segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Politica / resumo

Jingles exploram rasqueado; candidatos alfinetam opositores

Nayara Araújo

 -- Lucimar Campos, Tião da Zaeli e Walace Guimarães
Lucimar Campos, Tião da Zaeli e Walace Guimarães
Na hora de escolher qual jingle vai tocar durante a campanha, os candidatos à Prefeitura de Várzea Grande não pensaram duas vezes e decidiram explorar a cultura regional. As letras, de uma maneira geral, têm apenas um propósito: repetir os números dos candidatos demasiadamente para o eleitor se recordar na hora de votar.
Há quem se arriscou, no entanto, a mesclar o rasqueado com um pouco de marchinha de Carnaval, como é o caso do prefeito que busca a reeleição, Tião da Zaeli (PSD).
Explorando a necessidade de uma “Nova Várzea Grande”, a letra alfineta diretamente a principal candidata de oposição, Lucimar Campos (DEM), esposa do senador Jayme Campos (DEM). O trecho “ele tem coragem para vencer os desafios e os aproveitadores da nossa cidade”, fazem críticas veladas à família Campos, que esteve por décadas no comando da cidade.
Já o jingle de Walace Guimarães (PMDB) fica na repetição do número do candidato. Também fala a trajetória de vida do peemedebista, lembra que embora tenha nascido no Espírito Santo, esolheu Várzea Grande para morar com a família e consolidar a carreira. Ele optou por se manter neutro, não fazer nenhuma crítica aos opositores, se limitando apenas a lembrar “vamos fazer uma nova Várzea Grande e a a nossa história mudar”.
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Saúde pública: precisamos de propostas e propósitos

Jackelyne Pontes

Em Mato Grosso a saúde pública enfrenta situação de caos, o que infelizmente não é muito diferente do resto do Brasil. De um lado gestores com pouca vontade política, levando em consideração interesses pessoais ou de suas legendas políticas. De outro profissionais insatisfeitos, que não são valorizados devidamente, em um processo de sofrimento profissional. Quem paga a conta e vive as consequências deste quadro é a população usuária, que enfrenta esta crise de frente.
As verbas destinadas à saúde são insuficientes e, para concluir isso, não é preciso ser nenhum estudioso do assunto, e ainda sim está sofre ataque corrosivo de dois fatores: desvio e corrupção, resultado de uma má gestão com prejuízos astronômicos. O princípio da integralidade no Sistema Único de Saúde (SUS) deveria ser respeitado. Entende-se integralidade não somente como um conceito em que os sujeitos são atendidos em sua totalidade, mesmo que esta não seja alcançada em sua plenitude. Integralidade é mais que uma diretriz do SUS. É uma bandeira de luta a ser defendida por gestores, trabalhadores e usuários, segundo reza a Constituição Brasileira de 1988.
Segundo pesquisas, cerca de um quarto (25%) da população recorre a planos privados de saúde para que possam ser atendidos em suas necessidades, suprindo assim a deficiência do sistema público. Isso é um absurdo. A iniquidade gerada pela má administração dos recursos da saúde, assim, atinge os pobres, aqueles que não podem arcar com esse tipo de despesa. E na contramão deste fato diariamente nos deparamos com notícias de corrupção, desvio de verbas e construção de obras faraônicas, que, inacabadas, tornam-se elefantes brancos, uma espécie de monumento à má gestão, esfregando na cara do usuário, diariamente, a falta de planejamento e de conhecimento por parte dos governantes e de seus escolhidos.
Um exemplo de caos instalado é o Pronto Socorro Municipal de Cuiabá, que sofre com a falta de estrutura e foi local de acidentes estruturais, como desmoronamentos, e além disso falta de medicamentos, sucateamento de seus equipamentos e número reduzido de profissionais comprometendo assim o atendimento da população que deveria ser eficaz e eficiente. A alternativa encontrada pelos gestores para mascarar a ineficiência é a estadualização com a posterior privatização do atendimento, o que gera protestos por parte de sindicatos, usuários, acadêmicos e profissionais da saúde.
Segundo tais entidades, a privatização trata-se da saída mais fácil e cômoda, onde os governantes assumem a sua negligência para com a população e a sua incompetência para gerir, e além disso sabem muito bem, e fazem “olhos de mercador” para o fato de que a privatização é uma medida imediatista, que apenas adia o caos do caos, anunciado por sinal.
Senhores candidatos a gestores municipais, onde estão as propostas e propósitos para a saúde? Sem propostas e propósitos não há como avaliarmos quem irá nos representar. Ouçam os usuários e os profissionais, pois são eles as melhores fontes de informação.
Jackelyne Pontes é cirurgiã-dentista, filiada ao Sinodonto-MT (Sindicato dos Odontologistas do Estado de Mato Grosso) e escreve exclusivamente para este blog todo domingo - jackelynepontes@gmail.com
 

VÁRZEA GRANDE |

Grafitte vê imposição dos Campos e agora coordena a campanha de Tião

Romilson Dourado

-- Wilson Grafitte se junta à passeata, no meio do povo e puxada pelo prefeito Tião da Zaeli, neste sábado
Wilson Grafitte se junta à passeata, no meio do povo e puxada pelo prefeito Tião da Zaeli, neste sábado
Após duas tentativas frustradas de ser candidato a prefeito de Várzea Grande pelo grupo dos Campos, em 2008 e agora, o empresário Wilson de Oliveira, o Grafitte, resolveu romper politicamente com os irmãos Júlio e Jayme Campos e não só se desfiliou do DEM como já escolheu quem vai ajudar na campanha à sucessão municipal.
Ele foi o "fato novo" anunciado pelo prefeito Tião da Zaeli (PSD), na passeata neste sábado nos bairros Imperial e Mappin. O movimento reuniu cerca de 4 mil pessoas, segundo Grafitte, sob a lideraça do comunitário Arnaldo do Mappin. O empresário recebeu convite do próprio Tião para ser o coordenador-geral da campanha. Ficou de dar uma resposta até segunda-feira.
Em entrevista ao RDNews, Grafitte alega que decretou ruptura política com os Campos por não concordar com o "jeito deles de conduzir a política". Em seguida, pontua que o país vive o regime democrático e é preciso haver respeito e não se permitir imposição. Disse ainda que Várzea Grande enfrenta o autoritarismo do grupo dos Campos há 30 anos e o munípio, mesmo sendo o segundo maior em número de habitantes, registrando hoje, segundo o empresário, 255 mil habitantes, tem perdido espaço para outras cidades menores, que se despontam na economia. Jayme e Júlio foram prefeitos e tiveram vários aliados à frente da administração.
Ao deixar o DEM, que tem a esposa de Jayme, Lucimar Campos, como candidata à sucessão, Grafitte repete o ritual feito há 4 anos pela médica Jaqueline Guimarães. Em 2008, após Júlio Campos sair do cargo vitalício de conselheiro do TCE para entrar na disputa a prefeito, excluindo Walace Guimarães, que já estava em campanha, Jaqueline pediu desligamento do Democratas, em solidariedade ao marido. O casal apoiou o então prefeito Murilo Domingos (PR), que conseguiu se reeleger. Em moeda de troca, Jaqueline veio a ser contemplada com cargo de secretária de Saúde e foi candidata à deputada federal pelo PHS, sem êxito nas urnas. Hoje ela está na campanha do marido Walace, candidato a prefeito pelo PMDB.
Wilson Grafitte afirma não estar magoado com o DEM e muito menos com os Campos. Destaca votar pela reeleição de Tião, alegando que "quer o melhor para Várzea Grande". "Tenho empreendimento aqui e quero buscar um administrador que tem visão futurista". O empresário diz que ficará um bom tempo sem filiação partidária. Para ele, Tião já mostrou competência como gestor, mesmo com curto tempo de gestão e, num eventual segundo mandato, terá condições "de fazer o melhor pela infraestrutura, saúde, educação e pelo social".
RONDONÓPOLIS |

Percival realiza passeata e se diz surpreso com número de pessoas

Lucas Perrone, de Rondonópolis

Foto: Macsuel Oliveira
Foto: Macsuel Oliveira--A estimativa é que 2 mil pessoas acompanharam ato de Percival neste sábado
A estimativa é que 2 mil pessoas acompanharam ato de Percival neste sábado
O candidato a prefeito de Rondonópolis pelo PPS, o deputado estadual Percival Muniz, fez na manhã deste sábado (18) uma passeata pela região central da cidade. O ato foi considerado pelo próprio Percival, como maior em termos de participação popular na atual campanha. “Estou surpreso e satisfeito. Esperava juntar aqui 300 pessoas e com certeza foram mais de 2 mil”.
A passeata durou mais de 1 hora uma e começou na praça Brasil, passando pelas principais ruas do centro da cidade e terminando no Marco do Cruzeiro, no casario Marechal Rondon. O local é considerado um patrimônio histórico de Rondonópolis e onde estão as primeiras casas construídas na cidade.
Percival destacou que escolheu terminar a caminhada no local porque, durante sua gestão, realizou as obras de recuperação da região. “Aqui era um matagal e não tinha nada, reconstruí tudo e agora os meus adversários não conseguem resolver o problema de documentação dessa área, mas eu resolvo isso”, disse.
Além de Percival e a presença de candidatos a vereador, a passeata contou com a presença de lideres locais do PPS, PSD, PSDB, DEM, PDT, PSB, PV, PSC que também destacaram a presença popular.
O vereador Mohamed Zaher (PSD), que passa por tratamento de radioterapia devido a um câncer na próstata, fez questão de estar presente, mesmo diante de um sol forte e contrariando as orientações médicas. “Estou aqui, pois acredito no Percival e quero ver essa cidade sair desse caos”.
A passeata deste sábado deve ser uma das atrações dos primeiros programas eleitorais de Percival. O candidato já adiantou que os programas serão simples e pautados no desenvolvimento da campanha. “Vou mostrar o que você está vendo: o povo aderindo à campanha, de forma bem simples e direta”.
 


RUMO ÀS URNAS |

No 4º mandato, Edivá desiste da reeleição por questão de saúde

Valérya Próspero

Foto: Luiz Alves
Foto: Luiz Alves--Edivá Alves, vereador
Edivá Alves, vereador
O vereador por Cuiabá Edivá Alves (PSD) desistiu de disputar a reeleição e está fora do páreo neste ano. Apesar da decisão ainda não ter sido formalizada, o social-democrata garante que a posição não tem volta. Ele está com problemas de saúde e se sentindo impossibilitado de ir às ruas investir na disputa.
Edivá está no 4º mandato como parlamentar e conta que, no decorrer da última eleição, 2007, também teve dificuldades decorrentes de problemas de saúde. Como deu prioridade à campanha, a pressão alta que o perturbava teve sequelas. Ele ficou com a visão prejudicada. “Não posso me arriscar de novo”, pontua.
O legislador diz que pensou em fazer os exames necessários para detectar um nódulo na tireoide e voltar para dar continuidade à busca pela reeleição. Contudo, descartou a possibilidade e vai deixar a candidatura. “Foi decisão amadurecida”.
O vereador afirma que não pretende “transferir” o voto de seus eleitores para um candidato específico. Deve pedir o voto de legenda, aquele em que o leitor escolhe apenas o partido. Esses votos são destinados ao candidato mais bem colocado da legenda. Edivá também vai tentar fortalecer a candidatura a prefeito da sigla, que tem o ex-secretário de Comunicação da Capital Carlos Brito encabeçando a chapa.
Edivá era tido como um dos puxadores de voto do PSD. Com 4 mandatos no currículo, além de ter assumido a secretaria de Trânsito e Transporte Urbano de Cuiabá na gestão Wilson Santos (PSDB), o vereador colaborava para emplacar o maior número possível de sociais-democratas na Câmara nestes pleito. Ele migrou para o partido recém-criado depois de passar quase toda a trajetória política no PSDB.

Um comentário:

  1. Já fui cabo eleitoral em 2000, do então Edivá, vejo sua saida como uma derrota já prevista.

    Lider Comunitario Jose Conceição Planalto. Cuiaba

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