sábado, 4 de fevereiro de 2012

Racha na camara

RACHA | 04/02/2012 - 15:50

Clovito diz que Dilemário é doido e se nega a deixar a liderança do PTB

Glaucia Colognesi

img_direita O vereador Clóvis Hugueney, o Clovito (PTB), afirmou, neste sábado (4), que não deixará a liderança da sigla e nem a vice-liderança do prefeito Chico Galindo (PTB) na Câmara como quer o presidente do seu partido em Cuiabá, Dilemário Alencar. O parlamentar chamou ainda Dilemário de doido por querer desestitui-lo de funções apenas porque defende a aliança do PTB com o empresário Mauro Mendes, pré-candidato à Prefeitura de Cuiabá pelo PSB. "Esse Dilemário é doido, ele briga com todo mundo. Acho que é ciúmes, pois ele é candidato a vereador também", reagiu Clovito.
Ele disse ainda que o correligionário não tem credibilidade por mudar de legenda de acordo com a conveniência. "Quando Wilson estava na Prefeitura, ele era do PSDB, depois que Galindo assumiu, ele foi para o PTB. Eu estou há 30 anos no PTB e vou morrer na mesma sigla", disparou Clovito.
Segundo ele, quem deve decidir sobre sua permanência ou não na liderança do PTB na Câmara é a executiva petebista composta por 5 vereadores. Além dele, representam o partido no Legislativo o presidente da Casa, Júlio Pinheiro, Marcus Fabrício, professor Néviton Fagundes, e Totó César. Clovito garantiu que já tem o apoio de 3 colegas. "Eles me autorizaram a falar em nome deles e não aceitam que eu seja destituído da liderança. Assim que Pinheiro chegar de viagem vou conversar com ele e também tenho certeza que vai me apoiar", frisou.
O parlamentar afiançou por telefone que o prefeito Galindo também prometeu que não irá tirá-lo da vice-liderança do Alencastro no Legislativo. "Ele disse que não é para tanto e que entende a minha postura", contou Clovito. Ele alega ser vítima de perseguição política por parte de Dilemário desde a votação da lei que autorizou a concessão da Sanecap. Na época, o presidente do PTB orientou que os colegas votassem a favor da proposta, mas, mesmo à contragosto e depois que já havia proferido voto, ele bradou na tribuna que só naquele momento havia recebido uma carta de liberação do partido para que se posicionasse como bem entendesse.
Clovito lembrou que no ato de filiação do empresário Dorilêo Leal ao PMDB compareceram diversos vereadores de outros partidos e nenhum deles foi acionado pelos dirigentes das siglas. O vereador argumentou que não pode ser considerado infiel por ter comparecido ao ato de filiação do PSB e defendido o apoio do PTB à pré-candidatura do empresário Mauro Mendes à Prefeitura da capital, no decorrer da semana. Segundo Clovito, o próprio Galindo já reiterou por diversas vezes que não irá disputar a reeleição.
Ele também disse que não começaram as campanhas políticas e o período eleitoral, com início em abril, e que o momento é de buscar alianças com os outros partidos. "Eu só tentei abrir a porta para uma futura composição, num segundo momento o grupo dos dois partidos pode sentar para aprofundar o diálogo", ponderou.
Por fim, Clovito rebateu às acusações de Dilemário de que ele não defende o prefeito na Câmara e de não ter assinado o requerimento para a abertura da CPI da Cemat. "Nunca bati em Galindo e sempre o defendi. Também não posso assinar uma CPI, porque é ilegal usar dessa prerrogativa para fazer devassa em empresa privada", afirmou.
Ele disse que vai conversar com Pinheiro sobre qem propôs a medida para tentar convencê-lo a mudar de ideia e para que, em vez de CPI, seja feita um auditoria na Sanecap. O objetivo é apurar se realmente a dívida milionária da autarquia com a Cemat é justa ou foi superfaturada

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