sábado, 31 de dezembro de 2011

Mais político, Silval encerra o 1º ano do mandato já distanciado de Maggi

Palácio Paiaguás | 01/01/2012  00:01

Mais político, Silval encerra o 1º ano do mandato já distanciado de Maggi

Romilson Dourado

Blairo Maggi e Silval Barbosa    Silval Barbosa (PMDB) manteve-se fiel à chamada turma da botina, capitaneada por Blairo Maggi, durante todo período de 3 anos em que respondeu como vice, de janeiro de 2007 a março de 2010. Nesse interím, assumiu o Palácio Paiaguás por 9 vezes. Não tomava uma decisão sem o consentimento do titular. Ganhou confiança e recebeu retribuição. Maggi renunciou ao posto para concorrer ao Senado. Silval ganhou a cadeira de governador. Ambos partiram para o teste das urnas e saíram vitoriosos, com Maggi tendo votação expressiva para senador e Silval reeleito no primeiro turno.
    A partir daí, o peemedebista, aos poucos, foi adotando um estilo diferente de administrar, mais descentralizado e político e fugindo dos conflitos. Abriu demais a gestão para contemplar os partidos, inclusive adversários nas urnas. Silval fecha o exercício de 2011 necessitando fazer ajustes nas contas. Ampliou demais a estrutura da máquina e precisa "enxugar" o quadro de pessoal. As demandas aumentaram. Neste primeiro ano integral de mandato, a gestão Silval enfrentou crises em setores como segurança, educação, meio ambiente e saúde, além da confusão em torno dos projetos voltados à Copa-2014.
    Se de um lado, o governador, que controla um orçamento de R$ 12 bilhões, é taxado por muitos de "fraco", "indeciso" e que "permite muitos mandarem na administração" por outro, carrega o carimbo de "conciliador", de "político bem intencionado" e de "trabalhador". Como ele não pode buscar a reeleição em 2014 - tendência é de disputar vaga de senador -, os grupos políticos que se mobilizam para encarar a sucessão estadual não veem o peemedebista como adversário, daí a trégua e a estratégia intencional de deixar o "governo correr frouxo".
    Distanciamento
   Mesmo na linha da conciliação e sem fazer alarde, Silval conseguiu se distanciar do grupo de Maggi. "Arrancou" do primeiro escalão quase todos que foram secretários do antecessor, com exceção de Edmilson dos Santos (Fazenda), de Eder de Moraes (Secopa) e de Pedro Nadaf (Indústria, Comércio, Minas e Energia). O governo não é mais técnico. Procura agradar a todos líderes e partidos e, por isso, encontra dificuldades de controlar a máquina.
   Criaram-se núcleos, com cada líder puxando para um lado, o que leva o governador a atuar como espécie de bombeiro para ficar apagando incêndios. Como Silval já foi alertado de que esses grupos podem afundar o seu governo, inclusive com risco de "explodir" escândalos, pretende tomar as rédeas da administração logo no início do ano. A expectativa é de que ele dê novo rumo à administração, com algumas mudanças de equipe e da linha de trabalho.
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