sexta-feira, 4 de maio de 2012

Sefaz afasta da vida pública três servidores envolvidos com rombo na conta única do Estado

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04/05/2012 - 09:33

 

Da Redação - Renê Dióz
Foto: Reprodução
Sefaz afasta da vida pública três servidores envolvidos com rombo na conta única do Estado
Secretário estadual de Fazenda (Sefaz), Edmilson José dos Santos decidiu afastar os servidores da pasta investigados pela Polícia Civil como integrantes da quadrilha do BB PAG. Estes, num esquema de fraudes, desviaram mais de R$ 12,9 milhões da Conta Única do Estado.

A decisão, publicada na edição do Diário Oficial do Estado (DOE) que circula nesta sexta-feira (04), diz respeito aos servidores Magda Mara Curvo Muniz, agente da área instrumental do Governo (AAIG) e coordenadora do controle da Conta Única do Estado, Avaneth Almeida das Neves, técnica da área instrumental do Governo (TAIG) e secretária adjunta do Tesouro Estadual, e Paulo Alexandre França, técnico do setor financeiro da Sefaz.

Magda e Avaneth são consideradas duas das principais peças do esquema de rombo que perdura desde 2007, alvo da Operação Vespeiro, da Delegacia Fazendária (Defaz), na manhã de ontem. Paulo também é investigado pela polícia como partícipe do esquema.

Como a polícia não conseguiu localizar Paulo e Magda para o cumprimento de mandado de prisão expedido pelo juiz José Arimatéia, ambos são considerados foragidos, além de outros 21 investigados que tiveram a prisão temporária decretada. Já Avaneth foi presa ontem.

Quando a investigação sobre o rombo tornou-se de conhecimento público pela imprensa, logo os servidores foram afastados de suas funções (sendo remanejados provisoriamente para outros setores) e foram abertos processos administrativos para averiguar a participação deles em atividades ilícitas dentro da Sefaz.

Agora, o afastamento imposto aos servidores é da vida pública, o que os priva de qualquer acesso aos sistemas que operavam. Em nota, a assessoria de imprensa da Sefaz informou que a medida atende a determinação judicial do mesmo juiz que decretou a prisão temporária dos acusados pelo rombo da Conta Única.

Um quarto servidor, Antônio Ricardino Martins, que estava atuando como assessor na Sefaz, foi colocado pelo secretário à disposição de sua lotação de origem – o Centro de Processamento de Dados (Cepromat).

Ricardino teria cooptado sua empregada doméstica Miralva Alves dos Santos para que ela disponibilizasse seu nome para a abertura de uma conta bancária na qual recursos desviados da Conta Única seriam movimentados por ele.

A polícia conseguiu flagrá-lo em imagens sacando dinheiro de um caixa eletrônico com o cartão magnético em nome de Miralva, considerada mera laranja no esquema todo. Ricardino teve mandado de prisão temporária expedido pelo juiz José de Arimatéia e, no momento em que a polícia fazendária o localizou em sua casa, lá estava o cartão de banco da empregada.

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