sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

NOTICIA DE MT

Rumo à Copa de 2014 | 03/02/2012 - 14:17

Tesouro reavalia financiamento de R$ 423 mi a MT e trava obra do VLT

JCNWES NOTICIA

A Secretaria do Tesouro Nacional está dificultando e atrasando obras de mobilidade urbana de Cuiabá. Acontece que empenhos já aprovados e assinados pela Caixa Econômica e pela própria STN, no valor de R$ 423 milhões, especialmente para viabilizar o VLT, não foram liberados. Para sair da fase de distrato, bastaria mudar somente o objeto do contrato, mas o trâmite enfrenta ritmo tão lento que foge às práticas vivenciadas nos casos de projetos voltados à Copa do Mundo. Cuiabá será uma das 12 sedes do Mundial de 2014. Algumas obras estão em execução.
Fontes de Brasília revelam que toda a burocracia é porque a STN decidiu "reinventar a roda", ou seja, reavaliar a carteira de crédito, algo considerado desnecessário e que sinaliza para entraves às obras de mobilidade urbana. Hoje Mato Grosso depende único e exclusivamente da avaliação do Tesouro para levar o certamente licitatório do Veículo Leve sobre Trilho, orçado em cerca de R$ 1,1 bilhão. Enquanto não sai o aval, tudo fica paralisado.
O curioso e intrigante é que todo o tempo dedicado na luta pelo projeto nos corredores de ministérios e de órgãos em Brasília, feita pessoalmente pelo governador Silval Barbosa e pelo secretário Eder de Moraes, da Secopa, representou desperdício de tempo porque o processo está travado. Técnicos especialistas no assunto questionam o porquê a STN reavaliar a proposta de crédito se o Estado está dentro da capacidade de endividamento e, nessa negociação, não há nenhum tipo de favorecimento ou favor da União.
O governo está contrariando uma operação de crédito, mas agora se vê barrado por causa da burocracia, o que prejudica as obras. O secretário-executivo do Tesouro Nacional Arno Augustin havia dado garantias ao governador de celeridade nesse processo, o que não tem acontecido, a exemplo da restruturação das dívidas do Estado. A tendência é que Silval mobilize a bancada federal para sensibilizar a STN a resolver logo o impasse e liberar o financiamento e até recorra à presidente Dilma Rousseff.
COPA 2014 | 03/02/2012 - 14:31

Secopa vai reivindicar recursos para teatro e museu no Fan Fast

Valérya Próspero

Sérgio Ricardo e Eder Moraes O secretário extraordinário das Obras da Copa (Secopa), Eder Moraes, pretende reivindicar mais recursos para a constução de teatro, museu digital e aquário, além da viabilização de projetos culturais, no espaço reservado ao Fifa Fan Fast, que será construído na Acrimat ao custo de R$ 4 milhões. O espaço terá capacidade para abrigar 56 mil pessoas, sendo 8 mil sentadas, que devem assistir por telelões jogos da Copa do Mundo de 2014. O iníco das obras está previsto para o último trimestre do ano. Nesta sexta (3), ao lado do deputado Sérgio Ricardo e demais membros da Comissão de Acompanhamento das Obras da Copa da Assembleia, Eder inspecionou o local e confirmou a desaprpriação da Acrimat ao custo de R$ 3 milhões. O local fica a 2,5 km da Arena Pantanal e tem 4 hectares.
Para os projetos culturais, Eder quer pedir mais recursos à Fifa. Ele confirmou que, além do espaço reservado aos torcedores no Porto, será construído o Fan Fast da Morada da Ouro, com dinheiro da iniciativa privada e eventualmente dos patrocinadores oficiais que tiverem interesse. A Fiemt está envolvida na reforma e construção do local. Mesmo não sendo o ambiente oficial para transmissão dos jogos, o espaço vai comportar mais torcedores que o da região do Porto, com espaço para 100 mil pessoas.
O secretário também mostrou aos deputados da comissão o Centro de Treinamento Barra do Pari, em Várzea Grande, com execução prevista para começar em março e terminar em 12 meses. A capacidade para 8 mil pessoas prevista inicialmente deve ser reduzida para 6 mil. A obra está orçada em R$ 23 milhões, que devem ser viabilizados mediante emendas parlamentares. Deste montante, R$ 5 milhões foram articulados pelo senador Jayme Campos (DEM) e outros R$ 19 milhões pela bancada federal. Eder pondera que os recursos ainda não foram empenhados. O Centro de Treinamento será construído num terreno de 10 hectares, doado por uma empresa privada.
CÂMARA FEDERAL | 03/02/2012 - 12:00

Leitão será vice-líder da Minoria

Gabriela Galvão

O deputado federal Nilson Leitão (PSDB) foi escolhido vice-líder da Minoria na Câmara Federal nesta quinta (02). O nome do mato-grossense foi indicado por lideranças tucanas, que compõem o bloco da oposição junto ao DEM, PPS e PSDB. A liderança ficou com Mendes Thame (PSDB-SP). De acordo com Leitão, por meio do posto, ele vai poder exercer as atividades parlamentares com plenitude. Acontece que apenas líderes e vice-líderes podem debater, na tribuna do Congresso, todos os projetos do Executivo federal. “Vamos seguir fiscalizando e denunciando todos os erros e abusos cometidos pelo governo”.
O Regimento Interno da Câmara determina que o líder da Minoria possua as mesmas prerrogativas dos demais líderes no Legislativo. Entre elas, fazer uso da palavra em nome das bancadas, encaminhar votações em plenário e participar pessoalmente, ou por meio de seus vice-líderes, dos trabalhos de qualquer comissão, sem direito a voto, mas podendo encaminhar ou pedir verificação de votações.
A indicação do deputado dá mais uma posição de destaque para Mato Grosso no cenário nacional. Também na quinta, o senador Blairo Maggi foi oficializado na liderança do PR no Senado e o deputado federal Wellington Fagundes comandará a bancada do Centro-Oeste na Câmara.
Leitão assumiu uma cadeira na Câmara Federal em julho do último ano, na vaga até então ocupada por Ságuas Moraes (PT), após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que invalidou a Lei da Ficha Limpa para as eleições 2010, permitindo que os votos de Willian Dias (PTB) fossem computados. O petebista havia sido candidato, sub judice, pela coligação Jonas Pinheiro (PTB/PSDB/DEM), por ser considerado “ficha suja”. Ságuas chegou a ingressar com um recurso no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) tentando se manter no cargo, mas o pedido foi indeferido.
Comentários:
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  • Emidio De Souza P S L | 03/02/2012 12:59
    Chapada dos guimaraes

    Mato Grosso se fortalece muito com Nilson Leitão (PSDB) foi escolhido vice-líder da Minoria na Câmara Federal Precisa que a Base se Fortalece, haverá uma Reunirá neste Sábado dia 04/02/2012 com a Executiva do PSL de Chapada dos Guimarães MT e definir Estratégia de campanha dos candidato a vereador em apoio ao candidato majoritário Dr. Jose de Souza neves do PSDB, a Intenção e Buscar Apoio dos partidos na coligação -PSDB-PSB-DEM-PSL-PSDC-PTB, aqui em Cuiabá PSL deve lança chapa pura na proporcional, Emidio de Souza e PSL a 15 anos sempre tripicou sua votação hoje Lidera as pesquisa para vereador 2012 em Cuiabá isto e Fidelidade.

POLÊMICA | 03/02/2012 - 07:46

Câmara não tem legitimidade para abrir CPI, afirma Clovito

Glaucia Colognesi

Depois de defender a candidatura de Mauro Mendes (PSB) a prefeito de Cuiabá, o vereador Clóvis Hugueney, o Clovito (PTB), também questionou a legitimidade da Câmara Municipal em abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar a Cemat e insinuou que o presidente do Legislativo, vereador Júlio Pinheiro (PTB) foi ignorante ao propor a medida."Não assinei o requerimento porque não posso ser burro e apoiar uma CPI que não vai para frente", disparou o parlamentar, em entrevista ao RDTV. Logo em seguida, o petebista tentou amenizar a crítica. "Acho que houve boa vontade do Júlio Pinheiro, mas neste caso não é legal", finalizou.
Clovito argumenta que os vereadores não podem fazer uma CPI contra uma empresa privada. "Imagina se eu vou em qualquer jornal e digo que vou abrir uma CPI contra o veículo, nós não temos essa legalidade", pontuou. A ideia de CPI surgiu para apurar suspeitas de que houve superfaturamento dos juros cobrados pela Cemat da Sanecap por conta da dívida milionária que a autarquia tem com a empresa fornecedora de energia.
Para Clovito, Parlamento não pode fazer muita coisa para apurar a denúncia. "O que podemos fazer é realizar uma auditoria nas contas da Sanecap e analisar a dívida junto com um contador. Mas se os juros são abusivos, a Sanecap tem que entrar na Justiça contra a Cemat e provar isso", avaliou.
Comentários:
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  • Jofre Soares | 03/02/2012 13:03
    Cuiaba

    Sts.Com razão esta o Vereador Clovito, a Câmara Municipal não tem legitimidade oara abri uma C.P.I. contra uma empresa privada, Onde já de viu isto? Que me perdoe o Vereador Júlio Pinheiro,o sr. está mal asserorado juridicamente,ou então não consultou.

RUMO ÀS URNAS | 03/02/2012 - 07:30

Mendes quer repetir 2008 e atrair PT com Serys de vice; bloco de Abicalil é contra

Romilson Dourado

Pré-candidato a prefeito Mauro Mendes e a ex-senadora Serys Marli Mauro Mendes (PSB) está se movimentando nos bastidores para transpor barreiras e fechar composição com o PT, a exemplo das eleições de 2008, quando concorreu a prefeito de Cuiabá com a ex-deputada Verinha Araújo e perdeu no segundo turno para o tucano Wilson Santos. O empresário até já tem um outro nome feminino de preferência para a chapa majoritária, o da ex-senadora Serys Marli. O pré-candidato socialista já fez uma sondagem, reuniões e conta com apoio de duas alas do petismo. No caso de Serys, ela disse sim à proposta de imediato.
Líder absoluto desde o ano passado nas pesquisas de intenção de voto feitas pelo instituto Mark e publicadas aqui no blog com exclusividade, Mendes pode até reconquistar o PT, mas não será tarefa fácil. O bloco liderado pelo trio Carlos Abicalil-Ságuas Moraes-Alexandre Cesar está afinado com o governador Silval Barbosa, que tem como pré-candidato a prefeito da Capital o peemedebista Dorileo Leal, inclusive dentro de um acordo da cúpula nacional. Por isso, se os petistas fecharem aliança com Mendes, o reflexo no Palácio Paiaguás será imediato, com possibilidade de perder o comando da Educação, maior pasta da estrutura da máquina estadual, além de outros cargos que vão de segundo a quarto escalões. Ademais, um outro grupo defende projeto próprio, com o vereador Lúdio Cabral.
Foco em 2014
De todo modo, Mendes insiste. Ele tem como certa a aliança com os petistas e aposta em apoio do PDT do senador Pedro Taques, do PV e do PPS e quer atrair outras siglas, como o PSDB do virtual candidato ao Palácio Alencastro, deputado Guilherme Maluf. Nesta fase de conjecturas e de avaliação de pré-candidatos, o empresário que disputou e perdeu duas eleições seguidas, a de prefeito e para governador em 2010, continua com foco também na sucessão de 2014.
Nas primeiras conversas informais com petistas, Mendes adiantou que, se Serys vier a ser a vice e a chapa sair vitoriosa, ele poderia renunciar ao mandato para concorrer ao Palácio Paiaguás, abrindo chance para a petista se tornar prefeita, a exemplo do que fez Wilson em relação ao hoje chefe do Executivo municipal Chico Galindo. Uma acordão desse traria, no entanto, outras implicâncias. Não seria aceito, por exemplo, pelo senador Pedro Taques, que também está de olho na cadeira de governador

PTB

03/02/2012 14h04- Atualizado em 03/02/2012 15h37

Indicação do ex-presidente da Casa da Moeda foi do PTB, diz Mantega

Segundo ele, Denucci tinha um 'currículo adequado' para a função.
'Me parece que não temos mais nada a dizer sobre isso', afirmou Mantega.

Alexandro MartelloDo G1, em Brasília

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta sexta-feira (3) a jornalistas que a indicação do ex-presidente da Casa da Moeda, Luis Felipe Denucci, foi do PTB.
"Queria esclarecer alguns pontos que estão equivocados na imprensa. Em 2008, quando nós substituímos o presidente da Casa da Moeda, o PTB fez indicações para a Presidência. Dentro dos critérios de competência técnica para ocupar esse cargo, os primeiros nomes não foram aceitos. Finalmente me trouxeram o currículo do ex-presidente da Casa da Moeda [Denucci]. Que tnha um currículo adequado para as funções da Casa da Moeda. Então, eu aceitei as indicações", disse ele.
Antes da indicação, Mantega afirmou que não conhecia Denucci, que é alvo de denúncias de que teria recebido recursos em contas no exterior de fornecedores da Casa da Moeda. "Eu não conhecia essa pessoa. Nunca tinha vsito antes. Recebi o currículo das mãos do presidente do PTB. Ele estava habilitado", declarou o ministro.
Segundo ele, o próprio partido "voltou à carga" para trocar o ex-presidente da Casa da Moeda e, na avaliação de Mantega, "fez acusações sem fundamento". "Não estava fundamentada em documentos. Eu até falei. Você faça e entre na Justiça. Você faça uma acusação formal, que aí sim podemos investigar. Não se pode, com alegações superficiais, dar prosseguimento [à investigação]", declarou Mantega.
O ministro explicou que, quando há uma acusação formal, a primeira coisa a ser feita é abrir uma Comissão de Sindicância, ato que foi levado adiante nesta sexta-feira. "De qualquer forma, o Denucci vinha terminando sua missão, que era fazer com que a Casa da Moeda vendesse para vários outros países. Isso foi alcançado", disse ele.
Mantega acrescentou que a troca do ex-presidente da Casa da Moeda já estava prevista para acontecer no começo este ano. "Nós costumamos trocar funcionários. Ele estava sendo pressionado. Então, já estávamos dando andamento à sua substituição. Já tinha entrevistado três possíveis candidatos. Estava esperando fechar o ano para fazer a substituição. Eu não vou prejulgar as denúncias. Acho que elas têm de ser formalizadas e investigadas", afirmou o ministro da Fazenda.
De acordo com ele, o próximo presidente da Casa da Moeda será um técnico "totalmente sintonizado com o desempenho" da empresa pública.
Questionado se iria ao Congresso Nacional dar explicações aos parlamentares, Mantega disse que não viu os líderes falando sobre isso. "Vamos aguardar as decisões do Congresso sobre isso. Por enquanto, não tem nenhuma decisão, nenhuma convocação. Me parece que não temos mais a dizer sobre isso, que já está amplamente retratado. Mas vamos aguardar", concluiu.

NOTICIA NO MUNDO

03/02/2012 11h31- Atualizado em 03/02/2012 11h52

Confrontos se alastram no Egito e deixam ao menos 4 mortos

Testemunhas relatam policial e manifestantes mortos no Cairo e em Suez.
Oposição pede saída da junta militar após morte de 74 em jogo de futebol.

Da Reuters
1 comentário

Manifestantes sitiaram nesta sexta-feira (3) a sede do Ministério do Interior egípcio, no segundo dia de um protesto contra o regime militar por causa da morte de 74 pessoas em distúrbios num estádio de futebol. Policiais da tropa antidistúrbios lançaram gás lacrimonêneo e dispararam munição real para tentar dispersar a multidão armada com pedras.
Os relatos indicavam quatro mortos no Cairo e na cidade de Suez.
Um manifestante e um policial foram mortos no Cairo e outras duas pessoas morreram na cidade de Suez, onde a polícia usou munição real para conter uma multidão que tentava invadir uma delegacia, segundo testemunhas e o serviço de ambulâncias.
Manifestante com máscara de gás se prepara para jogar de volta uma granada de gás lacrimogêneo contra policiais perto do Ministério do Interior, no Cairo (Foto: Mahmud Hams/AFP)Manifestante com máscara de gás se prepara para jogar de volta uma granada de gás lacrimogêneo contra policiais perto do Ministério do Interior, no Cairo (Foto: Mahmud Hams/AFP)
Os manifestantes acusam as autoridades de conivência ou mesmo de responsabilidade direta pelo tumulto ocorrido na noite de quarta-feira (1º) na localidade de Port Said, durante o jogo entre Al Masry e Al Ahli. Além dos 74 mortos, cerca de mil pessoas ficaram feridas na invasão de campo e em brigas nas arquibancadas.
Durante toda a madrugada desta sexta-feira, milhares de manifestantes apedrejaram a sede do ministério no centro do Cairo. As forças de segurança usaram gás lacrimogêneo, mas o grupo insistia em se reagrupar.
Pela manhã, manifestantes recalcitrantes haviam afastado uma barreira de concreto numa rua próxima ao ministério, para chegarem mais perto do prédio. Uma testemunha da Reuters escutou disparos e viu no chão cápsulas disparadas.
Levantes árabes 30/01 (Foto: Editoria de Arte / G1)
"Vamos permanecer até obtermos nossos direitos. Vocês viram o que aconteceu em Port Said?", disse Abu Hanafy, 22 anos, que chegou do trabalho na noite de quinta-feira (2) e decidiu aderir à manifestação.
Grupos revolucionários juvenis, que tiveram papel determinante na rebelião que derrubou o regime de Hosni Mubarak há um ano, convocaram um protesto que chamaram de "Sexta-Feira da Ira". No final da manhã, algumas centenas de pessoas engrossavam o grupo que pernoitara na célebre praça Tahrir, no centro da capital.
Durante a noite, ambulâncias precisaram intervir para resgatar um caminhão da tropa de choque policial que havia entrado por engano em uma rua cheia de manifestantes.
O veículo passou cerca de 45 minutos cercado e apedrejado, com os policiais no lado de dentro. Alguns manifestantes então formaram um corredor humano para ajudá-los a fugir.
Quase 400 pessoas ficaram feridas ou intoxicadas por gás nos confrontos que surgiram na noite de quinta-feira, segundo o ministério do Interior.
Além da rebelião que derrubou Mubarak, o Egito havia vivido uma série de manifestações violentas há dois meses, reivindicando mais pressa na transição do regime militar provisório para um governo civil.
Muitos manifestantes alegam que o atual governo - e principalmente o Ministério do Interior - ainda está ocupado por pessoas ligadas ao regime de Mubarak, e que as forças de segurança foram coniventes com a violência no estádio porque as torcidas organizadas futebolísticas tiveram papel importante no movimento que derrubou o antigo regime.
Manifestante ferido é carregado no centro do Cairo nesta sexta (3) (Foto: Suhaib Salem/Reuters)Manifestante ferido é carregado no centro do Cairo nesta sexta (3) (Foto: Suhaib Salem/Reuters)
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BANCO CENTRAL ECONOMIA

BC compra US$ 7 bi para evitar enxurrada de dólares da Petrobras


sex, 03/02/12
por thais.heredia |
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A mesa de câmbio do Banco Central surpreendeu o mercado financeiro nesta sexta-feira. Ao anunciar um leilão de compra de dólares a prazo pela primeira vez este ano, o BC acordou a pulga atrás da orelha dos operadores. Por que agora?
O BC quis evitar o estrago que a entrada de US$ 7 bilhões captados pela Petrobras na última quarta-feira pudesse causar ao mercado de câmbio no Brasil. Na boca miúda das mesas dos bancos, esse seria o motivo mais justificável para a decisão do BC. Tanto que, na hora do leilão, o dólar chegou a subir um pouco, mas voltou ao patamar das negociações do dia logo em seguida.
A moeda americana está abaixo do que muitos gostariam, principalmente os exportadores, que agora enfrentam baixa demanda do mercado mundial e queda de preços nos produtos comercializados.
O BC já fez isso em outras ocasiões. Quando o governo brasileiro vendeu o banco Banespa para o espanhol Santander, a mesa de câmbio do Bacen saiu comprando US$ 3 bilhões de dólares no mercado para neutralizar o impacto de um alto volume da moeda americana no mercado brasileiro.
Agora, a operação foi bem maior, mas o objetivo foi o mesmo. No Brasil o regime é o de câmbio flutuante, isto é, a moeda flutua para cima ou para baixo de acordo com o desejo do mercado. O preço da moeda é formado pela antiga lei da oferta e procura.
Intervenções como esta, apesar de evitar que o dólar caia ainda mais, podem ser explicadas pela distorção indesejada, tanto para governo quanto para o mercado, que a operação de apenas um agente, neste caso a Petrobras, possa causar na formação dos preços. Os US$ 7 bilhões comprados nesta sexta-feira pelo BC vão engordar a conta das reservas internacionais do país.

A culpa pelo resultado da balança comercial é do governo, diz Paulo Skaf


qua, 01/02/12
por thais.heredia |
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A balança comercial brasileira perdeu o equilíbrio, ou melhor, pendeu para o outro lado. Compramos US$ 1,29 bilhão a mais do que vendemos para fora do país.
Segundo o próprio Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), registramos o pior resultado das transações comerciais desde 1973 – quando o mundo não era globalizado e o Brasil era fechado para o exterior. O que temos de parecido com aquela época é que nosso menu de exportações continua sendo basicamente de produtos primários, as commodities agrícolas e o minério de ferro.
“Você achou o resultado ruim? Sabe quanto foi o déficit dos produtos manufaturados em 2011? Mais de US$ 90 bilhões. Não adianta o Brasil exportar só commodities cujos preços já começaram a cair. E, com a crise na Europa, isso vai piorar. A culpa desse resultado é do governo. O que depende das empresas está feito”, esbraveja Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp).
O executivo argumenta que já passou da hora do país ter condições de vender produtos com mais valor agregado para não sofrer em situações como a de agora, de baixo crescimento mundial e queda na demanda pelas commodities brasileiras.
“A manufatura que gera o bom emprego, paga salário melhor, agrega valor aos produtos. Mas o que estamos vendo é uma enxurrada de importações predatórias, uma defesa comercial fragilizada no governo, permitindo as práticas desleais”, diz Skaf.
Questionado sobre os incentivos fiscais já concedidos a vários setores da indústria pelo governo e os que ainda virão, o presidente da Fiesp protege a imagem do setor.
“Lamentavelmente (os incentivos) estão custando só a imagem da indústria. Porque o Brasil Maior (programa anunciado pelo governo em 2011) foi só para requentar coisas que já existiam e prorrogar ações. A indústria não quer favor. Não é “faz um favorzinho para nós”. Nós queremos, de uma forma horizontal, produzir de uma forma mais barata no Brasil”, reage.
Por onde começar?“Nós temos hoje uma defesa comercial fragilizada. Um câmbio que rouba competitividade. Juros que esfriaram a economia, faltam as reformas, o custo de energia é um dos mais altos do mundo. Não estou pessimista. Não sou pessimista. Mas o governo tem que tomar atitudes. Caso contrário, o déficit dos manufaturados vai passar de US$ 100 bilhões este ano, afetando a balança geral”, alerta o executivo.
O resultado da balança comercial em janeiro dá uma dica de que o ano não será fácil para os exportadores brasileiros. As previsões atuais falam em um superávit de até US$ 20 bilhões este ano. Bem menos do que os quase US$ 30 bilhões do ano passado.
Com ou sem reclamação da indústria, o governo se diz preocupado e avisa que deve adotar medidas para compensar o câmbio, ajudar os empresários. O que for possível para evitar que o Brasil perca espaço no comércio internacional.
Assim como a do comércio, a balança dos interesses também pende de um lado para o outro. Mas esta última dificilmente encontrará um equilibrio.

Altos e baixos da indústria continuam até que melhore a produtividade no país


ter, 31/01/12
por thais.heredia |
categoria Sem categoria

A indústria não teria mesmo um bom ano no Brasil. Isso todo mundo já sabia desde o primeiro semestre de 2011. Mesmo assim, o resultado final do setor no ano passado ficou bem baixo, em 0,3%, muito menor do que se esperava.
Em junho passado o presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, disse ao G1 que a entidade projetava crescimento de 3% do setor ao final do ano. Naquele tempo, ainda esperava-se que a economia brasileira cresceria acima ou muito perto dos 4%.
O tempo passou e a coisa só piorou. Com o resultado final de 2011, ficou claro que as máquinas da indústria brasileira estavam mais devagar, quase parando, do que se imaginava.
“O que levou a indústria a ter tão parco desempenho foram fatores que hoje são indiscutíveis, como a perda de competitividade frente aos bens importados, a qual se deveu ao elevado custo de se produzir no Brasil e ao câmbio valorizado. Não havendo progresso nessas duas áreas, pouco se pode esperar em termos de uma recuperação sólida do setor”, avaliam os economistas do Instituto de Estudos para Desenvolvimento da Indústria (Iedi), em relatório publicado nesta terça-feira.
A boa notícia é que 2012 pode ser melhor do que o ano que passou. Hoje, projeta-se que a indústria cresça um pouco menos que 3%, esperança parecida com a de 2011. Atualmente os sinais mostram que esse resultado pode ser alcançado se tudo mais andar como se espera na economia.
Depois de passar dois trimestres bem fracos, a atividade voltou a mostrar vitalidade a partir de novembro, esquentando mais os motores em dezembro. Com todos os incentivos já anunciados pelo governo até agora, como isenção de impostos e aumento das alíquotas de importação de setores que ferem a competitividade dos produtos nacionais, a vida dos industriais já está mais fácil e o horizonte mais claro.
A ajuda do governo também vai incentivar a outra ponta do ciclo: os consumidores. Já é certo que novas medidas de estímulo ao crédito deverão ser adotadas para empurrar o PIB para acima dos 4%, como quer o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Só o mundo que não deve colaborar com a indústria brasileira, se a Europa continuar em crise profunda e os Estados Unidos seguirem crescendo pouco.
Ainda assim, mexer daqui e dali sem chacoalhar para valer a capacidade produtiva do país vai manter os altos e baixos da indústria por mais tempo.
“Em 2012 a indústria estará em uma encruzilhada. Por um lado, se valerá das medidas de aquecimento da economia que o Governo vem tomando. No entanto, somente isso poderá não ser suficiente, porque os entraves competitivos para as empresas brasileiras (câmbio valorizado, carências de infraestrutura e logística, elevada carga tributária e alto custo do capital) poderão não mudar no curto prazo, exceto se o governo se empenhar fortemente em reformas e em medidas adicionais”, ressalva o documento dos economistas do Iedi.

Poupança vai virar concorrência ‘desleal’ se juros caírem mais


ter, 31/01/12
por thais.heredia |
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Se os juros caírem mais, o que já foi prometido pelo Banco Central, a concorrência entre os investimentos financeiros no Brasil vai ficar desleal, com vantagem para a poupança.
Pelos rumores que correm em Brasília, o governo estuda uma mudança nas regras de remuneração da caderneta de poupança para evitar um desequilíbrio financeiro nos mercados. Esta não é uma batalha nova, mas nunca foi enfrentada para valer por nenhum governo há décadas.
“É fato que, em algum momento, vai ter que se mexer nisso. Senão, os juros nunca vão pode cair abaixo de 6%, que é a taxa garantida pelo governo para a poupança. Mesmo que seja possível que os juros cheguem a isso”, diz Miguel Ribeiro, vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) .
A lei que determina a remuneração da poupança é resquício do período de inflação descontrolada. O governo deu um jeito de garantir aos poupadores um rendimento para evitar a corrosão do dinheiro pela alta diária dos preços na economia. Nos dias de hoje, com a estabilidade da moeda brasileira e a modernidade das aplicações no mercado financeiro, a lei ficou fora de contexto.
“É uma mudança inevitável. Não se pode mais adiar. As regras de hoje impedem que os juros caiam mais. Na época que foi criada, a garantia da remuneração era para evitar a perda no poder de compra. Hoje, ela impede crescimento do país”, alerta Miguel Ribeiro.
De todo o dinheiro que está aplicado no mercado financeiro brasileiro, quase R$ 2 trilhões estão em fundos de investimentos, sendo que a maior parte está em fundos de renda fixa. Na caderneta de poupança, segundo os números mais recentes divulgados pelo governo, estão depositados cerca de R$ 420 bilhões.
Os fundos de renda fixa e a caderneta de poupança são consideradas de baixo risco. A diferença está no potencial de ganhos e no custo da escolha.
Para a caderneta de poupança não existe cobrança de nenhum imposto nem taxa de administração dos bancos. Até porque, como a remuneração é assegurada pela lei há mais de 50 anos, os bancos não têm trabalho algum em manter o dinheiro em seus cofres virtuais.
Só para lembrar, a caderneta de poupança tem remuneração de 6% ao ano mais a Taxa Referencial (TR), calculada por uma média ponderada das taxas negociadas no mercado de CDBs, títulos privados dos bancos. As aplicações em renda fixa ganham com base nos juros de mercado negociados com os títulos públicos. Se os juros básicos da economia sobem, o rendimento sobe. Se os juros caem, lá se vão os ganhos. Ganhando ou não, paga-se imposto de renda de acordo com o volume investido e taxa de administração dos bancos.
Para se ter uma idéia da diferença nos ganhos, o rendimento da poupança em 2011 foi de 7,5%. Os fundos de renda fixa renderam 12,40%!
Quando os juros ficam baixos demais, a tendência é que os investidores fujam para a poupança que, além de remuneração certa, não custa nada. Entretanto, a atratividade da poupança diminui muito se o governo mexer no ganho real do investimento, deixando de assegurar a remuneração.
“A poupança é o instrumento de financiamento para habitação. Quanto mais recursos ela tiver, mais tem para investir nos financiamentos de imóveis. Quando se tem um deslocamento, um dos lados sai prejudicado. Ou vai faltar recurso para habitação ou falta para financiar o governo. É preciso achar o ponto de equilíbrio”, pondera o vice-presidente da Anefac.
A forma mais fácil e rápida para resolver o quiprocó deverá ser a cobrança de imposto de renda para as aplicações mais altas da caderneta de poupança. O ideal seria mudar a lei, mas para isso seria preciso contar com um congresso nacional coeso e convicto da necessidade da mudança. Características raras e improváveis em um ano eleitoral como 2012.
“É mais difícil convencer os políticos a mexer no ganho real do que tributar a poupança. A presidente Dilma pode usar a popularidade que ela tem hoje para mexer nisso. Mas corre o risco de ficar marcada como a presidente que ’tungou’ a poupança.”, alerta Miguel Ribeiro.

Copom foi mais do que transparente, foi translúcido


qui, 26/01/12
por thais.heredia |
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Uma das principais críticas à atuação do Banco Central de Alexandre Tombini são os tropeços na comunicação dele com o mercado. Essa comunicação é parte-chave da tarefa do BC em controlar a inflação, já que o humor dos agentes, ou a expectativa como dizem, pode variar de acordo com os sinais que recebem de quem toma as decisões.
Pois desta vez o mercado se surpreendeu. Pela primeira vez desde que é divulgada, em 1998, a ata do Copom falou em ”economês” claríssimo sobre o rumo da taxa de juros no Brasil. O documento, que explica a decisão do primeiro corte de juros de 2012, foi “translúcido” ao dizer que “o Copom atribui elevada probabilidade à concretização de um cenário que contempla a taxa Selic se deslocando para patamares de um dígito”.
Em português claríssimo, o BC avisa que vai continuar baixando os juros até chegarem à casa dos 9% ao ano. Muitas das análises feitas pelos bancos que atuam no Brasil e pelas consultorias com opiniões de economistas já previam os juros de um dígito em 2012 desde o ano passado.
Nesse processo de afrouxamento na política monetária, o nosso BC se uniu ao banco central mais poderoso do mundo. O Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) sinalizou ao mercado que os juros dos Estados Unidos deverão ficar bem baixos até 2014, enquanto a atividade não mostrar recuperação mais consistente.
Havia uma chance de que o ritmo de reduções pudesse ser estancado quando a Selic chegasse a 10%. A desconfiança foi alimentada pelo próprio BC quando, em dezembro último, mostrou ao mercado que a inflação de 2013 está, nas contas de hoje, acima da meta de inflação de 4,5%.
Ora, se ainda estamos acima da meta, em algum momento o Copom terá que refletir sobre suas ações para cumprir o prometido de levar a inflação aos 4,5% ainda este ano e no ano que vem também. As projeções de mercado apontam para um IPCA (índice oficial) de 5,29% este ano. Justiça seja feita, esse número vem caindo há oito semanas consecutivas. Até dezembro chegar, há muitas variáveis que podem influenciar no resultado final.
Na visão dos diretores que compõem o Copom, a crise externa e o baixo crescimento econômico mundial ainda são fonte de muita preocupação. Mas, como tudo tem um lado positivo, o mundo crescendo menos pode provocar um efeito desinflacionário aqui dentro, ajudando o BC a alcançar o índice de 4,5%.
A comunicação do BC mudou e já colheu algum resultado desde o final do ano passado. Concordando-se ou não com o que fazem Alexandre Tombini e sua equipe, ficou mais fácil entender o que eles veem e pensam sobre a economia brasileira. Mas é bom lembrar que, apesar da “translucidez” da primeira ata do Copom de 2012, o BC mantem a prerrogativa de mudar de ideia e de posição quando quiser. E se explicar só depois.

Petrobras terá décima mulher forte do governo Dilma


seg, 23/01/12
por thais.heredia |
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A maior empresa do Brasil terá uma mulher no comando. Graça Foster será a decima mulher a ocupar um cargo de peso no governo de Dilma Rousseff, quando assumir a presidência da Petrobras.
O anúncio da indicação de Graça Foster para o comando da companhia foi antecipado pela colunista do G1, Cristiana Lôbo. José Sergio Gabrielli, que deixa o cargo, vai trocar os negócios pela política. O executivo, que ficou na presidência da Petrobras durante quase 7 anos, quer se candidatar ao governo da Bahia.
Falando de economia, a troca no comando da Petrobras não gerou surpresas no mercado financeiro. As ações da companhia na Bovespa passaram a operar em alta, como uma reação positiva dos investidores à novidade. Mas a troca, em si, não causou susto ou preocupação.
“Ele (Gabrielli) vinha preparando essa mudança há algum tempo, preparando o mercado para alteração do comando da Petrobras. A indicação da Graça Foster já era esperada, ela tem características importantes para ser uma candidata natural ao cargo, além do bom relacionamento com a presidente Dilma”, disse ao G1 Osmar Camilo, analista chefe da Socopa Corretora.
Nem por isso os desafios da nova executiva da Petrobras serão menores. A companhia fechou 2011 com produção abaixo das metas e com atrasos em operações importantes para o resultado da companhia.
“Será preciso fazer frente ao plano de investimentos da empresa para tirar óleo debaixo do pré-sal, atingir a meta de 4 milhões de barris por ano. A nova presidente terá que acomodar o fluxo de caixa da companhia, a estrutura de capital e a necessidade de investimento da Petrobras. A necessidade de investimento é gigantesca”, ressalta Osmar Camilo.
O ambiente econômico também não ajuda a dourar o cenário atual. A crise nas principais economias do mundo e a expectativa de baixo crescimento no próximos anos sinalizam um ambiente de aversão ao risco e baixo investimento.
A Petrobras é controlada pelo estado brasileiro. Os investidores minoritários detêm outra parte, e uma parcela de 40% deles é de investidores internacionais.
“Um dos desafios da nova direção é que a Petrobras crie uma nova relação de governança com investidores minoritários e tente diminuir o estrago causado pela ultima capitalização da companhia. São os acionistas minoritários que dão liquidez para empresa. Eles querem mais transparência e mais compromisso com os negócios da companhia”, alerta o presidente da Associação de Investidores no Mercado de Capitais (AMEC), Edison Garcia.
O executivo se refere aos processo de capitalização da Petrobras feito em 2009, quando o governo aumentou a participação no capital total da empresa e houve, segundo a AMEC, uma diluição da participação dos minoritários.
“Estamos muito muito próximos dos estrangeiros, investidores institucionais, fundos de pensão e outros que investem no mercado de capitais no Brasil. Eles são unânimes em dizer que a capitalização de 2009 deixou sequelas, com uma forte desconfiança de influencia e utilização política da Petrobras”, afirma Garcia.
O analista da Corretora Socopa concorda com o desconforto dos investidores. “O mercado tem receio de que o governo venha fazer uma nova capitalização. Por ora, parece que a Petrobras consegue realizar os investimentos com caixa próprio, respeitando a estrutura de capital e balanço da empresa”, comenta Osmar Camilo.
O presidente da AMEC, Edison Garcia, elogia Graça Foster pelo fato dela ser uma funcionária de carreira da Petrobras, profunda conhecedora do setor petrolífero e, acima de tudo, contar com a confiança da presidente Dilma.
“O conhecimento da indústria e o bom trânsito junto o controlador (União), podem facilitar o trabalho dela”, diz o executivo.
Graça Foster tem fama de durona e vai integrar um grupo de mulheres do governo Dilma que se assemelha ao jeito da presidente administrar o país.
As “gerentonas”, no jargão político, fortalecem a figura da presidente Dilma e sinalizam que a política não deve vencer todas as batalhas pelos cargos mais cobiçados do governo.

O dinheiro voltou a “trabalhar” nos mercados financeiros


sex, 20/01/12
por thais.heredia |
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A semana termina bem diferente do que prometia na segunda-feira. Já começou carregando o rebaixamento da classificação de risco da França. Em seguida, a mesma coisa aconteceu com o Fundo de Estabilização Europeu. Ambos eventos indicavam que a situação na Europa piorava e preocupava ainda mais.
O que aconteceu então nos mercados financeiros, que ditam o termômetro da crise? Nada. Ou melhor, coisas boas. As bolsas de valores subiram, por exemplo. Alemanha fechou a semana com alta de 8,6%. Nos Estados Unidos, a alta do índice S&P foi de mais de 4%. Aqui no Brasil, o Ibovespa acumula alta de quase 10% no mês, e boa parte do ganho foi esta semana.
Os países europeus conseguiram rolar suas dívidas pagando menos juros, ainda que com prazos bem curtos. O acordo entre a Grécia e os bancos privados avançou de onde parecia ter encalhado. Também importante, a economia americana deu novos sinais de que está se recuperando levemente.
Aqui no blog, previmos dias mais complicados e tensos, mas cabeça de investidor pensa diferente mesmo. “O dinheiro precisa voltar a trabalhar”, diz o administrador de um fundo de investimentos estrangeiro que opera na Europa.
“No final do ano passado o mercado reduziu demais a exposição ao risco. Todos se prepararam demais para um agravamento da crise na Europa. Agora, a sensação é de que não há risco de que algo de muito grave aconteça no curto prazo. Não há uma grande novidade à vista. Por isso a pressão diminuiu”, explica o executivo ouvido pelo G1.
Devagar, o dinheiro voltou a ser aplicado em ativos de baixo risco neste início de ano. Aos poucos, os investidores vão ousando um bocado aqui, outro ali, se posicionando em ativos mais arriscados. O ditado popular já diz que dinheiro parado é prejuízo.
Por que então líderes como o presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, ou a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, continuam fazendo tanto alarde sobre a gravidade da situação?
Porque ela é e continua muito grave. A Europa tem um problema estrutural seriíssimo nos fundamentos da zona do euro. Será preciso muito dinheiro para restaurar a credibilidade dos países e, mais difícil ainda, dinheiro para injetar fôlego nas economias.
“Eles (líderes mundiais) fazem isso porque precisam de dinheiro. E dinheiro é solução ou, no mínimo, ajuda a postergar um evento caótico”, diz o gestor de investimentos.
Ainda há muito o que fazer de uma agenda bem comprida e complexa. Nisso, concordam os investidores e o resto do mundo. Mas pelo menos por agora o botão de risco dos mercados financeiros está em “on” (ligado), fazendo circular o dinheiro pelo mundo, como gosta e precisa o capitalismo global.

Copom inicia primeira reunião de 2012


ter, 17/01/12
por thais.heredia |
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A economia brasileira reage, ou melhor, começou a reagir em novembro do ano passado, como mostram os indicadores conhecidos até agora. Ainda é cedo para saber a intensidade da recuperação e, principalmente, se será suficiente para fazer o PIB crescer 4,5% este ano como quer o governo de Dilma Rousseff.
Em análise sobre a economia mundial, a Organização das Nações Unidas (ONU) prevê que o Brasil cresça 2,7% em 2012, abaixo dos 3,3% esperados por analistas de mercado. O estudo da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad), avalia que a “economia global esteja à beira de uma recessão” e ainda não é possível prever os efeitos que isso deve causar mesmo nas economias em situação mais confortável, como a nossa.
O que o Comitê de Política Monetária (Copom), que inicia nesta terça (17) sua primeira reunião do ano, deve fazer com todas essas informações, além do que os diretores do BC veem a mais sobre o comportamento da economia brasileira e mundial, na hora de tomar a primeira decisão sobre os juros de 2012?
Provavelmente nada diferente do que já se espera: uma redução da taxa básica da economia em 0,50 ponto percentual. A dúvida em destaque é: quanto mais o Copom está pensando em cortar a partir da próxima reunião em março? O que os analistas esperam ansiosamente dos diretores do comitê é que eles sejam bastante transparentes sobre suas análises e intenções. Não querem ficar “no escuro” ou se assustar novamente com surpresas.
“Nossa visão é de que o ciclo de afrouxamento monetário se aproxima do fim. Os incentivos fiscais e monetários que vêm sendo concedidos ao longo dos últimos meses devem fazer a atividade econômica acelerar, principalmente a partir do segundo semestre de 2012”, diz o economista Roberto Padovani, em relatório da Corretora Votorantim.
“O IBC-Br de novembro (prévia do PIB calculada pelo BC) mais forte que o esperado ajudou o mercado a pender para o fim do ciclo. Se esse for o caso, é provável que o BC já mostre alguma sinalização mais forte (de fim do ciclo) no próprio comunicado do Copom. Ainda acho que não seja o caso. O BC deve sim promover pelo menos mais uma queda”, avalia Fernando Genta, economista da MCM Consultores.
Com mais dois cortes, a taxa de juros chegaria a 10% ao ano. Os bancos Itaú-Unibanco e Bradesco ainda esperam que a taxa básica chegue a um dígito até abril. Mesmo assim, em análises enviadas a clientes, os economistas das duas instituições não deixam de fazer alguma ressalva às suas expectativas, caso o BC mude de estratégia.
“Nós vemos mais quatro cortes de 50 pontos, empurrando a Selic a 9%. No entanto, reconhecemos que o tom mais cauteloso do BC, e o possível uso de outras ferramentas para acelerar o crescimento além da taxa de juros, podem resultar em um menor ciclo de flexibilização”, comentam os economistas do Itaú-Unibanco.
“O DEPEC-Bradesco, diante da melhora considerável das condições externas, dos sinais da recuperação moderada da atividade econômica doméstica – especialmente a partir de novembro – e da comunicação do Relatório de Inflação (dez/2011), reconhece a sua menor convicção em relação aos próximos passos do ciclo de afrouxamento monetário, que, em nosso cenário base, ainda considera mais 3 cortes de 50 pbs, chegando a 9,5% em abril deste ano”.

Europa enfraquece diante do risco


seg, 16/01/12
por thais.heredia |
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O fundo europeu de resgate financeiro, tecnicamente chamado de Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, em inglês) deveria ser o último samurai disposto a lutar pelas economias do velho continente. Perdeu a espada e a imponência ao ter a nota de risco rebaixada pela agência Standard & Poor’s nesta segunda-feira (16).
Criado em maio de 2010, o fundo surgiu em caráter temporário, exclusivamente para ajudar os países em crise e sem caixa para pagar a dívida pública. Há quase dois anos a Grécia era a maior preocupação. Logo em seguida emergiram Portugal e Irlanda com problemas tão graves quanto os do vizinho grego. Agora Itália, Espanha e até a França enfrentam o mesmo inimigo: a desconfiança geral. Além do caixa vazio.
O EFSF tem no cofre 440 bilhões de euros para emprestar aos países sem recursos para pagar títulos a vencer. Boa parte desse dinheiro está depositado em garantias dadas pelos 27 países-membros da comunidade europeia. Os países depositam, principalmente, títulos públicos como colateral (garantia) a operações de captação que o fundo tem feito no mercado financeiro.
Funciona assim: O EFSF vai à mercado vender um título próprio, oferecendo como garantia tudo o que os países membros depositaram lá. O fundo vinha se saindo bem, pagando taxas de juros bem menores do que Espanha e Itália. Com o dinheiro recebido pelos títulos, o EFSF empresta aos países em crise.
Até esta segunda-feira, os títulos do fundo eram classificados como “triplo A”, o que lhe abria oportunidades em qualquer instituição financeira do mundo.
Agora, com a nota mais baixa, muitos investidores serão obrigados a parar de comprar e também a vender os papéis que têm em carteira. Os grandes bancos e fundos de investimentos internacionais têm uma regra comum em seus estatutos de que só podem comprar ativos com a nota máxima dada pelas agências de risco.
Quando tirou da França o título de “triplo A”, a agência de risco Standard & Poor’s atingiu em cheio o fundo de estabilização da Europa. Como a França é um dos mais importantes garantidores do EFSF, ao perderem o status de “livre de risco”, os franceses provocaram também uma diminuição no poder de fogo do super fundo.
Pela previsão dos líderes europeus, em julho deste ano o EFSF deixará de ser temporário para se tornar um mecanismo permanente de ajuda aos países da comunidade europeia. A mudança não faria aumentar o caixa da entidade. Talvez com um pouco mais de dinheiro, podendo chegar a 500 bilhões de euros. Mas parece muito menos do que seria necessário para estancar a crise.
Muito antes de julho será preciso apresentar um dispositivo-substituto que seja forte e seguro, capaz de convencer o mundo de que a Europa ainda tem um salva-vidas. O próprio presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, já abanou os braços para avisar que não será fácil atravessar o maremoto sem um deles.

Trégua para a Europa pode estar chegando ao fim


sex, 13/01/12
por thais.heredia |
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Como raramente se viu na história recente, os executivos do mercado financeiro e das agências de classificação de risco têm uma opinião em comum: a situação continua a piorar.
O rebaixamento da nota de risco da França já era mais do que esperado. Ao perder o chamado “triplo A”, nota mais alta, os franceses agora se igualam aos americanos, que receberam, no ano passado, a mesma notícia desagradável da mesma instituição, a Standard & Poor’s (S&P). A diferença aqui é que, para a França, a S&P manteve a revisão negativa para a dívida, indicando que mais notícias como essa podem vir. Para o mercado, a mensagem é que o risco francês segue deteriorando.
A mudança na avaliação da nota francesa é mais do mesmo processo que vem acometendo os países europeus. Há um significado simbólico na redução mas, na prática, o mercado já tratava a França como não “AAA”. O efeito imediato da nova classificação da dívida francesa, assim como dos outros oito países que foram rebaixados na mesma leva, é um aumento na percepção de que não há uma solução à vista para a crise.
Não haverá muito tempo para debater sobre a decisão da S&P, nem sobre o ego ferido dos europeus por perderem a majestosa e secular credibilidade. Nesta sexta-feira, para aumentar a apreensão, foi interrompida a negociação entre os bancos privados e o governo da Grécia para o acordo de renegociação da dívida do país. A Grécia quer que os investidores privados aceitem um desconto maior que os 60% já acordados em 2011. Não apareceu pretendente que aceite perder mais.
A trégua que foi dada para a Europa no final do ano passado está se fragilizando. A calmaria aparente do mercado se deu, principalmente, depois que o Banco Central Europeu injetou quase 500 bilhões de euros nos bancos da região que estavam ameaçados pela crise.
De fato, muito pouco ou quase nada do que foi acertado entre os países membros da União Europeia em novembro passado, para melhorar a condição das economias, saiu do papel. Os líderes da crise, alemães e franceses, não se cansam de anunciar medidas, pretensões, promessas, imaginando que só dizer o que se quer fazer seria suficiente para acalmar o mercado.
Não foi e não deverá mais ser. A pergunta que fica é: será que eles sabem de antemão que não vão conseguir entregar o prometido ou realmente não sabem por onde começar? A resposta, qualquer que seja, não seria nada animadora.

NASA

03/02/2012 13h59- Atualizado em 03/02/2012 13h59

Planeta recém-descoberto é 'melhor candidato a abrigar vida' fora da Terra

Distância de GJ 667Cc a estrela permite existência de água líquida.
Sistema solar fica a 22 anos-luz da Terra.

Da EFE
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Uma equipe internacional de cientistas descobriu um planeta a 22 anos-luz da Terra com mais possibilidades de ter água e vida que qualquer outro já descoberto. O estudo foi publicado nesta quinta-feira (2) pela revista "Astrophysical Journal Letters".
O planeta GJ 667Cc tem, no mínimo, 4,5 vezes a massa da Terra. Com uma órbita que dura o equivalente a 28 dias terrestres, ele gira ao redor de seu sol em uma zona onde a temperatura não é nem quente nem fria demais para que exista água em estado líquido em sua superfície.
Ilustração do planeta GJ667Cc (Foto: Carnegie Institution for Science/Divulgação)Ilustração do planeta GJ667Cc (Foto: Carnegie Institution for Science/Divulgação)
"Este planeta reúne as melhores condições para manter água em estado líquido e é, portanto, o melhor candidato a abrigar vida tal qual nós a conhecemos", explicou Guillem Anglada-Escudé, chefe da equipe que trabalhou na pesquisa pelo Carnegie Institution for Science, em Washington, nos Estados Unidos.
A órbita na qual está reúne as condições nas quais poderia existir água, sem necessidade de cumprir outros requisitos como acontece com alguns planetas descobertos que, por exemplo, precisariam de uma atmosfera com muitos gases estufa.
Os pesquisadores encontraram evidência de pelo menos um e possivelmente outros dois planetas orbitando a estrela GJ 667C.
O estudo indica que a estrela pertence a um sistema triplo e tem uma composição diferente do Sol, com concentração muito inferior de elementos mais pesados que o hélio como o ferro, o carbono e o silício.
Segundo os pesquisadores, isto indica que a existência de planetas habitáveis pode dar-se em uma maior variedade de ambientes do que se acreditava anteriormente.
A equipe descobriu que o sistema também poderia conter um planeta gigante de gás e outro astro maior que a Terra com um período orbital de 75 dias. No entanto, são necessárias novas observações para confirmá-lo.