quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

POLITICA MT

Palácio Paiaguás | 22/02/2012 - 08:13

Com a base prestes a implodir, Silval busca aval dos partidos para reforma

Romilson Dourado

Silval Barbosa Silval Barbosa se viu forçado a fazer um amplo arco de alianças, agregando 10 partidos e diversas lideranças e caciques políticos, para se reeleger. Empurrado pelo peso da máquina, o trunfo deu certo, tanto que ganhou no primeiro turno. Hoje, 13 meses do novo mandato (antes concluiu mais 9 meses da gestão Blairo Maggi), o governador vive um dilema. Quer manter ampliada a base, mas de forma coesa, algo praticamente impossível devido aos interesses políticos e pessoais de cada líder, principalmente a partir de agora com os debates acerca das eleições municipais.
Das 10 agremiações do palanque de 2010 (PMDB, PR, PP, PT, PMN, PTC, PTN, PSC, PRB e PC do B), Silval atraiu mais dois, o DEM e o recém-criado PSD. Isso acabou por inchar a estrutura e dividir o governo em grupos. O Democratas tinha a pasta de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar mas, como seu representante, deputado licenciado e secretário José Domingos, foi para o PSD, ficou sem posto no primeiro escalão. O PSD conta com 3 cargos no staff, inclusive do vice-governador Chico Daltro e, mesmo assim, alguns de seus líderes defendem ruptura.
O PR é quem "come" mais pedaços do bolo da máquina. Dirige 7 secretarias e ainda 5 órgãos e empresas da estrutura do governo e, mesmo assim, quer mais espaço. O PMDB de Silval e de Carlos Bezerra conta com 3 pastas, enquanto o PP de Pedro Henry e o PSD de José Riva têm 2 cada. O PT comanda uma secretaria. Os partidos nanicos contam com cargos de segundo ao quarto escalões.
Apoio e mudanças
Silval pretende chamar os dirigentes que dão sustentação ao governo para pedir compreensão, trégua e reconhecimento da valorização que estão tendo para, em seguida, anunciar que fará mudanças na equipe e, assim, dar uma cara nova à administração, que começa a cair em desgaste, principalmente por causa de brigas por mais espaço entre os caciques políticos. Fará uma retrospectiva de como o arco de alianças foi construído para se chegar ao poder e do quanto será importante "todos se manterem unidos". Ele não quer perder aliados, mas não aceita pressão, embora tenha perfil light de administrar e faz de tudo para não brigar. Busca, por exemplo, entendimento com o presidente da Assembleia José Riva, de quem espera recuo quanto à decisão de entrega dos cargos.
Com a missão de executar orçamento de R$ 13 bilhões, distribuídos entre 24 secretarias e diversos órgãos, que, juntos, somam quase 100 mil servidores, o governador decidiu pisar no freio quanto aos gastos públicos. Determinou que as principais despesas precisam ter a sua assinatura para dar prosseguimento. Tomou essa decisão depois de receber denúncias de que alguns assessores estavam deixando o dinheiro sair pelo ralo. Várias pastas seguem com o orçamento contingenciado.
TRE | 22/02/2012 - 08:00

Índice de rejeição de balancetes cai no último pleito, diz auditor

Patricia Sanches e Nayara Araújo

O índice de reprovação na prestação de contas de campanha de 2008, aliado a regras rígidas, levaram políticos a tomar cuidado com a documentação apresentada à Justiça Eleitoral, em 2010, o que reduziu o percentual de balancetes com falhas. “De 2008 para 2010 as contas vieram mais estruturadas e até mais organizadas”, avalia o coordenador de Controle Interno e Auditoria do TRE, Daniel Ribeiro Taurineis.
Ele alerta que o indeferimento dos balancetes pode até não provocar prejuízos políticos imediatos, com a possível rejeição de registros de candidatos no pleito subsequente, mas pode se transformar num processo de investigação, culminando até mesmo na cassação de mandato. Em 2010, a equipe do TRE constatou irregularidades na documentação apresentada pelo ex-secretário de Educação de Cuiabá, Carlos Carlão Nascimento (PSD), que era filiado ao PSDB.
Danilo teve as contas de campanha rejeitadas pelo TRE e passou a ser investigado pela Polícia Federal depois que foram identificadas irregularidades nas assinaturas de 28 recibos eleitorais e documentos encartados na prestação de contas. Como se trata de possível fraude, a tendência é que tudo seja submetido a perícias para identificar se houve ou não falsificação. Caberá então ao MPE definir se vai propor que Carlão seja julgado por crime eleitoral. Dependendo do desdobramento, ele poderá ter o registro de suplente de deputado estadual cassado, além de ter a sua inelegibilidade decretada.
Nas eleições de 2010, tiveram as contas aprovadas, com ressalvas, os deputados federais Júlio Campos (DEM), Nilson Leitão (PSDB), Pedro Henry (PP), Homero Pereira (PSD), Valtenir Pereira (PSB) e Wellington Fagundes (PR). Já o presidente regional do PMDB, Carlos Bezerra, teve o balancete julgado irregular em função do uso indiscriminado dos chamados cheques "guarda-chuva". Os senadores Pedro Taques (PDT) e Blairo Maggi (PR), por sua vez, tiveram as contas aprovadas. Por outro lado, José Antonio Medeiros e Paulo Pereira Fiúza Filho, 1º e 2º suplentes do pedetista, respectivamente, tiveram os balancetes indeferidos. A prestação de contas do governador Silval Barbosa (PMDB) passou pelo crivo do TRE

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