sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Presidente da Câmara de Cuiabá diz ser contra fim dos salários para vereadores

               
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Da REdação
O presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, vereador Júlio Pinheiro (PTB) disse ontem
 que a proposta de acabar com o pagamento de salários nos municípios com até 50 mil
 habitantes não passa de uma estratégia política para agradar eleitores em ano de
disputas.“O vereador é aquele que o cidadão encontra na rua, assim como o prefeito.
Agora quero ver encontrar deputado, encontrar senador”.
A representatividade política, segundo Júlio Pinheiro, tem que ser proporcional ao poder
 de decisão, ou seja, “limitam o nosso poder de legislar e de decidir para depois apontar
 que não temos praticidade e não servimos para nada. Isto é uma utopia. A classe política
precisa se compenetrar de que o distanciamento da população é decorrente da falta
de resolutividade nas ações implementadas por todos, deputados, senadores, prefeitos,
 governadores, vereadores enfim todos, pois isso temos que definir metas, estabelecer
regras e não ter o porque de nos envergonhar de receber salário público, desde que se
trabalhe para tal”, pontuou.
Ele enalteceu a posição do senador Cidinho Santos (PR) de defender os vereadores
 como representantes legítimos e de proporcionar uma discussão mais aprofundada
do assunto e defendeu que seja apresentada uma consulta plebiscitária para se ouvir
 a população. “Em vários países do mundo é comum se ver a consulta plebiscitária
 para que a população se manifeste a respeito de assuntos que lhe dizem respeito.
 O legislador é o representante da sociedade, mas existem coisas que somente o
 cidadão pode decidir ele mesmo. A democracia pressupõe a necessidade de manifestação
 da maioria e quanto maior for a sua participação, maior será a responsabilidade e o interesse
 de todos pelas decisões”,disse Júlio Pinheiro.
O presidente da Câmara de Cuiabá aproveitou ainda para cutucar a bancada federal de
Mato Grosso que não briga pelo aumento da representatividade política na Câmara dos
 Deputados e consequentemente na Assembleia Legislativa por receio do assunto não ser
 assimilado pela população.“A falta de assimilação é decorrente da falta de discussão e
definição de regras claras, por isso que defendi ali a realização de consultas plebiscitárias
para que toda essa celeuma seja em definitivo solucionada”.
Para ele, o fato de Cuiabá ter 25 vereadores a partir da próxima legislatura, vai
permitir que mais bairros e pessoas sejam representadas e assim deveria ser
com a Assembleia que já deveria ter 27 deputados estaduais e 9 federais ou 10 federais e
 30 estaduais. “Não é o número que faz a diferença e sim a definição de metas e
 obrigações a serem atingidas pelos representantes populares que podem fazer a
 diferença”, disse.

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