quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

CARTAS MARCADAS | 22/12/2011 - 07:30

CARTAS MARCADAS | 22/12/2011 - 07:30

Romoaldo é contra CPI que pode revelar corrupção em 3 pastas

Glaucia Colognesi e Patrícia Sanches


O líder do Governo na Assembleia, deputado Romoaldo Júnior (PMDB), é contra a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a concessão irregular de cartas de créditos no Paiaguás, esquema que desencadeou a "Operação Cartas Marcadas" da Polícia Fazendária. "Não vejo como um assunto para CPI, até porque a auditoria do Estado já fez um levantamento. O próprio governador mandou investigar e até prenderam algumas pessoas", avalia.

A proposta da CPI, no entanto, pretende investigar principalmente supostos erros e procedimentos suspeitos durante as investigações da polícia. As ações envolveriam inclusive certidões de procuradores do Estado. A ideia já tem três defensores na AL, que, por enquanto, preferem agir sem alarde mantendo sigilo sobre seus nomes até a volta do recesso parlamentar.

Um deles teria um dossiê contra a Polícia Fazendária contendo documentos que podem revelar corrupção também nas secretarias estaduais de Fazenda, durante a gestão do atual secretário extraordinário da Copa Éder Moraes, de Administração, sob Geraldo de Vitto, e na própria Procuradoria Geral do Estado, à época que era comandada por João Virgílio.

Acontece que foi a Sefaz que apresentou os cálculos e homologação das cartas crédito, enquanto a Sad foi a responsável pela emissão dos documentos. A PGE, por sua vez, deu o aval jurídico.

Apesar disso, Romoaldo não se mostra preocupado com as revelações e nem com o eventual estrago que uma CPI pode trazer para a imagem do Governo. "A Casa é democrática e pode definir o que é melhor", ponderou. O parlamentar reiterou que a intenção de criar o sistema de cartas de crédito era boa e lamentou que "espertinhos" tenham tentado tirar vantagem. "Isso é condenável", enfatizou.

O secretário-chefe da Casa Civil, José Lacerda, também alegou não ver necessidade de uma CPI, mas garantiu que o Governo não faria nenhum tipo de impedimento. Ele ressaltou ainda que, caso os deputados resolvam realmente abrir a comissão, o Estado irá contribuir como puder para os esclarecimentos dos fatos, fornecendo as informações necessárias.

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