sexta-feira, 22 de junho de 2012

Politica/Eleições 2012

Governador tenta se livrar de Totó e incentiva Faiad a continuar no páreo

 


-- Governador Silval Barbosa se vê forçado a apoiar a prefeito de Cuiabá o ex-vereador Totó Parente e tem se articulado pela desistência do colega do PMDB
Governador Silval Barbosa se vê forçado a apoiar a prefeito de Cuiabá o ex-vereador Totó Parente e tem se articulado pela desistência do colega do PMDB
O ex-vereador Totó Parente deixou numa saia-justa o governador Silval Barbosa ao se lançar, pela segunda vez, como pré-candidato a prefeito de Cuiabá. Ele se torna um fardo pesado demais para o Palácio Paiaguás carregar e o ônus do iminente fracasso nas urnas será atribuído ao chefe do Executivo, já que ambos são do mesmo partido, o PMDB. Preocupado com o efeito-Totó, Silval tem dito nos bastidores que não perdeu as esperanças do colega peemedebista desistir do projeto majoritário e vem incentivando o advogado Francisco Faiad a se manter no páreo. No fundo, o que Silval deseja mesmo é se livrar de Totó, que já é conhecido como integrante da chamada "turma da boquinha" - pessoas que se movimentam nos bastidores pesando em garantir cargo comissionado para si próprias, parentes e amigos.
Totó não perdeu mais espaço com a cúpula porque tem apoio do padrinho político, o deputado Carlos Bezerra, que comanda o PMDB há praticamente duas décadas. Após 8 anos morando no Rio, ele retornou a Cuiabá recentemente e já chegou fazendo barulho e, no atropelo, se lançou a prefeito. Primeiro, tratou de "minar" a pré-candidatura do empresário Dorileo Leal. E conseguiu. Queria ser vice de Mauro Mendes (PSB), mas encontrou resistência. Numa tentativa de sobrevivência política, anunciou projeto de candidatura ao Palácio Alencastro. Em 2004, Totó concorreu a prefeito. Ficou em quarto lugar, com apenas 12.110 votos. Depois disso, sumiu da capital mato-grossense. Reapareceu agora.
Com Totó estão apenas o cunhado Rafael, o advogado Clóvis Cardoso e Carlinhos Miranda. Nos bastidores, o bloco tem aval de Bezerra. Trata-se de um grupo minoritário dentro do PMDB que é alimentado pelo cacique Bezerra. Uma candidatura do ex-vereador tende a trazer desgaste para Silval, que será forçado a aparecer no horário eleitoral defendendo o nome do seu partido, mesmo sabendo que a chance será mínima de vitória, diante de outras candidaturas fortes, como do deputado Guilherme Maluf (PSDB), do ex-deputado Carlos Brito (PSD), do vereador Lúdio Cabral (PR) e do empresário Mauro Mendes (PSB).

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