segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Novo Paraíso vira inferno devido à falta de água

 

A falta de água no Novo Paraíso 1, 2 e 3, região ao lado do Jardim Vitória com aproximadamente 15 mil moradores, é tanta que vários moradores colocaram suas residências à venda. No setor 3, por exemplo, os habitantes não têm água na torneira para fazer comida. Foi o que disse nesta terça (24) o líder comunitário Célio Bispo, que concorreu a vereador pelo PV e ficou na primeira suplência com 1.561. Sua coligação composta de cinco partidos (PSL, PRP, PV, PRB e PMN) elegeu o pastor Washington Barbosa (PRB). Célio teve 500 votos somente no Novo Paraíso. Agora, como a prefeitura não resolve o problema da falta de água, ele se vê acuado pela cobrança dos moraores.

O comunitário Célio Bispo cobra promessa do prefeito Santos, que foi ao bairro a durante campanha e garantiu solução
Célio disse que a comunidade está revoltada com o que chama de descaso na área de saneamento para com uma das regiões mais carentes de infraestrutura de Cuiabá. Lembra que realizou comício com a presença no palanque do prefeito e então candidato à reeleição Wilson Santos (PSDB) e este prometeu equacionar o problema.
Diz também que Santos determinou que a presidente da antiga  Companhia de Saneamento (Sanecap), Eliana Rondon, fosse no bairro para discutir ações emergenciais. Tudo já caiu no esquecimento. Na busca de uma solução paliativa, a Sanecap mandou carro-pipa para atender alguns moradores. Célio observa que, mesmo sem água, a conta para pagamento de tarifa chega todo mês. Pelos seus cálculos, 70% já deixaram de pagá-la.
"Eles (da prefeitura) falam que o problema vai ser resolvido com o funcionamento da ETA Tijucal, só que a nossa comunidade não aguenta mais esperar. As pessoas estão vendendo as casas porque não têm água para fazer comida", alerta Célio, militar, médico-veterinário e evangélico da Assembléia de Deus.
Era Dante
O Novo Paraíso surgiu na década de 1980, incentivado pelo então prefeito Dante de Oliveira (já falecido). Os loteamentos foram feitos depois sem a prefeitura oferecer qualquer infraestrutura. Seus moradores sofrem até hoje com as ruas sem asfalto. Buracos impedem o trânsito até de pedestres. Não há rede de esgoto e a coleta de lixo é falha. Para piorar, ainda enfrentam falta de abastecimento de água. Em consequência, os habitantes são atingidos com problemas de hanseníase, verminose e dengue.

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