quinta-feira, 21 de junho de 2012

PT perde pré-candidatos e pode não eleger 1 vereador; veja quem restou


-- Enelinda Scala, após obter garantia de estrutura e tempo privilegiado de TV, concorre novamente à Câmara, enquanto Luiz Scaloppe e Verinha desistem na disputa
Enelinda Scala, após obter garantia de estrutura e tempo privilegiado de TV, concorre novamente à Câmara, enquanto Luiz Scaloppe e Verinha desistem na disputa
O PT corre risco de não eleger um vereador em Cuiabá. Da lista de 46 pré-candidatos, o partido conseguiu, com muito esforço, receber 27 inscritos e a ex-vereadora e sanfoneira Enelinda Scala só aceitou entrar na relação após uma negociação com o pré-candidato a prefeito Lúdio Cabral, de quem recebeu garantia de estrutura para a campanha e de tempo privilegiado no horário eleitoral. A ex-deputada Vera Araújo, hoje secretária-adjunta de Estado de Justiça e Direitos Humanos, e o procurador de Justiça do Estado, Luis Alberto Esteves Scaloppe, desistiram.
Scaloppe até havia retornado à militância, com propósito de concorrer a vereador e, de última hora, preferiu ficar de fora. Ele já disputou pelo PT a governador, em 1990. Teve votação pífia. Nesta campanha, o petismo não terá mais a participação efetiva da velha guarda como se imaginava. Na reunião da Executiva municipal nesta terça à noite, Lúdio se mostrou preocupado com a possibilidade do partido não conquistar vaga, mesmo com ampliação do quadro de vereadores de 19 para 25, e se articula para fechar chapa com o PDT. Admite que não há um "puxador de voto". O quociente eleitoral deve chegar a 11 mil votos por vaga. Hoje, a legenda conta com uma cadeira, ocupada por Lúdio, que concorrerá ao Palácio Alencastro.

Os nomes mais competitivos são de Enelinda, que tem apoio do deputado Ademir Brunetto; de Aparecido Mendonça, com aval do secretário de Estado de Educação Ságuas Moraes; de Arilson da Silva, cujos padrinhos são a ex-senadora Serys Marly e Verinha e apoio do ex-presidente do PT da Capital Jairo Rocha; e o professor Allan Kardec, respaldado pelo deputado Alexandre Cesar. Kardec é sobrinho de Valdebran Padilha, classificado pelo ex-presidente Lula de "aloprado" por causa do envolvimento no escândalo da compra de dossiê anti-tucano.
Há outros nomes do petismo de "olho" na Câmara, mas considerados fracos do ponto de vista eleitoral, como dos líderes comunitários Cledson Torquato, do Tijucal; José Carlos de Araújo, do Monte Líbano; e Robson Cireia, do Jardim Itália - veja ao lado a lista completa dos pré-candidatos.
Petistas avaliam que, por causa do enfraquecimento da legenda, o máximo que pode conseguir seria uma cadeira na Câmara da Capital. O cenário é pior do que aquele do pleito de 2000, quando elegeu Enelinda e Verinha. O primeiro vereador pelo PT na Capital foi Vanderley Pignatti, em 1988. Depois, o partido elegeu Ivan Evangelista, em 96, com 1.503 votos. A maior bancada petista veio em 2004, com a garantia de 3 cadeiras, ocupadas por Domingos Sávio, Valtenir Pereira e Lúdio. O primeiro foi para o PMDB, enquanto Valtenir se tornou deputado federal e está no PSB. Restou Lúdio na sigla petista

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