segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Mulher dá à luz filha de trabalhador que morreu após elevador cair em MT

Mulher dá à luz filha de trabalhador que morreu após elevador cair em MT

Três trabalhadores morreram no acidente e outros três ficaram feridos.
Canteiro de obra já foi interditado por fiscais do Ministério do Trabalho.

Ericksen VitalDo G1 MT
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mãe grávida dá à luz a filha de trabalhador morto em obra (Foto: Ericksen Vital/G1)Mulher disse que o marido ia ser bom pai
(Foto: Ericksen Vital/G1)
A auxiliar de serviços gerais Sandra Costa Gomes, de 29 anos, deu à luz filha do operador de elevador Eurico de Jesus Ferreira, 38 anos, um dos três trabalhadores que morreram, na última quinta-feira (5), durante a queda de um elevador de um prédio em obras, em Cuiabá. A cesariana foi realizada na noite desta sexta-feira (6) no hospital Júlio Muller.

Os médicos diagnosticaram que o feto possui problemas no rim esquerdo e deve passar por cirurgia nos próximos dias. A viúva participou do enterro do marido e, logo depois, foi levada para um hospital particular da cidade.
Ao G1, pouco antes de seguir para o hospital onde deu à luz, Sandra contou emocionada que a filha vai se chamar Ana Júlia Costa Gomes Ferreira. O nome foi escolhido pelo pai. Ela também disse que ele ia ser um "bom pai". Os dois viviam juntos há três anos. Eurico era o mais novo de sete irmãos e deixou mulher e dois filhos.
O músico Grinaldo de Jesus Ferreira, de 41 anos, irmão do falecido operador de elevador, também afirmou ao G1 que a sobrinha vai suprir em parte a perda do familiar. "Com o nascimento dela, a gente supera um pouco a perda", disse.
O acidente
Seis pessoas estavam no elevador no momento em que o equipamento despencou de uma altura de aproximadamente 18 metros. Dois trabalhadores morreram na hora e outros quatro foram socorridos e encaminhados para o Pronto Socorro de Cuiabá em estado grave. Um dos funcionários da obra que estava no hospital não resistiu e morreu ainda na tarde de quinta-feira (5), totalizando três vítimas fatais. Os trabalhadores mortos já foram enterrados.
Entre os três sobreviventes, segundo o médico Marcelo Sandrim, dois permanecem internados na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) de um hospital particular da capital. Já o terceiro, que está em melhores condições médicas, passou por uma cirurgia em um dos pés. Os três ainda inspiram cuidados médicos.
Obra interditadaO canteiro de obras do prédio que foi cenário das mortes de três trabalhadores foi interditado na sexta-feira por fiscais do Ministério do Trabalho. A chefe do Núcleo de Segurança da Superintendência Regional do Trabalho em Mato Grosso, Aline Amoras, disse que foram encontradas uma série de irregularidades em relação à segurança dos operários.

Ela afirmou ainda que os responsáveis pela obra deverão substituir o elevador que despencou de uma altura de 18 metros e causou a morte dos três operários, na manhã de quinta-feira (5), na capital. O equipamento, segundo a Superintendência do Trabalho, já havia sido interditado em outubro do ano passado após uma vistoria constatar 11 irregularidades, mas voltou a funcionar normalmente depois que a empresa resolveu os problemas apontados. O elevador tinha seis meses de uso.

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