ESCÂNDALO | 09/04/2012 - 11:16

Transtornado e em poder de uma faca, Júlio ameaçava a esposa dentro da residência do casal, no bairro Santa Rosa, conforme o blog revelou com exclusividade ainda na sexta pela manhã - clique aqui e confira. A polícia foi acionada e houve negociação até ele ser "convencido" a abandonar a arma branca e se entregar. Os dois foram conduzidos à delegacia. Por possuir foro privilegiado, Júlio não foi algemado. Ele acabou liberado minutos depois. Dependendo da versão da esposa-vítima, o vereador pode ser enquadrado até na Lei Maria da Penha. O caso se transformou em encândalo em pleno feriado prolongado.
Já quanto ao risco de enfrentar investigação na Câmara, a possibilidade é remota. Mesmo assim, Júlio está preocupado com o seu futuro político. Embora presida a Câmara e tenha respaldo da maioria dos vereadores, vai jogar pesado para não haver, sequer, pedido de abertura de processo por quebra de decoro parlamentar, o que, devido à pressão de entidades e de opositores, pode culminar em punição política ao vereador do PTB que assumiu a condição de prefeito interino por duas vezes nos últimos 12 meses. Júlio não quer ver o episódio se transformar no caso Ralf Leite, vereador cassado depois que foi detido em flagrante com um menor travesti. Sua esperança é de sensibilizar os parlamentares de que o caso não merece ser transformado em "novela", pois foi algo de cunho pessoal e que já fora contornado.
Em princípio, Júlio Pinheiro estava determinado a só tocar no assunto na sessão ordinária de terça. Seus assessores e aliados mais próximos orientaram-no, porém, a se pronunciar logo. Assim, vai convocar a imprensa para esta segunda, com vistas a contar a versão acerca do episódio. A tendência é de se apresentar acompanhado de alguns vereadores e, até, da esposa que fora agredida, tudo para amenizar a situação.
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