Polícia investiga mineradora de MT após identificar dinamites apreendidas
Explosivos foram roubados e polícia apura se funcionários forneceram.
Exército monitora empresas especializadas nas vendas.
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De acordo com a delegada Ana Cristina Feldner, responsável pela investigação, a polícia também vai apurar se há envolvimento de funcionários da mineradora no fornecimento dos explosivos para quadrilhas que assaltam bancos em Mato Grosso e em outros estados.
Ela ressalta que está ocorrendo uma “migração” das quadrilhas para esse tipo de crime, onde envolve explosivos. Isso, segundo a delegada, pelo fato dos assaltos com o uso de dinamites serem mais rápidos e eficientes. Conforme os dados divulgados pela polícia, somente no ano passado foram 106 ataques a caixas eletrônicos ao passo que em 2012 já foram registrados 15.
Recentemente uma adolescente foi detida dentro de um ônibus com 30 bananas de dinamites e três conectores de explosivos, no Trevo do Lagarto, em Várzea Grande, região metropolitana da capital. “Naquela ocasião, onde a adolescente transportava as 30 dinamites, ela poderia ter explodido o ônibus inteiro, semelhante a um ato terrorista”, alertou a delegada.
A delegada disse ainda que várias quadrilhas estão praticando esse tipo de crime, usando adolescentes para transportar os explosivos e posteriormente usá-los para cometer assaltos. “O maior risco está na hora em que as quadrilhas usam os adolescentes para transportar esses explosivos. Apenas uma trepidação do veículo já é suficiente para detonar os explosivos”, lembrou a delegada que atua no Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO).
Desde dezembro do ano passado, o Exército vem monitorando as empresas especializadas na venda de dinamites. Em janeiro deste ano a instituição resolveu fiscalizar in loco as empresas e identificar supostas irregularidades. Após a fiscalização, o Exército Brasileiro elaborou um plano de segurança para essas empresas.
De acordo com tenente coronel Mario Anselmo Marszalel, o Batalhão do Exército tem a responsabilidade de fiscalizar 63 municípios de Mato Grosso. Dentre os municípios, conforme o coronel, 32 empresas usam o material explosivo e 16 são prestadoras de serviço, que também utilizam dinamites. No entanto, o Exército não divulgou as empresas que não se enquadram nos padrões de segurança.
Mas advertiu que as empresas que não seguem a legislação, correm o risco de ter o serviço interrompido. “Temos sugerido que essas empresas adotem o sistema de segurança eletrônico que é mais eficiente e satisfatório”, afirmou o coronel.
Crime
Na ação que ocorreu no ano passado, os assaltantes levaram 800 dinamites. Dois homens rederam um vigia e, posteriormente, mais dois suspeitos foram ao local com dois caminhões e recolheram o material. A Polícia Civil conseguiu recuperar apenas 98 explosivos e, de acordo com a polícia, as dinamites não apreendidas estão na clandestinidade e podem ser usadas em novos assaltos, além de arrombamentos de caixas eletrônicos.
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