30/01/2012 09h54- Atualizado em 30/01/2012 09h54

Corpos de jovens assassinadas em MT serão enterrados nesta segunda

Vítimas tinham 12 e 13 anos e foram mortas na região metropolitana.
Idoso de 90 anos é principal suspeito de cometer o crime.

Do G1 MT

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Adolescentes foram mortas após saírem de uma festa (Foto: Reprodução/TVCA)

Devem ser sepultados na manhã desta segunda-feira (30), os corpos das duas adolescentes mortas à facadas no domingo (29), no bairro jardim Ipanema em Várzea Grande, região metropolitana da capital. Grazieli Rodrigues de Moraes, 12 anos, e Stefani Souza Silva, 13, foram assassinadas depois de saírem de uma festa de aniversário. O principal suspeito do crime, um aposentado de 90 anos, confessou a autoria à polícia.
Um terceiro adolescente, de 14 anos, que estava junto com as duas vítimas, chegou a ser ferido, mas sobreviveu. O depoimento dele deve ajudar a polícia a entender como o crime foi praticado. A testemunha relatou que o homem chamou as adolescentes para entrarem na residência dele. No entanto, todos fugiram.

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“Saímos correndo, mas encontramos ele em outra esquina com um facão na mão. Foi tudo muito rápido. Ele chegou e começou a esfaquear as meninas”, disse o adolescente, em recente entrevista. De acordo com a Polícia Civil, a versão de pedofilia será investigada. Conforme a delegada Anaide Barros, o homem será indiciado por duplo homicídio e tentativa homicídio qualificado. “As vítimas não tiveram como se defender”, declarou a delegada, em entrevista concedida ainda no domingo (29).
O aposentado Francisco da Silva foi encaminhado ao Centro de Rossocialização de Cuiabá, antigo Carumbé. Ele prestou depoimento à polícia e afirmou durante entrevista que os adolescentes começaram a encomodá-lo durante a madrugada. “Estava deitado, por volta das 2h, quando os jovens começaram a jogar pedras no telhado. Sai e fui verificar o que estava acontecendo”, relatou o aposentado. O crime chocou moradores do Jardim Ipanema. O suspeito era representante do bairro em que residia e havia sido eleito como presidente pelos moradores junto à prefeitura.
Casa queimada

Além de casa, veículo também foi incendiado
(Foto: Reprodução/TVCA)

Em um ato de protesto, a população incendiou a residência onde morava o aposentado e a família. A esposa do idoso, Tereza Guedes da Silva, de 69 anos, contou que um grupo de pessoas invadiu a casa dela e mandou que todos fossem para a rua. Filhos e netos estavam no local.
"Tirei minha filha e meus netos. Logo começaram a quebrar as telhas e os móveis. A casa e o carro foram incendiados", diz Tereza. A idosa ressalta que a família não tem onde morar. A filha do casal, Claudia Guedes, lamentou o ocorrido e diz que a prisão será a consequência do crime cometido pelo pai. "É uma tragédia para a família", declarou.