sábado, 7 de janeiro de 2012

Justiça manda prender de novo assaltantes de banco

  • Justiça manda prender de novo assaltantes de banco


  • Até o momento, 17 bandidos estão presos e 26 continuam foragidos



  • MidiaNews

    Promotor Arnaldo Justino anuncia mandado de prisão; coronel Farias diz que PM já caça bandidos

    LISLAINE DOS ANJOS
    DA REDAÇÃO
    O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual (MPE), conseguiu reverter a decisão dada pelo Tribunal de Justiça, no último dia 30 de dezembro, que libertou os integrantes da quadrilha especializada em assaltos da modalidade “saidinha de banco” que agia na Capital e em Várzea Grande.

    A juíza de plantão na 15ª Vara Criminal Especializada de Combate ao Crime Organizado, Suzana Guimarães Ribeiro Araújo, expediu 43 novos mandados de prisão preventiva, ainda na manhã de quinta-feira (5).

    Mas, o promotor Arnaldo Justino da Silva afirmou que a divulgação dos trabalhos só pôde ser feita na tarde desta sexta (6), para não comprometer a recaptura dos beneficiados, momentamente, com habeas corpus.

    Até o momento, 17 bandidos já estão na cadeia – sendo que 15 deles não chegaram a deixar a cela, uma vez que possuíam outros mandados de prisão preventiva, por crimes paralelos, como latrocínio e explosão de caixas eletrônicos –, enquanto outros 26 estão foragidos.

    Apenas o primeiro beneficiado com a liberdade, Oeder Pontes Nunes, não poderá, ao menos por enquanto, retornar à cadeia, por ter seu habeas corpus baseado em uma decisão única do desembargador João Ferreira Filho, que analisou questões subjetivas, que vão além do apontado “erro processual”.

    Segundo o promotor de Justiça, Arnaldo Justino da Silva, a não decretação da prisão preventiva de Oeder não deve preocupar a sociedade, uma vez que ele não se trata do elemento mais perigoso da quadrilha.

    “Ele (Oeder) não é o mais perigoso e ele ainda não pode ter a prisão preventiva decretada porque há pontos atenuantes no seu pedido, que foram analisados e levados em consideração pelo desembargador (Ferreira Filho”, explicou Justino.

    A fuga dos bandidos não foi recebida com surpresa pelos membros do Gaeco e da Polícia Militar. Segundo o comandante-geral da PM, coronel Osmar Lino Farias, os policiais estão empenhados na recaptura dos bandidos e, com os mandados de prisão em mãos, a Polícia não mais depende de um flagrante para deter os acusados.

    “Esses marginais não terão mais o livre arbítrio para aterrorizar a sociedade. E precisamos da ajuda da sociedade para recapturá-los. Mas, já estamos à caça de todos eles e já posicionamos policiais nos bancos mais visados. Não estamos de braços cruzados”, afirmou o coronel.

    Lino Farias ainda prometeu à sociedade que, mesmo que a PM não consiga prender todos os acusados, ao menos, a maioria deles será colocada “fora de circulação”.
    “E aqueles que não forem capturados, poderão ser presos a qualquer momento. Não há mais a necessidade do flagrante”, ressaltou.

    Na rua
    A informação sobre a libertação dos presos foi dada com exclusividade pelo MidiaNews, na segunda-feira (2).

    Clique aqui para saber mais.
    Auxílio
    Ao final da Operação "Sétimo Mandamento", o Ministério Público divulgou as fotos dos criminosos, bem como suas fichas criminais e as funções que cada um exercia na quadrilha.

    Clique aqui para conferir o arquivo de fotos dos integrantes da quadrilha.
    A PM e o Gaeco pedem para que, caso alguém identifique ou saiba o paradeiro de algum dos bandidos, ligue para um dos telefones abaixo e denuncie.
    Os telefones para denúncia disponibilizados pela Polícia Militar são o 190 e 0800 65 3939.
    O Gaeco também tem telefones para receber denúncias quanto ao paradeiro dos bandidos foragidos: 3613-1622/1628/1623 e o celular 9954-4375.
    Operação
    A quadrilha era dividida em quatro grupos, cada um com um líder e com cada pessoa tendo uma função específica. Eles atuavam principalmente na Capital, mas já haviam realizado roubos a caixas eletrônicos no interior do Estado.

    As ações dos bandidos se concentravam no bairro Duque de Caxias, na Rua Barão de Melgaço e na Avenida Fernando Correa da Costa, e, normalmente, envolviam cerca de quatro pessoas: um “olheiro”, um “piloto”, o “pegador” e o “apoio” (líder da quadrilha).

    A operação que resultou na prisão da quadrilha foi coordenada pelo Gaeco e contou com a parceria da Polícia Militar e da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp).

    As investigações duraram cerca de 90 dias e, durante esse período, 39 roubos foram praticados pelo grupo, e muitos outros planejados pela quadrilha foram evitados pela ação de policiais militares e membros do Gaeco, que escoltavam a vítima em potencial até o banco ou até a sua residência, quando a identificavam.

    De acordo com o promotor de Justiça Arnaldo Justino, autor da denúncia, o bando roubou, nesse período de investigações, cerca de R$ 400 mil.

    Os acusados devem responder pelos crimes de formação de quadrilha armada, roubo qualificado, tentativa de latrocínio, furto qualificado, receptação e falsa identidade.
  • Argentina aprova lei que limita venda de terras a estrangeiros

    O Senado argentino concluiu nesta quinta-feira (22) uma maratona de sessões extraordinárias às vésperas do Natal, com a aprovação de uma lei que limita a compra de terras do país por estrangeiros. Com 62 votos favoráveis e somente um contrário, a nova normativa determina que a quantidade de hectares em mãos de investidores de outros países não pode superar 15% do território rural argentino.
    O Senado argentino concluiu nesta quinta-feira (22) uma maratona de sessões extraordinárias às vésperas do Natal, com a aprovação de uma lei que limita a compra de terras do país por estrangeiros. Com 62 votos favoráveis e somente um contrário, a nova normativa determina que a quantidade de hectares em mãos de investidores de outros países não pode superar 15% do território rural argentino.
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    A própria presidente Cristina Kirchner admitiu, durante o anúncio do envio do projeto de lei ao Congresso, que não existem dados precisos sobre a quantidade de terras do país que não pertencem a argentinos. Calcula-se, no entanto, que este porcentagem possa chegar a 10% do território rural.
    A nova lei, apresentada inicialmente pela Coalizão Cívica, opositora ao governo, estipula a criação de um Registro Cadastral de Terras Rurais, controlado pelo Ministério de Justiça, que terá 180 dias para realizar o levantamento da atual conjuntura proprietária de territórios rurais.
    Um estudo da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) estima que a porcentagem de terra sob propriedade estrangeira varie entre 14,5 e 27 milhões de hectares. Entre os principais proprietários estrangeiros de terras está a empresa têxtil italiana Benetton, dona de 970 mil hectares na Patagônia argentina ocupados com a criação de ovelhas.
    Outro grande empresário que possui grandes extensões de terras argentinas é o magnata norte-americano Ted Turner, dono da rede televisiva CNN, com quem ambientalistas argentinos vivem em pé de guerra desde 1996, por exigir o livre acesso ao rio Traful, que cruza os 5 mil hectares de sua estância “La Primavera”, em Neuquén, no sul argentino.
    “Não é possível entrar em pelo menos 60% do curso do rio e quem tenta sofre ameaças com armas de fogo. Só os pescadores estrangeiros, convidados por ele, têm acesso”, disseram ao jornal argentino Perfil, em 2008.
    O milionário britânico Joe Lewis é outro alvo de fúria dos argentinos que lutam pelo acesso aos paraísos naturais do sul do país. Dono de um território de 12 mil hectares a 30 km da cidade El Bolsón, o empresário, que já figurou na lista das pessoas mais ricas do mundo feita anualmente pela revista Forbes, impede o acesso a um lago, que denominou “Lago Escondido”, às margens do qual construiu uma mansão de 3.600 m2.
    Não retroativa
    De acordo com a nova lei, nenhum estrangeiro poderá adquirir mais de mil hectares de terras rurais do país. A determinação, no entanto, não será retroativa e manterá o direito à propriedade dos atuais proprietários, segundo Cristina, que afirmou, durante o envio do projeto de lei ao Congresso que a medida “protege um recurso natural, estratégico e não renovável”.
    O único senador que se opôs à aprovação da lei foi o peronista opositor ao governo Juan Carlos Romero. “Quase anos depois se defende um riacho, uma lagoa, da voracidade estrangeira, quando esse país se construiu com os estrangeiros e com os nativos”, afirmou, completando: “O que teria acontecido se os estrangeiros não tivessem vindo a Entre Ríos, La Pampa, e à Patagônia? Este país se fez assim”.

    Rússia quer ser a quinta maior potência económica do planeta

    Rússia quer ser a quinta maior potência económica do planeta


    Por José Neves
    07 de janeiro de 2012.


    O Kremlin tem grandes ambições e quer crescer acima de 10%
    A Rússia será a quinta maior economia mundial em 2020, prometeu ontem o vice-primeiro ministro Sergei Ivanov, em Sampetersburgo, perante centenas de empresários e políticos de 60 países. Geralmente considerado como o número dois do Kremlin, Ivanov poderá ser o sucessor de Vladimir Putin, após as presidenciais de Março do próximo ano. O seu único rival à liderança é o outro vice-primeiro-ministro, Dmitri Medvedev.
    Na intervenção de ontem, no fórum económico de Sampetersburgo, Ivanov criticou aqueles que afirmam que o regime se está a afastar da democracia. Segundo disse, dentro de 12 anos, a Rússia será um Estado de Direito e o rendimento per capita rondará 30 mil dólares (a preços de 2005), ou seja, o dobro do valor actual. Metade da população pertencerá à classe média, prometeu.
    O ministro também disse que em 2020, a economia russa deixará de estar tão dependente de matérias-primas, para se concentrar nas altas tecnologias, inovação, indústrias nucleares e aeroespaciais. A Rússia é hoje a décima potência económica do mundo, graças a uma forte dependência da exportação de matérias-primas, nomeadamente de petróleo e gás natural. A economia tem crescido a um ritmo médio de 6%, mas o Kremlin tem o objectivo de conseguir, em 2010, uma taxa de expansão com dois dígitos.
    Ontem, no início de um encontro onde participam seis mil líderes económicos de 200 empresas, Ivanov foi a estrela, com direito à intervenção central. Embora tenha explicado que não está pronto para assumir a liderança do país, só o facto disso ter sido mencionado pelas agências russas demonstra que as suas hipóteses não são apenas teóricas.

    Fiscais interditam obra após queda de elevador que matou 3 em Cuiabá

    06/01/2012 19h09- Atualizado em 06/01/2012 19h15

    Fiscais interditam obra após queda de elevador que matou 3 em Cuiabá

    Três trabalhadores morreram e outros 3 ficaram feridos no acidente.
    Elevador esteve interditado no último ano por irregularidades.

    Ericksen VitalDo G1 MT
    3 comentários

    Elevador despenca de prédio (Foto: Denise Soares/G1)Obra foi interditada após serem detectadas
    irregularidades (Foto: Denise Soares/G1)
    O canteiro de obras do prédio que foi cenário das mortes de três trabalhadores, em Cuiabá, foi interditado nesta sexta-feira (6) por fiscais do Ministério do Trabalho. A chefe do Núcleo de Segurança da Superintendência Regional do Trabalho em Mato Grosso, Aline Amoras, disse que foram encontradas uma série de irregularidades em relação à segurança dos operários.

    “Interditamos a obra porque existia o risco grave e iminente de ocorrer acidentes”, declarou. Ela afirmou ainda à reportagem do G1 que os responsáveis pela obra deverão substituir o elevador que despencou de uma altura de 18 metros e causou a morte dos três operários, na manhã de quinta-feira (5), na capital.
    O equipamento, segundo a Superintendência do Trabalho, já havia sido interditado em outubro do ano passado após uma vistoria constatar 11 irregularidades, mas voltou a funcionar normalmente depois que a empresa resolveu os problemas apontados. O elevador tinha seis meses de uso.
    Segundo a chefe do Núcleo de Segurança da SRT-MT, foram encontrados problemas, principalmente, em relação à proteção contra possíveis quedas de trabalhadores. Ela exemplificou dizendo que faltavam, por exemplo, tela de proteção e bandejas de proteção de rodapé, além de excesso de buracos ao longo do canteiro de obras que poderiam ferir os trabalhadores.

    Mesmo sob influência do governador, PT resiste em apoiar Dorileo e racha


    ANÁLISE | 07/01/2012 - 08:32

    Mesmo sob influência do governador, PT resiste em apoiar Dorileo e racha

    Romilson Dourado


    Dorileo Leal aposta na conjuntura nacional e na influência do governo Silval para tirar Lúdio Cabral do páreo e ter apoio do PT
    A 5 meses das convenções e a 8 das eleições municipais, o empresário João Dorileo Leal, recém-filiado ao PMDB, segue se articulando em busca de aliados. Ele leva vantagem por estar em um grande partido e que comanda o Estado, sob o governador Silval Barbosa. Por causa do peso da máquina, muitas lideranças acabam por conduzir suas legendas que são governistas para o arco de alianças que se formam em torno do nome de Dorileo. Mesmo assim, há resistências.
    Os petistas, por exemplo, estão divididos. Trabalham com três possibilidades. Uma delas é de construir projeto próprio. Nesse caso, o mais entusiasmado em ser o cabeça de chapa é o vereador Lúdio Cabral. Uma outra corrente, liderada pela ex-senadora Serys Marli defende composição com o também empresário Mauro Mendes (PSB). O grupo que, num primeiro momento demonstrava estar trabalhando para levar o petismo para os braços de Dorileo, começa a recuar da ideia.
    O secretário estadual de Educação Ságuas Moraes, os ex-deputados Carlos Abicalil e Alexandre Cesar e o presidente estadual do partido William Sampaio chegaram a adiantar para o governador Silval que a tendência é de petistas estarem juntos com peemedebistas, seguindo a conjuntura nacional, afinal a presidente Dilma Rousseff, que é do PT, tem como vice Michel Temer, dirigente do PMDB. O problema é que entram na discussão feridas do passado que não foram cicatrizadas. O bloco de Ságuas, especialmente influenciado por Alexandre e Abicalil, tem bronca de Dorileo porque, diante das denúncias de caixa 2 que pesaram contra petistas, o Grupo Gazeta de Comunicação, do qual Dorileo é proprietário, não pesou nas críticas. Os petistas se passaram de vítimas, apontando campanha de perseguição. Por causa disso, podem se articular por projeto próprio, vindo a apoiar até Lúdio para prefeito, em detrimento do nome de Dorileo.
    O empresário peemedebista tem como certo, por enquanto, apoio do PSD, que recebeu recentemente a filiação do ex-deputado Carlos Brito e é liderado pelo presidente da Assembleia José Riva, e também do PR, do senador Blairo Maggi. Embora o deputado republicano Sérgio Ricardo se mantém no debate como pré-candidato, o que ele almeja mesmo é o retorno à presidência da Mesa Diretora da Assembleia. O DEM, embora insista em projeto próprio, também demonstra simpatia por apoio a Dorileo, especialmente o senador Jayme Campos. E, assim, seguem as articulações.