terça-feira, 19 de junho de 2012

Senador Blairo Maggi é internado e fica de fora de Conferência da ONU

 

Da Redação - Renê Dióz
Senador Blairo Maggi é internado e fica de fora de Conferência da ONU
Uma crise de diverticulite tirou o senador Blairo Maggi (PR) da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que acontece no Rio de Janeiro desde a semana passada.

O ex-governador chegou à capital fluminense na última sexta-feira (15) para participar de diversos segmentos da Conferência realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), mas teve de cancelar sua participação.

De acordo com sua assessoria de imprensa, ainda na quinta-feira Maggi sofreu no Senado um princípio de crise de diverticulite (um tipo de processo inflamatório no intestino grosso). Não é a primeira vez que Maggi sofre com este tipo de complicação. Desta vez, ele chegou a receber atendimento médico. Mesmo assim, rumou para o Rio de Janeiro, mas voltou a passar mal assim que chegou, sentindo dores abdominais e febre.

A agenda do senador na Conferência começaria nesta última segunda-feira e sua presença no evento chegou inclusive a ser criticada como “puro marketing” pelo ambientalista mato-grossense Abel Nascimento em um dos debates realizados no Riocentro, mas ele teve de ser internado no Hospital Samaritano, acompanhado de sua esposa, a ex-primeira dama do Estado Terezinha Maggi.

Ainda conforme a assessoria de imprensa, o senador está bem mas a recomendação médica é de que siga internado por três dias para controle de febre e de eventuais complicações, seguindo também dieta líquida para se recuperar. Sua frustração, informou a assessoria, é justamente não poder mais participar da Conferência, que se encerra na próxima sexta-feira (22) com a reunião do Alto Segmento dos chefes de Estado das 193 nações abrangidas pela ONU.

A Rio+20 acontece exatos vinte anos após a conferência ECO-92, também no Rio de Janeiro. À época, o país era presidido pelo atual senador Fernando Collor e sediava o evento responsável por lançar a agenda ambiental em nível global. Diante das mudanças climáticas provocadas pela degradação humana no planeta, a expectativa é de que a Rio+20, além de consolidar a agenda ambiental, produza um acordo mundial que sirva de marco zero para o ingresso da comunidade internacional na lógica da economia verde.

Neste contexto, a presença de Maggi na Rio+20 seria simbólica, uma vez que o senador e sojicultor já foi apontado como um dos grandes desmatadores da Amazônia e, por isso, chegou a receber o "troféu Motosserra de Ouro" do grupo ambientalista Greenpeace, além de ser tema de matéria pelo mesmo motivo na revista inglesa The Economist.

Em contraposição à pecha de desmatador, Maggi, como governador do Estado, implementou medidas hoje consideradas modelo e responsáveis por uma mudança da imagem de Mato Grosso no contexto ambiental. A mesma transformação de imagem foi aplicada a seu grupo empresarial, Amaggi, que conquistou sete certificações de sustentabilidade.

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