sábado, 3 de março de 2012

Politica

Ao menos 5 prefeitos que atuavam como vices querem reeleição em MT

Patrícia Sanches

Por circunstâncias diferentes os então vice-prefeitos de Cuiabá e de Várzea Grande, Chico Galindo (PTB) e Tião da Zaeli (PSD), respectivamente, assumiram o comando dos municípios e vivem a possibilidade de disputar à reeleição no pleito deste ano. Ambos têm desgaste de imagem, principalmente devido ao fato deles estarem atrelados aos antecessores Wilson Santos (PSDB), que comandou a Capital até 2010, quando renunciou para disputar, sem sucesso, o Palácio Paiaguás; e Murilo Domingos (PR), cassado por ato de improbidade administrativa.
Os problemas acabam respingando sobre as administrações deles, principalmente pelo fato de não conseguirem “carimbar”, em sua totalidade, a cara de sua gestão. Assim, têm a pecha de representar a continuidade, mesmo buscando uma administração mais técnica e diferenciada. Galindo está no comando do Palácio Alencastro há 2 anos, mas mantém secretários ligados a Wilson e indicados pelo PSDB.
Teve que carregar a herança negativa do tucano nos setores de saúde e saneamento, sem poder creditar ao antecessor a culpa pelos problemas. Agora, tenta divulgar atos administrativos como o programa Poeira Zero (pavimentação de ruas), reorganização da máquina e concessão do saneamento, com previsões de investimentos no setor. Assim, quer para melhorar sua imagem e no fundo sonha em buscar à reeleição.
Enquanto isso, Tião patina e esbarra em problemas estruturais que vêm se agravando a cada dia. Como não tinha boa relação com Murilo, ele até critica o “abacaxi” deixado pelo antecessor. Por outro lado, era secretário de Infraestrutura e não consegue se desvincular do republicano. Também enfrenta problemas na Saúde, onde médicos mantém greve, provocando caos no setor.
A exemplo de Tião e de Galindo, outros prefeitos que eram vices ensaiam candidaturas à reeleição e não podem reclamar dos antecessores. Acontece que os gestores de Campinápolis Vandeir Ribeiro (PMDB); de Sapezal, Jean Carlo Galli (PMDB); e de Pedra Preta Marionilo Corte Souza; assumiram os postos após renúncia dos titulares, que buscam dar visibilidade para eles. Como não poderiam buscar à reeleição, eles abriram mão do final do mandato para que os vices pudessem se aproximar dos eleitores, tendo mais chances de vencer o pleito em outubro.

Brasil não é 'tribunal do mundo', diz assessor de Dilma sobre pastor do Irã

Youssef Nadarkhani foi condenado à morte por se converter ao cristianismo.
'Não queremos exportar nossos valores', disse Marco Aurélio Garcia.

Priscilla MendesDo G1, em Brasília
12 comentários

Ao comentar nesta sexta-feira (2) a interferência brasileira no caso de um pastor evangélico condenado à morte no Irã, o assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, disse que o Brasil tem que ser "cuidadoso" porque não é "tribunal do mundo".
O pastor iraniano Youssef Nadarkhani foi condenado à pena de morte por enforcamento depois de ter se convertido do islamismo para o cristianismo aos 19 anos.
Garcia espera que o diálogo que o Brasil vem mantendo com o Irã sobre o assunto resulte em mudança de posição por parte daquele país. "O Brasil tem utilizado a negociação como um caminho muito proveitoso queremos continuar fazendo isso de uma forma respeitosa", disse.
O assessor ponderou, contudo, que "temos que ser muito cuidadosos". O Brasil não pretende criar um "modelo" a ser seguido pelo mundo, disse. "Nós não somos tribunal do mundo e não queremos exportar nossos valores. Se as pessoas acharem que os valores da democracia brasileira são importantes, ótimo, mas não vamos criar um paradigma, criar um livrinho e dizer: siga o modelo do Brasil", declarou.
No Senado, a Comissão de Direitos Humanos pretende realizar uma audiência pública para debater os motivos que levaram o Irã a prender Youssef Nadarkhani. A audiência deve ser realizada no dia 20 de março e foi pedida pelo senador Magno Malta (PR-ES), que integra a bancada evangélica no Congresso. A ideia dos senadores é convidar para a audiência o embaixador do Irã no Brasil.
Nesta quarta-feira (29), a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, afirmou que o governo brasileiro entrou em contato com o Irã para saber quais motivos levaram o governo a condenar o pastor à pena de morte. A ministra da Casa Civil afirmou que o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, deve elaborar um relatório detalhado sobre o caso.

Após criticar 'tsunami' de dólares, Dilma vai à Alemanha discutir crise

03/03/2012 06h00- Atualizado em 03/03/2012 06h00

Dilma deve manter crítica à política monetária de países ricos, diz assessor.
Tecnologia, bolsas de estudo e Irã também devem ser temas das conversas.

Priscilla MendesDo G1, em Brasília
5 comentários

Dilma Rousseff e Angela Merkel em almoço durante a Cúpula de Líderes do G20, na França, em novembro do ano passado (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)Dilma Rousseff e Angela Merkel em almoço durante
Cúpula de Líderes do G20, na França, em novembro
do ano passado (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)
Dois dias depois de criticar o "tsunami monetário" provocado pelos países ricos, a presidente viajará neste sábado (3) a Hannover, onde encontra-se com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel. A crise econômica internacional será o principal assunto do encontro.
De acordo com o assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, a presidente deverá conduzir a conversa com a chanceler alemã "no mesmo tom" em que vem se manifestando em relação à crise.
Nesta quinta-feira (1º), Dilma criticou a política monetária dos países ricos, que segundo ela, provoca um "tsunami" de dólares nos países emergentes, o que desvaloriza a moeda local e prejudica setores da indústria que exporta.
De acordo com Garcia, o Brasil quer saber o que será feito do grande empréstimo concedido esta semana a bancos europeus, ser servirá para investimento interno ou especulação externa. "Nós queremos saber qual é o destino desse dinheiro. Ele vai ser utilizado para o desenvolvimento da União Europeia ou vão ser entregues aos bancos?", questionou.
Nesta sexta-feira (2), Merkel chegou a dizer que entende as críticas feitas por Dilma. "De certa maneira, eu entendo as dúvidas dela. É por isso que vou tentar dizer a ela que planejamos perseguir reformas desta vez, que nós certamente não vamos adotar medidas semelhantes de novo", declarou.
Apesar de a crise internacional ser a principal pauta da viagem, o mote do convite é a Cebit - Feira Internacional de Tecnologia da Informação, Telecomunicações, Software e Serviços, a qual a Dilma visitará nesta terça-feira (6).
A Alemanha é parceira do Brasil no programa Ciência sem Fronteiras, que concede bolsas para brasileiros cursarem graduação ou pós-graduação no exterior. Durante a visita a Merkel, Dilma deverá reiterar a intenção do governo brasileiro em enviar estudantes, mas vai também insistir para que cientistas e técnicos alemães atuem no Brasil, informou Marco Aurélio Garcia.
A reforma do FMI (Fundo Monetário Internacional) e outras questões de política externa também deverão ser debatidas, como a crise na Síria, a Palestina e o Irã. "A presidenta vai reafirmar aquilo que é próprio da política externa brasileira que é a busca de soluções negociadas, diplomáticas, mesmo quando essas soluções parecem muito difíceis", disse Garcia.
Programação
A presidente deixará Brasília neste sábado às 23h30 e deverá chegar a Hannover às 16h (horário local) deste domingo (4). Ela passará um dia inteiro sem agenda oficial na cidade alemã, já que seu primeiro compromisso oficial será apenas na segunda-feira (5) à tarde, quando tira a foto oficial no Centro de Convenções de Hannover.
Acompanham Dilma os ministros Antonio Patriota (Relações Exteriores), Fernando Pimentl (Desenvolvimento), Marco Antonio Raupp (Ciência e Tecnologia), Paulo Bernardo (Comunicações), Helena Chagas (Comunicação Social), além dos governadores da Bahia e do Rio Grande do Sul, Jaques Wagner e Tarso Genro respectivamente.
Às 17h50 de segunda-feira, a presidente participa da cerimônia de abertura da Cebit, momento em que estão previstos discursos de Dilma e da chanceler alemã, Angela Merkel, além de outros chefes de governo.
Às 20h, Merkel oferece um jantar a Dilma e sua comitiva na Casa de Visitas do Governo, seguido de um encontro privado entre as duas.
Na terça-feira (6), logo cedo, às 9h, Dilma planeja visitar a feira por cerca de duas horas, começando pelo pavilhão do Brasil. Após pronunciamento à imprensa, previsto para as 11h30, a presidente participa de um almoço de trabalho com a Confederação da Indústria da Alemanha e empresários brasileiros e alemães.
Dilma deverá deixar Hannover às 13h30 de terça-feira e desembarcar na capital brasileira por volta de 00h.

Tornados matam ao menos 28 em três estados americanos, diz CNN

03/03/2012 01h51- Atualizado em 03/03/2012 08h49

 

Indiana, Kentucky e Ohio são as principais regiões atingidas.
No início da semana, série de tornados havia provocado 13 mortes.

Do G1, com agências internacionais*
Comente agora

Uma série de tornados atingiu o centro dos Estados Unidos nesta sexta-feira (2), deixando um rastro de destruição e matando ao menos 28 pessoas nos estados de Indiana, Kentucky e Ohio, de acordo com a rede de televisão CNN.
As tempestades ocorrem no momento em que a população se recupera de outra série de tornados, que matou 13 pessoas no início da semana.
O Serviço Meteorológico Nacional recebeu 74 informes de tornados, em sete estados dos EUA, até o início da noite desta sexta.
O prefeito de Marysville, na fronteira entre Indiana e Tennessee, revelou que a cidade "foi riscada do mapa".
"Esta é uma situação particularmente perigosa", advertiu o serviço meteorológico nacional.
"É possível que haja tornados destrutivos, granizo de até 6,4 centímentros, rajadas de ventos de até 112 km por hora e relâmpagos perigosos".
Moradora protege criança após passagem de tornado na cidade de Metro Piner, no Kentucky.  (Foto: AP)Moradora protege criança após passagem de tornado na cidade de Metro Piner, no Kentucky. (Foto: AP)