sexta-feira, 23 de março de 2012

Para amenizar críticas, Galindo lança "pacotão" de obras na Saúde

SAÚDE | 23/03/2012 - 15:30

 

Gabriela Galvão


Os jornalistas Patrícia Sanches e Romilson Dourado entrevistam o prefeito Chico Galindo no estúdio do RDTV
Foto: Ana Eliza Lucialdo
Na tentativa de diminuir as críticas à saúde da Capital, o prefeito Chico Galindo (PTB) lançou nesta sexta (23), no RD Entrevista, um pacote de obras de reforma, construção e ampliação de unidades de atendimento médico. Destas, segundo o petebista, 76 vão contar com investimentos de R$ 10 milhões, sendo 6 policlínicas e todos os Postos de Saúde da Família (PSF). Parte da verba será aplicada na construção de duas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
De acordo com o gestor, as medidas foram possibilitadas pelo aumento do IPTU, que, segundo ele, teria ficado 15 anos sem correção por falta de um prefeito com coragem para reajustar o imposto. “Se eu não tivesse tido essa responsabilidade, não estaria recuperando Cuiabá". O prefeito ressaltou o aumento na receita vai ajudar na a execução de programas como o Poeira Zero, o Asfalto Bom, bem como as melhorias previstas na saúde. "Valeu a pena ter austeridade e a população vai ver isso”.
Chico Galindo Galindo também afirmou veementemente que o Hospital e Pronto-Socorro de Cuiabá (HPSMC) não foi terceirizado. Segundo ele, uma empresa foi contratada para fazer a gestão da unidade. O prefeito ressaltou ainda que foi um erro os oito meses em que ficou discutindo a possibilidade de transferir a administração do HPSMC para o Estado. Ele lembra que, só a partir da negativa do governador Silval Barbosa (PMDB), passou a fazer gestão. Para Galindo, é uma pena vereadores falarem em terceirização, simplesmente por ser uma ano político, sem dados técnicos.
Com um contrato de R$ 190 mil mensais, pelo prazo de um ano, a unidade será gerida pela empresa IGSR João Laércio Moreira, que também é responsável pela gestão dos hospitais São Mateus e Santa Rosa. A IGSR vai responder pelas diretorias geral e técnica do HPSMC, bem como pelas atividades relacionadas às áreas de faturamento, recursos humanos, tecnologia da informação, gestão de qualidade e logística.

Chico Anysio morre aos 80 anos

23/03/2012 15h00- Atualizado em 23/03/2012 15h34

 

Comediante estava internado em hospital no Rio de Janeiro.
Ele começou no rádio, fez sucesso na TV e atuou em filmes.

Do G1, no Rio





Morreu às 14h52 desta sexta-feira (23), aos 80 anos, o humorista Chico Anysio. Ele estava internado no Hospital Samaritano, na Zona Sul do Rio, havia três meses. Ao longo de seus 65 anos de carreira, Chico Anysio criou mais de 200 personagens e foi um dos maiores humoristas do Brasil com destaque no rádio, na TV, no cinema e no teatro (abaixo, nesta reportagem, relembre sua trajetória). Ele deixa oito filhos e completaria 81 anos no dia 12 de abril.
Anysio apresentou uma piora nas funções respiratórias e renal na quarta-feira (21) e voltou a respirar com ajuda de aparelhos durante todo o dia. Ele estava no CTI do hospital carioca desde 22 de dezembro do ano passado por conta de um sangramento. O comediante chegou a ter o problema controlado, mas apresentou uma infecção pulmonar e retornou à internação. Ele seguia em sessões de fisioterapia respiratória e motora diariamente, somadas a antibióticos.

O ator também foi submetido a uma laparotomia exploradora, procedimento cirúrgico que serve para revelar um diagnóstico. Essa cirurgia fez com que Chico Anysio tivesse um segmento de seu intestino delgado retirado.

No final de 2010, ele foi levado ao mesmo hospital com falta de ar. Após uma obstrução da artéria coronariana ser encontrada, passou por uma angioplastia, procedimento para desobstrução de artérias. Após 110 dias, teve alta em março do ano passado.

Com fortes dores nas costas, o humorista foi novamente internado em novembro. Ficou no hospital durante cinco dias, para receber medicação intravenosa devido a problema antigo nas vértebras que provocava dor. No fim de novembro, teve febre e os médicos descobriram uma contaminação por fungos, tratada com antibióticos. No começo de dezembro, retornou ao hospital com infecção urinária e ficou internado por 22 dias. Um dia depois, voltou ao Hospital Samaritano.

Nos momentos mais críticos, quando esteve no hospital entre dezembro de 2010 e março de 2011, Chico necessitou da ajuda de aparelhos para respirar e se comunicava com médicos e familiares por meio de mímica. Durante o período pós-operatório, houve o diagnóstico de um tamponamento cardíaco, que acontece quando o sangue se acumula entre as membranas que envolvem o coração (pericárdio).

Durante o período de internação, que alternou momentos no CTI e em unidades intermediárias, Chico Anysio apresentou quadros de pneumonia e passou por sucessivas broncoscopias. As infecções foram tratadas com uso de antibióticos.
Antes, em agosto de 2010, o humorista precisou ser internado para a retirada de parte do intestino grosso após ser constatado um quadro de hemorragia no aparelho digestivo. Em maio de 2009, outra pneumonia o levou ao hospital.
O bordão mais famoso do Professor Raimundo era repetido por Chico Anysio no fim do programa: 'e o salário, ó' (Foto: CGCom/TV Globo)O personagem mais famoso de Anysio foi o Professor Raimundo (Foto: CGCom/TV Globo)
Rádio e TV
Foi no Rádio Guanabara, ainda nos anos 50, que os seus tipos cômicos começaram a surgir. Até o “talento para imitar vozes”, como o proprio Chico descreveria em seu site, evoluir para a televisão. A estreia aconteceu em 1957, na extinta TV Rio, no programa “Aí vem dona Isaura”. Foi lá que o Professor Raimundo teve sua primeira aparição no vídeo, como o tio da protagonista que vinha do Nordeste — até então o programa só havia sido veiculado pelo rádio.
“Até tinha uma coisa de sentar para criar, mas uns nasceram pela voz, outros pelo tipo, pela personalidade, pela caracterização. Sempre fiz questão de que eles fossem encontrados sem que eu estivesse presente. Que alguém dissesse: "'Na minha terra, tem um Pantaleão. No Rio tem muito Azambuja’”, explicou o humorista ao “Estado de S. Paulo”, em 2009.

Num tempo em que ainda não existiam contratos de exclusividade, Chico pôde fazer participações especiais em programas de outras emissoras e em chanchadas da Atlântida.
O “Chico Anysio Show”, seu primeiro programa de humor, foi lançado no início da década de 60. Foi ao ar pela TV Rio, depois pela Excelsior e em 1982 voltou a ser exibido pela Rede Globo — onde o humorista já trabalhava desde 1969.
A cantora Elza Soares e Chico Anysio durante show em São Paulo em 1967 (Foto: Agência Estado)A cantora Elza Soares e Chico Anysio durante show em São Paulo em 1967 (Foto: Agência Estado)

Mas foi na Globo que teve seus programas humorísticos de maior sucesso e onde desenvolveu a maioria de seus personagens. Entre as atrações, destaque para “Chico city” (1973-1980), “Chico total” (1981 e 1996) e “Chico Anysio show” (1982-1990).

Alguns desses personagens quase que se misturam à história da televisão brasileira, como o ator canastrão Alberto Roberto, o pão-duro Gastão Franco, o coronel Pantaleão, o pai-de-santo Véio Zuza, o velhinho ranzinza Popó, o alcoólatra Tavares e sua mulher Biscoito (Zezé Macedo) e o revoltado Jovem.

Com o passar dos anos, novos tipos eram criados e incorporados ao programa: o funcionário da TV Globo Bozó, que tentava impressionar as mulheres por conta de sua condição; o mulherengo e bonachão Nazareno, sempre de olho nas serviçais; o político corrupto Justo Veríssimo; e o pai de santo baiano e preguiçoso Painho são alguns dos mais populares.

Apresentada como quadro em outros programas desde a década de 1980, a “Escolinha do Professor Raimundo” tornou-se uma atração independente em 1990. No ar até 2002, o humorístico lançou toda uma geração de comediantes. Entre os “alunos” revelados pelo “professor Chico” estão Claudia Rodrigues, Tom Cavalcante e Claudia Gimenez.

Chico também atuou em novelas e especiais da Globo, como “Pé na jaca” (2007), “Sinhá Moça” (2006), “Guerra e paz” (2008) e “A diarista” (2004). Chico Anysio também teve um quadro fixo no Fantástico por 17 anos (de 1974 a 1991), e supervisionou a criação no programa “Os Trapalhões” no início dos anos 90.
Chico Anysio (na cadeira de rodas) exibe o prêmio especial do júri junto com a equipe do longa 'A hora e a vez de Augusto Matraga' (Foto: Alexandre Durão/G1)Chico exibe prêmio do Festival do Rio com a equipe do longa 'A hora e a vez de Augusto Matraga', em 2011 (Foto: Alexandre Durão/G1)

Cinema
A incursão mais recente de Chico Anysio no cinema foi como dublador. É dele a voz do protagonista da animação “Up - Altas aventuras", animação do estúdio Pixar. Antes disso, o humorista fez uma participação especial no recordista de bilheteria “Se eu fosse você 2” (2008), de Daniel Filho. “Nos créditos finais fiz questão de colocar ‘senhor Francisco Anysio’. Ele é um astro, merece ser tratado com toda reverência”, explicou o diretor em entrevista ao G1 durante o lançamento do longa.

Em 1996, o humorista interpretou o personagem Zé Esteves, pai da personagem-título, em “Tieta”, de Cacá Diegues. O trabalho coincidiu com o aniversário de 25 anos da estréia de Chicono cinema, na pornochanchada "O doce esporte do sexo". Antes havia participado de comédias como "Mulheres à vista" e "Cacareco vem aí".

Em 2011, em sua última aparição pública, recebeu o prêmio especial do Júri do Festival do Rio pelo seu desempenho no longa “A hora e a vez de Augusto Matraga”, do diretor Vinícius Coimbra.
"O filme é importantíssimo, a obra é linda. Vinícius realizou algo quase inacreditável. É um filme que, tenho certeza, Sergio Leone assinaria com alegria", destacou o bem humorado Chico, que fez questão de receber o Troféu Redentor pessoalmente, mesmo de cadeira de rodas.
Literatura e artes plásticas
Além de se dedicar ao humor, Chico também foi artista plástico. Apaixonado pela pintura, retratou paisagens ao redor do mundo a partir de fotografias que tirava dos países que visitava. Realizou exposições de seus quadros em diversas galerias do Brasil e chegou a afirmar que gostaria de ter dedicado mais tempo à atividade.
“Porque teria tido mais tempo para aprender, para melhorar. Teria mais tempo para me tornar conhecido e aceito, para vender meus quadros por um preço melhor. Cheguei a admitir que a pintura seria meu emprego da velhice, mas não vai ser, porque ninguém está comprando nada de obra de arte, e pintar para guardar é terrível”, disse em entrevista à “Folha de S. Paulo”, em 2007. Foi autor de 21 livros, tendo publicado vários best-sellers na década de 70, como "O Batizado da vaca", "O telefone amarelo" e "O enterro do anão". Sua última publicação foi “O canalha”, lançada em 2000.
“É a história do cara que participou de todos os governos, desde Eurico Gaspar Dutra até o primeiro mandato de Fernando Henrique. Foi ele o responsável por todas as canalhices que ocorreram de lá para cá, como dar um revólver de presente a Getúlio Vargas”, explicaria o escritor Chico Anysio em entrevista à revista “Época”, no mesmo ano.
Outra de suas obras de destaque na literatura é o bem humorado manual “Como segurar seu casamento”, também de 2000. Na época, advertiu os leitores: “Não dou conselhos, transmito os erros que cometi e foram cometidos em cinco casamentos. Conviver é a arte de conceder. Essa troca de concessões gera a convivência harmônica”, comentou.
Chico Anysio em 2009, depois de conceder entrevista em seu apartamento na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro (Foto: Aline Massuca/AE)Chico Anysio em 2009, depois de entrevista em seu apartamento na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio (Foto: Aline Massuca/AE)
Carreira esportiva
Caçula de oito irmãos, Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho nasceu no dia 12 de abril de 1931, no município de Maranguape, no Ceará. A cidade constantemente era citada de forma saudosa pelo humorista – seu personagem mais popular, o Professor Raymundo, era de lá.
“Maranguape, cidade de que tanto falo, representa uma grande saudade. Foi um pequeno paraíso, o Éden da minha infância durante gloriosos anos. Foi lá que aprendi a ler sozinho”, escreveu o humorista em seu site oficial.

Aos 7 anos mudou-se para o Rio de Janeiro, após a falência da empresa de ônibus da família. Morador do Catete, contrariou a vontade do pai e do irmão mais velho — botafoguenses convictos — e se tornou vascaíno. Sonhava em ser jogador de futebol.

Mas a carreira esportiva logo foi esquecida, quando Chico passou em testes para ser locutor e ator da Rádio Guanabara. Ele ficou em segundo lugar, perdendo apenas para Silvio Santos.
Nos anos 50, também trabalhou nas rádios Mayrink Veiga, Clube de Pernambuco e Clube do Brasil. Foi na primeira que criou o programa que se tornaria um de seus maiores sucessos, "Escolinha do Professor Raymundo", inicialmente composta por três alunos: Afrânio Rodrigues (o que sabia tudo), João Fernandes (o que não sabia nada) e Zé Trindade (o que embromava o professor).

Apesar da tentativa de se tornar um galã de radionovelas, sua veia humorística se destacava desde o início. “A rádio Guanabara descobriu meu jeito para imitar vozes. Neste dia perdi minha chance de ser um Tarcísio Meira”, contou o comediante em seu site. Foi assim que começou a compor os mais de 70 tipos cômicos que marcariam sua carreira.
O humorista cercado pelos filhos, Nizo Neto (esquerda) e Bruno Mazzeo, no lançamento do DVD Chico Especial, em 2007 (Foto: TV Globo)Chico sorri com os filhos Nizo Neto (esq.) e Bruno Mazzeo, no lançamento do DVD 'Chico Especial', em 2007 (Foto: TV Globo)
Casamentos e filhos
O primeiro de seus casamentos foi aos 22 anos, com a atriz Nancy Wanderley. Depois foi a vez de Rose Rondelli. Sobre a união com a cantora e ex-frenética Regina Chaves, dizia mal se lembrar. Já com Alcione Mazzeo, rompeu a relação por conta de um ensaio nu. Mas foi seu matrimônio com a ex-ministra da Economia do governo Collor, Zélia Cardoso de Mello — com quem teve dois filhos — que provocou mais polêmica. "Passou a ser uma pessoa de meu desagrado total. Fui um biombo para ela”, disse Chico à revista “Isto É”, em outubro de 2000.

Antes, porém, teve seis filhos, entre eles os atores Lug de Paula (famoso por interpretar o Seu Boneco, da “Escolinha do Professor Raimundo”), Nizo Neto (o Seu Ptolomeu, do mesmo programa, também dublador) Bruno Mazzeo (ator e roteirista). Chico também era tio do ator Marcos Palmeira, filho do cineasta Zelito Vianna, irmão do humorista; e da atriz Maria Maya, filha de Cininha de Paula, sobrinha do humorista.

Em novembro de 2009 foi agraciado com a Ordem do Mérito Cultural, a mais alta comenda do governo brasileiro na área. Da vida, dizia levar apenas um arrependimento: “Me arrependo enormemente de ter fumado durante 40 anos.”

Comunismo não funciona mais em Cuba, diz Bento XVI

23/03/2012 10h26- Atualizado em 23/03/2012 10h46

 

Pontífice também pediu combate ao tráfico de drogas no México.
Papa faz visita de seis dias, sua primeira a países latino-americanos.

Do G1, com agências internacionais
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O Papa Bento XVI afirmou nesta sexta-feira (23) que o comunismo não funciona mais em Cuba e que a Igreja estava pronta para ajudar a ilha a encontrar novas maneiras de avançar sem "trauma".
Falando a bordo do avião que o leva da Itália para sua visita a México e Cuba, o Papa disse a repórteres que "hoje é evidente que a ideologia marxista na forma como foi concebida não corresponde mais à realidade".
Respondendo a uma pergunta sobre sua visita à ilha, o Papa disse que "novos modelos devem ser encontrados com paciência e de uma maneira construtiva... queremos ajudar."
Bento XVI, que deve chegar a Cuba na segunda-feira depois de uma visita de três dias ao México, pediu liberdade de consciência e religiosa para a ilha.
México
Em relação ao México, Bento XVI pediu que o narcotráfico seja combatido e afirmou que é preciso "desmascarar o mal e a mentira", assim como a "idolatria do dinheiro que converte os homens em escravos".

Ele convocou os católicos a "fazer todo o possível contra este mal destruidor de nossa juventude". "Nossa grande responsabilidade é educar as consciências, educar a responsabilidade moral", acrescentou Bento XVI.
Bento XVI faz uma viagem de seis dias aos dois países. Trata-se da primeira visita papal em sete anos a dois países de língua espanhola da América Latina.
Bento XVI acena ao embarcar para sua viagem a México e Cuba, no aeroporto Fiumicino, na Itália (Foto: Filippo Monteforte/AFP)Bento XVI acena ao embarcar para sua viagem a México e Cuba, no aeroporto Fiumicino, na Itália (Foto: Filippo Monteforte/AFP)
Durante os seis dias em que permanecerá na América Latina, a região mais católica do planeta, de 23 a 28 de março, o pontífice, que comemorará seus 85 anos no dia 16 de abril, cumprirá um programa um pouco mais tranquilo, que leva em conta sua idade avançada.
O Papa será recebido na tarde desta sexta-feira no aeroporto de León pelo presidente do México, Felipe Calderón, e depois tem programado um longo descanso para se recuperar das 14 horas de voo

TSE rejeita recurso do MP e mantém Marcionilo no cargo

PEDRA PRETA | 23/03/2012 - 10:49

 

Gabriela Galvão

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitou nesta quarta (21), por unanimidade, recurso do Ministério Público que pretendia afastar o prefeito de Pedra Preta (244 km de Cuiabá), Marcionilo Corte Souza (PR), definitivamente do cargo. A promotoria tentava restabelecer decisão do TRE que cassou o mandado do gestor em abril do ano passado, por atos ilícitos nas eleições 2008. Com a rejeição do recurso o republicano está apto a disputar a reeleição no município.
A Justiça Eleitoral chegou a marcar a data para eleição suplementar em Pedra Preta, que seria realizada em cinco de junho, entretanto, em 17 de maio, Maciolino e o então prefeito Augustinho de Freitas (PR), conseguiram reverter liminarmente a situação, por decisão da ministra Nancy Andrighi. Em seguida, Augustinho renunciou ao comando da prefeitura e o vice foi efetivado no cargo em que se mantém deste então.
O MP acusava os dois republicanos de arrecadação e gastos ilícitos na campanha em montante superior a R$ 1 mil. A representação foi julgada improcedente em primeira instância, mas acatada pelo TRE por maioria dos votos. A ministra, por sua vez, entendeu que a pequena quantia em dinheiro utilizada para afixação de propaganda eleitoral, que não teriam sido registradas na prestação de contas, não comprometeram a lisura e moralidade do pleito. Prefeito e vice foram eleitos com 76% dos votos e agora reverteram a decisão definitivamente.
Para Marciolino a vitória não foi pessoal, mas da população de Pedra Preta. "A Justiça foi feita, prevalecendo a vontade popular nas urnas. O município precisava dessa resposta positiva da Justiça Eleitoral", declarou.

Toninho aponta nova dívida da Sanecap e convoca procurador

Gabriela Galvão

Toninho de Souza (PSD), vereador por Cuiabá No dia mundial da água, a Câmara de Cuiabá virou palco de debates sobre o tema e críticas à concessão dos serviços de água e esgoto da Capital à iniciativa privada. Os principais pronunciamentos partiram da oposição ao prefeito Chico Galindo (PTB). A “chiadeira” não é novidade. Entretanto, na sessão desta quinta (22), foi exposta pelo vereador Toninho de Souza (PSD) mais uma dívida milionária da Sanecap, desta vez com a Agrimat e no valor de R$ 125 milhões.
Somado este montante aos débitos da companhia com a Rede Cemat, ambos motivos de ações judiciais, a Senacap tem uma dívida superior a R$ 200 milhões. Diante do valor, Toninho apresentou um requerimento solicitando a presença do procurador-geral da prefeitura Fernando Biral no Parlamento para esclarecer de onde serão retirados os recursos necessários ao pagamento. O social-democrata ainda reclamou da falta de transparência nas informações repassadas pelo Palácio Alencastro sobre o assunto.
Segundo o parlamentar, a prefeitura anunciou que dos R$ 516 milhões que a CAB Ambiental, vencedora do certame que concedeu a Sanecap à iniciativa privada, terá que pagar de outorga pelos 30 anos em que administrará os serviços, restariam R$ 150 milhões para investimento em infraestrutura em Cuiabá. “Com essas dívidas, como o prefeito fará investimento?”, questionou.
De acordo com Toninho, apenas para quitar o débito com a Agrimat será utilizado mais de 90% do montante da terceirização. “Esta história está mal contada. É preciso que o procurador venha a público contar a verdade", disparou.
O social-democrata ainda alfinetou dizendo que, até o momento, estas duas ações chegaram ao conhecimento do público, mas que poderiam existir muitas outras espalhadas pela Justiça. Toninho Também ironizou o processo de concessão, afirmando que o negócio é bom apenas para a CAB. “Algo está errado nisso. É um negócio obscuro, típico da gestão do atual prefeito da Capital".
Pelo contrato assinado em 20 de fevereiro, a CAB Ambiental, cujos representantes são Celso e Ítalo Joffily, terá de pagar no momento em que for dada a ordem de serviço, possivelmente 30 de março, a primeira parcela de investimento no valor de R$ 45 milhões. Após 90 dias de carência, devem ser depositados mais R$ 12,5 milhões nos cofres públicos, que serão pagos consecutivamente até completar R$ 115 milhões ao longo de 2 anos.