terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Dilma fará anúncio para assegurar redução na conta de energia elétrica

A presidente Dilma Rousseff fará pronunciamento à Nação para assegurar que a conta de energia residencial, comercial e da indústria terá redução de 20% e que não haverá racionamento no fornecimento de energia no país. O anúncio foi gravado e vai ser veiculado nesta quarta-feira (23).
A promessa de redução das tarifas foi feita pela presidente também em pronunciamento à Nação, no dia 6 de setembro, véspera do Dia da Pátria. A promessa rendeu popularidade da presidente, aferida em pesquisas de opinião.
Saiba mais: Preço da energia para o consumidor vai cair 16,2% em 2013, anuncia Dilma
O pronunciamento acontece num momento em que houve discussão forte sobre o risco de falta de energia no país. O governo despachou 56 das usinas termelétricas, de um total de 68, para assegurar o fornecimento a todo o país. Isso foi necessário porque os reservatórios ficaram abaixo na margem de segurança em função da falta de chuvas. As chuvas recentes permitiram que os reservatórios recuperassem capacidade.
Dilma Rousseff vem acompanhando o assunto diariamente e só agora se sentiu com segurança para fazer este pronunciamento à Nação assegurando a redução da tarifa e a garantia do fornecimento.
Publicada às 11h20

Uma minirreforma


Depois da eleição para as presidências da Câmara e do Senado, a presidente Dilma Rousseff vai cuidar das mudanças na equipe ministerial. Serão mudanças pontuais e não uma grande reforma. Essas trocas já estão encaminhadas.
Dilma já avisou ao ministro Marco Antonio Raupp, da Ciência e Tecnologia, que a política a obriga a incluir a pasta entre os cargos para negociação com os partidos aliados. O escolhido para o cargo é o deputado Gabriel Chalita (PMDB) que teve importante papel na campanha de Fernando Haddad a prefeito de São Paulo. O PMDB gostaria de ter Chalita no Ministério da Educação, mas a pasta é comandada por Aloizio Mercadante (PT) que dificilmente seria removido dali a esta altura do mandato.
A outra mudança é a da criação do Ministério da Micro e Pequena Empresa, uma antiga decisão do governo que só foi aprovada pelo Congresso no fim do ano passado. A nova pasta será comandada por Afif Domingos, hoje vice-governador de São Paulo. Afif é um dos primeiros apoiadores da formação do PSD, partido de Gilberto Kassab e poderá ser o novo ministro para representar o partido em sua estreia no governo. O PSD ainda quer outros cargos politicamente mais fortes, como a Secretaria de Aviação Civil. Mas não há decisão da presidente de fazer troca por lá neste momento.

Dilma e os novos interlocutores

 
A presidente Dilma Rousseff mandou uma mensagem clara aos patrocinadores da candidatura de Eduardo Cunha (RJ) à liderança do PMDB na Câmara. Ela, que nunca teve uma relação direta ou de proximidade com Cunha, teria dito: “Quem pariu Mateus que o embale”, numa referência ao governador do Rio, Sérgio Cabral, ao prefeito Eduardo Paes e ao vice-presidente Michel Temer. Cabral e Paes manifestaram apoio a Cunha, e Temer, mesmo evitando declarar apoio a qualquer dos candidatos, sempre foi próximo do deputado do Rio.
Eduardo Cunha se preparou para disputar a liderança da bancada e, segundo cálculos dos comandantes do partido, é o favorito na disputa, embora não tenha a simpatia do Palácio do Planalto – um quesito importante nesse tipo de disputa.
Hoje, um dos outros dois concorrentes, Sandro Mabel (PMDB-GO), foi ao gabinete de Michel Temer e, na chegada, assegurou que já tem mais de 40 votos.
– Sou o favorito – disse ele, otimista, cumprindo o manual do candidato.
Na primeira semana de trabalho depois das férias, Dilma conversou com Michel Temer sobre as eleições das Mesas da Câmara e do Senado. Ela tem compromisso com o PMDB, firmado ainda na campanha eleitoral – quando teve de pedir o apoio do partido ao candidato Patrus Ananias (PT) à Prefeitura de Belo Horizonte – , mas não quer se envolver na disputa.
Temer está propondo ao presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), que marque para 1º de fevereiro a eleição para a presidência da Casa, de forma coincidir com a eleição para a Mesa do Senado. Ele argumenta que sempre as duas eleições ocorreram no mesmo dia. Se for antecipada a eleição para a Mesa para 1º de fevereiro, a escolha do líder do PMDB também será antecipada para 31 de janeiro.

Nova estratégia


A popularidade da presidente Dilma Rousseff está em alta, conforme as pesquisas, mas neste terceiro ano de mandato todos os cuidados estão sendo tomados pelo governo e pelo PT. Tudo isso, na preparação de 2014.
A presidente Dilma Rousseff já não esconde mais de seus interlocutores políticos que pretende, sim, disputar a reeleição no ano que vem.
Para se preparar para isso, ela vai agir em duas frentes: na economia, na permanente busca por um crescimento do PIB mais robusto – o que, até aqui, não aconteceu. E nas ações políticas.
Neste ano, o governo vai fazer suas próprias pesquisas, para aferir a popularidade da presidente e do conjunto do governo, e também as chamadas qualis, as pesquisas qualitativas, para entender o que passa na cabeça dos brasileiros, para, a partir do resultado, adotar novas estratégias.
Uma coisa, porém, já está certa: Dilma vai viajar mais pelo país. Ela tem sido aconselhada por aliados a deixar mais o gabinete no Palácio do Planalto em Brasília para correr o país. Essas viagens já começaram. A primeira foi ao Piauí, onde adotou o discurso que será a tônica daqui em diante. A de pregar o otimismo – expectativa favorável com o desempenho da economia. A idéia é que ela anime o empresariado e trabalhadores com a perspectiva da economia. Um papel que muito bem fazia Lula.
O objetivo é neutralizar a impressão que está passando ao país de que a economia piorou, que a inflação ameça e o crescimento não vem. A idéia é dizer que o crescimento vem aí e que 2013 vai ser melhor do que 2012. E apontar para a oposição como torcida para que o país ande para trás…
Dilma já disse a aliados com toda a clareza que “é preciso ganhar 2013 para vencer em 2014″.

A gasolina

 

Embora a Petrobras reivindique reajuste imediato do preço da gasolina em algo em torno de 15%, o governo tenta adiar ao máximo este reajuste. Se possível, para abril.
Todo o esfoço por conta da inflação que, no primeiro trimestre deste ano, pode beirar os 6% (enquanto o teto da meta é 6,5%). Depois de abril, a inflação tende a baixar, assim, permitindo o reajuste do combustível.
Isso, do ponto de vista da economia. Todos os governos sabem que, do ponto de vista da política, aumento no preço dos combustíveis é ingrediente bastante negativo. Causa impacto imediato.

Nenhum comentário:

Postar um comentário