segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Palácio Alencastro

Palácio Alencastro | 06/02/2012 - 08:00

Temeroso, Galindo tira férias por 15 dias e entrega Cuiabá para Pinheiro

Patrícia Sanches


Júlio Pinheiro está com a chave da prefeitura e se prepara para assumir pela 2ª vez. Galindo deixa gestão temeroso
Mesmo temeroso com o que pode acontecer com o Palácio Alencastro sob a gestão Júlio Pinheiro (PTB), presidente da Câmara, o prefeito da Capital Chico Galindo (PTB) decidiu sair de férias por duas semanas a partir do próximo dia 15. De um lado ele entende que é necessário descansar para recuperar as energias, já que terá pela frente uma série de desafios, entre eles, o de executar projetos e obras que tem prometido. Ele também vai participar de forma direta nas eleições municipais, seja como candidato à reeleição ou apoiando um candidato indicado por seu grupo político.
Por outro lado, Galindo sente-se ainda pressionado por Júlio Pinheiro que está ávido por poder. O prefeito se mostra preocupado com a situação e tem lá as suas razões, afinal, no ano passado quando Pinheiro respondeu pelo Palácio Alencastro por 15 dias foi uma confusão.
Enquanto Galindo estava no exterior, Pinheiro atropelou etapas e encaminhou à Câmara Municipal o projeto que autorizava a concessão do sistema de saneamento de Cuiabá. Embora muitos tenham avaliado que o ato foi combinado com o prefeito, o presidente da Câmara tentou capitalizar como sua passagem pelo Palácio Alencastro. E numa articulação junto aos seus colegas, conseguiu aprovar a mensagem a “toque de caixa”. Pinheiro negociou também a compra pela prefeitura do estádio Dutrinha, levando o município a pagar R$ 3,5 milhões para Federação Mato-grossense de Futebol (FMF).
Agora, muitos temem que ele resolva modificar o modelo de gestão do passe livre. Oficialmente, ele nega. Por outro lado, não esconde a vontade em exonerar os secretários de Trabalho e Desenvolvimento Econômico Dilemário Alecancar (PTB), de Habitação João Emanuel (PSD) e de Cultura Luiz Poção (PSD), que vão concorrer à Câmara. Acontece que Galindo havia feito um acordo com os vereadores de demitir os secretários que serão candidatos a uma cadeira no Parlamento para impedir que eles se beneficiem do poder da máquina para se eleger.
Comentários:
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  • Jofre Soares | 06/02/2012 09:56
    Cuiaba

    Bem,todos sabem que o Vereador Júlio é impetuoso, mas não é mau carater, ele e o Prefeito sempre se deram muito bem, mas é preciso ter cuidado, será que o Veredor tem bom relacionamento com os Secretários citados?

POLÊMICA | 06/02/2012 - 10:24

Júlio diz que Jayme não está na UTI; problema seria no coração

Gabriela Galvão

Apesar dos rumores de que o senador Jayme Campos (DEM) estaria internado na UTI do Hospital Santa Lúcia, em Brasília, seu sobrinho Júlio Neto (DEM) garante que o tio teve alta do hospital neste domingo (5) e está descansando em sua casa na Capital Federal. O celular do senador, entretanto, continua desligado.
Júlio Neto, filho do deputado federal Júlio Campos (DEM), afirmou que o senador teve infecção intestinal e acabou internado na quinta (02) com desidratação. “É um absurdo dizerem que um senador está na UTI sem saberem que o que realmente está acontecendo”, afirmou em entrevista ao RDNews.
Jayme tem 60 anos e já foi prefeito de Várzea Grande e governador de Mato Grosso. Ele iniciou a carreira política pela Arena e é uma das principais lideranças do DEM. O seu nome, inclusive, é um dos mais cotados na corrida pela Prefeitura de Várzea Grande.
10h44 - Jayme teria problemas cardíacos
Diferentemente do que a família e assessores têm dito, o senador Jayme Campos ainda estaria internado na UTI do hospital Santa Lúcia devido problemas cardíacos. A informação é do site BSB Brasil, de Brasília. Conforme o veículo, o democrata continua sob cuidados médicos, mas o seu estado de saúde é considerado estável.
Senado | 06/02/2012 - 09:10

Emendas são forma de controle e pressão da União, diz Taques

Valérya Próspero

O senador Pedro Taques (PDT), em entrevista ao RDTV, culpou as emendas parlamentares individuais pelos escândalos de corrupção que estouraram no Congresso nos últimos anos. Entre eles o dos sanguessugas e o mensalão, que envolvem políticos de Mato Grosso. Para ele, os parlamentares não devem ser “despachantes” do orçamento da União. “É lógico que esses valores são desviados”, dispara.
De acordo com Taques, dados do Tribunal de Contas revelam que 30% da verba pública é desviada. “Cada parlamentar tem direito a R$ 15 milhões, sendo 20% pra saúde, o que o senador faz com R$ 15 milhões que podemos dividir em até 25 emendas? É um cobertor curto, tampa a cabeça, destampa os pés”, avalia.
Ainda segundo ele, a manutenção das emendas é uma forma do Executivo ter controle sobre o Congresso. Ele reconhece, inclusive, já ter sido alvo de pressão ao votar contrário aos projetos da presidente Dilma Roussef (PT). “Quando eu era contra matérias do Executivo me falaram que levantariam minha capivara para saber em que ponto votei e iam querer barrar minhas emendas”.
De todo modo, parlamentar defende ainda uma mudança de cultura por parte dos políticos que só pensam em ajudar cidades que colaboraram com suas vitórias. Ele garante que não busca favorecer apenas Cuiabá, onde recebeu 213 mil votos, por isso, vai fazer um planejamento para destinar suas emendas de acordo com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). “Quanto menor o IDH, mais emendas”.

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