quinta-feira, 26 de abril de 2012

Na pressão, Governo tenta superar crise na Saúde, na Copa e transporte

 

Glaucia Colognesi


Com 2 anos de mandato e quase 3 pela frente, o governador Silval Barbosa enfrenta embaraços administrativos com obras da Copa, licitação do transporte intermunicipal e cobranças em setores essenciais, como a falta de repasse à saúde para municípios
O governador Silval Barbosa (PMDB) acumula tantos pepinos que decidiu cancelar a viagem à China para contornar crises que vêm difcultando avanços administrativos. Ele enfrenta problemas para conduzir as obras da Copa-2014, tanto em relação ao quadro de assessores quanto na execução de projetos. Das mais de 80 propostas sobre mobilidade urbana, construção do novo estádio e de centros de treinamentos, somente dez estão em andamento.
O principal orgulho do governo hoje é a Arena Pantanal, orçada em R$ 455 milhões e cuja execução está próxima de 50%. Os demais projetos encontram obstáculos. Por causa de embaraços técnicos e jurídicos, o Palácio Paiaguás se vê em desespero diante da decisão da Justiça de suspender o processo licitatório do VLT, orçado em R$ 1,1 bilhão. O Governo tende a reverter a situação porque a liminar perdeu o objeto, considernado que, no mesmo dia da decisão judicial, o Estado já havia prolongado o prazo para apresentação das propostas.
Silval, sequer, definiu o novo secretário da Secopa, depois da exoneração sumária de Eder Moraes. Busca superar também conflitos e interesses pessoais dos empresários no processo de licitação das linhas intermunicipais, a cargo da Ager, que também está sem presidente. A licitação divide o serviço de transporte de Mato Grosso em 8 mercados, a ser explorado por até duas empresas em cada um deles. A demora se deve às impugnações do edital. O governo teve que reverter junto ao Tribunal de Justiça 3 decisões contrárias à licitação, reformular o valor das outorgas e abrir novos prazos.
O peemedebista também é acuado em outras áreas. Na Saúde, por exemplo, há reclamação de que o Estado acumula quase R$ 100 milhões de pendências do exercício de 2011 junto aos municípios, montade que não teria sido repassado para o atendimento básico. A crise é tanta que a reunião com 54 prefeitos realizada nesta semana na AMM foi marcada por bate-boca e duras críticas à secretaria estadual de Saúde. Com exatos dois anos de gestão e quase três pela frente, já que concluiu o mandato de Maggi e foi reeleito, Silval Barbosa tem feito esforço para se livrar das bombas de efeito retardado, mas, por falta de pulso firme e coragem, elas continuam explodindo em sua administração

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