sexta-feira, 23 de março de 2012

Toninho aponta nova dívida da Sanecap e convoca procurador

Gabriela Galvão

Toninho de Souza (PSD), vereador por Cuiabá No dia mundial da água, a Câmara de Cuiabá virou palco de debates sobre o tema e críticas à concessão dos serviços de água e esgoto da Capital à iniciativa privada. Os principais pronunciamentos partiram da oposição ao prefeito Chico Galindo (PTB). A “chiadeira” não é novidade. Entretanto, na sessão desta quinta (22), foi exposta pelo vereador Toninho de Souza (PSD) mais uma dívida milionária da Sanecap, desta vez com a Agrimat e no valor de R$ 125 milhões.
Somado este montante aos débitos da companhia com a Rede Cemat, ambos motivos de ações judiciais, a Senacap tem uma dívida superior a R$ 200 milhões. Diante do valor, Toninho apresentou um requerimento solicitando a presença do procurador-geral da prefeitura Fernando Biral no Parlamento para esclarecer de onde serão retirados os recursos necessários ao pagamento. O social-democrata ainda reclamou da falta de transparência nas informações repassadas pelo Palácio Alencastro sobre o assunto.
Segundo o parlamentar, a prefeitura anunciou que dos R$ 516 milhões que a CAB Ambiental, vencedora do certame que concedeu a Sanecap à iniciativa privada, terá que pagar de outorga pelos 30 anos em que administrará os serviços, restariam R$ 150 milhões para investimento em infraestrutura em Cuiabá. “Com essas dívidas, como o prefeito fará investimento?”, questionou.
De acordo com Toninho, apenas para quitar o débito com a Agrimat será utilizado mais de 90% do montante da terceirização. “Esta história está mal contada. É preciso que o procurador venha a público contar a verdade", disparou.
O social-democrata ainda alfinetou dizendo que, até o momento, estas duas ações chegaram ao conhecimento do público, mas que poderiam existir muitas outras espalhadas pela Justiça. Toninho Também ironizou o processo de concessão, afirmando que o negócio é bom apenas para a CAB. “Algo está errado nisso. É um negócio obscuro, típico da gestão do atual prefeito da Capital".
Pelo contrato assinado em 20 de fevereiro, a CAB Ambiental, cujos representantes são Celso e Ítalo Joffily, terá de pagar no momento em que for dada a ordem de serviço, possivelmente 30 de março, a primeira parcela de investimento no valor de R$ 45 milhões. Após 90 dias de carência, devem ser depositados mais R$ 12,5 milhões nos cofres públicos, que serão pagos consecutivamente até completar R$ 115 milhões ao longo de 2 anos.

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