terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Irã reprime dissidentes antes de eleições, diz Anistia Internacional

28/02/2012 09h48- Atualizado em 28/02/2012 10h19

País vai às urnas para eleger parlamentares nesta sexta-feira.
Eleição será primeira após a contestada reeleição de Ahmadinejad em 2009.

Da Reuters
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O Irã teve uma "dramática escalada" na repressão contra dissidentes com a aproximação das eleições parlamentares desta semana, prendendo advogados, estudantes e jornalistas e mirando os meios de comunicação eletrônicos, afirmou o grupo de Direitos Humanos Anistia Internacional, nesta terça-feira (28).
"Nos dias de hoje, no Irã, você se coloca em risco caso faça qualquer coisa que está fora dos cada vez mais restritos limites que as autoridades acreditam ser socialmente e politicamente aceitáveis", afirmou a especialista em Oriente Médio da Anistia Internacional, Ann Harrison.
A eleição de sexta-feira será a primeira votação nacional desde a contestada reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad, em 2009, que deu início a oito meses de agitação popular e uma massacrante resposta do Estado.
As prisões visam uma série de grupos, incluindo advogados, estudantes, jornalistas, ativistas políticos e seus parentes, minorias étnicas e religiosas, cineastas e pessoas com conexões internacionais, afirmou a Anistia.
O grupo de Direitos Humanos disse que a repressão "expunha o vazio das afirmações do Irã em apoio aos protestos no Oriente Médio e Norte da África".
A repressão visa a mídia eletrônica, vista por autoridades do Irã como uma das principais ameaças, disse a Anistia.
Milhões de iranianos têm experimentado interrupções em suas caixas de e-mail e acesso à Internet com a aproximação das eleições, incluindo problemas em sites acessados por meio de softwares redes privadas que muitos iranianos usam para driblar os filtros do governo.
A organização clamou para outros países não permitirem que as tensões com o programa nuclear iraniano distraiam-nos de pressionar o país a cumprir suas obrigações com os Direitos Humanos.

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