terça-feira, 28 de agosto de 2012

Buscas pelo corpo de Eliza em sítio são encerradas, dizem bombeiros

 

Segundo delegado, nada foi encontrado no local indicado.
Denúncia anônima à polícia dizia que corpo está enterrado no local.

Pedro CunhaDo G1 MG
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Escavação no sítio que pertenceu ao goleiro Bruno, em Esmeraldas. (Foto: Reprodução/TV Globo)Escavação no sítio que pertenceu ao goleiro Bruno, em Esmeraldas. (Foto: Reprodução/TV Globo)
O Corpo de Bombeiros encerrou, na tarde desta terça-feira (28), as buscas pelo corpo de Eliza Samudio em um sítio em Esmeraldas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A propriedade era do goleiro Bruno, e foi vendida há seis meses. Uma denúncia anônima à polícia feita pelo Disque Denúncia informava que havia uma ossada próximo à entrada do sítio, entre duas palmeiras. Nada foi encontrado no local escavado.
De acordo com o delegado regional em Ribeirão das Neves e Esmeraldas, Hamilton Figueiredo, as buscas não devem ser retomadas sobre esta denúncia. "Nossos trabalhos estão encerrado". Segundo o delegado, também não é possível afirmar que a denúncia se tratou de um trote.
Figueiredo disse que a perícia da Polícia Civil permanece no sítio para fazer o levantamento de dados recolhidos nesta terça-feira (28).
A escavação foi feita com picaretas, no ponto indicado pelo denunciante. O advogado do novo dono do sítio, Rodrigo Miranda, disse ao G1 que a autorização para escavação foi dada pelo seu cliente. O defensor ainda disse que as informações da denúncia eram vagas quanto à exatidão do local onde estaria o corpo.
Escavação no sítio que pertenceu ao goleiro Bruno, em Esmeraldas. (Foto: Reprodução/TV Globo)Bombeiros fazem trabalho de busca, após denúncia
sobre corpo de Eliza (Foto: Reprodução/TV Globo)
Agentes da Polícia Militar (PM), da Polícia Civil e do Corpo de Bombeiros estiveram no condomínio do sítio que pertencia ao goleiro Bruno Fernandes na noite desta segunda-feira (27) após a denúncia, mas não puderam entrar pela falta de mandado de busca de apreensão.
Eliza Samudio era amante do jogador e, segundo denúncia do Ministério Público de Minas Gerais, foi morta em junho de 2010. O corpo nunca foi localizado.
Caso Eliza SamudioO goleiro Bruno Fernandes e mais sete réus foram pronunciados a júri popular no processo sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio, ex-namorada do jogador. Para a polícia, Eliza foi morta em junho de 2010 na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e o corpo nunca foi encontrado.
Após um relacionamento com o goleiro Bruno, Eliza deu à luz um menino em fevereiro de 2010. Ela alegava que o atleta era o pai da criança. Atualmente, o menino mora com a mãe da jovem, em Mato Grosso do Sul.
O goleiro e o amigo Luiz Henrique Romão vão a júri popular por sequestro e cárcere privado, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. A Justiça havia atribuído as mesmas acusações a Sérgio Rosa Sales, mas ele respondia o processo em liberdade. Ele foi encontrado morto no dia 22 de agosto de 2012. Já o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos também está preso e vai responder no júri popular por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.
Eliza Samudio (Foto: Reprodução/TV Globo)Segundo MP, Eliza Samudio foi morta no sítio que
pertencia a Bruno (Foto: Reprodução/TV Globo)
Na fase de inquérito sobre o desaparecimento e morte de Eliza, Sales e outro primo do goleiro Bruno – Jorge Luiz Rosa, 19 anos – contribuíram com informações à polícia. Segundo a investigação, eles estiveram com Eliza no sítio do jogador, em Esmeraldas (MG). Atualmente, Rosa cumpre medida socioeducativa, pois foi apreendido quando ainda era adolescente.
Dayanne Rodrigues, ex-mulher do goleiro; Wemerson Marques, amigo do jogador, e Elenílson Vítor Silva, caseiro do sítio em Esmeraldas, respondem pelo sequestro e cárcere privado do filho de Bruno. Já Fernanda Gomes de Castro, outra ex-namorada do jogador, responde por sequestro e cárcere privado de Eliza e do filho dela. Eles foram soltos em dezembro de 2010 e respondem ao processo em liberdade. Flávio Caetano Araújo, que chegou a ser indiciado, foi inocentado.
Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), não há previsão de data para o julgamento do caso Eliza Samudio

Secretário geral da Fifa elogia Pantanal de MT pela 'bela diversidade'

 

Da Redação - Priscilla Vilela
Foto: Reprodução
Secretário geral da Fifa elogia Pantanal de MT pela 'bela diversidade'
O secretário-geral da Federação Internacional do Futebol (Fifa), Jérôme Valcke já está em território brasileiro para iniciar sua agenda, que inclui visitas a Cuiabá para observação dos andamentos das obras na Arena Pantanal. Logo ao chegar ao país, o dirigente elogiou a capital e afirmou que esta junto a Manaus, é um dos exemplos da bela diversidade nacional.

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Estreante na política quer levar para Câmara debate sobre recuperação através do investimento familiar

“Nossa viagem nos levará a dois lugares muito especiais no Brasil: à Amazônia e à porta de entrada para o Pantanal, dois exemplos perfeitos da bela diversidade do país”, declarou por meio de nota divulgada no Globo Esporte.

Valke afirmou ainda que a agenda tem por finalidade conferir in loco avanço nos estádios, além da infra-estrutura em geral, mas também proporcionar um quadro de observação para debate com os representantes das cidades-sede. A visita para Cuiabá era prevista para março, mas foi remarcada após desentendimento entre gestor e governo brasileiro.

O secretário chega a capital já nesta terça-feira (28) para cumprimento dos compromissos que se inicial logo cedo no Palácio Paiaguás, com entrega de um prêmio realizado entre as escolas públicas. Em seguida, dando seqüência, a visita a Arena Pantanal, com acompanhamento do ex-jogador Ronaldo.

Notícias / Política MT


 

28/08/2012 -

Luiz Antônio Pagot depõe na CPI do Cachoeira; Olhar Direto acompanha em tempo real do Senado Federal

De Brasília - Vinícius Tavares
Foto: Reprodução
Luiz Antônio Pagot depõe na CPI do Cachoeira; Olhar Direto acompanha em tempo real do Senado Federal
Luiz Antônio Pagot começa a depor na CPI Mista do Cachoeira do Congresso Nacional. Sem advogado, ele chegou cedo à CPI e foi conduzido por seguranças até uma sala reservada onde aguardou ser chamado para o início da sessão, que começou às 10h30 (horário de Brasília). O Olhar Direto acompanha em tempo real todos os detalhes desta sessão direto do Senado Federal.

Pagot é alvo de 4 requerimentos apresentados à CPMI do Cachoeira
Pagot revela ter sido vítima de "ação palaciana" para desligá-lo do DNIT

O ex-diretor do Dnit responde questões sobre os contratos assinados pelo Dnit durante a sua gestão com a empresa Delta, do empresário Fernando Cavendish.

Acompanhe a cobertura em tempo real:

17:44 - Pagot, porém, destaca que nenhuma denúncia em questão se refere a ato com interesse eleitoral, mas sim à fraqueza de alguns agentes públios e privados.

17:40 - Miro questiona Pagot sobre assédio de candidatos e tesoureiros de partidos a recursos de empresas com contratos com o Dnit. Pagot nega que tenha havido pedido de recursos por pate de deputados. Miro critica os atos de corrupção com interesses eleitoreiros.

17:36 - Pagot responde neste momento perguntas do deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) sobre obras da Delta no Estado do Rio de Janeiro. Pagot se disse surpreso com o fato de a empresa ter ganho a licitação e não começar a obra.

17:30 - O fato determinante para sua demissão, diz Pagot, foi a reportagem da revista Veja. Ele acredita que se não houvesse a veiculação da reportagem, seguramente ele não seria demitido. pagot se disse surpreso com o complô e não conhecia ligação entre Cláudio Abreu com Carlinhos Cachoeira.

17: 27 - Esquenta a CPI - O deputado Glauber Braga (PSB-RJ) perguntou se Pagot ficou magoado com o governo. A reposta foi positiva.

17:25 - Para o deputado Ronaldo Fonseca (PR-DF), é preciso dar oportunidade ao jornalista Policarpo Júnior da Revista Veja pois ele foi citado inúmeras vezes no suposto complô para tirar Pagot do cargo.

17:10 - Luiz Antônio Pagot responde primeiro questões sobre denúncias de superfaturamento de obras no rodoanel em São Paulo. Ele afirma que não tem conhecimento sobre doações de empreiteiras às campanhas.

17:00 - A segunda carga de perguntas se refere às denúncias de superfaturamento no governo paulista, à conversa que Pagot teve com um empreiteiro e às gravações em empresários da Delta e Cachoeira tratam com o jornalista Policarpo Júnior, da Veja, a respeito da queda de Pagot.

16:55 - Tem a palavra o deputado Emiliano José (PT-BA). Ele defende o financiamento público de campanha e pergunta a Pagot a respeito das razões que levaram Carlos Cachoeira, a Delta e a revista Veja a se decidar à queda do ex-diretor.

16:50 - Pagot afirma não responder processo por peculato mas admite processo por improbidade administrativa. Ele destaca o trabalho realizdo nos últimos anos pelo Dnit. "Não tem como comparar as gestões. Foi um tempo impar e as obras planejadas do governo Lula estavam aparecendo", destaca.

16:45 - O senador Cidinho Santos (PR-MT) elogia o trabalho de Pagot desde os tempos do governo Blairo Maggi. Ele pede um ato de desagravo do governo federal pela demissão do ex-diretor do Dnit. Questiona Pagot se ele responde processo por peculato e improbidade administrativa e pede uma ressalva sobre a declaração de Pagot sobre a participação do deputado Wellington Fagundes em relação às obras da Delta.

16:38 - Pagot se nega a divulgar nome de empresário amigo que revelou a existência de superfaturamento em obras do governo de São Paulo. Pitiman fez questão de indagar o juramento feito por Pagot de falar a verdade, mas o ex-diretor não revelou a identidade da fonte. "Se eu disser o nome ele, ele perde o emprego", disse Pagot.

16:36 - Com relação à sua participação na CPI, Pagot disse que precisava defender a sua gestão. E se compeometeu a contribuir com todos os esclarecimentos necessários sobre denúncias envolvendo a Delta. "Sempre defendi a CPI a Dnit". Segundo ele, muitos fatos são trazidos à tona de forma distorcida pela imprensa.

16:30 - Pitiman questiona Pagot a respeito de conversar gravadas em que o nome de Pagot é citado depois d ter sido demitido e por não poder "pagar" dívidas.

16:24 - O deputado federal Luiz Pitiman (PMDB-DF) dá sequência aos questionamentos a Luiz Antônio Pagot. Ele aborda a situação incomum de Pagot, diretor geral de uma auratquia, atuar como um verdadeiro ordenador de despesas. E pede informações sobre a identidade de um empresário que teria comentado a Pagot sobre o esquema de superfaturamento de obras em São Paulo.

16:20 - Ele defende a realização de debates nas comissões de infraestrutura da Câmara e do Senado para colocar em pauta mudanças no sistema de contratação de obras públicas.

16:14 - Pagot admite que errou e que sua ação foi anti-ética em relação a intermediar a destinação de recursos para campanhas eletorais. E defende mudanças na contratação de obras públicas no Brasil para evitar a ocorrência de medições fraudulentas.

16:08 - O deputado fez um verdadeiro discurso com os seus dez minutos de fama na CPI. Ele joga para a torcida, repete enunciados mas erra tal qual Pedro Taques, ao chamar funcionários de baixas patentes de "réles funcionário", ou "barnabé qualquer". Esquece que são eles os eleitores que garantem voto.

16:04 - O deputado Domingos Sávio (MG) faz reflexões sobre o papel técnico de Pagot no Dnit, que acabou passando por um processo de fritura depois do escândalo no Ministério dos Tranportes que culminou com a sua demissão. Para Sávio, Pagot caiu no lugar comum ao aceitar fazer indicações de empresas ao tesoureiro do PT.

15:58 - "Não sou corrupto nem sou incompetente. E até hoje estou me perguntando porque fui demitido do Dnit", respondeu a Taques sobre o fato de ter sido demitido sem ser culpado.

15:55 - O ex-diretor geral admite que foi procurado pelo tesoureiro do PT porque era o diretor do Dnit. E em reposta aos 98 contratos com a Delta, ele afirma que há uma certa complexidade em virtude do tamanho das obras que são executadas em todo o Brasil. Ele defende um novo parâmetro na execução de obras.

15:53 - Ainda na defensiva, Pagot sustenta que qualquer evasão no erário precisa ser apurado e investigado. "Mas em um montante de R$ 27 mihões, o valor superfaturado é bem pequeno", justifica.

15:50 - De acordo com Pagot, todos os problemas envolvendo o Dnit foram externados durante reunião da diretoria colegiada. A reuniã foi gravada e o vídeo foi passado nas superintendências e levado aos órgãos de controle como TCU e CGU. "Se eu não cumprir a minha função como gestor, eu quero ser apenado", dsse Pagot.

15:44 - Questinado por Pedro Taques sobre o fato de Valdemar ser "operador" dos interesses de uma empresa a uma autarquia, Pagot admite que o termo "operador" não foi adequado a ser dado na entrevista.

15:40 - Em resposta à Pedro Taques, Pagot nega a existência de empresas fantasmas ligadas à Delta. Segundo ele, o deputado Wellington Fagundes era zeloso a todas as obras do Dnit assim como em todas as obras da Delta. "Eu era repetidamente procurado em relação á Serra de São Vicente por conta da quebra de pavimento, fato que prejudicava a execução da obra".

15:38 - Ainda sobre as denúncias, Taques questiona Pagot por ter sido demitido e não ter denunciado nada mesmo alegando ser inocente.

15:30 - Segundo o senador Pedro Taques, a "montanha pariu um rato" ao dizer que o Pagot não trouxe nada de novo. Taques questiona Pagot sobre uma declaração feita ao jornal O Globo segundo a qual e ex-diretor afirmou que Valdemar da Costa Neto era o operador da Delta dentro do Dnit e que existiram 82 superfaturamentos na medição de obras.

15:24 - Chega a cinco horas o depoimento de Luiz Antônio Pagot na CPI do aso Cachoeira. Neste momento, em reposta à manifestação de Chico Alencar, Pagot chama pra si a responsabilidade pelo fato de o Dnit ter sido procurado por tesoureiros de campanha. "Quero refazer uma frase. O Dnit não tem nada a ver com isso. Eu que intermediei as doações. Muitas não doaram." Em torno de R$ 6 milhões foram doados efetivamente à campanha da presidente Dilma.

15:18 - Fecha o cerco - O deputado federal Wanderlei Macris (PSDB-SP) faz perguntas ao ex diretor sobre as doações feitas pelas empresas ao comitê de campanha petista. Ele cita a senhora Sumi, que integrava o comitê. "Por todos os elementos expostos, de quem teria sido o movimento inicial para sua demissão?"

15:13 - Por ter sido citado, o deputado Felipe Pereira pediu a palavra e afirma que o diretor d Dnit deveria ser tratado com mais respeito, incluvive pelo tratamento de Vossa Excelência, pois "uma vez sendo senador suplente, nunca deixa de ser".

15:10 - E acrescentou o deputado carioca dizendo que é preciso colocar uma linha divisória entre o papel do Dnit e a politica. Alencar, sem fazer perguntas, disse que o comport amento de Pagot é diferente para cada situação, alegando que ele negou ajudar Ideli Salvatti mas contribuiu como tesoureiro do PT.

15:07 - Para o deputado, o papel do Dnit fica claro no caso do ex-senador Demóstenes Torres, que pediu a intermediação de Pagot para ser padrinho de obra da Delta em Mato Grosso.

15:05 - O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) começa dizendo que o depoimento de Pagot é muito elucidativo pois deixa claro que o Dnit era um centro de arrecadação de recursos para campanhas eleitorais.

14:59 - Pagot afirma que nunca foi procurado por nenhum membros do governo para ficar calado.

14:55 - Pagot dá explicações sobre ter sido procurado por tesoureiro do PT para indicar empresas interessadas a fazer doações à campanha petista de 2010.

14:40 - O deputado Maurício Quintela Lessa (PR-AL) foi o próximo a pedir esclarecimentos. Depois dele, inscreveu-se o deputado Felipe Pereira (PSC-RJ).

14:37 - O presidente interino faz uma pausa de cinco miutos na sessão da CPI.

14:34 - Denúncia - Pagot diz que não foi somente Ideli Salvatti que pediu dinheiro. O ex-ministro das Comunicações Hélio Corsta também o procurou para ter acesso a doações de empresas para financiar sua campanha ao governo de Minas Gerais. Pagot revela ainda que, diante da sua negativa, Hélio Costa disse que se elegeria governador de Minas Gerais e que a primeira medida seria tirá-lo do Dnit. O vitorioso na eleição acabou sendo Antônio Anastasia (PSDB).

14:28 - Cansaço na CPI - É visível o cansaço dos participantes da sessão. A câmera não mostra, mas o presidente interino da sessão, deputado Paulo Teixeira (PT-SP) bocejou solenemente. Muitos parlamentares retornam de uma pequena pausa para um lanche ou almoço enquanto a sessão continua.

14:25 - E acrescenta que os aditivos eram assinados por Mirian Belchior pois a ministra comanda o Comitê Gestor do PAC. E as mudanças no projeto são naturais, argumento que não convence Álvaro Dias.

14:19 - O ex-diretor do Dnit esbanja conhecimento técnico a respeito da gestão pública dos contratos. Ele justifica a existência de inúmeras circunstancias que interferem na formação do preço de um empreendimento.

14:11 - Pagot nega ter conhecimento dos encontros e afirma que a preocupação dos órgão do governo e do TCU e da CGU era para aprimorar o processo licitatório e evitar o sobrepreço.

14:10 - O parlamentar tucano aprofunda os questionamentos e indaga se Pagot tinha conhecimento de reuniões entre a Associação Nacional de Empresas de Transporte Rodoviário, a Delta e o Dnit para definir valores para licitação em obras a serem executadas.

14:07 - Dias questiona Pagot sobre se a responsabilidade de assinatura de aditivos dentro do Dnit era da presidente Dilma Rousseff e da ministra do Planejamento Mirian Belchior.

14:04 - O senador Álvaro Dias (PSDB-PR), conterrâneo de Pagot, aborda os aditivos que a Delta obteve junto ao Dnit. E reconhece que os aditivos expressivos foram concedidos antes de posse no Dnit e que Pagot reduziu significativamente os aditivos.

14:00 - Divergência - O relator Odair Cinha pede explicações sobre a forma de Pagot ter aproximado o tesoureiro do PT das empresas. Pagot aproveita para esclarecer que apenas fez as indicações.

13:59 - O ex-diretor admite ter encontrado com tesoureiro do PT duas vezes, uma vez no primeiro turno, quando Pagot selecionou 30 ou 40 empresas que doaram recursos, e outra depois da eleição. Pagot confirma ter indicado empresas que fariam doações de dinheiro para campanhas eleitorais.

13:54 - Como fez em 2011 quando estava prestes a ser demitido, Luiz Antônio Pagot apresenta tranquilidade e não aumenta o tom de voz ao responder os questionamentos. Ele disse não reconhecer ser sua a autoria de declarações sobre medo do governo federal com seu depoimento.

13:48 - O parlamentar paranaense questiona Pagot sobre informação a respeito de doações feitas à campanha de DIlma Rousseff por diversas empresas indicadas por Pagot, entre elas a Concremat e a Triunfo, ambas de Mato Grosso.

13:40 - O deputado Rubens Bueno (PPS-PR) é o próximo parlamentar inscrito. Ele comenta declarações de Cachoeira de que a ocnvocação de Pagot seria um tipo no pé do governo. E cita declaração de Pagot de que a "Casa Grande", palavra usada para representar o Palácio do Planalto, iria se arrepender de ouvir o depoimento do ex-diretor do Dnit.

13:34 - Pagot nega ter contato com Cachoeria, a quem conheceu apenas após a revelação do complô de que ele e Cavendish comemoraram a sua queda o Dnit.

13:30 - Pagot admite ter recebido pressão de diversas empresas com contratos com o Dnit para assinatura de aditivos. Neste momento, Pagot esclarece a Randolphe a denúncia de recebimento de propina de 5% supostamente pagos pela Dersa, para obras do rodoanel em São Paulo.

13:27 - O senador Randolphe Rodrigues (PSOL-AP) questiona Pagot sobre a existência do DeltaDuto em Goiás. Pagot afirma que recebeu documento apócrifo em seu escritório em Cuiabá e suspeita que as informações sejam oriundas de um funcionário do Dnit em Goiás.

13:22 - Sobre Ideli Salvatti, ele confirmou ter sido procurado pela então candidata para conseguir recursos oriundos de empresas.

13:20 - Pagot denuncia disparate entre estrutura de recursos humanos do Dnit com o "aparato" para realização de escutas e arapongagem.

13:16 - "Fui defenestrado do Dnit. Fui transformado como um verdadeiro fantasma. Isso fez muito mal a mim."
13:15 - Sampaio questiona porque José de Flipe, tesourreiro da campanha de Dilma, e suspeito de ter pedido dinheiro de empreiteira a Pagot não foi convocado pela CPI, enquanto o Paulo Souza, do PSDB, teve a convocação aprovada depois de uma "conversa de bêbado", segundo as palavras de Pagot.

13:10 - Sampaio questiona Pagot denúncia de que a ministra das relações institucionais Ideli Salvatti, quando candidata ao governo de Santa Catarina, queria que o então diretor buscasse dinheiro de empreiteira para a campanha eleitoral da petista.

13:02 - Pagot pede permissão para se retirar para ir ao banheiro e a sessão é suspensa por três minutos. O segundo a falar é o deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP).

Em 2011, antes de ser demitido, Pagot falou durante 8 horas em depoimento na Câmara dos Deputados. Veja como foi.

12:59 - E justifica que a BR-101 no trecho catarinense passa por inúmeros balneários que cresceram ao longo dos anos e que foi necessário mudar projetos para uma adaptação às comunidades.

12:54 - Pagot destaca a importância do trabalho do engenheiro Hideraldo Caron, que respondia por 90% das obras do Dnit. Mas Pagot diz que não existe um indício que mostra que o engenheiro fizesse qualquer gestão para interferir na execução das obras. Sobre a duplicação da BR 101 no RS e a elevação em mais de 80% no preço, o ex-diretor diz que muitas mudanças ao projeto, superando R$ 1 bi, tiveram que ser executadas.

12:48 - "Quando fui gestor, paguei R$ 26,7 bi em obras. Licitei mais de R$ 30 bi. Todas as empresas cresceram. Mas as dez grandes empresas não se adapraram à nova sistemática de licitação. Uma quantidade razoável de empresas que não trabalhava com o Dnit passaram a atuar. Outras se desinteressaram, com preço apertado, fiscalização constante. A Delta e outras aproveitaram o vácuo, reduziram o preço e conseguiram uma carteira maior de obras".

"Sou defensor número um da CPI do Dnit", diz Pagot sobre investigações

12:44 - Tranquilo, Pagot não entra em polêmica e revela que não existe como o Dnit fazer aditivos superiores superiores a 25% da obra. "Não consigo interpretar os papéis que o senhor tem. Mas posso assegurar que os aditivos não passam de 25%".

12:39 - Lorenzoni cita ainda declaração do próprio Pagot de que Ideraldo Caron, do PT, interferia diretamente nas questões ligadas ao Dnit. Ele também questiona manutenção de Paulo Sérgio Passos no Ministério dos Transportes sendo que Passos era quem assinava os aditivos.

12:35 - Esquenta a CPI. De forma tranquila, o ex-diretor nega que haja aditivo superior a 25% da obra. Mas Lorenzoni intervém e pede objetividade de Pagot para responder a questão. Ele passa a formular nova pergunta, sobre a BR 101 no Rio Grande do Sul, cujo custo da obra teve aumento de 88%.

12:33 - O autor do requerimento disse que foram assinados 368 contratos pelo Dnit. Sendo que 18% dos aditivos foram feitos para recuperação de rodovias e 8% para contrução de estradas. Onix sustenta que mais de 90% das obras da Delta receberam atividos. Para o deputado gaúcho do DEM, fica claro que a Delta foi beneficiada durante a gestão de Pagot no Dnit. "O senhor foi um Papai Noel para a Delta", provoca o parlamentar.

12:25 - Pagot revelou ainda ter sido procurado pelo tesoureiro de DIlma Rousseff para pedir ajuda à campanha petista no transcurso do primeiro turno. O então diretor então mostrou o roll de empresas que poderiam ser procuradas pelo tesoureiro do PT e acrescentou que não encontrou nenhuma irregularidade quanto ao atendimento da demanda.

12:26 - Questionado sobre o uso dos aditivos para formação de caixa dois para campanhas eleitorais, Pagot revelou ter sido comunicado por um amigo empresário que os aditivos seriam iusados para campanhas de Gilberto Kassab (PT) à prefeitura de São Paulo e Geraldo Alckmin (PSDB) ao governo.

12:23 - Pagot alega ter sido contrário à assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para repasse de outros valores à Dersa. "Nenhum aditivo foi assinado".

12:15 - Neste momento, ele esclarece problemas envolvendo aditivos para obras executadas pela empresa Dersa em São Paulo. Pagot afirma que a discussão sobre este empreendimento chegou ao TCU e revelou o interesse da Dersa em tocar estas obras, orçadas em R$ 3,6 bilhões.

12:10 - Revelou ter havido breve encontro com o deputado federal Waldemar da Costa Neto (PR-SP) mas que não houve pedido de propina, como denunciado em reportagem da revista Veja.

12:05 - Pagot nega que tenha sido pedido propina de 5% de empresas que executavam obras do Dnit. Sobre denúncia pedido, ele lembra de reunião da diretoria colegiada, que são reuniões públicas. Informou que os projetos em apresentados com muitos problemas. Projetos prioritários dentro do PAC. As empresas eram mal habilitadas e ficavam sem condições de executar os projetos que o Dnit licitava.

11:58 - Luiz Antônio Pagot revela ter sido chamado em uma sala reservada por Demóstenes Torres, que estava em dívida com a Delta e por isso pediu ajuda de Pagot para conseguir ser o "padrinho" de obras da Delta, inclusive duas em Mato Grosso.

11:56 - O ex- diretor acredita que o jantar foi para fazer as pazes. O outro jantar, em fevereiro de 2011, contou com a presença de Demóstenes, Fernando Cavendish, Cláudio Abreu e outros diretores. Conversaram, segundo Pagot, sobre vinhos e desenvolvimento do Brasil.

11:54 - Pagot lembra de episódio em que era o primeiro suplente do senador Jaime Campos e que fora convidado a substituir Campos. Ele disse que preferiu permanecer no Dnit e que Demóstenes "esculhembou ele no Senado".

11:50 - Admitiu ter jantado com Demóstenes Torres em duas ocasiões, Uma no final de 2010 em que ele foi convidado para jantar com o senador e sua esposa. Conversaram sobre pescaria em Mato Grosso. Demóstenes teria revelado que queria passar para o PMDB e comentou sua predileção sobre vinhos.

11:45 - O ex-diretor é questionado sobre a assinatura de termos aditivos pelo Dnit para obras executadas pela Delta. Ele cita que os aditivos para obras de manutenção rodoviária é de 18% em média. Já para construção e implantação de rodovias, a média é de 8%. Já a média dos atividos da Delta deu 11%.

11:40 - A obra da BR 364, na Serra de São Vicente, em MT, também foi citada. Segundo ele, placas de concreto estavam com especificação com concreto aquém do exigido. Pagot diz que foi exigida recomposição de acordo com o laudo do TCU. Segundo ele, o Dnit causou dissabor a Claudio Abreu na realização destes trabalhos. "Isso motivou a realização da matéria plantada com o contraventor para me tirar do Dnit."

11:38 - O ex-diretor revela que começou a ter problemas com a Delta a partir de 2010, como nos casos da BR 116, no Ceará, em que a Delta subcontratou uma empreiteira sem consentimento do Dnit. Na BR 104, em Pernambuco, a Delta pediu aditivo de preços não aceito pelo Dnit. A BR 101, no Rio de Janeiro, também teve problemas por não executar atividades previstas.

11:37 - Ele credita sua demissão à sua atuação séria, em que não dava "moleza" para nenhuma empresa.

11:36 - Disse que a demissão do Dnit foi um episódio amargo na sua vida. E revela que se sentia um morto vivo e ficou estarrecido com o fato de ter sido derrubado a mando de Carlinhos Cachoeira e Fernando Cavendish.

11:34 - Pagot revela ter conhecido Acácio Rosendo em 2004, quando Rosendo era um cabo eleitoral da campanha de Blairo Maggi. Mas nega que Acácio tenha lhe procurado para evitar questionamentos sobre as denúncias contra o senador Demóstenes Torres.

11:30 - Questionado por Odair Cunha, Pagot nega conhecer Carlinhos Cachoeira. Mas admite conhecer Fernando Cavendish, Cláudio Abreu, presidente da Delta e coordenador da empresa no Centro-Oeste, respectivamente.

11:28 - Economista formado pela Universidade Federal do Paraná, Pagot repete seu currículo e destaca o trabalha atual na infraestrutura fluvial nas regiões centro-oeste e norte.

11:27 - O relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG), o primeiro a fazer questões, pede a Pagot que narre sua trajetória profissional, sua formação, seus principais cargos nos governos estadual e federal.

11:25 - Ao final de sua participação, Pagot afirma o desejo que teve de instituir a CPI do Dnit e disse que se coloca à inteira disposição para prestar os esclarecimentos.

11:23 - Ele destaca a apresentação em 2008 de programa de reestruturação do Dnit que ainda está sob a análise do Ministério do Planejamento. Mostrando que é um bom gestor, ele afirma que é possível demonstrar um grande número de obras executadas pelo Dnit. "No período que fui gestor, nós contribuímos com a nação brasileira com uma série de obras importantes".

11:20 - "O diretor geral só pode firmar contratos e executar qualquer ato administrativo após aprovação da diretoria colegiada". Ele destaca ainda que qualquer decisão tem parecer jurídico da diretoria colegiada. A auditoria interna é exercida pela equipe de auditores da CGU que atuam dentro do Dnit. O controle externo também é feito pela CGU.

11:17 - Ele lembra ainda que o Dnit possuia uma diretoria colegiada, com que Pagot dividia as decisões a serem tomadas pelo órgãos.

11: 14 - O ex-diretor traz a importância da atação doa órgãos de controle, como CGU e TCU. Em 2010, nenhuma obra do Dnit foi incluída no anexo 6 das obras que não podem receber recursos. Destacando a gestão, disse que o órgão pagou mais de R$ 1 bi por mês para obras em estradas, que receberam avaliações positivas: 64% de bom, 25% de satisfatório e 25% de ruim.

11:12 - Ele agradece o convite recebido por Lula para assumir o Dnit e o apoio que teve do governo. Pagot revela ter tido dificuldade com a gestão pública, a burocracia e a falta de estrutura. Lembrou artigo 47 da constituição que rata da eficiência da gestão. Comentou também a falta de funcionários no Dnit e reclamou das inúmeras amarras sócio-ambientais.

11:08 - Citou o trabalho do senador Jonas Pinheiro, com quem atuou. Citou participação no núcleo duro do governo Blairo Maggi como secretário da Casa Civil, secretário de infraesrrutura e dos Transportes. Valdir Teis e Cloves Vetoratto ( Falecido). Segundo Maggi, foram mais de 600 obras executadas. Ele destacou a PPP caipira e as obras de pavimentação em MT.

11:06 - Pagot começa dizendo que ele é um "é um fazedor, cumpridor de suas responsabilidades". Ele destaca sua trajetória na área de infraestrutura, sua atuação no Paraná e no Estado de Amazonas.

11:01 - Pagot é chamado a compor a mesa da CPI. Ele é alvo de "bombardeio" de flashes das câmeras. Ele se senta ao lado do deputado Paulo Teixeira (PT-SP), vice-presidente da CPI.

10:49 - BASTIDORES - Questionado sobre o conteúdo da conversa com Pagot antes da sessão, o senador Cidinho Santos afirmou que o ex-diretor do Dnit vai falar tudo o que sabe doa a quem doer. Para Cidinho, Pagot não adotará postura defensiva diante dos parlamentares. Mesmo não sendo membro da CPI, Cidinho Santos representa Blairo Maggi, maior aliado de Pagot.

10:43 - Pedro Taques acrescenta pedido de urgência na quebra de sigilos bancários, fiscais e telefônicos de pessoas jurídicas ligadas à Adir Assad, considerado dono de empresas laranjas ligados à Delta. Segundo denúncia recebida pela CPI, muitas destas empresas foram criadas no mesmo dia, na mesma cidade e por pessoas sem capital de gito comprovado para assumir as responsabilidades financeiras.

10:40 - O deputado Onix Lorenzoni (DEM-RS), autor do requerimento para ouvir Pagot, pede aprovação de requerimento que determina a quebra do sigilo fiscal e telefônico da Delta Construções.

10:35 - Vital do Rego informou que os depoimentos e dados enviados à CPI é composto de 280 midias magnéticas em formatos de DVDs, CDs e Blu Ray, contendo documentação digitalizada, relatório de análise, laudos periciais e cópias das mídias sobre cumprimernto de mandados de busca de apreensão feitos pela Polícia Federal. O conteúdo ocupa 1,4 terabites (mais de mil gigabites de dados).

10: 29 - O presidente da CPI , senador Vital do Rego Filho, inicia a sessão.

10:23 - BASTIDORES Sala cheia na CPI. Parlamentares, jornalistas e assessores conversam enquanto aguardam o início dos trabalhos. A reportagem do OD está localizada ao lado da porta de onde Pagot sairá para depor. Mas ele só deverá conversar com a imprensa ao final do seu depoimento.

10:15 - Segundo apurou o OD, Pagot deverá enfrentar questões que envolvem a indicação de um ex-funcionário da Delta para trabalhar no Dnit.

Deputado diz que Pagot era íntimo da Delta e até indicava diretores

10:07 - Jaime Campos chega à CPI. Para o senador, Pagot tem condições de revelar o que ele sabe sobre os fatos apurados pela CPMI. Segundo o parlamentar, este é um "momento impar" e uma espécie de tira-teima, considerando que há várias acusações envolvendo o Dnit.

10:02 - Pedro Taques chega à sessão da CPI preparado com uma lista de questões preparadas para Pagot. Segundo informou à reportagem, ele quer saber sobre os contratos firmados com a Delta durante sua gestão no Dnit.

09: 55 - Já o senador Pedro Taques se prepara em seu gabinete para uma das mais importantes sessões da CPI do Cachoeira. Neste momento ele elabora uma série de perguntas que fará ao ex-diretor do Dnit.

09:45 - O senador Jaime Campos chega em instantes na sala da CPI. Segundo informou a sua assessoria, ele deve comparecer antes à Comissão de Assuntos Econômicos e depois à CPI do Cachoeira.

09:40 - O senador Cidinho Santos é o primeiro parlamentar de Mato Grosso a chegar à CPI. Em entrevista exclusiva ao OD, ele confidenciou ter conversado com Pagot antes da sessão e revelou que o ex- diretor está tranquilo e trará a verdade dos fatos.

09:30 - BASTIDORES - Pagot chegou tranquilo ao Senado. Demonstrava estar sereno, apesar da abordagem da imprensa. O ex-diretor evitou dar declarações mas prometeu conversar com a imprensa ao final do depoimento.

09:22 - Pagot chega sozinho, sem advogado, ao plenário dois da CPI. Ele se dirige a uma sala reservada onde deve aguardar o início da sessão, prevista para começar às 10h (horário de Brasília).

09:10 - É grande o número de profissionais envolvidos nesta cobertura. Jornalistas de todo o Brasil acertam os últimos preparativos. Assessores parlamentares começam a tomar seus lugares. A segurança está reforçada.

Índios prometem não liberar BR; fila de carretas soma quase 40 km e caminhoneiros temem prejuízo milionário; veja fotos

 

Da Redação - Lucas Bólico
Foto: Lucas Bólico - OD
Kezoma Pareci é um dois índios da coordenação do bloqueio da BR - 364.
Kezoma Pareci é um dois índios da coordenação do bloqueio da BR - 364.
“Não vamos liberar a pista enquanto o governo não negociar com a gente”. A frase é de Kezoma Pareci, um dois índios da coordenação do bloqueio da BR - 364 em Mato Grosso, no km 360, entre Cuiabá e Rondonópolis. Por outro lado, os caminhoneiros temem prejuízos incalculáveis. O fila de carretas já soma quase 40 Km, somando-se os dois sentidos.

Índios liberam por 1 hora a rodovia que liga Rondonópolis a Cuiabá
Índios bloqueiam BR-364 e 174; só veículos de emergência são liberados

Os índios querem atenção do governo federal e solicitam a revogação da portaria de número 303 da Advocacia Geral da União, que dispõe sobre demarcações de terras indígenas. Kazoma argumenta que a portaria é inconstitucional e fere os direitos indígenas.



“Nós tentamos resolver isso de todas as formas, não queríamos bloquear a rodovia, essa era a última opção, mas o governo não nos ouviu”, afirma. Grupos indígenas procuraram ajuda do Ministério Público e diálogo com a AGU, mas não obtiveram resposta.

Dentro os pontos que os índios mais questionam na portaria estão a autorização para a redução de áreas indígenas já demarcadas e o aval para a exploração dos recursos naturais nessas áreas sem autorização dos índios. “Isso fere a Constituição. E a AGU não pode legislar, ela está legislando nessa causa. O que a AGU tem que fazer é cumprir as leis já existentes”, completa.

Prejuízo
O caminhoneiro Tarsis da Silva Cruz conta que está com uma carga de carne para a exportação que tem que chegar o quanto antes no porto de Santos. “Se isso aqui estragar, o prejuízo é de mais de R$ 225 mil”, revela. São quase 40 km só de carretas paradas.



Um dos caminhoneiros que preferiu não se identificar revelou desespero pelo medo de perder toda a carga. Ele carrega 200 porcos vivos de Diamantino para Rondonópolis e não transporta ração e o volume de água é limitado. Para preservar os animais, o motorista encontrou uma árvore e parou o caminhão ao lado. “Graças a Deus que eu encontrei essa sombra”, afirma.

Ninguém mais passa
Kezoma Pareci afirmou que os índios permitiram uma hora de tráfego na manhã de hoje para liberar os motoristas que foram pegos desprevenidos. “Tinha muita gente que estava na fila porque não sabia do bloqueio e estava sem água e comida. Alguns tinham crianças e nós até demos água e comida, algumas bolachas. Mas os que chegaram depois já sabiam do bloqueio e mesmo assim vieram”, afirmou.



Participam do bloqueio índios Pareci, Umutinam, Miki, Manoki, Bakairi, Bororo e Xikitan. Os manifestantes contam que têm alimentos e organização para ficar quantos dias forem necessários.