e spreads maiores do mundo, infraestrutura deficitária e “invasão” de produtos importados, que se valem não só do câmbio, mas também de incentivos fiscais ilegais oferecidos por alguns estados para atrair importações (guerra dos portos). Para se ter uma ideia, no ano passado, nosso déficit na balança de manufaturas foi de 93 bilhões de dólares, um absurdo”.
Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical
"Esse “pibinho”, aquém das expectativas, é decepcionante para toda a sociedade brasileira. [...]
Os números devem servir de alerta para o governo, visto que nossa economia está praticamente caminhando de lado. Para que não tenhamos uma situação desastrosa e que esta ameaça se dissipe, é urgente que a política econômica abra espaço para o crescimento e que o País tenha uma estratégia para alavancá-lo. Para isso, é vital uma queda drástica nos juros, fortalecer ainda mais o mercado interno, expandir o emprego, distribuir a renda e incrementar os investimentos em infraestrutura e nas políticas sociais".